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ℝ𝕖𝕤𝕦𝕞𝕠𝕤 ℍ𝕚𝕤𝕥𝕠𝕝𝕠𝕘𝕚𝕒 1º Período Professora: Karin Kristina Pereira Bockler Criação: Lara Canato Micheletto TXX Utilizado pelo acadêmico:_________________________________ Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido epitelial Generalidades: São derivados a partir dos três folhetos embrionários: endoderma, mesoderma e ectoderma Recobrem todas as superfícies do corpo- exceto cartilagem articular, esmalte dos dentes e superfície anterior da íris Os epitélios apresentam polaridade funcional e estrutural Não possuem vaso sanguíneo e linfático direto Praticamente não apresentam substância intercelular livre Células justapostas Funções: Proteção de tecidos subjacentes contra lesões Transporte transcelular de moléculas através de camadas epiteliais Secreção de muco, hormônio e enzimas Absorção de substâncias a partir do lumen Percepção de sensações Controle de movimentos de substâncias entre compartimentos corporais pela permeabilidade seletiva Tipos Tecido epitelial de revestimento Tecido epitelial glandular Neuroepitélio Classificação Epitélio simples pavimentoso Forma: achatada Função: transporte de fluidos, trocas gasosas, lubrificação Localização: alça de henle, alvéolos pulmonares, vasos sanguíneos e linfáticos Epitélio simples cúbico Forma: cuboide Função: secreção, absorção e proteção Localização: ductos de glândulas, ovários, túbulos renais Lara C. Micheletto - TXX 01 Epitélio simples colunar Forma: colunar, cilíndrico Função: transporte, absorção, secreção e proteção Localização: útero, pequenos brônquios, vesícula biliar, ducto de glândulas Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Forma: camada basal – cuboide, camada mediana – poliforme, superfície - pavimentosa Função: proteção, secreção Localização: boca, epiglote, esôfago, cordas vocais Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado Forma: camada basal – cuboide, camada mediana – poliforme, superfície – pavimentosa, células anucleadas Função: proteção Localização: pele Epitélio estratificado cúbico Forma: cuboide Função: absorção, secreção Localização: ductos das glândulas sudoríparas Epitélio estratificado colunar Forma: colunar, camada basal – poliédrica/cuboide, camada apical – células colunares Função: secreção, absorção e proteção Localização: conjuntiva do olho, ductos excretores e parte da uretra masculina Epitélio pseudoestratificado Forma: célula basal e cilíndrica Função: proteção Localização: traqueia e epidídimo Epitélio de transição Forma: cuboides, colunares (em repouso), achatadas (distendidas) Função: proteção Localização: trato urinário dos cálices renais até a uretra Domínios e polaridade Domínio apical Representa a superfície livre das células epiteliais Região da célula voltada para o lúmen, rico em canais iônicos, glicoproteínas e enzimas hidrolíticas 1. Microvilosidades Prolongamentos digitiformes da superfície celular, que contém um eixo de microfilamentos de actina unidos por ligações cruzadas formadas por vilina Aumentam a superfície de contato, promovendo maior absorção Lara C. Micheletto - TXX 01 Presente no intestino 2. Estereocílios Projeções digitiformes longas e ramificadas Sem axonemas Imóveis Aumentam a superfície celular Facilitam trânsito de moléculas dentro e fora da célula Epidídimo e canal deferente 3. Cílios Longas estruturas móveis que emanam a superfície apical da célula Eixo é composto por um arranjo de microtúbulos denominado axonema Dineína – proteína com atividade ATPásica que fornece energia para o dobramento ciliar Presenta na traqueia e tuba uterina Domínios basolaterais Inclui as superfícies basal e lateral da membrana plasmática de células epiteliais. 1. Junções de oclusão Formam uma barreira com permeabilidade variável e seletiva, evitando que substancias tomam uma rota intercelular Formada por proteínas denominadas claudinas e ocludinas, junto de caderinas que reforçam esse lacre 2. Junções de adesão Atuam mantendo a adesão do tipo célula-célula ou adesão do tipo célula- lâmina basal Formadas por caderinas (proteínas transmembranares de ligação dependentes de Ca++) esta junção não apenas une as membranas plasmáticas de uma célula à outra, mas também promove uma associação do citoesqueleto das duas células através das proteínas transmembranares de ligação os filamentos de actina estão ligados uns aos outros e a membrana basal por meio de proteínas denominadas catenina, vinculina e actinina 3. Junções comunicantes ou GAP Atuam na permissão do movimento de íons ou moléculas sinalizadoras entre o citoplasma das células. Fazem acoplamento químico e elétrico A junção é realizada entre dois conexons, sendo cada um fromado por 6 conexinas 4. Desmossomos São junções que ajudam a resistir a estresses mecânicos Cada desmossomo apresenta duas placas de adesão Cada placa é composta por uma série de proteínas de adesão: desmoplaquinas e pecoglobinas Lara C. Micheletto - TXX 01 5. Hemidesmossomos Estruturas assimétricas que estabelecem a ligação célula-matriz Glicoproteína envolvida: integrina Predominam na zona basal das células epiteliais Moléculas de adesão Permitem o contato célula a célula, estabilizado por junções celulares especializadas Moléculas dependentes de Ca2+: Caderinas e Selectinas Moléculas independentes de Ca2+: Superfamília das imunoglobulinas e as integrinas 1. Caderinas Estabelece a ligação entra o citoesqueleto interno de uma célula e a face externa da outra célula São as principais proteínas de adesão que mantêm as células epiteliais juntas em arranjo de camada 2. Selectinas Participam do movimento de leucócitos Dependes de Ca++, se ligam a carboidratos de reconhecimento 3. Integrinas Integram citoesqueleto e matriz Atuam na transmissão de sinais através da membrana Ca++ independente Interage citoesqueleto e matriz Seu domínio extracelular se liga a laminina e fibronectina 4. Imunoglobulinas Podem mediar interações heterofílicas e homofílicas Independentes de Ca++ Glândulas Originam-se de células epiteliais que abandonam a superfície da qual se formaram e penetram no tecido conjuntivo subjacente, produzindo uma lâmina basal em torno delas. PARÊNQUIMA – unidades secretoras e ductor ESTROMA – elementos do tecido conjuntivo 1. Glândulas exócrinas Quanto a natureza de secreção: Mucosas – secretam mucinogênio Serosas – secretam fluido aquoso rico em enzimas Mistas – contêm ácinos que produzem secreções mucosas e serosas Quanto os mecanismos de secreção Merócrinas – ocorre através de exocitose, nem o citoplasma, nem a membrana plasmática se tornam parte da secreção Apócrinas – uma porção pequena do citoplasma apical é liberada com o produto da secreção Holócrinas – a célula amadurece, morre e torna-se produto da secreção Lara C. Micheletto - TXX 01 Quanto a quantidade de células Unicelulares – células caliciformes, se encontram no revestimento epitelial do intestino e trato respiratório Multicelulares – são arranjadas em vários graus de organização e subclassificadas em simples (único ducto) e compostas (vários ductos) Quanto ao método de secreção Exócrinas – secretam seus produtos através de ductos para fora da corrente sanguínea Endócrinas – não apresentam ductos e secretam seus produtos para dentro de vasos sanguíneos e linfáticos1 –Intestino