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Doença diverticular do cólon

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CONCEITO 
• Doença diverticular do cólon: É ter um divertículo no 
cólon, o que é diferente de ter diverticulite aguda 
• Os divertículos encontram-se no intestino grosso, e 
não no delgado. 
• São pseudosacos que se formam por protrusão da 
mucosa, através da camada muscular do intestino 
grosso → É considerado um pseudodivertículo, pois, 
não apresentam todas as camadas verdadeiras, tem 
apenas mucosa e submucosa (não tem serosa) → 
Não há camada muscular e, por isso, complicam 
tanto. 
• Geralmente, aparecem associado a algum vaso 
sanguíneo que penetra na parede, deixando-a frágil. 
• São mais frequentes na borda antimesentérica do 
cólon 
OBS: No meio do intestino sai um tecido vascular, o 
mesentério, o qual é irrigado por meio da cólica direita, cólica 
média, cólica esquerda, sigmoídeas. A borda em contato com 
os vasos é chamada de borda mesentérica, já que está em 
contato com esse tecido gorduroso. Os divertículos 
geralmente acontecem na borda anti-mesentérica, ou seja, do 
outro lado 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• É bastante comum → cerca de 50% de prevalência. 
• 90% dos casos → doença em cólon distal 
(descendente, sigmoide e reto) – mais comum 
porque nessa região o óstio é pequeno, logo, a 
pressão intraluminal é maior 
• Dificilmente estará presente em cólon ascendente e 
transverso → comum nos orientais → cólon direito 
→ tendo sintomas e tratamento diferente. 
*Para nós, o que é importante é a doença diverticular no cólon 
esquerdo/descendente → ocidente (é doença de país rico, de 
pessoas que comem mal (besteiras) – países industrializados 
• Incidência aumenta com a idade 
• Difícil aparecer em jovens de até 25, 30 anos 
• Começa a ser doença sintomática apenas em idosos 
• Idades 
o 40 anos → 5% 
o 60 anos → 30% 
o 80 anos → 65% 
o > 85 anos → 80% 
*Inicialmente, é mais comum em homens (40 a 50), depois a 
prevalência fica semelhante (50 a 70) e a partir dos 80 anos é 
mais comum em mulheres. 
• Gênero: sem predileção por sexo (no geral) 
NOMENCLATURA 
*Diverticulose é um nome generalizado. Pessoas que nunca 
tiveram nenhum evento chamamos de diverticulose 
assintomática. Quando a pessoa passa a ter algum sintoma 
chamamos de doença diverticular do colon. 
*A diverticulite pode ser não complicada ou complicada. A 
complicação pode ser: abcesso, perfuração, obstrução e 
hemorragia 
*Então podemos ter diverticulite simples (75% dos casos) ou 
podemos ter ela complicada (25% dos casos). As vezes o 
primeiro sintoma é a hemorragia digestiva baixa. 
DOENÇA DIVERTICULAR - NOMENCLATURAS 
 
