Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LUCIELE BRAGA – ODONTOLOGIA CICLOXIGENASE: pela ação desta enzima, o ácido araquidônico irá gerar produtos finais com efeitos distintos, em função do tipo celular envolvido. As células locais injuriadas irão produzir prostaglandinas; as células endoteliais que revestem as paredes dos capilares sanguíneos irão gerar prostaglandinas; as plaquetas, por sua vez irão liberar tromboxanas. A lesão tecidual também irá servir de estimulo para as células fagocitárias (macrófagos e neutrófilos) produzirem mais prostaglandinas diretamente no local inflamado gerando ainda outras substâncias como a interleucina-1 e o fator ativador de plaquetas. Todas as substâncias causam hiperalgesia, de uma forma ou de outra, talvez como exceção das tromboxanas que são responsáveis pela agregação plaquetária. LIPOXIGENASE: por esta via são gerados os leucotrienos como produto final de metabolização do ácido araquidônico. FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE: ASPIRINA (ácido acetilsalicílico) – possui boa atividade analgésica se emprega nas dosagens de 500 a 650mg. Para se obter uma ação anti-inflamatória, são necessários de 4 a 5 gramas diários. Em dosagens mais baixas, na faixa de 40 a 100mg a aspirina possui ação antiagregante plaquetária (inibe as tromboxanas das plaquetas) sendo prescrita rotineiramente a pacientes portadores de doenças cardiovasculares. COX-1 – É encontrada em grandes quantidades nas plaquetas, rins e mucosa gástrica, na forma de enzima constitutiva (ou seja, sempre presente). Na presença de estímulos fisiológicos, a ação da COX-1 sobre o ácido araquidônico irá gerar prostaglandinas que estão envolvidos com processos biológicos, como a proteção da mucosa gástrica, regulação da função renal e agregação plaquetária. COX-2 – É a forma induzida, pois é encontrada em pequenas quantidades nos tecidos, mas sua concentração é aumentada em cerca de 80 vezes sob estímulos inflamatórios. Os anti-inflamatórios não-esteróides convencionais, como a indometacina e o piroxicam, inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2, em graus varados de intensidade LUCIELE BRAGA – ODONTOLOGIA Inibidores não seletivos – inibem COX-1e COX-2: Aspirina, Piroxicam, Ibuprofeno, Dicoflenaco. Inibidores seletivos – inibem preferencialmente a COX-2: Nimesulida e Meloxicam. Inibidores específicos – inibem quase que exclusivamente a COX-2: Celecoxibe, Etoricoxibe, Lumiracoxibe. Inibidores da cicloxigenase: (com exceção talvez da aspirina) podem ser empregados como medicação pré e pós-operatória em intervenções odontológicas eletivas, quando houver expectativa de resposta inflamatória de maior intensidade, com o objetivo de se prevenir a hiperalgesia e controlar o edema. FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES, POR MEIO DA INIBIÇÃO DA FOSFOLIPASE A2 São representados pelos corticosteroides. A Dexametasona e a Betametasona são os corticosteroides de escolha para uso odontológico, por via sistêmica, por apresentarem uma potência de ação de 25 a 30 vezes maior que a hidrocortisona, droga padrão do grupo. Além disso, apresentam maior tempo de meia-vida plasmática, permitindo seu emprego em dose única pré-operatória ou por tempo muito restrito. Medicação anti-inflamatória atua como coadjuvante aos procedimentos de ordem local. Obedecer aos princípios da técnica cirúrgica; Controle adequado (mas não totalmente inibitório) da inflamação; Inibe a cicloxigenase – interrompe uma parte dos mediadores; Inflamação aguda (efeito ‘anti’, não ‘des”); 6-8h (dor) e 36h (inflamação) – 2 a 3 dias; EFEITOS – AINES: Anti-inflamatório (inibição da vasodilatação, edema e dor) Analgésico (previnem a sensibilização dos nociceptores) Antipirético (produção de prostaglandinas no hipotálamo – febre) REAÇÕES ADVERSAS: Alteração gastrointestinal (20%)- efeitos adversos mais comuns: náusea, dor epigástrica, úlcera; Reações cutâneas (alérgicas): erupções leves, urticárias; Efeitos renais adversos: nefrotoxicidade. Distúrbios da medula óssea (principalmente derivados da priazolona, dipirona) – agranulocitose. Potencializa a ação dos hipoglicemiantes orais. LUCIELE BRAGA – ODONTOLOGIA Medicamentos não seletivos da COX AAS; Paracetamol; Ibuprofeno; Dipirona; Dicoflenaco; Estodolaco; Ácido mefenâmico; Piroxicam e tenoxicam. Preferenciais (seletivos da COX-2) Nimesulina; Meloxicam; Seletivos (específicos) da COX-2 Pirazois diaril substituídos – celecoxibe Etoricoxibe
Compartilhar