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Apostila de histologia I

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ℝ𝕖𝕤𝕦𝕞𝕠𝕤 ℍ𝕚𝕤𝕥𝕠𝕝𝕠𝕘𝕚𝕒 
 
 1º Período 
 
Professora: 
Karin Kristina Pereira Bockler 
Criação: 
 Lara Canato Micheletto TXX 
 
Utilizado pelo acadêmico:_________________________________ 
 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido epitelial 
Generalidades: 
 São derivados a partir dos três folhetos 
embrionários: endoderma, mesoderma e 
ectoderma 
 Recobrem todas as superfícies do 
corpo- exceto cartilagem articular, 
esmalte dos dentes e superfície anterior 
da íris 
 Os epitélios apresentam polaridade 
funcional e estrutural 
 Não possuem vaso sanguíneo e linfático 
direto 
 Praticamente não apresentam substância 
intercelular livre 
 Células justapostas 
Funções: 
 Proteção de tecidos subjacentes contra 
lesões 
 Transporte transcelular de moléculas 
através de camadas epiteliais 
 Secreção de muco, hormônio e enzimas 
 Absorção de substâncias a partir do 
lumen 
 Percepção de sensações 
 Controle de movimentos de substâncias 
entre compartimentos corporais pela 
permeabilidade seletiva 
Tipos 
 Tecido epitelial de revestimento 
 Tecido epitelial glandular 
 Neuroepitélio 
Classificação 
 
Epitélio simples pavimentoso 
 Forma: achatada 
 Função: transporte de fluidos, trocas 
gasosas, lubrificação 
 Localização: alça de henle, alvéolos 
pulmonares, vasos sanguíneos e 
linfáticos 
Epitélio simples cúbico 
 Forma: cuboide 
 Função: secreção, absorção e 
proteção 
 Localização: ductos de glândulas, 
ovários, túbulos renais 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Epitélio simples colunar 
 Forma: colunar, cilíndrico 
 Função: transporte, absorção, secreção 
e proteção 
 Localização: útero, pequenos brônquios, 
vesícula biliar, ducto de glândulas 
Epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado 
 Forma: camada basal – cuboide, camada 
mediana – poliforme, superfície - 
pavimentosa 
 Função: proteção, secreção 
 Localização: boca, epiglote, esôfago, 
cordas vocais 
Epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado 
 Forma: camada basal – cuboide, 
camada mediana – poliforme, 
superfície – pavimentosa, células 
anucleadas 
 Função: proteção 
 Localização: pele 
Epitélio estratificado cúbico 
 Forma: cuboide 
 Função: absorção, secreção 
 Localização: ductos das glândulas 
sudoríparas 
Epitélio estratificado colunar 
 Forma: colunar, camada basal – 
poliédrica/cuboide, camada apical – 
células colunares 
 Função: secreção, absorção e 
proteção 
 Localização: conjuntiva do olho, 
ductos excretores e parte da uretra 
masculina 
Epitélio pseudoestratificado 
 Forma: célula basal e cilíndrica 
 Função: proteção 
 Localização: traqueia e epidídimo 
Epitélio de transição 
 Forma: cuboides, colunares (em 
repouso), achatadas (distendidas) 
 Função: proteção 
 Localização: trato urinário dos cálices 
renais até a uretra 
Domínios e polaridade 
 
Domínio apical 
 Representa a superfície livre das células 
epiteliais 
 Região da célula voltada para o lúmen, 
rico em canais iônicos, glicoproteínas e 
enzimas hidrolíticas 
 
1. Microvilosidades 
 Prolongamentos digitiformes da 
superfície celular, que contém um eixo 
de microfilamentos de actina unidos por 
ligações cruzadas formadas por vilina 
 Aumentam a superfície de contato, 
promovendo maior absorção 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 Presente no intestino 
 
2. Estereocílios 
 Projeções digitiformes longas e 
ramificadas 
 Sem axonemas 
 Imóveis 
 Aumentam a superfície celular 
 Facilitam trânsito de moléculas dentro e 
fora da célula 
 Epidídimo e canal deferente 
 
3. Cílios 
 Longas estruturas móveis que emanam 
a superfície apical da célula 
 Eixo é composto por um arranjo de 
microtúbulos denominado axonema 
 Dineína – proteína com atividade 
ATPásica que fornece energia para o 
dobramento ciliar 
 Presenta na traqueia e tuba uterina 
Domínios basolaterais 
 Inclui as superfícies basal e lateral da 
membrana plasmática de células epiteliais. 
 
1. Junções de oclusão 
 Formam uma barreira com 
permeabilidade variável e seletiva, 
evitando que substancias tomam uma 
rota intercelular 
 Formada por proteínas denominadas 
claudinas e ocludinas, junto de caderinas 
que reforçam esse lacre 
 
2. Junções de adesão 
 Atuam mantendo a adesão do tipo 
célula-célula ou adesão do tipo célula-
lâmina basal 
 Formadas por caderinas (proteínas 
transmembranares de ligação 
dependentes de Ca++) 
 esta junção não apenas une as 
membranas plasmáticas de uma célula à 
outra, mas também promove uma 
associação do citoesqueleto das duas 
células através das proteínas 
transmembranares de ligação 
 os filamentos de actina estão ligados uns 
aos outros e a membrana basal por 
meio de proteínas denominadas 
catenina, vinculina e actinina 
 
3. Junções comunicantes ou GAP 
 Atuam na permissão do movimento de 
íons ou moléculas sinalizadoras entre o 
citoplasma das células. 
 Fazem acoplamento químico e elétrico 
 A junção é realizada entre dois 
conexons, sendo cada um fromado por 
6 conexinas 
 