DIVERTICULOSE 
Diverticulose nada mais é que ter o divertículo no 
intestino e não ter sintoma algum. Normalmente é 
achado de exames; 
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON 
Presença de sinais e sintomas decorrentes ou associados 
a esses divertículos 
DIVERTICULITE 
Diverticulite é a inflamação desses divertículos por 
diversos motivos. O paciente costuma ter dor abdominal, 
diarreia, febre, dor a descompressão brusca, podendo 
evoluir para sepse de foco abdominal. Ou seja, esse é um 
quadro muito sintomático. 
OBS: Normalmente, os pacientes chegam no consultório relatando 
que tem diverticulite e que já acompanham. Na verdade, eles 
apresentam diverticulose, já que a diverticulite é um quadro agudo. 
SANGRAMENTO DIVERTICULAR 
Sangramento diverticular é uma complicação da 
diverticulose. 
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON 
• Maioria das vezes são simples → 75% 
• Podem ser complicadas (raras) → 25% 
*Existe uma classificação que divide diverticulite em 4 graus, 
com base no grau da inflamação → porém essa classificação 
não é a classificação de doença diverticular 
*Conforme vai aumentando, muda a abordagem terapêutica 
A DOENÇA DIVERTICULAR NO JOVEM: 
• Pouco frequente 
• Mais comum em homens 
• Obesidade é um grande fator de risco (96% dos 
casos) 
• Mais virulenta – acaba sendo mais grave no jovem 
• Recorrência dos sintomas 
• A cirurgia só é indicada pra jovens sintomáticos com 
mais de 4 episódios de diverticulite 
*Como em jovens geralmente são quadros mais graves, eles 
são mais operados em relação aos idosos, visto que idosos são 
operados em casos de processos inflamatórios mais 
avançados! 
ETIOLOGIA 
É multifatorial (precisa de uma genética favorável + 
fatores ambientais) → envolve todo o conjunto 
• Diminuição de fibra alimentar 
• Diminuição da ingestão hídrica 
• Aumento da ingestão de carne vermelha 
• Aumento da pressão intralumial 
TODOS ESSES FATORES ACIMA, FAVORECEM UMA 
COMPARTIMENTALIZAÇÃO COLÔNICA → DIVISÃO DO 
CÓLON EM VÁRIOS SEGMENTOS 
• Além disso o próprio envelhecimento causa uma 
perda da elasticidade da musculatura intestinal - 
diminuição da elastina e um aumento da elastose 
(que é mais flácida) → hiperelastose 
• Essa hiperelastose favorece a perda da integridade 
da parede levando ao divertículo 
• Tabagismo, álcool e café NÃO SÃO MAIS fatores de 
risco para doença diverticular. Diferente da 
diverticulite aguda, em que esses fatores favorecem 
a inflamação do divertículo. 
O intestino grosso tem dois movimentos principais, sendo um 
de compressão, onde comprime o bolo fecal para extrair o 
máximo de nutrientes e, principalmente, água e o outro 
movimento é de propulsão para que o bolo fecal seja mandado 
para frente. 
As pessoas com fatores genéticos, obesidade e constipação, 
podem acabar tendo uma fragilidade da parede e, durante 
esses movimentos, podem se formam pseudodivertículos, 
gerando a doença diverticular dos cólons. 
*A doença pode ser sintomática ou não apresentar sintomas; 
*Há mucosa no divertículo, por isso, o comportamento é 
semelhante ao do intestino grosso. O problema, normalmente, 
acontece quando há obstrução do óstio de saída desse 
divertículo por sementes ou fezes endurecidas, por exemplo, 
levando a um crescimento bacteriano importante. Isso pode 
gerar edema, congestão venosa, necrose, perfuração e choque 
séptico. 
FISIOPATOLOGIA 
1. Pontos de fragilidade → entrada dos vasos retos 
2. Aumento da pressão intralumial (segmentação) 
3. Alterações da motilidade intestinal 
4. Deficiência de vitamina D 
5. Genética → fator mais importante!! 
6. Deposito de elastina → elastose 
 
Os divertículos são saculações que surgem no intestino grosso 
a partir do orifício por onde as arteríolas penetram a parede 
muscular (que são locais de fraqueza), entre as tênias. O 
evento que normalmente procede seu surgimento é o 
espessamento da camada muscular do sigmoide, em virtude 
da necessidade de propelir o bolo fecal pobre em fibras e de 
menor volume. Existem mais divertículos no cólon direto, 
principalmente no sigmoide, pois esses têm o calibre de sua luz 
reduzidos em relação ao colón ascendente e transverso, o que 
gera maior pressão intralumial e menor tensão na parede. 
Somando esse bolo fecal diminuído + esse lúmen estreito, o 
intestino precisa de contrações mais vigorosas para empurrar 
(aumentando a pressão nesse intestino!), isso favorece a 
herniação da mucosa pelo orifício de penetração dos vasos 
retos. 
LOCALIZAÇÃO 
• Envolvimento do sigmoide → 95% dos casos 
• Apenas sigmoide → 65% dos casos 
• Todo o colón → 7% dos casos 
• Próximo ao sigmoide → 4% dos casos 
*Deve saber apenas que, geralmente, se localizam no cólon 
esquerdo e, dificilmente, no cólon direito. 
CLASSIFICAÇÃO 
• Hipertônica – intestinos mais contraídos 
• Hipotônica – intestinos mais preguiçosos 
• Asiática 
• Congênita 
HIPERTÔNICA 
CURSA COM INFLAMAÇÃO CAUSANDO DIVERTICULITE 
É a forma mais comum, o óstio é mais estreito então tem 
mais obstrução → logo, maior chance de diverticulite 
• Fenômeno de pulsão 
• Diminuição de fibras → diminuição do volume fecal 
• Segmentação 
• Aumento da pressão intralumial 
• Herniação 
• Espessamento da musculatura 
• Redução do lúmen 
*Todas as vezes que há diminuição de fibra com diminuição de 
volume fecal, forma aquele complexo de segmentação, 
dividindo o intestino grosso em vários “gominhos”. Há 
aumento da pressão, tendo o processode herniação do saco e 
a parede muscular começa a ficar espessada, diminuindo a luz 
do órgão e, por isso, é chamada de hipertônica. A diminuição 
da luz do órgão favorece a formação dos processos 
inflamatórios, por isso, a forma hipertônica inflama mais. Esse 
espessamento da parede muscular leva um aumento da 
pressão tanto no divertículo quanto no cólon. A contaminação 
de bactérias, presença de corpo estranho como sementes, 
fecalitos e parasitas são muito mais comuns, sendo mais fácil 
a inflamação. Por esse motivo é mais associada a diverticulite 
aguda. Geralmente, acontece mais no sigmoide e, por isso, a 
dor clássica da diverticulite é na FIE. 
• Normalmente são múltiplos 
• Ocorrem no sigmoide e descendente 
• Anormalidade da musculatura 
 