grosso 2 –Estômago e útero 3 –Glândula sudorípara 4 –Glândulas sebáceas 5 –Pâncreas exócrino 6 –Glândula mamária 7 –Glândula salivar 2. Glândulas endócrinas Tipos Cordonal – arranjo mais comum em forma de cordão anastomosado ao redor dos capilares. Ex: paratireoides Folicular – células secretoras que formam folículos, envolvendo uma cavidade que recebe a armazena o hormônio secretor. Ex: tireoide Moléculas sinalizadoras Dependendo da distância que a citocina deva seguir até alcançar sua célula-alvo: Autócrino: A célula sinalizadora é o seu próprio alvo Parácrino: A célula-alvo está localizada nas vizinhanças da célula sinalizadora Endócrino: A célula-alvo e a célula sinalizadora estão distantes. Usa-se vasos sanguíneos e linfáticos Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido conjuntivo Une e sustenta outros tecidos dando “conjunto” ao corpo Composto por células e matriz extracelular (MEC) Funções: Fornecer suporte estrutural Servir de meio para trocas Ajudas na defesa e proteção do corpo Funciona como armazenamento de gordura Armazenamento de metabólitos Matriz extracelular (MEC) Complexo de macromoléculas não-vivas produzidas pelas células e exportadas por elas para o espaço extracelular. FUNÇÕES: 1. Modificar a morfologia e a função das células 2. Modular a sobrevivência das células 3. Influenciar no desenvolvimento das células 4. Regular a migração das células 5. Direcionar a atividade mitótica das células 6. Formar associações juncionais com as células COMPOSIÇÃO: Substância fundamental amorfa – resiste a forças de compressão Fibras – resistem a forças de tensão Substância fundamental Material amorfo, semelhante a um gel, composto por: glicosaminoglicanos (GAGs), proteoglicanos e glicoproteínas 1. Glicosaminoglicanos São longas cadeias de polissacarídeos, formadas por unidades de dissacarídeos que se repetem Tem a capacidade de se ligar a grandes quantidades de agua Se repelem: viscosidade GAGs sulfatados: Queratan-sulfato; condroitina-sulfato GAG não-sulfatado: Ácido hialurônico 2. Proteoglicanos Constituem uma família de macromoléculas, cada uma é composta por um eixo proteico ao qual glicosaminoglicanos estão ligados covalentemente Ocupam grande espaço Resistem à compressão Lara C. Micheletto - TXX 01 Locomoção celular normal Retardam movimento de microrganismos e células metásticas Possuem sítios de ligação para moléculas de sinalização 3. Glicoproteínas: Tem sítios de ligação para vários componentes da MEC, assim como para moléculas de integrina da membrana celular, que facilitam a ligação das células à MEC FICRONECTINA: Grande dímero composto por duas subunidades polipeptídicas similares unidas por ligações dissulfeto. Produzidas por fibroblastos. Indica vias de migração para células embrionárias Fibronectina plasmática: Sangue (Cicatrização, fagocitose, coagulação) LAMININA: Presente em lâminas basais, apresenta sítios de ligação para: heparan-sulfato; Colágeno tipo IV; Entactina, Receptores específicos na membrana plasmática. Fibras: Dão forsa tênsil e elasticidade à MEC Existem três tipos: colágenas, elásticas e reticulares 1. Fibras colágenas Composta por subunidades de tropocolágeno Pelo menos 20 tipos diferentes 20% de todas as proteínas do corpo Separadas em 3 categorias: colágenos fibrilares, colágenos associados a fibrilas e colágenos formadores de redes Tipos de colágeno: Lara C. Micheletto - TXX 01 2. Fibras elásticas Fibras delgadas, longas e se ramificam pelo T.C frouxo Se acomodam muito facilmente e podem ser esticadas sem que se rompam São encontradas no ligamento amarelo da coluna vertebral Componentes celulares 1. Células fixas Fibroblastos Células adiposas Pericitos Mastócitos Macrófagos 2. Células transitórias Plasmócitos Linfócitos Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Monócitos Macrófagos Fibroblastos Tipo celular mais abundante Responsável por quase toda a síntese da MEC Derivam de células mesenquimais indiferenciadas Geralmente se associam a feixes de fibras colágenas Sintetizam glicoproteínas e proteoglicanos Fibrócitos são sua forma inativa Miofibroblastos São fibroblastos modificados Possuem características tanto de fibroblastos como de células musculares lisas Apresentam filamentos de alfa-actina São abundantes em áreas de cicatriz e lesões Pericitos Podem ter função contrátil Envolvem células endoteliais e pequenas vênulas Células adiposas Células indiferenciadas com função de síntese, armazenamento e liberação de gordura Não sofrem divisão celular São de 2 tipos: cél. uniloculares e cél. multiloculares As uniloculares armazenam somente uma gota de gordura enquanto as multiloculares armazenam várias Mastócitos Originam-se de células tronco da medula óssea Atuam na mediação de processos inflamatórios Apresentam vários grânulos com heparina e histamina Lara C. Micheletto - TXX 01 Macrófagos São células fagocitárias profissionais e apresentadoras de antígenos Podem se comportar como célula fixa ou transitória Atuam na remoção de restos celulares e na proteção contra invasores externos Derivam de monócitos Lisossomos em abundância Plasmócitos Originam-se a partir de linfócitos B Produzem anticorpos Aspecto de toda de carroça Tecido conjuntivo embrionário Inclui o mesequimatoso e o mucoso 1. Tecido conjuntivo mesenquimatoso Está presente somente no embrião Constituído por células mesenquimais imersas em uma substância fundamental gelatinosa com fibras colágenas 2. Tecido conjuntivo mucoso Conhecido como geleia de wharton É encontrado no cordão umbilical e no T.C subdérmico do embrião MEC composta basicamente de ácido hialurônico e fibras colágenas tipo I e III esparsas Tecido conjuntivo propriamente dito Inclui o frouxo, denso, reticular e adiposo 1. Tecido conjuntivo frouxo Composto por fibras dispostas frouxamente Preenche espaços do corpo abaixo da pele Fibras colágenas, reticulares e elásticas fazem parte da sua MEC, fortemente entrelaçadas Substancia fundamental e fluido tecidual abundantes Abriga variedade de células fixas Respostas imunológica 2. Tecido conjuntivo denso a) Denso modelado rico em fibras colágenas Fibras dispostas de maneira ordenada Composto por espessos feixes de fibras colágenas fortemente compactadas, orientadas paralelamente Encontrado em tendões, ligamentos e aponeuroses b) Denso modelado rico em fibras elásticas Também chamado de tecido elástico Possui fibras elásticas grosseiras ramificadas e algumas fibras colágenas formando redes Tecido raro, presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis c) Denso não modelado Contém fibras colágenas grosseiras entrelaçadas Sua força resiste a trações em todas as direções Fibroblastos são o tipo mais abundante no tecido Constitui a derme da pele, testículo, ovários Tecido reticular É composto principalmente por colágeno tipo III Lara C. Micheletto - TXX 01 As fibras reticulares formam redes semelhantesa malhas entremeadas com células reticulares e macrófagos Esse tecido forma o arcabouço estrutural da medula óssea, dos órgãos linfoides e baço Células reticulares sintetizam o colágeno do tipo III Tecido adiposo Classificado em 2 tipos: unilocular e multilocular 1. Tecido adiposo unilocular (gordura branca) Cada adipócito unilocular contem apenasuma gota de gordura Fortemente irrigado por vasos