4. Desmossomos 
 São junções que ajudam a resistir a 
estresses mecânicos 
 Cada desmossomo apresenta duas 
placas de adesão 
 Cada placa é composta por uma série 
de proteínas de adesão: desmoplaquinas 
e pecoglobinas 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
5. Hemidesmossomos 
 Estruturas assimétricas que estabelecem 
a ligação célula-matriz 
 Glicoproteína envolvida: integrina 
 Predominam na zona basal das células 
epiteliais 
Moléculas de adesão 
 Permitem o contato célula a célula, 
estabilizado por junções celulares 
especializadas 
 Moléculas dependentes de Ca2+: 
Caderinas e Selectinas 
 Moléculas independentes de Ca2+: 
Superfamília das imunoglobulinas e as 
integrinas 
1. Caderinas 
 Estabelece a ligação entra o 
citoesqueleto interno de uma célula e a 
face externa da outra célula 
 São as principais proteínas de adesão 
que mantêm as células epiteliais juntas 
em arranjo de camada 
 
2. Selectinas 
 Participam do movimento de leucócitos 
 Dependes de Ca++, se ligam a 
carboidratos de reconhecimento 
 
3. Integrinas 
 Integram citoesqueleto e matriz 
 Atuam na transmissão de sinais através 
da membrana 
 Ca++ independente 
 Interage citoesqueleto e matriz 
 Seu domínio extracelular se liga a 
laminina e fibronectina 
 
4. Imunoglobulinas 
 Podem mediar interações heterofílicas e 
homofílicas 
 Independentes de Ca++ 
Glândulas 
 Originam-se de células epiteliais que 
abandonam a superfície da qual se 
formaram e penetram no tecido 
conjuntivo subjacente, produzindo uma 
lâmina basal em torno delas. 
 PARÊNQUIMA – unidades secretoras e 
ductor 
 ESTROMA – elementos do tecido 
conjuntivo 
 
1. Glândulas exócrinas 
Quanto a natureza de secreção: 
 Mucosas – secretam mucinogênio 
 Serosas – secretam fluido aquoso rico 
em enzimas 
 Mistas – contêm ácinos que produzem 
secreções mucosas e serosas 
Quanto os mecanismos de secreção 
 Merócrinas – ocorre através de 
exocitose, nem o citoplasma, nem a 
membrana plasmática se tornam parte 
da secreção 
 Apócrinas – uma porção pequena do 
citoplasma apical é liberada com o 
produto da secreção 
 Holócrinas – a célula amadurece, morre 
e torna-se produto da secreção 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Quanto a quantidade de células 
 Unicelulares – células caliciformes, se 
encontram no revestimento epitelial do 
intestino e trato respiratório 
 Multicelulares – são arranjadas em vários 
graus de organização e subclassificadas 
em simples (único ducto) e compostas 
(vários ductos) 
Quanto ao método de secreção 
 Exócrinas – secretam seus produtos 
através de ductos para fora da corrente 
sanguínea 
 Endócrinas – não apresentam ductos e 
secretam seus produtos para dentro de 
vasos sanguíneos e linfáticos1 –Intestino grosso 
2 –Estômago e útero 
3 –Glândula sudorípara 
4 –Glândulas sebáceas 
5 –Pâncreas exócrino 
6 –Glândula mamária 
7 –Glândula salivar 
 
 
2. Glândulas endócrinas 
Tipos 
 Cordonal – arranjo mais comum em 
forma de cordão anastomosado ao 
redor dos capilares. Ex: paratireoides 
 Folicular – células secretoras que 
formam folículos, envolvendo uma 
cavidade que recebe a armazena o 
hormônio secretor. Ex: tireoide 
Moléculas sinalizadoras 
 Dependendo da distância que a citocina 
deva seguir até alcançar sua célula-alvo: 
 Autócrino: A célula sinalizadora é o seu 
próprio alvo 
 Parácrino: A célula-alvo está localizada 
nas vizinhanças da célula sinalizadora 
 Endócrino: A célula-alvo e a célula 
sinalizadora estão distantes. Usa-se vasos 
sanguíneos e linfáticos 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido conjuntivo 
 Une e sustenta outros tecidos dando 
“conjunto” ao corpo 
 Composto por células e matriz 
extracelular (MEC) 
 
Funções: 
 Fornecer suporte estrutural 
 Servir de meio para trocas 
 Ajudas na defesa e proteção do corpo 
 Funciona como armazenamento de 
gordura 
 Armazenamento de metabólitos 
Matriz extracelular (MEC) 
 Complexo de macromoléculas não-vivas 
produzidas pelas células e exportadas 
por elas para o espaço extracelular. 
FUNÇÕES: 
1. Modificar a morfologia e a função das 
células 
2. Modular a sobrevivência das células 
3. Influenciar no desenvolvimento das 
células 
4. Regular a migração das células 
5. Direcionar a atividade mitótica das células 
6. Formar associações juncionais com as 
células 
COMPOSIÇÃO: 
 Substância fundamental amorfa – resiste 
a forças de compressão 
 Fibras – resistem a forças de tensão 
Substância fundamental 
 Material amorfo, semelhante a um gel, 
composto por: glicosaminoglicanos 
(GAGs), proteoglicanos e glicoproteínas 
 
1. Glicosaminoglicanos 
 São longas cadeias de polissacarídeos, 
formadas por unidades de dissacarídeos 
que se repetem 
 Tem a capacidade de se ligar a grandes 
quantidades de agua 
 Se repelem: viscosidade 
 GAGs sulfatados: Queratan-sulfato; 
condroitina-sulfato 
 GAG não-sulfatado: Ácido hialurônico 
 
2. Proteoglicanos 
 Constituem uma família de 
macromoléculas, cada uma é composta 
por um eixo proteico ao qual 
glicosaminoglicanos estão ligados 
covalentemente 
 Ocupam grande espaço 
 Resistem à compressão 
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 Locomoção celular normal 
 Retardam movimento de 
microrganismos e células metásticas 
 Possuem sítios de ligação para moléculas 
de sinalização 
 