HIPOTÔNICA 
CURSA COM HEMORRAGIA, GERANDO HDB 
* Há alteração do colágeno e acontece em maiores de 70 anos. 
 A base do divertículo é super larga e, por isso, dificilmente terá 
inflamação, perfuração ou processo de diverticulite. Porém, 
devido essa base larga, há alteração dos vasos sanguíneos da 
base, aumentando a chance de sangramento. Assim, quando a 
doença diverticular sangra, geralmente é a forma hipotônica. 
Geralmente, acomete um pouco mais do cólon, por isso, o 
sangramento da doença diverticular é intenso, já que está 
disseminado por todo o cólon. 
 
Compare com a outra foto e observe como os orifícios dos 
divertículos são bem maiores que o anterior 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICA DA DDC 
• Normalmente assintomáticos 
*Os pacientes irão fazer um exame de rastreio, como o a 
colonoscopia ou enema baritado, e então encontrarão os 
divertículos. 
*Importante ressaltar que a colonoscopia e o enema baritado 
devem ser utilizados para o diagnóstico de diverticulose e não 
de diverticulite aguda 
• Alguns pacientes tem o sintoma de diverticulite ou 
sangramento, que é o sintoma mais comum 
• O paciente terá dor abdominal (dor de cólica), tipo 
intermitente, em FIE, associada a flatulências, 
náuseas, vômitos, diarreia ou constipação, sem febre 
*Em casos mais graves pode até ter descompressão brusca 
positiva (Blumberg +) 
DIAGNÓSTICO 
• Devemos levar em conta a idade → se for mais velho 
temos que pensar em diverticulite, se for mais jovem 
já iremos pensar mais em apendicite 
• Anamnese → dor de cólica + distensão abdominal + 
flatulência + dor que piora com alimentação 
• Exame físico → dor localizada em FIE 
• Exame proctológico → geralmente sem alteração e 
principalmente para HDA 
• Exame retal 
• Exame radiológico 
• Colonoscopia 
EXAME FÍSICO 
• Pode ser normal → em pacientes assintomáticos 
• Pode ter formação de plastrão em FIE á palpação → 
em casos de diverticulite 
• Pode ter fistula colo-cutânea ou entero-cutânea (do 
intestino grosso para a pele) 
* A fístula mais comum é a cólon-vesical, sendo muito 
característica da diverticulite, tendo pneumatúria, fecalúria. 
EXAME COMPLEMENTAR: 
• Hemograma → discreta leucocitose com neutrofilia 
• Provas inflamatórias → VHS e PCR ↑ 
DIAGNÓSTICO 
ENEMA OPACO 
• Esse exame consegue caracterizar o divertículo com 
nitidez, e também consegue mostrar o trajeto 
fistuloso 
• É CONTRAINDICADO EM CASOS DE SUSPEITA 
DE PERITONITE POR PERFURAÇÃO → se estiver 
perfurado, está vazando fezes por toda a cavidade e, 
ao injetar o bário, irá empurrar essa sujeira ainda 
mais 
*O paciente ingere um xarope de bário VO ou via retal e depois 
é tirado um raio-x do cólon 
RAIO-X SIMPLES 
Não mostra muita coisa, é bom para ver complicações 
caso estejam presentes, como: 
o Pneumoperitônio 
 