sanguíneos Está presente na camada subcutânea de todo o corpo Nos homens a gordura é armazenada principalmente no pescoço e nos ombros Nas mulheres principalmente em mamas, nádegas, quadril e coxas 2. Tecido conjuntivo multilocular (gordura parda) Formado por células adiposas multiloculares Cor parda devido a sua extensa vascularização e dos citocromos abundantes nas mitocôndrias As células adiposas multiloculares armazenam gordura em múltiplas gotículas É um tecido extremamente vascularizado Está localizado principalmente no recém nascido na região do pescoço e região interescapular Contém mais mitocôndrias e está associado à produção de calor Absorção de gorduras: Lara C. Micheletto - TXX 01 Correlações clínicas Obesidade: 1. Obesidade hipertrófica Armazenamento de gordura nos adipócitos Aumento de até 4x 2. Obesidade hipercelular Superabundância de adipócitos Alimentação excessiva em recém- nascidos Formação do tecido adiposo Formação primária – ocorre no início da vida fetal, grupos de células epiteliodes precursores distribuem-se por certos locais no feto em desenvolvimento, lipídios se acumulam formando tecido adiposo multilocular Formação secundária – perto do final da vida (formação), outras células precursoras fusiformes diferenciam-se em muitas áreas do tecido conjuntivo dentro do feto e começam a acumular lipídios que coalescem formando uma única gotícula de gordura em cada célula (tecido adiposo unilocular) Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido cartilaginoso Características cartilagem ↳ Células: condrócitos - Ocupam lacunas dentro da MEC ↳ Não tem vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos - Recebem nutrientes a partir de vasos sanguíneos presentes nos tecidos conjuntivos que a envolvem ↳ Flexibilidade e resistência à compressão - Amortecedor - Torna possível movimento nas articulações Células da cartilagem Matriz extracelular ↳ Conteúdo ↳ Ácido hialurônico ↳ Proteoglicanos ↳ Agrecanos ↳ Grande conteúdo de água ↳ 70%a 80% do peso ↳ Fibras colágenas – 40% do peso seco Por que não visualizamos o colágeno na matriz cartilaginosa? - Porque o índice de refração das fibras colágenas e da substância é quase o mesmo ↳ As fibrilas podem estar orientadas conforme as forças aplicadas sobre a cartilagem. ↳ Matriz territorial – pobre em colágeno e rica em condroitino-sulfato ↳ Matriz interterritorial - Rica em colágeno do tipo II e pobre em proteoglicanos ↳ Cápsula (matriz) pericelular – delicada rede de fibrilas de colágeno Pericôndrio ↳ Camada fibrocelular ↳ Contínua com o periósteo e se mistura ao tecido conjuntivo ↳ Duas camadas Camada fibrosa externa - Feixes de colágeno do tipo I e elastina Camada interna - Camada condrogênica - Formada por condrócitos alinhados na margem da cartilagem Lara C. Micheletto - TXX 01 Tipos de cartilagem ↳ Segundo as fibras presentes na matriz Cartilagem hialina ↳ Contém colágeno do tipo II em sua matriz ↳ É a mais abundante no corpo ↳ Exerce diversas funções ↳ Do grego hyalos – vítreo ↳ Matriz com aspecto claro ↳ Cartilagem mais abundante do corpo; ↳ Molde para ossificação endocondral; ↳ Forma a maior parte do esqueleto do embrião ↳ Resistência a compressão e à tração ↳ Essencial para sua função nas superfícies articulares das articulações. ↳ Avascular ↳ Nutrientes e O2 por difusão pela MEC ↳ Limite de espessura ↳ Hormônios e vitaminas podem influenciar o crescimento da cartilagem Localização: Cartilagem elástica ↳ Contém colágeno do tipo II ↳ Muitas fibras elásticas dispersas na matriz ↳ Maior flexibilidade ↳ Semelhante à cartilagem hialina ↳ Possui fibras elásticas na matriz e no pericôndrio ↳ Mais amarelada e opaca que a cartilagem hialina ↳ Presença de fibras elásticas. Localização: ↳ Abundantes fibras elásticas Lara C. Micheletto - TXX 01 ↳ Delicadas, grosseiras, ramificadas, interpostas com fibras colágenas do tipo II ↳ Maior flexibilidade que a cartilagem hialina ↳ Condrócitos mais abundantes e maiores ↳ Matriz reduzida em relação à cartilagem hialina ↳ Feixes de fibras elásticas da matriz territorial maiores Fibrocartilagem ↳ Possui densas e espessas fibras de colágeno tipo I na matriz ↳ Resiste a grandes forças de tensão ↳ Não possui pericôndrio ↳ Matriz com colágeno tipo I ↳ Associada à cartilagem hialina e ao T.C. Denso ↳ Substância fundamental é escassa ↳ Condrócitos em fileiras paralelas alternadas com feixes espessos e grosseiros de colágeno ↳ Forças de tração ↳ Os condrócitos podem se originar de fibroblastos ↳ Fibrobrastos sintetizam proteoglicanos ↳ Considerada a transição entre T.C. Denso e cartilagem hialina Localização: ↳ Discos intervertebrais - Núcleo Pulposo - Células derivadas da notocorda – MEC rica em ácido hialurônico - Anel fibroso - Camadas de fibrocartilagem Correlação clínica: Hérnia de disco ↳ Extrusão do núcleo pulposo pelo rompimento do anel fibroso ↳ Mais comum na região lombar ↳ Comprime nervos espinhais Lara C. Micheletto - TXX 01 Degeneração e regeneração ↳ Degenera quando os condrócitos hipertrofiam e morrem ↳ MEC calcifica-se ↳ Processo natural de envelhecimento ↳ Redução na mobilidade e dor nas articulações ↳ Regeneração ruim - Exceto em crianças ↳ Células condrogênicas penetram na lesão e formam uma nova cartilagem ↳ Tecido conjuntivo denso - Quando a lesão é grande Condrogênese 1. Crescimento intersticial O crescimento intersticial ocorre no interior da massa cartilaginosa. Isso é possível porque os condrócitos ainda são capazes de se dividir e porque a matriz é distensível. Embora as células-filhas ocupem temporariamente a mesma lacuna, separam-se quando secretam nova matriz extracelular. Quando parte desta última matriz é secretada, forma-se uma divisão entre as células e, neste ponto, cada célula ocupa sua própria lacuna. Com a continuidade da secreção da matriz, as células ficam ainda mais separadas entre si. 2. Crescimento aposicional ↳ Crescimento aposicional é a formação de cartilagem sobre a superfície de uma cartilagem já existente. As células empenhadas nesse tipo de crescimento derivam do pericôndrio. ↳ A cartilagem cresce através da adição de nova matriz na superfície da cartilagem pré-existente. Neste processo, as novas células cartilaginosas, denominadas de condroblastos, são derivadas da camada interna do pericôndrio. Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido ósseo Osso ↳ Tecido conjuntivo rígido, inflexível ↳ MEC impregnada com sais de cálcio e fosfato – mineralização ↳ Altamente vascularizado ↳ Metabolicamente ativo Estrutura macroscópica ↳ Osso compacto ou denso ↳ Osso esponjoso ou trabecular ↳ Corpo ou diáfise ↳ Cavidade medular ↳ Epífases ↳ Metáfise - Placa epifisária - Zona de crescimento = placa epifisária + osso esponjoso adjacente 1. Cartilagem articular ↳ Cartilagem hialina que reveste as superfícies articulares nas extremidades de ossos longos 2. Periósteo ↳ Revestimento ósseo ↳ Tecido conjuntivo especializado com potencial osteogênico ↳ Exceção: superfícies articulares, inserção dos tendões e ligamentos 3. Endósteo ↳ Com potencial osteogênico ↳ Revestimento - Cavidade medular - Espaços no interior do osso esponjoso Lara C. Micheletto - TXX 01 ↳ Existem dois tipos de ossos com base na organização microscópica: Osso lamelar ↳ Lamelas - Matriz óssea - Osteócitos ↳ 4 padrões: - Ósteons ou sistemas haversianos - Lamelas circunferenciais externas - Lamelas circunferenciais internas - Lamelas intersticiais Organizaçãodo osso compacto Periósteo e endósteo PERIÓSTEO ↳ Crescimento embrionário e pós-natal - Osteoblastos ↳ Adulto - Células inativas de tecido conjuntivo - Potencial osteogênico -- lesão ou reparo ósseo ↳ Camada externa - Rica em vasos sanguíneos - Espessas fibras colágenas de ancoragem -- fibras de Sharpey ENDÓSTEO ↳ Células pavimentosas ↳ Fibras de tecido conjuntivo ↳ Revestimento - Paredes esponjosas (medula óssea) - Cavidades do osso (canais haversianos) Lara C. Micheletto - TXX 01 Matriz óssea 1. Componentes orgânicos – 35% ↳ Fibras colágenas do tipo I (90%) - Arranjo altamente organizado ↳ Proteoglicanos – ricos em condroitinsulfato, queratansulfato e ácido hialurônico ↳ Proteínas não colágenas - Osteocalcina - Osteopontina - Osteonectina – sintetizadas pelos osteoblastos, propriedades especificas na mineralização 2. Componentes inorgânicos – 65% ↳ Depósitos de fosfato de cálcio ↳ Hidroxiapatita – fosfato de cálcio cristalino - Distribuídos ao longo das fibras colágenas associados por proteínas não colágenas Componentes celulares do osso ↳ O osso em crescimento ativo contém células de duas linhagens diferentes Osteoblastos ↳ Aparência epitelial - Forma cúbica ou colunar ↳ Formam uma monocamada que reveste todos os locais de formação óssea ativa ↳ Depositam osteoide - Matriz orgânica não mineralizada do osso ↳ Iniciam e controlam a mineralização do osteoide ↳ Síntese, glicosilação e secreção de proteínas ↳ Produtos: - Colágeno tipo I - Osteocalcina - Osteopontina - Sialoproteína óssea - Fatores de crescimento ↳ Os osteoblastos são organizados linearmente. Em contraste com um epitélio verdadeiro, o espaço intercelular não está selado por junções de oclusão. Entretanto, os osteoblastos são células polarizadas, visto que a matriz óssea produzida é liberada na interface osteoblasto-tecido ósseo ↳ O osteóide, uma MEC óssea recém-sintetizada, é gradualmente depositada na forma de faixas ou lamelas. Por último, os osteoblastos são aprisionados no interior do osteoide e se tornam osteócitos quando a matriz é calcificada. Osteócitos ↳ Quando a formação óssea está completa, os osteoblastos se achatam e se transformam em osteócitos ↳ Ocupam as lacunas – espaços entre as lamelas ↳ Canalículos – interconectam as lacunas vizinhas - Conectados por junções comunicantes ↳ Os nutrientes se difundem a partir de vasos sanguíneos vizinhos – canais haversianos ↳ Vida útil conforme fornecimento vascular *** Um vaso sanguíneo dentro do canal de Havers fornece nutrientes aos osteócitos. Os nutrientes são transportados através de uma cadeia de prolongamentos celulares, a partir do canal de Havers para os osteócitos localizados distantes do canal O transporte do sistema canalicular está limitado a uma distância de cerca de 100µm Lara C. Micheletto - TXX 01 Diferenciação osteoblasto para osteócito Osteoclastos ↳ Linhagem celular progenitora: monócito-macrófago na medula óssea ↳ Células precursoras: monócitos - A partir da corrente sanguínea - Fusão - Regulados por osteoblastos e medula óssea ↳ Remodelação óssea e renovação óssea Reabsorção óssea ↳ Ambiente ácido isolado ↳ 1º dissolução dos componentes inorgânicos do osso (desmineralização óssea) ↳ 2º degradação da matriz orgânica (colágeno do tipo I e proteínas não colagenosas) ↳ O osteoclasto é uma célula altamente polarizada, associada a uma concavidade rasa, a lacuna de Howship ou o compartimento subosteoclástico. A superfície ativa voltada para a lacuna apresenta borda em escova. Os osteoclastos são células multinucleadas e contêm mitocôndria e vesículas acidificadas (contendo H+ATPase eletrogênica) em abundância Correlações clínicas 1. Osteoporose ↳ Perda de massa óssea levando à fragilidade óssea e à suscetibilidade a fraturas ↳ Deficiência de estrogênio ↳ Aumento do número de osteoclastos - Quantidade de osso reabsorvido excede a de formado Lara C. Micheletto - TXX 01 2. Osteomalácia ↳ Amolecimento progressivo e flexão dos ossos ↳ Defeito na mineralização do osteoide - Deficiência de vitamina D – absorção e ativação - Disfunção tubular renal ↳ Raquitismo: jovens 3. Displasia cleidocranial ↳ Clavículas hipoplásticas ↳ Atraso na ossificação de suturas de alguns ossos da caixa craniana ↳ Problemas com a dentição Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido hematopoiético Sangue ↳ pH levemente alcalino: 7,4 ↳ 7% do peso corporal ↳ Adulto – em média 5L (70kg) ↳ T.C. especializado ↳ Elementos figurados ↳ Plasma Funções: ↳ Transporte de substâncias (gases e alimentos) de que as células do organismo necessitam ↳ Recebe os produtos metabólicos das células e transporta-os para serem excretados ↳ Distribui os produtos das glândulas de secreção interna ↳ Transporta eletrólitos ↳ Auxilia o equilíbrio acidobásico, da temperatura e osmótico do organismo ↳ Contribui para a defesa do organismo Componentes sanguíneos • Plasma: Contém albumina, fibrinogênio, imunoglobulinas, lipídios (lipoproteínas), hormônios, vitaminas e sais como componentes predominantes. • Elementos figurados: Os elementos figurados do sangue são os glóbulos vermelhos (42 a 47%), os glóbulos brancos e as plaquetas (ambos 1%) Plasma ↳ O plasma é um fluido amarelado no qual estão suspensos ou dissolvidos células, plaquetas, compostos orgânicos e eletrólitos. Quando alguns componentes orgânicos ou inorgânicos saem do plasma, integrando- se em um coágulo, o fluido restante é denominado soro (cor amarelo-palha). Ou seja, o plasma possui fibrinogênio (composto que atua na formação da rede de fibrina). Já o soro é o fluido restante (sem fibrina) Proteínas • Albumina (fígado): Mantém a pressão coloidosmótica e transporta alguns metabólicos insolúveis. • Globulinas e (fígado): Transporte de íons metabólicos, lipídios, ligados a proteínas e vitaminas lipossolúveis. • Globulinas (Plasmócitos): Anticorpos de defesa imunológica. • Proteínas de coagulação (Fígado): Formação da malha da fibrina. • Proteínas do complemento C1 até C9 (Fígado): destruição de microrganismos e iniciação da inflamação. • Quilomícrons (Células epiteliais intestinais): Transporte de triglicerídeos para o fígado. • VLDL (Fígado): Transporte de triglicerídeos do fígado para as células do corpo. • LDL (Fígado): Transporte de colesterol do fígado para as células do corpo. Eritrócitos ↳ Podem ser chamadas também de hemácias ou glóbulos vermelhos. ↳ São anucleadas e sem organelas. Lara C. Micheletto - TXX 01 ↳ Fazem o principal transporte de O2 pelo organismo e para os tecidos principalmente. ↳ Essas células não executam atividades metabólicas extensivas, tendo sua estimativa de vida de até 120 dias, que é regida pela capacidade de manter a forma bicôncava. ↳ Não sofrem divisão celular. ↳ Temos entorno de 4,8 à 5,3 milhões/mm (dependendo do sexo) de eritrócitos, sendo que em indivíduos que vivem em grandes altitudes sua taxa é maior. ↳ São metabolicamente ativos - Energia via anaeróbica (A energia necessária a esse processo é derivada do metabolismo anaeróbio da glicose, uma vez que a ausência de mitocôndrias exclui a produção de energia aeróbica). ↳ Sem as organelas apropriadas, são incapazes de substituir as enzimas e as proteínas em deterioração da