3. Glicoproteínas: 
 Tem sítios de ligação para vários 
componentes da MEC, assim como para 
moléculas de integrina da membrana 
celular, que facilitam a ligação das células 
à MEC 
 FICRONECTINA: Grande dímero 
composto por duas subunidades 
polipeptídicas similares unidas por 
ligações dissulfeto. Produzidas por 
fibroblastos. Indica vias de migração para 
células embrionárias Fibronectina 
plasmática: Sangue (Cicatrização, 
fagocitose, coagulação) 
 LAMININA: Presente em lâminas basais, 
apresenta sítios de ligação para: 
heparan-sulfato; Colágeno tipo IV; 
Entactina, Receptores específicos na 
membrana plasmática. 
Fibras: 
 Dão forsa tênsil e elasticidade à MEC 
 Existem três tipos: colágenas, elásticas e 
reticulares 
 
1. Fibras colágenas 
 Composta por subunidades de 
tropocolágeno 
 Pelo menos 20 tipos diferentes 
 20% de todas as proteínas do corpo 
 Separadas em 3 categorias: colágenos 
fibrilares, colágenos associados a fibrilas e 
colágenos formadores de redes 
 
 
Tipos de colágeno: 
 
 
 
 
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2. Fibras elásticas 
 Fibras delgadas, longas e se ramificam 
pelo T.C frouxo 
 Se acomodam muito facilmente e 
podem ser esticadas sem que se 
rompam 
 São encontradas no ligamento amarelo 
da coluna vertebral 
Componentes celulares 
 
1. Células fixas 
 Fibroblastos 
 Células adiposas 
 Pericitos 
 Mastócitos 
 Macrófagos 
 
2. Células transitórias 
 Plasmócitos 
 Linfócitos 
 Neutrófilos 
 Eosinófilos 
 Basófilos 
 Monócitos 
 Macrófagos 
Fibroblastos 
 Tipo celular mais abundante 
 Responsável por quase toda a 
síntese da MEC 
 Derivam de células mesenquimais 
indiferenciadas 
 Geralmente se associam a feixes de 
fibras colágenas 
 Sintetizam glicoproteínas e 
proteoglicanos 
 Fibrócitos são sua forma inativa 
Miofibroblastos 
 São fibroblastos modificados 
 Possuem características tanto de 
fibroblastos como de células musculares 
lisas 
 Apresentam filamentos de alfa-actina 
 São abundantes em áreas de cicatriz e 
lesões 
 Pericitos 
 Podem ter função contrátil 
 Envolvem células endoteliais e pequenas 
vênulas 
Células adiposas 
 Células indiferenciadas com função de 
síntese, armazenamento e liberação de 
gordura 
 Não sofrem divisão celular 
 São de 2 tipos: cél. uniloculares e cél. 
multiloculares 
 As uniloculares armazenam somente 
uma gota de gordura enquanto as 
multiloculares armazenam várias 
Mastócitos 
 Originam-se de células tronco da medula 
óssea 
 Atuam na mediação de processos 
inflamatórios 
 Apresentam vários grânulos com 
heparina e histamina 
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Macrófagos 
 São células fagocitárias profissionais e 
apresentadoras de antígenos 
 Podem se comportar como célula fixa 
ou transitória 
 Atuam na remoção de restos celulares 
e na proteção contra invasores externos 
 Derivam de monócitos 
 Lisossomos em abundância 
Plasmócitos 
 Originam-se a partir de linfócitos B 
 Produzem anticorpos 
 Aspecto de toda de carroça 
 
Tecido conjuntivo embrionário 
 Inclui o mesequimatoso e o mucoso 
 
1. Tecido conjuntivo mesenquimatoso 
 Está presente somente no embrião 
 Constituído por células mesenquimais 
imersas em uma substância fundamental 
gelatinosa com fibras colágenas 
 
2. Tecido conjuntivo mucoso 
 Conhecido como geleia de wharton 
 É encontrado no cordão umbilical e no 
T.C subdérmico do embrião 
 MEC composta basicamente de ácido 
hialurônico e fibras colágenas tipo I e III 
esparsas 
Tecido conjuntivo propriamente 
dito 
 Inclui o frouxo, denso, reticular e adiposo 
1. Tecido conjuntivo frouxo 
 Composto por fibras dispostas 
frouxamente 
 Preenche espaços do corpo abaixo da 
pele 
 Fibras colágenas, reticulares e elásticas 
fazem parte da sua MEC, fortemente 
entrelaçadas 
 Substancia fundamental e fluido tecidual 
abundantes 
 Abriga variedade de células fixas 
 Respostas imunológica 
 
2. Tecido conjuntivo denso 
a) Denso modelado rico em fibras 
colágenas 
 Fibras dispostas de maneira ordenada 
 Composto por espessos feixes de fibras 
colágenas fortemente compactadas, 
orientadas paralelamente 
 Encontrado em tendões, ligamentos e 
aponeuroses 
b) Denso modelado rico em fibras elásticas 
 Também chamado de tecido elástico 
 Possui fibras elásticas grosseiras 
ramificadas e algumas fibras colágenas 
formando redes 
 Tecido raro, presente nos ligamentos 
amarelos da coluna vertebral e no 
ligamento suspensor do pênis 
c) Denso não modelado 
 Contém fibras colágenas grosseiras 
entrelaçadas 
 Sua força resiste a trações em todas as 
direções 
 Fibroblastos são o tipo mais abundante 
no tecido 
 Constitui a derme da pele, testículo, 
ovários 
 Tecido reticular 
 É composto principalmente por 
colágeno tipo III 
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 As fibras reticulares formam redes 
semelhantesa malhas entremeadas com 
células reticulares e macrófagos 
 Esse tecido forma o arcabouço 
estrutural da medula óssea, dos órgãos 
linfoides e baço 
 Células reticulares sintetizam o colágeno 
do tipo III 
Tecido adiposo 
 Classificado em 2 tipos: unilocular e 
multilocular 
 