No raio X conseguimos ver um risco acima do diafragma, que 
é o pneumoperitônio (sinal de dupla bolha) – no exame físico 
encontraríamos sinal de jobert (hipertimpanismo a percussão 
da região hepática) 
ARTERIOGRAFIA SELETIVA 
• Realizado em casos de sangramentos 
*Na arteriografia injeta contraste em um local de maior fluxo 
e verifica onde está o sangramento 
CINTILOGRAFIA 
• Também realizado em casos de sangramentos. 
*O exame mais sensível é a cintilografia com hemácia 
marcada, em que o paciente toma um líquido com algo 
radioativo, o qual entra nas hemácias de todo o copo, depois 
entra em uma máquina e o aparelho lê onde tem hemácias. 
Dentro de veias e artérias, os locais normais onde se 
encontram hemácias, ele consegue desconsiderar, apontando 
apenas os locais com sangramento patológico. 
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (EDA) 
A EDA é um exame mais rápido, porém mais invasivo, 
mas é o de escolha. Ao colocar a câmera, consegue ver 
onde se encontra o sangramento. 
COLONOSCOPIA 
Sempre que o paciente tiver essa clínica (de 
diverticulite), depois que passar o quadro agudo, 
devemos fazer a colonoscopia → é essencial devido a 
associação com doenças como CA e pólipos 
USG 
• Só usar quando suspeitar de abcesso 
• Consegue ver a presença de coleção/abcessos intra-
abdominais. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
• Melhor exame para analisar quadro agudo 
• É um exame preciso 
• Demonstra sinais de diverticulite 
• A classificação da doença é tomográfica, assim, não 
consegue saber se ela não for feita 
 
O abcesso está pericólico e do lado da bexiga. Provavelmente 
é decorrente de um divertículo que perfurou. 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
• Apendicite aguda 
• Carcinoma colorretal 
• Síndrome do intestino irritável (SII) 
• Colite 
• Doenças inflamatórias intestinais → Crohn 
• ITU 
• DIP → mulher, leucorréia 
• Cistos de ovário 
• Gravidez tubária 
RISCO DE COMPLICAÇÕES 
• Tabagistas → sangramentos 
• AINES ou aspirina em dose alta 
• Álcool 
• Obesos 
• Dieta pobre em fibras 
*São fatores de risco para diverticulite e não para diverticulose 
OUTRAS COMPLICAÇÕES: 
• Abcessos 
• Sangramentos 
• Fístulas 
• Obstrução 
DIVERTICULITE 
Na maioria das vezes é causada por fezes/fecalitos no 
divertículo. Isso gera um processo inflamatório, levando 
a uma inflamação subclínica ou até mesmo peritonite 
generalizada. Pode gerar perfuração micro ou 
macroscópica. 
DIAGNÓSTICO 
• Dor em QSE → no inicio pode ser difusa 
• DB + → comprometimento de peritônio parietal 
• Febre baixa 
• Inapetência 
• Leucocitose 
• Desconforto abdominal 
• Massa palpável 
• Plenitude perirretal 
• Náuseas e vômitos 
• Diarreia ou constipação 
 
Resumindo, é uma “apendicite do lado esquerdo” 
INVESTIGAÇÃO 
• RAIO-X DE ABDOME AGUDO → para ver se tem 
pneumoperitônio, dilatação IG ou ID ou íleo ou até 
se tem abcessos (na prática dificilmente veremos 
abcessos por meio do RX). Em RX obstrutivos, 
poderemos ver alças totalmente aumentadas 
• TC DE ABDOME → é o padrão ouro para 
diverticulite aguda, já que com ela é possível estadiar 
e definir o tratamento, que pode ser por comprimido 
em casa, injetável, injetável forte ou cirurgia 
• USG → vemos espessamento de parede colônica 
• ENEMA OPACO → quando há dúvidas de 
diagnóstico, quase não é usado! 
• COLONOSCOPIA → não pode ser pedida em casos 
agudos devido a riscos de perfuração. O aparelho 
enche muito o cólon de gás, aumentando a pressão 
e facilitando a perfuração. 
No pronto socorro, paciente chega com a clínica de 
diverticulite → raio-x de abdome agudo (para ver 
pneumoperitônio, mas o exame padrão ouro é a TC 
 
