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• Família Ascarididae • Toxocara canis – Larva migrans visceral (LMV) e Larva migrans ocular (LMO); conhecido como lombriga dos cães o Síndrome causada pela migração de larvas de T. canis no organismo humano o Verme frequentemente diagnosticado em cães e gatos, no i. delgado, na clínica de pequenos animais – frequência com que ocorre é alta o Larva migrans – parasito errático - verme que não se desenvolve até a fase adulta fora do organismo do seu hospedeiro natural; o Hospedeiro natural do Toxocara canis = inicialmente os cães, secundariamente os gatos; o Se afetar os órgãos internos, os principais afetados são fígado e pulmões, mas eventualmente outros órgãos também poderão ser afetados o LMO – se larva migrans se instalarem no globo ocular • Parasito de cães e gatos - fase adulta • Cães novos se infectam pela ingestão de ovos com a L2 – L1 e L2 se formam no solo • Transmissão transmamária e transplacentária aos filhotes – neonatos já estarão parasitados, e com 1 semana de vida começam a eliminar os ovos do verme com suas fezes • Fêmeas ficam com larvas latentes – hipobiose, e infecta, filhotes • A partir do segundo mês os cães desenvolvem resistência a verminose; • Esses vermes para os cães/gatos tem estratégia de infectar indivíduos pela ingestão dos ovos (eliminados junto com as fezes dos que possuem a parasitose), pela via transmamária (amamentação de filhotes = ingestão de larvas), e transplacentária (larvas atravessam barreira placentária e se implementam no organismo dos filhotes) Infecção no homem: • Ingestão de ovos com L2 • Ovos levam cerca de 1 a 2 semanas para amadurecerem no solo, depois que são liberados com fezes dos animais parasitados, logo, trata-se de infecção por geohelminto (solo tem que ter umidade, TE, luminosidade, teor de areia adequados) • Int. delg.: Eclosão dos ovos – acompanhada do desenvolvimento de L2 para L3, ainda no intestino humano; mas isso ocorre também no organismo de cães e gatos • L3 penetram na parede intestinal, caem na circulação sanguínea e atingem diversos tecidos: fígado, pulmões, coração, medula óssea, cérebro, musculatura e olhos – elas atingem diversos tecidos e órgãos e la permanecem por longos períodos, não sendo capazes de completar seu desenvolvimento – L3 vivas lesionarão tecidos, o que desencadeia a larva migrans visceral Sintomatologia: ➢ LMV: • Depende da quantidade de larvas, do órgão invadido e da resposta imune do paciente • Ao ingerir poucos ovos de Toxocara canis, parte dessas larvas não consegue chegar aos órgãos por conta da imunidade = quadro assintomático • Mas se tiver grande carga parasitária, ele terá problemas sérios de saúde • Quando a infecção é hepática, o grau de gravidade varia com o número de larvas; costuma ser mais grave com a invasão dos globos oculares e pulmões • Respota imune do paciente determina gravidade maior/menor; se for eficiente (a partir da puberdade) – ele responderá muito bem a presença das larvas e terá quadro clínico assintomático • Crianças na faixa de 10 anos de idade – mais acometidos, por conta da resposta imune não eficiente • Indivíduos hipersensíveis: crises de urticária – em dependência da hipersensibilidade as larvas • Pulmão: Tosse (produtiva, com liberação de muco), dispnéia, anorexia e dor abdominal (relacionadas ao quadro excessivo de tosse) • SNC: manifestações neurológicas: crises convulsivas, crises epileptiformes, confusão mental, mudanças repentinas de humor O parasito: Toxocara canis: • Como vários nematóides de animais que infectam ocasionalmente o homem, este parasito não completa seu ciclo biológico normal, no organismo humano, permanecendo como uma larva migrans visceral, em diferentes tecidos. • O verme adulto assemelha-se ao Ascaris, medindo a fêmea 6 a 18 cm e o macho 4 - 10 cm (a) • Machos e fêmeas habitam o intestino delgado de cães, e ovos são oriundos do organismo desses animais o Os ovos eliminados do organismo desses animais contaminam o solo, e indivíduos que ingerirem esses ovos contrairão a larva migrans visceral • Vermes são cilíndricos, similares ao Ascaris lumbricoides humano, são menores, coloração branca e tem expansões cervicais na região anterior do corpo (asas cefálicas) • Toxocara cati = pode potencializar larva migrans visceral, mas intensidade menor; Toxocara canis é dito parasito de cães mas pode parasitar gatos; Toxocara catis é tipicamente parasito de gatos e pode parasitar cães • Além de 3 lábios que precedem a boca, possuem 2 expansões cervicais em forma de aletas (e, f) • • ➢ LMO: • Larvas migram para globo ocular • Lesões unilaterais envolvendo coróide, retina e vítreo • Perda da visão (total, ou podem levar a catarata): pois a presença das larvas gera abscessos eosinófilos (oriundos da concentração de eosinófilos em torno da larva presentes no globo ocular), que tendem a produzir o descolamento da retina e opacificação do humor vítreo, com perda da visão. o Tratamento não feito com anti-helmínticos, será feito com corticoides • Pessoa hipersensível com crise de urticária: crise pode se desenvolver de um dia para outro; manifestação cutânea • Nódulos no pulmão: formados pela presença das larvas; essas larvas no cão/gato sobem no parênquima pulmonar, se arrastam para a faringe dos animais, e são deglutidas o Já no ser humano, isso não ocorre, pois as larvas ficarão retidas no pulmão, desencadeando as lesões nodulares • Nódulos no fígado: originados pela presença das larvas no parênquima hepático Epidemiologia: • Presença de cães e gatos em locais públicos como praias, parques, praças, creches (caixas de areia); • Crianças: Ingestão de ovos de Toxocara na terra ou objetos-doença mais complicada: entre 2 e 5 anos de idade, se estendendo até cerca de 10 anos, diminuindo o nível de complexidade; isso na dependência da resposta imunológica do indivíduo, hipersensibilidade do indivíduo e a carga parasitária que possui • Cães novos: Principal fonte de infecção; • Fator de contaminação do solo: Eliminação de muitos ovos e resistência dos mesmos o Fêmeas de Toxocara canis liberam até 1 milhão de ovos diariamente – taxa de contaminação do ambiente é violenta o Ao tratar cão recém-nascido, que teve infecção transplacentária, ao administrar o anti-helmíntico (fundamental para combater a doença em cães e gatos), percebe-se que cães liberam via ânus bolos desses vermes o Logo, temos que esperar nos cães e gatos carga parasitária alta, o que poderá ocasionar taxa de contaminação do ambiente elevada Controle: • Fazer exame parasitológico de vermes em cães e gatos • Exame e tratamento de cães e gatos com anti- helmínticos • Evitar acesso dos animais a locais públicos Quadro clínico: • Cães ficam com distensão abdominal, e recém nascidos choram sem parar por causa das cólicas (dolorosas – produzidas pelos adultos de T. canis) • O choro pode ser confundido com carência • Inicialmente cães tem apetite aumentado, e posteriormente perdem apetite, tem abdômen distendido e animal fica mais amoado Diagnóstico: • Em seres humanos não se baseia em exame parasitológico de fezes; • Para saber se um cão tem toxocaríase, tem os adultos do verme no intestino delgado dele, o exame parasitológico de fezes deve ser feito – ovos nas fezes – ovos parecidos com os de Ascaris lumbricoides – aspecto de casca escavada, coloração castanha • Obs.: o ser humano não eliminará ovos de T. canis, pois o adulto não existe no seu intestino • Diagnóstico fundamenta-se em dados clínicos, hematológicos, radiológicos, biópsia ou métodos imunológicos. o Se convive com cães e gatos; se criança tem contato com eles; se criança tem em áreas em que há contaminação de fezes de cães/gatos o Dados hematológicos: relacionado com eosinofiliasanguínea = aumento da taxa de eosinófilos o Quadro clínico pulmonar da Larva migrans visceral humana pode ser síndrome de Lofler – febre, tosse e eosinofilia sanguínea o Exame radiológico: observar abscessos eosinofílicos, nódulos o Biópsias: identificação das larvas de T. canis o Métodos imunológicos: marcadores imunológicos da presença de larvas da T. canis Tratamento • Em geral ele é desnecessário, por serem as infecções benignas e autolimitadas. – principalmente em indivíduos acima de 15 anos de idade, mas abaixo dessa idade pode ser necessário o tratamento • A duração do parasitismo pode alcançar 6 a 18 meses. – larvas podem permanecer vivas no organismo desse indivíduo por esse tempo • Mas, pacientes dos grupos de alto risco para reinfecções ou superinfecções, devem ser tratados. • Utilizar (seja pulmonar, hepática, de medula óssea, SNC) albendazol, mebendazol, tiabendazol ou dietilcarbamazina. A repetir após uma semana, se necessário; deve-se escolher q deles e observar as reações do paciente, pois todo anti-parasitário tem efeitos colaterais • Na toxocaríase ocular, usar prednisona e triancinolona (corticoides) em vez de anti-helmínticos. – para reduzir formação daquelas abscessos eosinofílicos, que causam deslocamento de retina e perda de visão (opacificação do humor vítreo), logo, os corticoides diminuem a resposta imunológica a nível de eosinófilos • OBS.: Ovos em áreas sombreadas da praia: vivem por até 6/8 meses, e em 2 semanas as larvas infectantes estarão prontas nos ovos – ovos digeridos = doença
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