1. Tecido adiposo unilocular (gordura 
branca) 
 Cada adipócito unilocular contem apenasuma gota de gordura 
 Fortemente irrigado por vasos 
sanguíneos 
 Está presente na camada subcutânea de 
todo o corpo 
 Nos homens a gordura é armazenada 
principalmente no pescoço e nos 
ombros 
 Nas mulheres principalmente em mamas, 
nádegas, quadril e coxas 
 
 
2. Tecido conjuntivo multilocular 
(gordura parda) 
 Formado por células adiposas 
multiloculares 
 Cor parda devido a sua extensa 
vascularização e dos citocromos 
abundantes nas mitocôndrias 
 As células adiposas multiloculares 
armazenam gordura em múltiplas 
gotículas 
 É um tecido extremamente 
vascularizado 
 Está localizado principalmente no recém 
nascido na região do pescoço e região 
interescapular 
 Contém mais mitocôndrias e está 
associado à produção de calor 
 
 
 
Absorção de gorduras: 
 
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Correlações clínicas 
Obesidade: 
1. Obesidade hipertrófica 
 Armazenamento de gordura nos 
adipócitos 
 Aumento de até 4x 
 
2. Obesidade hipercelular 
 Superabundância de adipócitos 
 Alimentação excessiva em recém-
nascidos 
 
Formação do tecido adiposo 
 Formação primária – ocorre no início da 
vida fetal, grupos de células epiteliodes 
precursores distribuem-se por certos 
locais no feto em desenvolvimento, 
lipídios se acumulam formando tecido 
adiposo multilocular 
 Formação secundária – perto do final da 
vida (formação), outras células 
precursoras fusiformes diferenciam-se 
em muitas áreas do tecido conjuntivo 
dentro do feto e começam a acumular 
lipídios que coalescem formando uma 
única gotícula de gordura em cada célula 
(tecido adiposo unilocular) 
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Histologia 
Tecido cartilaginoso 
Características cartilagem 
↳ Células: condrócitos 
- Ocupam lacunas dentro da MEC 
↳ Não tem vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos 
- Recebem nutrientes a partir de vasos sanguíneos 
presentes nos tecidos conjuntivos que a envolvem 
↳ Flexibilidade e resistência à compressão 
- Amortecedor 
- Torna possível movimento nas articulações 
 
Células da cartilagem 
 
Matriz extracelular 
↳ Conteúdo 
↳ Ácido hialurônico 
↳ Proteoglicanos 
↳ Agrecanos 
↳ Grande conteúdo de água 
↳ 70%a 80% do peso 
↳ Fibras colágenas – 40% do peso seco 
Por que não visualizamos o colágeno na matriz 
cartilaginosa? 
- Porque o índice de refração das fibras colágenas e da 
substância é quase o mesmo 
↳ As fibrilas podem estar orientadas conforme as 
forças aplicadas sobre a cartilagem. 
↳ Matriz territorial – pobre em colágeno e rica em 
condroitino-sulfato 
↳ Matriz interterritorial - Rica em colágeno do tipo II e 
pobre em proteoglicanos 
↳ Cápsula (matriz) pericelular – delicada rede de fibrilas 
de colágeno 
Pericôndrio 
↳ Camada fibrocelular 
↳ Contínua com o periósteo e se mistura ao tecido 
conjuntivo 
↳ Duas camadas 
Camada fibrosa externa 
- Feixes de colágeno do tipo I e elastina 
Camada interna 
- Camada condrogênica 
- Formada por condrócitos alinhados na margem da 
cartilagem 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Tipos de cartilagem 
↳ Segundo as fibras presentes na matriz 
 
Cartilagem hialina 
↳ Contém colágeno do tipo II em sua matriz 
↳ É a mais abundante no corpo 
↳ Exerce diversas funções 
 
↳ Do grego hyalos – vítreo 
↳ Matriz com aspecto claro 
↳ Cartilagem mais abundante do corpo; 
↳ Molde para ossificação endocondral; 
↳ Forma a maior parte do esqueleto do embrião 
↳ Resistência a compressão e à tração 
↳ Essencial para sua função nas superfícies articulares 
das articulações. 
↳ Avascular 
↳ Nutrientes e O2 por difusão pela MEC 
↳ Limite de espessura 
↳ Hormônios e vitaminas podem influenciar o 
crescimento da cartilagem 
 
Localização: 
 
 
Cartilagem elástica 
↳ Contém colágeno do tipo II 
↳ Muitas fibras elásticas dispersas na matriz 
↳ Maior flexibilidade 
↳ Semelhante à cartilagem hialina 
↳ Possui fibras elásticas na matriz e no pericôndrio 
↳ Mais amarelada e opaca que a cartilagem hialina 
↳ Presença de fibras elásticas. 
Localização: 
 
↳ Abundantes fibras elásticas 
Lara C. Micheletto - TXX 01
↳ Delicadas, grosseiras, ramificadas, interpostas com 
fibras colágenas do tipo II 
↳ Maior flexibilidade que a cartilagem hialina 
↳ Condrócitos mais abundantes e maiores 
↳ Matriz reduzida em relação à cartilagem hialina 
↳ Feixes de fibras elásticas da matriz territorial maiores 
 
Fibrocartilagem 
↳ Possui densas e espessas fibras de colágeno tipo I na 
matriz 
↳ Resiste a grandes forças de tensão 
 