RELEMBRANDO – RX DE ABDOME AGUDO 
1. RX de abdome em pé → nível hidroaéreo 
2. RX de abdome deitado → empilhamento de moedas 
e edema de alça 
3. RX de tórax com cúpula diafragmática → 
pneumoperitônio 
CLASSIFICAÇÃO DE HYNCHEY ET AL.: IMPORTANTE! 
Essa classificação considera a localização dos abcessos e 
a extensão do processo infeccioso. Com ela é possível ver 
a gravidade e orientar o tratamento 
I. Abcesso pericólico: Há uma “bolinha” de pus ao 
lado do intestino inflamado. Consegue ser 
tratada com ATB VO em casa; 
II. Abcesso a distância: Dentro da pelve, em FID, 
entre outros. Deve internar e o ATB é feito EV; 
III. Peritonite purulenta: DB+, febre, taquicardia, 
mas há apenas pus no abdome. Deve internar e 
o ATB é feito EV, porém de amploespectro (“tiro 
de canhão); 
IV. Peritonite fecal: Quando há fezes na cavidade 
abdominal, um quadro grave em que o paciente 
fica séptico. Deve ser feito cirurgia. 
 
*Essa classificação é feita na TC. Há algumas outras opções de 
drenagem dos abcessos que ainda serão faladas. 
FÍSTULAS 
• 2% dos casos com doença diverticular complicada 
• Há inflamação local e pode haver abcesso e 
perfuração 
• Frequência: 
o Colo-vesical: 65%: Muito mais frequente que 
as outras, havendo saída de fezes pela urina; 
o Colo-vaginal: 25%; 
o Colo-cutânea; 
o Colo-enteral: O seu tratamento é por excisão 
cirúrgica 
• Em casos de fistulização é comum aparecer: 
fecalúria, disúria ou pneumatúria, saída de material 
fecal pela vagina, abaulamento do fundo de saco 
DIAGNÓSTICO 
• TC → melhor exame 
• Enema → pode ser usado 
• Vaginoscopia → casos de fístula para vagina 
• Cistoscopia 
• Fistulograma 
 
Fístula colo-vesical 
 
Fundo cego 
HEMORRAGIA 
• Causa mais comum de hemorragia digestiva baixa 
maciça – 30-50% 
• A causa mais comum de HDB em idosos é a doença 
diverticular 
• Sintoma predominante: hematoquesia não 
dolorosa, podendo também ter distensão, cólica e 
urgência evacuatória 
• Sangra de uma hora para outra e não dói, ou seja, é 
abrupta, indolor e de grande volume. 
• A forma hipotônica comumente se encontra por 
todo o cólon. 
• 70% apresentam resolução espontânea. 
• A fisiopatologia não é muito definida → como a base 
é larga, o fecalito faz uma erosão dos vasos, tendo o 
sangramento (são mais expostos a lesão, erosão e 
sangramento arterial, devido a base larga) 
• O exame de escolha é a colonoscopia, que consegue 
identificar o sítio de sangramento 
• Muitas vezes, a fonte não é identificada pela 
colonoscopia, devendo partir para arteriografia e 
cintilografia. 
• O tratamento inicial é a reposição volêmica, com SF 
ou sangue, jejum, já que quanto mais coisa passar, 
pior será o sangramento. Deve fazer hidratação e 
deixar uma sonda nasogástrica aberta para esvaziar 
o intestino. 
TRATAMENTO 
• ASSINTOMÁTICOS: tratamento conservador → 
reduzir peso nos obesos, maior ingesta hídrica e de 
fibras 
• SINTOMÁTICOS SEM COMPLICAÇÕES: analgésicos 
e antiespasmódicos 
• DIVERTICULITE AGUDA: deixar em jejum, ATB para 
cobrir gram negativos e anaeróbios, hidratação 
parenteral às vezes. Cuidado com os opioides, que 
são analgésicos potentes, porém paralisam o íleo e 
cólon, piorando a translocação bacteriana. A cirurgia 
é indicada, basicamente, em caso de perfuração 
(absoluta) e nos jovens que começam a ter sintomas 
muito frequentes (relativa). Há outras indicações, 
como obstrução, fístulas, ITU frequentes, neoplasia 
associada, hemorragia incontrolável, porém não 
precisa decorar. 
A cirurgia é feita, preferencialmente, por vídeo. Se não for na 
urgência, consegue preparar o cólon, dando laxante e 
limpando-o, sendo possível fazer a anastomose depois da 
retirada do segmento acometido. Fazer a anastomose com o 
cólon sujo, não é bom, e quando feita deixa uma colostomia. 
 