membrana levando a uma capacidade diminuída de bombear íons de Na+ para fora da célula, de captar água e de assumir a forma bicôncava. ↳ Essas células são removidas da circulação por fagocitose ou destruídos por hemólise no baço. ↳ Passam pelos capilares sem se romperem ↳ Permitem as trocas gasosas • Macrócitos - eritrócitos maiores (>8μm) • Micrócitos -eritrócitos menores (<6μm) • Anisocitose - sangue com muitas hemácias com dimensões anormais ↳ Apresenta hemoglobina em sua estrutura, esta que por sua vez é responsável pelo transporte de gases, principalmente de oxigênio por todo o corpo. Hemoglobina ↳Grande proteína tetramérica - 4 cadeias polipeptídicas ↳ Ligadas a um radical heme - Contendo ferro Tipos: - Hb-A1 -- 97% - Hb-A2 -- 2% - Hb-F -- fetal (100% no feto; 80% no recém-nascido e 1% no adulto) ↳ Existem 4 tipos diferentes de hemoglobina, sendo cada uma responsável pelo transporte de: • Oxi-hemoglobina- oxigênio • Carboxi-hemoglobina- dióxido de carbono • Carbo-hemoglobina- monóxido de carbono • Meta-hemoglobina- sem afinidade por oxigênio (hemoglobina oxidada - Conversão de Fe+2 em Fe+3). Processo de maturação dos eritrócitos ↳ O tempo de vida dos eritrócitos circulantes é de 120 dias, os reticulócitos constituem um pouco menos de 1% dos eritrócitos em circulação. ↳ Depleção grave de eritrócitos (como após hemorragia ou hemólise) a taxa de produção de 1. Perde o núcleo (antes de serem libertados no sangue). 2. Todas as organelas citoplasmáticas degeneram. 3. São sintetizadas grandes quantidades do pigmento respiratório hemoglobina. 4. A maturação final em eritrócitos ocorre dentro de 24 a 48 horas após a libertação. 5. A taxa de libertação de reticulócitos geralmente é igual à taxa de remoção dos eritrócitos gastos pelo baço e fígado. Lara C. Micheletto - TXX 01 eritrócitos na medula óssea aumenta e a proporção dos reticulócitos no sangue circulante eleva-se (reticulocitose). ↳ A contagem dos reticulócitos fornece uma medida conveniente da formação dos eritrócitos na medula óssea. Reticulócitos Leucócitos ↳ Os leucócitos, também conhecidos por glóbulos brancos, são células produzidas na medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos. ↳ Um adulto normal possui entre 3.800 e 9.800 mil leucócitos por milímetro cúbico de sangue. ↳ Suas principais características são: 1. Principal função: combate à infecção. 2. Tipos de células: •Granulócitos (65%): Neutrófilo, Eosinófilo e Basófilo. •Agranulócitos (35%): Monócito e Linfócito (B e T) ↳ Não apresentam função na circulação - Usam como transporte - Migram pelas células endoteliais – diapedese - T.C.- desempenham suas funções ↳ No sangue: arredondados ↳ No T.C.: pleomórficos ↳ Deixam os capilares por diapedese ↳ Atraídos por quimiotaxia ↳ O seu número varia com a idade, sexo e condições fisiológicas - Leucocitose (>10000) - Leucopenia (<6000) Granulócitos 1. Neutrófilo • Forma esférica, • Núcleo com 2 a 5 lóbulos; • Fagocitam bactérias e corpos estranhos; • Primeiras células recrutadas nas infecções bacterianas agudas • Possuem receptores • Sistema complemento • Receptores para IgG • Mais numerosos no sangue • Tempo para síntese: 11 dias • Têm vida média de 6 a 7 horas e podem viver até 4 dias no tecido conjuntivo. • Pouca síntese protéica • Só fagocitam quando entram em contato com partículas (ou circulantes não o fazem) • Forma imatura dos eritrócitos: libertados na circulação a partir da medula óssea. • Ainda contêm mitocôndrias, ribossomas e elementos de Golgi suficientes para completar o citosqueleto e os 20% remanescentes da síntese da hemoglobina. •São ligeiramente maiores que os eritrócitos maduros. •A densidade citoplasmática é menor, devido à menor concentração de hemoglobina. •Depleção grave de eritrócitos (como após hemorragia ou hemólise) a taxa de produção de eritrócitos na medula óssea aumenta e a proporção dos reticulócitos no sangue circulante eleva-se (reticulocitose). Lara C. Micheletto - TXX 01 • Exibem motilidade e a intensa atividade fagocitária - grande conteúdo de proteínas contráteis (actina, miosina, tubulina e proteínas associadas aos microtúbulos). • Migração assegurada pela presença de L-selectina e integrinas com afinidade para ligantes das células endoteliais como as moléculas de adesão intercelular 1 e 2 (ICAM-1 e -2) • Função: eliminação de bactérias e outros microorganismos invasores, destruição de tecido lesado. GRÂNULOS DO NEUTRÓFILO 1. Grânulos Primários (azurófilos): - Lisossomos - Fosfatase ácida - Hidrolases 2. Grânulos secundários (específicos): - Fosfatase alcalina - Colagenase - Lactoferrina - Lisozima - Moléculas bactericidas 3. Grânulos terciários: - Enzimas - Promovem adesão celular e fagocitose 2. Eosinófilo • Forma esférica • Núcleo bilobado • Fagocitam complexos antígeno-anticorpo • Matam invasores parasitas e atuam em alguns distúrbios alérgicos • Membranas com receptores para IgG, IgE • Atividade microbicida baixa • Nº circulante máximo: manhã • Nº circulante mínimo: tarde Localização: • Permanecem na medula óssea por vários dias após a sua produção. • Depois circulam por cerca de 3-8 horas. • A maioria entra na pele, nas mucosas pulmonares e gastrointestinais, de onde podem migrar para dentro das secreções • O destino e o tempo de vida dos eosinófilos não são conhecidos. • Eliminação de parasitas (devido à presença de receptores para a IgE) através da libertação do conteúdo dos grânulos para dentro do ambiente externo e não por fagocitose. • Fagocitose normal • Destruição de complexos antigeno-anticorpo • Limitação e circunscrição de processos inflamatórios • Melhoria de certos aspectos das reações de hipersensibilidade -neutralizam a histamina e produzem um fator chamado inibidor derivado do eosinófilo, que se acredita inibir a desgranulação dos mastócitos 3. Basófilo • Forma esférica • Núcleo irregular • Depósitos de glicogênio • Receptores para IgE • Iniciadores do processo inflamatório • Grânulos com histamina e heparina • Menos de 1% da população de leucócitos • Os basófilos são os precursores dos mastócitos a caminho dos tecidos periféricos. Lara C. Micheletto - TXX 01 A diferença entre os 2: • Os mastócitos são maiores que os basófilos, contendo serotonina e 5-hidroxitriptamina que e libertada extracelularmente, ao contrário dos basófilos. • Participação nos processos alérgicos (possuem receptores para as IgE) • Resposta imunológica a certos parasitas. • Exposição ao alergeno – antígeno forma pontes entre moléculas de IgE adjacentes - exocitose rápida dos conteúdos dos grânulos (desgranulação). • A libertação de histamina e outros mediadores vasoativos é responsável pela chamada reação imediata da hipersensibilidade (anafilactoide), característica da rinite alérgica (febre do feno), de algumas formas de asma, de urticária e do choque anafilático. • Os basófilos também podem constituir algumas das células infiltrantes na dermatite alérgica e na rejeição dos aloenxertos de pele - hipersensibilidade basófila cutânea (hipersensibilidade tardia) Agranulócitos 1. Monócitos • Forma esférica, • Núcleo oval, riniforme ou em forma de ferradura; • Se diferenciam em macrófagos, • Maiores células circulantes no sangue • Citoplasma com grânulos de glicogênio • Poucos dias na corrente sanguínea • Cromatina em arranjo frouxo • Agranulócitos, apenas lisossomicos • Grânulos azurófilos (lisossomo) • Fase da maturação da célula mononuclear fagocitária originada na medula óssea • Faz parte do sistema mononuclear fagocitário • Macrófagos imaturos • Pouca função no sangue circulante. • Respondem à presença de material necrótico, aos microorganismos invasores e à inflamação, migrando para dentro dos tecidos e diferenciando-se em macrófagos. • Grande capacidade de fagocitose e o abundante conteúdo de enzimas hidrolíticas, envolvem e destroem os detritos dos tecidos e material estranho, como partedo processo de cura e de restauração da função normal. 