↳ Não possui pericôndrio 
↳ Matriz com colágeno tipo I 
↳ Associada à cartilagem hialina e ao T.C. Denso 
↳ Substância fundamental é escassa 
↳ Condrócitos em fileiras paralelas alternadas com 
feixes espessos e grosseiros de colágeno 
↳ Forças de tração 
↳ Os condrócitos podem se originar de fibroblastos 
↳ Fibrobrastos sintetizam proteoglicanos 
 
↳ Considerada a transição entre T.C. Denso e 
cartilagem hialina 
Localização: 
 
↳ Discos intervertebrais 
- Núcleo Pulposo 
- Células derivadas da notocorda – MEC rica em ácido 
hialurônico 
- Anel fibroso 
- Camadas de fibrocartilagem 
 
 
Correlação clínica: Hérnia de disco 
↳ Extrusão do núcleo pulposo pelo rompimento do 
anel fibroso 
↳ Mais comum na região lombar 
↳ Comprime nervos espinhais 
 
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Degeneração e regeneração 
↳ Degenera quando os condrócitos hipertrofiam e 
morrem 
↳ MEC calcifica-se 
↳ Processo natural de envelhecimento 
↳ Redução na mobilidade e dor nas articulações 
↳ Regeneração ruim 
- Exceto em crianças 
↳ Células condrogênicas penetram na lesão e formam 
uma nova cartilagem 
↳ Tecido conjuntivo denso 
- Quando a lesão é grande 
Condrogênese 
1. Crescimento intersticial 
O crescimento intersticial ocorre no interior da massa 
cartilaginosa. Isso é possível porque os condrócitos ainda 
são capazes de se dividir e porque a matriz é distensível. 
Embora as células-filhas ocupem temporariamente a 
mesma lacuna, separam-se quando secretam nova 
matriz extracelular. Quando parte desta última matriz é 
secretada, forma-se uma divisão entre as células e, neste 
ponto, cada célula ocupa sua própria lacuna. Com a 
continuidade da secreção da matriz, as células ficam ainda 
mais separadas entre si. 
 
2. Crescimento aposicional 
↳ Crescimento aposicional é a formação de cartilagem 
sobre a superfície de uma cartilagem já existente. As 
células empenhadas nesse tipo de crescimento derivam 
do pericôndrio. 
 
↳ A cartilagem cresce através da adição de nova matriz 
na superfície da cartilagem pré-existente. Neste 
processo, as novas células cartilaginosas, denominadas de 
condroblastos, são derivadas da camada interna do 
pericôndrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido ósseo 
Osso 
↳ Tecido conjuntivo rígido, inflexível 
↳ MEC impregnada com sais de cálcio e fosfato – 
mineralização 
↳ Altamente vascularizado 
↳ Metabolicamente ativo 
 
Estrutura macroscópica 
↳ Osso compacto ou denso 
↳ Osso esponjoso ou trabecular 
↳ Corpo ou diáfise 
↳ Cavidade medular 
↳ Epífases 
↳ Metáfise 
- Placa epifisária 
- Zona de crescimento = placa epifisária + osso 
esponjoso adjacente 
 
1. Cartilagem articular 
↳ Cartilagem hialina que reveste as superfícies 
articulares nas extremidades de ossos longos 
2. Periósteo 
↳ Revestimento ósseo 
↳ Tecido conjuntivo especializado com potencial 
osteogênico 
↳ Exceção: superfícies articulares, inserção dos tendões 
e ligamentos 
3. Endósteo 
↳ Com potencial osteogênico 
↳ Revestimento 
- Cavidade medular 
- Espaços no interior do osso esponjoso 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
↳ Existem dois tipos de ossos com base na 
organização microscópica: 
 
Osso lamelar 
↳ Lamelas 
- Matriz óssea 
- Osteócitos 
↳ 4 padrões: 
- Ósteons ou sistemas haversianos 
- Lamelas circunferenciais externas 
- Lamelas circunferenciais internas 
- Lamelas intersticiais 
 
 
 
 
Organizaçãodo osso compacto 
 
Periósteo e endósteo 
PERIÓSTEO 
↳ Crescimento embrionário e pós-natal 
- Osteoblastos 
↳ Adulto 
- Células inativas de tecido conjuntivo 
- Potencial osteogênico -- lesão ou reparo ósseo 
↳ Camada externa 
- Rica em vasos sanguíneos 
- Espessas fibras colágenas de ancoragem -- fibras de 
Sharpey 
ENDÓSTEO 
↳ Células pavimentosas 
↳ Fibras de tecido conjuntivo 
↳ Revestimento 
- Paredes esponjosas (medula óssea) 
- Cavidades do osso (canais haversianos) 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Matriz óssea 
1. Componentes orgânicos – 35% 
↳ Fibras colágenas do tipo I (90%) 
- Arranjo altamente organizado 
↳ Proteoglicanos – ricos em condroitinsulfato, 
queratansulfato e ácido hialurônico 
↳ Proteínas não colágenas 
- Osteocalcina 
- Osteopontina 
- Osteonectina – sintetizadas pelos osteoblastos, 
propriedades especificas na mineralização 
2. Componentes inorgânicos – 65% 
↳ Depósitos de fosfato de cálcio 
↳ Hidroxiapatita – fosfato de cálcio cristalino 
- Distribuídos ao longo das fibras colágenas associados 
por proteínas não colágenas 
Componentes celulares do osso 
↳ O osso em crescimento ativo contém células de duas 
linhagens diferentes 
 