A área doente é essa vermelha, cheia de divertículos 
inflamados. Ao retira-la, precisa ligar as duas pontas sadias. Se 
estiver limpo, essa ligadura pode ser feita. Se estiver sujo, não 
faz ou faz a anastomose e faz uma colostomia do lado oposto 
(colostomia de proteção). O alimento entra no intestino grosso 
e vai para a colostomia antes de chegar na área de 
anastomose. 
NAS GRANDES HEMORRAGIAS, A ÚNICA SAÍDA É 
OPERAR. 
HYNCHEY I: 
• Nos abcessos pequenos, o tratamento é clínico. 
• Preconiza-se internação hospitalar para jejum, 
hidratação, antiespasmódicos, antibióticos e 
observação por 48-72 horas 
• Alguns casos selecionados podem ser tratados em 
regime ambulatorial, desde que seja possível o 
acompanhamento rigoroso 
• A antibioticoterapia deve cobrir gram negativo e 
anaeróbios, sendo o esquema: 
o CIPROFLOXACINO (500mg, VO, 12/12h) ou 
o CEFTRIAXONA e METRONIDAZOL (500mg, 
VO, 8/8h) 
o Duração de 10-14 dias 
• Durante fase aguda a dieta deve ser pobre em fibras 
para repouso intestinal 
• Após melhora do quadro agudo, deve ser instituída 
dieta rica em fibras e laxativos formadores de bolo 
fecal 
Nos abcessos grandes, há 4 opções: 
• 1º. Drenagem percutânea guiada por imagem (TC); 
• 2º. Colostomia amontante, para que as fezes não 
passem no abcesso e piore a infecção; 
• 3º. Laparotomia; 
• 4º. Videolaparoscopia. 
Agora, no momento, é importante saber que o 
tratamento é clínico. 
HYNCHEY II 
• Internação é obrigatória 
• Diverticulite complicada → ATB intravenoso até a 
estabilização da inflamação e, após, passar para via 
oral por 10-14 dias. Recomenda-se monoterapia: 
o AMPICILINA-SULBACTAM (3g – 6/6h) ou 
o PIPERACILINA/TAZOBACTAM (3,375g, 6/6h) 
• Falha do tratamento clínico do abcesso pequeno ou 
a apresentação de coleção pélvica demandam 
drenagem, que pode ser (preferencialmente) por 
radiologia intervencionista, guiada por USG ou TC. Se 
esses métodos não estiverem disponíveis, é 
necessária a abordagem cirúrgica 
 
HYNCHEY III E IV 
Depende do grau, porém no IV é sempre indicado 
cirurgia, com técnicas cirúrgicas específicas, porém não 
precisa decorar. 
• III e IV com peritonite purulenta ou fecal: tratamento 
cirúrgico de urgência 
• Conduta vai depender do segmento colônico 
acometido e do grau da peritonite 
• Como o sigmoide é o local mais comum: tem que 
fazer uma retrossigmoidectomia 
• IV: contraindica-se videolaparoscopia 
 
*cirurgia de Hartmann: retosigmoidectomia com 
sepultamento do coto retal no nível do promontório e 
colostomia terminal do coto proximal 
 
PROVA: Saber divisões, complicações, qual exame pedir, qual 
tratamento básico, saber que colono não faz em quadro 
agudo, mas que tem que fazer em todos os pacientes que já 
tiveram quadros agudos. Paciente chega com essa dor, fazer 
anamnese e exame físico, primeiro pedir um raio-x de abdome 
agudo e em segundo plano se ainda n saber, fazer uma TC, que 
ajuda no diagnóstico. Não são todos os casos que precisa 
entrar com ATB, casos leves n precisam, quadros mais graves 
precisam – febre intensa, idosos, imunodeprimidos, entrar 
com jejum – paciente vai melhorar – depois q melhorou você 
programa um retorno, uma colono e um acompanhamento, 
em casos graves e específicos vc indica cirurgia – n precisa 
saber os tipos de cirurgia 
 
RESUMO DA AULA 
O QUE É A DOENÇA DIVERTICULAR DO COLON 
• Presença de divertículos no cólon 
• Podem ser congênitos - herniações de parede inteira 
• Podem ser adquiridos 
o Mais frequentes 
o Principal localização: sigmoide 
o pontos de menor resistência 
o “pseudodivertívulos” 
o Herniação da mucosa e submucosa 
SINAIS E SINTOMAS 
• Alterações do ritmo intestinal 
• Dor no abdome inferior (FIE) 
• Maioria é assintomático 
COMPLICAÇÕES 
• Hemorragia digestiva baixa 
• Diverticulite 
MANEJO 
• Antiespasmódicos e analgésicos (não usar opiáceos) 
• Alimentos ricos em fibras 
• Aumentar a ingesta hídrica: 2-2,5L/dia 
• Suplementação dietética de fibras – Metamucil

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