2. Linfócitos • Forma e núcleo esféricos; • Pouco citoplasma • Agranulócitos – apenas lisossomais • Tamanho variável (maioria pequena) • Tempo de vida variável (dias à anos) • Podem conter grânulos azurófilos • Infecções virais • Desempenham sempre o papel-chave em todas as respostas imunes e, em contraste com os outros leucócitos, a sua atividade é sempre dirigida contra agentes estranhos específicos TIPOS DE LINFÓCITOS Linfócitos T ↳ Origem timica, participam nas respostas imunitárias mediadas por células. Lara C. Micheletto - TXX 01 - T helper - T citotóxico - T supressor Linfócitos B ↳ Origem medular ↳ Imunidade humoral. - Plasmócitos Plaquetas ↳ Forma irregular, ↳ Sem núcleo, ↳ Participam dos processos de coagulação do sangue ↳ Pequenos fragmentos celulares ↳ Atuam limitando a hemorragia no revestimento endotelial ↳ A plaqueta sanguínea ou trombócito é um fragmento citoplasmático anucleado, presente no sangue que é formado na medula óssea. ↳ A sua principal função é a formação de coágulos, participando, portanto, do processo de coagulação sanguínea. ↳ Uma pessoa normal tem entre 150.000 e 400.000 plaquetas por mm³ (ou por ml) de sangue. Sua diminuição ou disfunção pode levar a sangramentos, assim como seu aumento pode aumentar o risco de trombose. ↳ Origem: medula óssea vermelha • Megacarioblasto se transforma em Megacariócito. • Fragmentação de citoplasma de megacariócitos. Células hematopoiéticas Medula óssea ↳ Órgão difuso, volumoso e ativo - constituída por uma rede de seios vasculares e fibroblastos altamente ramificados, com os interstícios abarrotados de células hemopoiéticas. ↳ Localiza-se no canal medular dos ossos longos e nas cavidades intertrabeculares dos ossos esponjosos. ↳ Produz por dia: - 2,5 bilhões de eritrócitos - 2,5 bilhões de plaquetas - 1,0 bilhão de granulócitos/Kg de peso corporal Funções da medula óssea: • Hematopoiese • Armazenamento de ferro • Remoção de eritrócitos senescentes Quando um vaso sanguíneo se rompe, as plaquetas aderem ao tecido lesado e liberam certas substâncias que atuam na área de lesão. Entre elas estão a serotonina e a tromboplastina. A serotonina é um vasoconstritor que causa a constrição das células musculares lisas, diminuindo, assim, o fluxo sangüíneo local. A tromboplastina dá início a uma série de reações que leva à formação de coágulo. As plaquetas, então, provocam a retração do coágulo e sua dissolução Lara C. Micheletto - TXX 01 • Diferenciação dos linfócitos B • Secreção de anticorpo por plasmócitos Tipos: ↳ Vermelha (hematógena): devido à presença de sangue e de células hematopoiéticas. ↳ Amarela: acumulo de lípidos com o envelhecimento, nas células reticulares que se transformam em adipócitos, promovendo uma diminuição da função hematopoiética. ↳ Substituição gradual. ↳ Permanecem: - Esterno - Vértebras - Costelas - Díploe dos ossos do crânio No adulto jovem - Fêmur (epífise) - Úmero (epífise) ↳ Acúmulo de pequenas porções de tecido linfoide MEDULA ÓSSEA VERMELHA ↳ O estroma compreende: - Fibroblastos - Células reticulares com prolongamentos citoplasmáticos - Macrófagos implicados na fagocitose de detritos celulares - Adipócitos fornecem uma fonte de energia local - Matriz extracelular com colagêno I e III, fibronectina, laminina e proteoglicanos ↳ O parênquima (= compartimento celular hematopoiético) é constituido pelas células hematopoiéticas, sendo suportado por uma rede formada pela matriz e pelos prolongamentos citoplasmáticos das células reticulares. Éritron ↳ Conjunto de eritrócitos e suas precursoras ↳ Órgão disperso Funções: ↳ Suprir o meio interno com oxigênio necessário para o metabolismo de tecidos ↳ Participa do transporte de CO2 ↳ Compartimentos funcionais: - Circulante ou sanguíneo - Medular ↳ Não tem compartimento de reserva ↳ Hr. eritropoetina: estimula o compartimento medular a produzir maior número de eritrócitos quando há deficiência de oxigênio Bom funcionamento do éritron depende: ↳ Hormônio eritropoetina ↳ Ferro ↳ Vitamina B12 ↳ Ácido fólico Correlações clínicas ↳ Anemia: deficiência de hemácias e pode ser causada pela perda rápida ou pela produção lenta de hemácias ↳ Anemia megaloblástica: Existem duas proteínas, a vitamina B12 e o ácido fólico, que são particularmente importantes para a maturação final dos eritrócitos. Ambas são essenciais para a síntese de DNA. Sua deficiência resulta em diminuição do DNA e, consequentemente, em falha na maturação e divisão celulares; há a produção lenta de eritrócitos e crescimento excessivo dos mesmos, sendo então denominados megaloblastos. ↳ Anemia hemolítica: defeito genético que resulta em hemácias frágeis que se rompem quando passam através dos capilares. Na anemia hemolítica, o número de hemácias que se formam é normal ou está acima do normal; no entanto, como essas células são muito frágeis, sua vida é muito curta. Lara C. Micheletto - TXX 01 ↳ Anemia aplásica: resultado de medula óssea não- funcional. Isso pode ser devido a exposição a radiação gama, produtos químicos industriais tóxicos,etc. ↳ Anemia por perda de sangue: Ocorre após hemorragia significativa. O organismo é capaz de repor o plasma dentro de 1 a 3 dias; entretanto, a concentração de hemáceas continua baixa, necessitando de um período de 3 a 4 semanas para que essa concentração volte ao normal. ↳ Policitemia: É a condição na qual o número de hemácias aumenta devido a hipóxia ou aberração genética. A hipóxia, sentida principalmente a nível renal, induz a liberação do hormônio eritropoietina, que induz a produção de maior número de hemácias pela medula óssea. A policitemia aumenta a viscosidade do sangue e, como resultado, o fluxo sangüíneo pelos vasos costuma ser lento. ↳ Trombocitopenia: Redução no número de plaquetas, (<150.000/μL), maior suscetibilidade a sangramentos Causas: - Diminuição na produção de plaquetas - Aumento na destruição de plaquetas - Agregação plaquetária nos vasos da microcirculação - Deficiência de trombopoietina ↳ Trombocitose: Excesso de trombopoietina, estimula crescimento de megacariócitos, plaquetas se aderem a trombopoietina (auto-regula a produção de plaquetas) ↳ Anemia falciforme: Mutação num único locus da cadeia - Quando a tensão de oxigênio é reduzida, a HbS muda sua forma, produzindo eritrócitos de forma anormal - Menos maleáveis, mais frágeis, e mais predispostos à hemólise ↳ Eritoblastose fetal: Mulher Rh- e criança Rh+, pequena quantidade de sangue do bebê entra na circulação materna e induz formação de anticorpos anti-Rh - Próxima gestação bebê Rh+ - Anticorpos atacarão os eritrócitos do feto - Mãe tratada com aglutininas anti-Rh Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido muscular ↳ É o tecido responsável pelos movimentos corporais, é constituído por células alongadas (actina e miosina) e sua origem é mesodérmica. ↳ Ele é dividido em três tipos, o estriado esquelético que é responsável por tracionar os ossos nos movimentos voluntários, o liso está presente dentro de órgãos como no intestino por exemplo, e o estriado cardíaco que aparece no coração. Conceitos • Membrana da célula muscular – Sarcolema • Retículo Endoplasmático Liso – Retículo sarcoplasmático • Citoplasma – Sarcoplasma • Mitocôndrias – Sarcossomos • Células Musculares – Fibras Musculares Músculo estriado esquelético ↳ Composto por células multinucleadas, longas e cilíndricas, que se contraem voluntariamente para facilitar os movimentos do corpo ou de suas partes FIBRAS MUSCULARES ↳ Dispostas paralelamente umasàs outras; ↳ Espaços intercelulares: capilares contínuos; ↳ Estriadas ↳ Diâmetro: 10 a 100μm ↳ Fibras hipertrofiadas ↑ ↳ Força da fibra: depende do diâmetro ↳ Força do músculo: número e espessura das fibras ↳ A força das fibras depende do diâmetro da mesma, sendo assim, quanto maior o número de e espessura de fibras, maior será a força exercida pelo músculo. ↳ São divididas em dois grandes grupos, as fibras vermelhas e as fibras brancas. ↳ Núcleos localizados perifericamente, logo abaixo da membrana celular ↳ Células satélites – células regeneradoras Miofribrilas: - 1 a 2 μm - Se estendem por todo comprimento da célula - Estrias claras e escuras Vermelha TIPO 1 • Possuem contração lenta e fraca, porém repetitiva. As suas fibras nervosas são menores e seu diâmetro também. Seu suprimento vascular é rico. Não ocorre fatiga facilmente. Pouco R.S em sua composição, porém grande quantidade de mitocôndrias e mioglobina. Branca TIPO 2 • Possuem contração rápida e forte. As suas fibras nervosas são maiores e seu diâmetro também. Seu suprimento vascular é mais pobre, tornando as fatigas mais recorrentes. RC é mais extenso, porém pouca quantidade de mitocôndrias e mioglobina. Lara C. Micheletto - TXX 01 Envoltórios da fibra muscular 1. Epimísio – Membrana de tecido conjuntivo denso não modelado, recobre os músculos 2. Perimísio – Tecido conjuntivo menos denso derivado do epismísio, envolve os fascículos (feixes de fibras musculares) 3. Endomísio – Fibras reticulares e lâmina basal, envolve cada célula muscular Organização das fibras esqueléticas ↳ A unidade contrátil de qualquer fibra muscular são os sarcômeros, cada sarcômero se localiza entre dois discos Z. • Discos Z: Entre dois sítios de fixação para os filamentos finos • Banda I: Banda mais clara, é ocupada por filamentos mais finos. • Banda A: Banda mais escuta, é ocupada por filamentos mais grossos. • Zona H: Região central clara da banda A. • Linha M: É o meio, sítio de ancoragem para os filamentos grossos. Lara C. Micheletto - TXX 01 Túbulos T e retículo sarcoplasmático: ↳ Componentes essenciais que participam da contração do músculo esquelético • Túbulos T: Conduzem os potenciais de ação para o interior da fibra. Cada sarcômero possui dois conjuntos de túbulos T. Se dispõem exatamente no plano de junção entre as bandas A e I • Retículo Sarcoplasmático: funcionam como cisternas, fazem o armazenamento de Ca+2. Além disso tem contato íntimo com as bandas A, I e túbulos T. Tríade Proteínas do sarcômero Inervação ↳ O músculo recebe pelo menos dois tipos de fibras nervosas: • Motoras – estímulo inicial da contração • Sensoriais – passam aos fusos neuromusculares • Fibras autônomas: suprem os elementos vasculares ↳ Varia conforme músculo - Músculo oculares - 1 neurônio – 5 a 10 fibras - Parede abdominal – 1 neurônio – até 1000 fibras Monitoramento da contração muscular ↳ Monitoramento do status motor do musculo e seus tendões durante a atividade muscular FUSOS NEUROMUSCULARES • Feedback sobre as mudanças no comprimento do músculo • Nível de alteração no comprimento do músculo ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI • Ou fusos neurotendinosos • Monitoram a tensão, inclusive produzida durante o movimento Músculo estriado cardíaco ↳ É um músculo estriado involuntário limitado ao coração e às partes proximais das veias pulmonares ↳ Células musculares ramificadas organizadas em lâminas ↳ As lâminas são separadas umas das outras por delicadas bainhas de tecido conjuntivo ↳ Bem vascularizado ↳ Ritmo intrínseco e contração espontânea ↳ Muitas mitocôndrias grande consumo de energia ↳ Abundante quantidade de mioglobina ↳ Geralmente um grande núcleo oval e central Lara C. Micheletto - TXX 01 Discos intercalares ↳ São complexos juncionais com 3 especializações principais, sendo essas: ZÔNULAS DE ADESÃO • Ancoram filamentos de actina, são localizados na parte transversal do disco. DESMOSSOMOS • São conexões fortes que mantem as células adjacentes unidas permitindo que a força criada em uma célula seja transferida para a célula vizinha JUNÇÕES COMUNICANTES • Conectam eletricamente as células musculares cardíacas umas às outras. • Permitem que as ondas de despolarização espalhem- se rapidamente de célula para célula, de modo que todas as células do músculo cardíaco se contraem quase simultaneamente. Músculo Estriado Cardíaco vs Músculo Estriado Esquelético SEMELHANÇAS • Padrão de estriações • Sarcômero com a mesma estrutura básica • Modo e mecanismo de contração • Ca2+ flui também através dos túbulos T DIFERENÇAS • Retículo sarcoplasmático • Organização e quantidade dos túbulos T • Suprimento de Ca2+ • Canais de íons do sarcolema • Duração do P.A. • Tubulos T maiores que nas células musculares • Retículo sarcoplasmatico menor, depende em parte do Ca2+ extracelular para iniciar a contração Ca2+ flui também através dos túbulos T Músculo liso ↳ Não possuem estriações transversais – lisas ↳ Não possuem sistema de túbulos T ↳ Localização: - Parede de vísceras ocas como no trato gastrointestinal e órgãos do trato genital e urinário - Paredes de vasos sanguíneos - Ductos maiores de glândulas compostas - Vias respiratórias - Pequenos feixes no interior da derme • Involuntário – controle: - S.N.A. - Hormônios - Condições fisiológicas locais Dois tipos de músculo liso • Multiunitário • Unitário 1. Multiunitário ↳ Podem se contrair independentemente umas das outras Lara C. Micheletto - TXX 01 ↳ Cada célula muscular possui seu próprio suprimento nervoso Locais: • Ciliar do olho, • Músculo da íris • Músculos piloeretores 2. Unitário (ou visceral) ↳ As membranas plasmáticas formam junções comunicantes ↳Fibras nervosas formam sinapses somente com algumas poucas fibras musculares ↳ Não podem contrair independentemente Locais • Paredes de vísceras *** Além de contração, algumas células musculares lisas podem realizar síntese de proteínas para a MEC: Alguns tipos de colágeno • Elastina • Glicosaminoglicanos • Proteoglicanos • Fatores de crescimento Fibras musculares do músculo liso ↳ Fusiformes – alongadas ↳ Comprimento médio: 0,2mm ↳ Diâmetro: 5 a 6 μm ↳ Células afiladas nas extremidades ↳ Porção central com núcleo oval com dois mais nucléolos ↳ Cada célula é envolvida por uma lâmina externa - Separa o sarcolema das células adjacentes ↳ Ao redor da lâmina externa fibras reticulares - Envolvem cada célula - Aproveitamento da força de contração ↳Quando a célula está contraída - Núcleo em forma de “saca-rolhas” ↳ Presença de corpos densos - Aderidos ao sarcolema - Equivalem aos discos Z ↳ Miofilamentos - Delgadas estriações longitudinais ↳ As camadas de células musculares lisas encontram-se frequentemente dispostas em duas camadas perpendiculares uma à outra. Este arranjo permite a formação de ondas de peristalse Músculo Liso vs Músculo E. Esquelético SEMELHANÇAS • Pontes cruzadas de actina e miosina • RS com canais para liberação de Ca2+ • Actina associada a tropomiosina DIFERENÇAS • Miosina e actina mais longas • Atividade ATPase é mais lenta • Actina mais abundante • Não apresenta troponina • Menor RS - cavéolas suplementam o fornecimento de Ca2+ Regeneração dos músculos ESQUELÉTICO - Embora seus núcleos não se dividam, ele tem uma pequena capacidade de reconstituição. Admite-se que células satélites, são multiplicadas, juntando-se as lesionadas formando novas fibras musculares esqueléticas CARDÍACO - Não se regenera, em caso de lesão, a parte atingida é substituída por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de T.C Denso. Elas não se contraem mais, porém permitem o estimulo. LISO- Capacidade de uma regenerativa mais eficaz quando ocorre lesões, as células musculares viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. É encontrado em cavidades. Lara C. Micheletto - TXX 01 Histologia Tecido nervoso Sistema nervoso ↳ Constituído por aproximadamente 1 trilhão de neurônios; ↳ Recepção de estímulos; ↳ Transdução em impulsos nervosos; ↳Condução de impulsos nervosos - Componente sensorial – aferente - Componente motor – eferente Células do sistema nervoso •São classificadas em 2 categorias: NEURÔNIOS ↳ Responsáveis pelas funções de recepção, de integração e motoras do sistema nervoso. CÉLULAS DA NEURÓGLIA ↳ Responsáveis pela sustentação e proteção dos neurônios Neurônios ↳ Responsáveis pela recepção e transmissão dos impulsos nervosos SNC ↳ 5 a 150 μm diâmetro Estruturas 1. CORPO CELULAR • Ou soma • Núcleo central • Citoplasma perinuclear • Diferentes tipos de corpos celulares 2. AXÔNIO • Diâmetro e comprimento variável • Terminações axonais Sistema Nervoso S.N.C. Encéfalo Medula Espinal S.N.P. Nervos Gânglios Somático Autônomo Simpático Parassimpático Lara C. Micheletto - TXX 01 • Bulbos terminais • Botões terminais • Conduz impulsos a partir do soma • Pode receber estímulos 3. DENDRITOS • Prolongamentos especializados na recepção de estímulos Corpo celular ↳ Contém: • Núcleo - Grande, esférico, oval e central • Nucléolo bem definido • Citoplasma perinuclear • R.E.G - Abundante, muitas cisternas - Presente na região dendrítica • Poliribossomos • Corpúsculos de Nissl • Complexo Golgiense - Composto por várias cisternas, responsável pelo mpacotamento de neurotransmissores • Mitocôndrias - Dispersas por todo o neurônio, mais abundantes nas terminações dos axônios Dendritos ↳ Recebem estímulos de outras células nervosas; ↳ Na maioria dos neurônios são múltiplos; ↳ Padrão de arborização característico de cada tipo de neurônio ↳ Organelas presentes na base – ausentes nas extremidades Axônio ↳ Transmitem impulsos para outros neurônios ou para células efetoras, em especial para células musculares e glandulares ↳ Axoplasma: - Pequenas cisternas de REL - Longas mitocôndrias delgadas - Muitos microtúbulos NÃO POSSUI: • REG • Polirribossomas • Manutenção depende do soma ↳ Microtúbulos dispostos distalmente isolados e espaçados entremeados com neurofulamentos Transporte axonal ↳ Transporte de materiais entre o corpo celular e as terminações do axônio ↳ Três velocidades: rápida, intermediária e lenta 1. Transporte anterógrado • Translocação de organelas e vesículas • Macromoléculas: actina, miosina e claritina • Enzimas: síntese de neurotransmissores 2. Transporte retrógrado • Proteínas dos neurofilamentos • Subunidades de microtúbulos • Enzimas solúveis • Materiais capturados por endocitose (vírus e toxinas) • Moléculas e proteínas para degradação Lara C. Micheletto - TXX 01 Classificação morfológica dos neurônios 1. BIPOLARES ↳ Localização: Gânglios vestibulares e cocleares e epitélio olfativo da cavidade nasal 2. UNIPOLARES ↳ Localização: Gânglios da raiz dorsal e gânglios do nervo craniano 3. MULTIPOLARES ↳ Localização: Em todo sistema nervoso, na maioria neurônios motores ↳ Os multipolares recebem nomes diferentes e específiocs de acordo com a sua morfologia: ↳ Neurônios piramidais do córtex cerebral têm formato triangular, com um longo prolongamento, o dendrito apical, estendendo-se em direção às leptomeninges ↳ Células de Purkinje do córtex cerebelar enviam grandes dendritos ramificados à camada molecular, pobre em células mas rica em sinapses ***Os neurônios também podem ser classificados em: 1. Neurônios sensitivos (aferentes) - Recebem informações sensitivas em suas terminações dendríticas e conduzem impulsos para o SNC 2. Neurônios motores (eferentes) - Originam-se no SNC e conduzem impulsos para os músculos, glândulas e outros neurônios 3. Interneurônios - Localizados dentro do SNC, interligam os neurônios motores e sensitivos e também entre outros interneurônios Células da neuróglia ↳ Função: sustentação física e metabólica para os neurônios; ↳ 10 vezes mais que neurônios; ↳ Apresentam junções gap - Não reagem aos impulsos nervosos ou os propagam ↳ Se dividem por mitose Célula de Schwann Lara C. Micheletto - TXX 01 Astrócitos ↳ Sustentação estrutural e metabólica a neurônios ↳ Agem como captadores de íons e de neurotransmissores liberados no espaço extracelular. - São divididos em: 1. Astrócitos protoplasmáticos: • Substância cinzenta do SNC • Citoplasma abundante • Núcleo grande • Muitos prolongamentos curtos ramificados • Pedicelos – contato com vasos sanguíneos 2. Astrócitos fibrosos: • Substância branca do SNC • Citoplasma: - Poucas organelas - Ribossomos livres - Glicogênio • Prolongamentos longos e não ramificados Oligodendrócitos ↳ FUNÇÃO: isolamento elétrico e produção de mielina no SNC • Menores que os astrócitos • Menos prolongamentos • Local: substância cinzenta e branca • Núcleo pequeno • REG abundante • Muitos ribossomos livres • Muitas mitocôndrias • C.G bem desenvolvido • Interfasciculares • Satélites Células da micróglia • Membros do sistema fagocitário mononuclear; • Citoplasma escasso; • Núcleo oval a triangular • Prolongamentos irregulares e curtos • Fagócitos - removem fragmentos e estruturas lesadas do SNC • Protegem contra microrganismos, vírus e formação de tumores • Células apresentadoras de antígenos Células ependimárias • Células epiteliais – colunares e/ou cubóides • Revestimento: ventrículos encefálicos/canal central medula espinhal • Em algumas regiões – cílios - Facilita movimento do líquido cefalorraquidiano (LCR) - Ou líquido cérebro-espinhal (LCE) Exclusivas do SNC Lara C. Micheletto - TXX 01 • Participa da formação do plexo coroide - Manutenção e composição do LCR Célula de Shwann • Formam a cobertura mielínica (nervo mielínico) e amielínica dos axônios do SNP. • No SNP • Células achatadas; • Núcleo achatado • Pequeno C.G. e algumas mitocôndrias • Envolve o axônio com sua membrana plasmática Lara C. Micheletto - TXX 01 abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf abe69bf2d41bf21c4c99d3f56bd63774ed04aaf4e128216d2284adc06d4e2ff4.pdf
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