Osteoblastos 
↳ Aparência epitelial 
- Forma cúbica ou colunar 
↳ Formam uma monocamada que reveste todos os 
locais de formação óssea ativa 
↳ Depositam osteoide 
- Matriz orgânica não mineralizada do osso 
↳ Iniciam e controlam a mineralização do osteoide 
↳ Síntese, glicosilação e secreção de proteínas 
↳ Produtos: 
- Colágeno tipo I 
- Osteocalcina 
- Osteopontina 
- Sialoproteína óssea 
- Fatores de crescimento 
↳ Os osteoblastos são organizados linearmente. Em 
contraste com um epitélio verdadeiro, o espaço 
intercelular não está selado por junções de oclusão. 
Entretanto, os osteoblastos são células polarizadas, visto 
que a matriz óssea produzida é liberada na interface 
osteoblasto-tecido ósseo 
↳ O osteóide, uma MEC óssea recém-sintetizada, é 
gradualmente depositada na forma de faixas ou lamelas. 
Por último, os osteoblastos são aprisionados no interior 
do osteoide e se tornam osteócitos quando a matriz é 
calcificada. 
Osteócitos 
↳ Quando a formação óssea está completa, os 
osteoblastos se achatam e se transformam em 
osteócitos 
↳ Ocupam as lacunas – espaços entre as lamelas 
↳ Canalículos – interconectam as lacunas vizinhas 
- Conectados por junções comunicantes 
↳ Os nutrientes se difundem a partir de vasos 
sanguíneos vizinhos – canais haversianos 
↳ Vida útil conforme fornecimento vascular 
*** Um vaso sanguíneo dentro do canal de Havers 
fornece nutrientes aos osteócitos. Os nutrientes são 
transportados através de uma cadeia de 
prolongamentos celulares, a partir do canal de Havers 
para os osteócitos localizados distantes do canal O 
transporte do sistema canalicular está limitado a uma 
distância de cerca de 100µm 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Diferenciação osteoblasto para 
osteócito 
 
 
 
Osteoclastos 
↳ Linhagem celular progenitora: monócito-macrófago na 
medula óssea 
↳ Células precursoras: monócitos 
- A partir da corrente sanguínea 
- Fusão 
- Regulados por osteoblastos e medula óssea 
↳ Remodelação óssea e renovação óssea 
Reabsorção óssea 
↳ Ambiente ácido isolado 
↳ 1º dissolução dos componentes inorgânicos do osso 
(desmineralização óssea) 
↳ 2º degradação da matriz orgânica (colágeno do tipo I 
e proteínas não colagenosas) 
 
↳ O osteoclasto é uma célula altamente polarizada, 
associada a uma concavidade rasa, a lacuna de Howship 
ou o compartimento subosteoclástico. A superfície ativa 
voltada para a lacuna apresenta borda em escova. Os 
osteoclastos são células multinucleadas e contêm 
mitocôndria e vesículas acidificadas (contendo 
H+ATPase eletrogênica) em abundância 
 
 
 
Correlações clínicas 
1. Osteoporose 
↳ Perda de massa óssea levando à fragilidade óssea e à 
suscetibilidade a fraturas 
↳ Deficiência de estrogênio 
↳ Aumento do número de osteoclastos 
- Quantidade de osso reabsorvido excede a de formado 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 
2. Osteomalácia 
↳ Amolecimento progressivo e flexão dos ossos 
↳ Defeito na mineralização do osteoide 
- Deficiência de vitamina D – absorção e ativação 
- Disfunção tubular renal 
↳ Raquitismo: jovens 
 
3. Displasia cleidocranial 
↳ Clavículas hipoplásticas 
↳ Atraso na ossificação de suturas de alguns ossos da 
caixa craniana 
↳ Problemas com a dentição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido hematopoiético 
Sangue 
↳ pH levemente alcalino: 7,4 
↳ 7% do peso corporal 
↳ Adulto – em média 5L (70kg) 
↳ T.C. especializado 
↳ Elementos figurados 
↳ Plasma 
Funções: 
↳ Transporte de substâncias (gases e alimentos) de 
que as células do organismo necessitam 
↳ Recebe os produtos metabólicos das células e 
transporta-os para serem excretados 
↳ Distribui os produtos das glândulas de secreção 
interna 
↳ Transporta eletrólitos 
↳ Auxilia o equilíbrio acidobásico, da temperatura e 
osmótico do organismo 
↳ Contribui para a defesa do organismo 
Componentes sanguíneos 
• Plasma: Contém albumina, fibrinogênio, 
imunoglobulinas, lipídios (lipoproteínas), hormônios, 
vitaminas e sais como componentes predominantes. 
• Elementos figurados: Os elementos figurados do 
sangue são os glóbulos vermelhos (42 a 47%), os 
glóbulos brancos e as plaquetas (ambos 1%) 
Plasma 
↳ O plasma é um fluido amarelado no qual estão 
suspensos ou dissolvidos células, plaquetas, compostos 
orgânicos e eletrólitos. Quando alguns componentes 
orgânicos ou inorgânicos saem do plasma, integrando-
se em um coágulo, o fluido restante é denominado 
soro (cor amarelo-palha). Ou seja, o plasma possui 
fibrinogênio (composto que atua na formação da rede 
de fibrina). Já o soro é o fluido restante (sem fibrina) 
Proteínas 
• Albumina (fígado): Mantém a pressão coloidosmótica 
e transporta alguns metabólicos insolúveis. 
• Globulinas e (fígado): Transporte de íons metabólicos, 
lipídios, ligados a proteínas e vitaminas lipossolúveis. 
• Globulinas (Plasmócitos): Anticorpos de defesa 
imunológica. 
• Proteínas de coagulação (Fígado): Formação da 
malha da fibrina. 
• Proteínas do complemento C1 até C9 (Fígado): 
destruição de microrganismos e iniciação da inflamação. 
• Quilomícrons (Células epiteliais intestinais): Transporte 
de triglicerídeos para o fígado. 
• VLDL (Fígado): Transporte de triglicerídeos do fígado 
para as células do corpo. 
• LDL (Fígado): Transporte de colesterol do fígado 
para as células do corpo. 
 
Eritrócitos 
↳ Podem ser chamadas também de hemácias ou 
glóbulos vermelhos. 
↳ São anucleadas e sem organelas. 
Lara C. Micheletto - TXX 01
↳ Fazem o principal transporte de O2 pelo organismo 
e para os tecidos principalmente. 
↳ Essas células não executam atividades metabólicas 
extensivas, tendo sua estimativa de vida de até 120 dias, 
que é regida pela capacidade de manter a forma 
bicôncava. 
↳ Não sofrem divisão celular. 
↳ Temos entorno de 4,8 à 5,3 milhões/mm 
(dependendo do sexo) de eritrócitos, sendo que em 
indivíduos que vivem em grandes altitudes sua taxa é 
maior. 
↳ São metabolicamente ativos - Energia via anaeróbica 
(A energia necessária a esse processo é derivada do 
metabolismo anaeróbio da glicose, uma vez que a 
ausência de mitocôndrias exclui a produção de energia 
aeróbica). 
↳ Sem as organelas apropriadas, são incapazes de 
substituir as enzimas e as proteínas em deterioração da 
membrana levando a uma capacidade diminuída de 
bombear íons de Na+ para fora da célula, de captar 
água e de assumir a forma bicôncava. 
↳ Essas células são removidas da circulação por 
fagocitose ou destruídos por hemólise no baço. 
↳ Passam pelos capilares sem se romperem 
↳ Permitem as trocas gasosas 
• Macrócitos - eritrócitos maiores (>8μm) 
• Micrócitos -eritrócitos menores (<6μm) 
• Anisocitose - sangue com muitas hemácias com 
dimensões anormais 
↳ Apresenta hemoglobina em sua estrutura, esta que 
por sua vez é responsável pelo transporte de gases, 
principalmente de oxigênio por todo o corpo. 
 
Hemoglobina 
↳Grande proteína tetramérica 
- 4 cadeias polipeptídicas 
↳ Ligadas a um radical heme 
- Contendo ferro 
Tipos: 
- Hb-A1 -- 97% 
- Hb-A2 -- 2% 
- Hb-F -- fetal (100% no feto; 80% no recém-nascido e 
1% no adulto) 
↳ Existem 4 tipos diferentes de hemoglobina, sendo 
cada uma responsável pelo transporte de: 
• Oxi-hemoglobina- oxigênio 
• Carboxi-hemoglobina- dióxido de carbono 
• Carbo-hemoglobina- monóxido de carbono 
• Meta-hemoglobina- sem afinidade por oxigênio 
(hemoglobina oxidada - Conversão de Fe+2 em Fe+3). 
Processo de maturação dos 
eritrócitos 
 
↳ O tempo de vida dos eritrócitos circulantes é de 120 
dias, os reticulócitos constituem um pouco menos de 
1% dos eritrócitos em circulação. 
↳ Depleção grave de eritrócitos (como após 
hemorragia ou hemólise) a taxa de produção de 
1. Perde o núcleo (antes de serem libertados 
no sangue). 
2. Todas as organelas citoplasmáticas 
degeneram. 
3. São sintetizadas grandes quantidades do 
pigmento respiratório hemoglobina. 
4. A maturação final em eritrócitos ocorre 
dentro de 24 a 48 horas após a libertação. 
5. A taxa de libertação de reticulócitos 
geralmente é igual à taxa de remoção dos 
eritrócitos gastos pelo baço e fígado. 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
eritrócitos na medula óssea aumenta e a proporção dos 
reticulócitos no sangue circulante eleva-se 
(reticulocitose). 
↳ A contagem dos reticulócitos fornece uma medida 
conveniente da formação dos eritrócitos na medula 
óssea. 
Reticulócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leucócitos 
↳ Os leucócitos, também conhecidos por glóbulos 
brancos, são células produzidas na medula óssea e 
presentes no sangue, linfa, órgãos linfóides e vários 
tecidos conjuntivos. 
↳ Um adulto normal possui entre 3.800 e 9.800 mil 
leucócitos por milímetro cúbico de sangue. 
↳ Suas principais características são: 
1. Principal função: combate à infecção. 
2. Tipos de células: 
•Granulócitos (65%): Neutrófilo, Eosinófilo e Basófilo. 
•Agranulócitos (35%): Monócito e Linfócito (B e T) 
↳ Não apresentam função na circulação 
- Usam como transporte 
- Migram pelas células endoteliais – diapedese 
- T.C.- desempenham suas funções 
↳ No sangue: arredondados 
↳ No T.C.: pleomórficos 
↳ Deixam os capilares por diapedese 
↳ Atraídos por quimiotaxia 
↳ O seu número varia com a idade, sexo e condições 
fisiológicas 
- Leucocitose (>10000) 
- Leucopenia (<6000) 
Granulócitos 
1. Neutrófilo 
• Forma esférica, 
• Núcleo com 2 a 5 lóbulos; 
• Fagocitam bactérias e corpos estranhos; 
• Primeiras células recrutadas nas infecções bacterianas 
agudas 
• Possuem receptores 
• Sistema complemento 
• Receptores para IgG 
• Mais numerosos no sangue 
• Tempo para síntese: 11 dias 
• Têm vida média de 6 a 7 horas e podem viver até 4 
dias no tecido conjuntivo. 
• Pouca síntese protéica 
• Só fagocitam quando entram em contato com 
partículas (ou circulantes não o fazem) 
 
 
• Forma imatura dos eritrócitos: libertados 
na circulação a partir da medula óssea. 
• Ainda contêm mitocôndrias, ribossomas e 
elementos de Golgi suficientes para 
completar o citosqueleto e os 20% 
remanescentes da síntese da hemoglobina. 
•São ligeiramente maiores que os 
eritrócitos maduros. 
•A densidade citoplasmática é menor, 
devido à menor concentração de 
hemoglobina. 
•Depleção grave de eritrócitos (como após 
hemorragia ou hemólise) a taxa de 
produção de eritrócitos na medula óssea 
aumenta e a proporção dos reticulócitos no 
sangue circulante eleva-se (reticulocitose). 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
• Exibem motilidade e a intensa atividade fagocitária - 
grande conteúdo de proteínas contráteis (actina, 
miosina, tubulina e proteínas associadas aos 
microtúbulos). 
• Migração assegurada pela presença de L-selectina e 
integrinas com afinidade para ligantes das células 
endoteliais como as moléculas de adesão intercelular 1 e 
2 (ICAM-1 e -2) 
• Função: eliminação de bactérias e outros 
microorganismos invasores, destruição de tecido lesado. 
GRÂNULOS DO NEUTRÓFILO 
1. Grânulos Primários (azurófilos): 
- Lisossomos 
- Fosfatase ácida 
- Hidrolases 
2. Grânulos secundários (específicos): 
- Fosfatase alcalina 
- Colagenase 
- Lactoferrina 
- Lisozima 
- Moléculas bactericidas 
3. Grânulos terciários: 
- Enzimas 
- Promovem adesão celular e fagocitose 
2. Eosinófilo 
• Forma esférica 
• Núcleo bilobado 
• Fagocitam complexos antígeno-anticorpo 
• Matam invasores parasitas e atuam em alguns 
distúrbios alérgicos 
• Membranas com receptores para IgG, IgE 
• Atividade microbicida baixa 
• Nº circulante máximo: manhã 
• Nº circulante mínimo: tarde 
 
 
Localização: 
• Permanecem na medula óssea por vários dias após a 
sua produção. 
• Depois circulam por cerca de 3-8 horas. 
• A maioria entra na pele, nas mucosas pulmonares e 
gastrointestinais, de onde podem migrar para dentro 
das secreções 
 • O destino e o tempo de vida dos eosinófilos não são 
conhecidos. 
• Eliminação de parasitas (devido à presença de 
receptores para a IgE) através da libertação do 
conteúdo dos grânulos para dentro do ambiente 
externo e não por fagocitose. 
• Fagocitose normal 
• Destruição de complexos antigeno-anticorpo 
• Limitação e circunscrição de processos inflamatórios 
• Melhoria de certos aspectos das reações de 
hipersensibilidade -neutralizam a histamina e produzem 
um fator chamado inibidor derivado do eosinófilo, que 
se acredita inibir a desgranulação dos mastócitos 
 
3. Basófilo 
• Forma esférica 
• Núcleo irregular 
• Depósitos de glicogênio 
• Receptores para IgE 
• Iniciadores do processo inflamatório 
• Grânulos com histamina e heparina 
• Menos de 1% da população de leucócitos 
• Os basófilos são os precursores dos mastócitos a 
caminho dos tecidos periféricos. 
Lara C. Micheletto - TXX 01
A diferença entre os 2: 
• Os mastócitos são maiores que os basófilos, contendo 
serotonina e 5-hidroxitriptamina que e libertada 
extracelularmente, ao contrário dos basófilos. 
• Participação nos processos alérgicos (possuem 
receptores para as IgE) 
• Resposta imunológica a certos parasitas. 
• Exposição ao alergeno – antígeno forma pontes 
entre moléculas de IgE adjacentes - exocitose rápida 
dos conteúdos dos grânulos (desgranulação). 
• A libertação de histamina e outros mediadores 
vasoativos é responsável pela chamada reação imediata 
da hipersensibilidade (anafilactoide), característica da 
rinite alérgica (febre do feno), de algumas formas de 
asma, de urticária e do choque anafilático. 
• Os basófilos também podem constituir algumas das 
células infiltrantes na dermatite alérgica e na rejeição 
dos aloenxertos de pele - hipersensibilidade basófila 
cutânea (hipersensibilidade tardia) 
 
Agranulócitos 
1. Monócitos 
• Forma esférica, 
• Núcleo oval, riniforme ou em forma de ferradura; 
• Se diferenciam em macrófagos, 
• Maiores células circulantes no sangue 
• Citoplasma com grânulos de glicogênio 
• Poucos dias na corrente sanguínea 
• Cromatina em arranjo frouxo 
• Agranulócitos, apenas lisossomicos 
• Grânulos azurófilos (lisossomo) 
• Fase da maturação da célula mononuclear fagocitária 
originada na medula óssea 
• Faz parte do sistema mononuclear fagocitário 
• Macrófagos imaturos 
• Pouca função no sangue circulante. 
• Respondem à presença de material necrótico, aos 
microorganismos invasores e à inflamação, migrando 
para dentro dos tecidos e diferenciando-se em 
macrófagos. 
• Grande capacidade de fagocitose e o abundante 
conteúdo de enzimas hidrolíticas, envolvem e destroem 
os detritos dos tecidos e material estranho, como partedo processo de cura e de restauração da função 
normal. 
 
2. Linfócitos 
• Forma e núcleo esféricos; 
• Pouco citoplasma 
• Agranulócitos – apenas lisossomais 
• Tamanho variável (maioria pequena) 
• Tempo de vida variável (dias à anos) 
• Podem conter grânulos azurófilos 
• Infecções virais 
• Desempenham sempre o papel-chave em todas as 
respostas imunes e, em contraste com os outros 
leucócitos, a sua atividade é sempre dirigida contra 
agentes estranhos específicos 
TIPOS DE LINFÓCITOS 
Linfócitos T 
↳ Origem timica, participam nas respostas imunitárias 
mediadas por células. 
Lara C. Micheletto - TXX 01
- T helper 
- T citotóxico 
- T supressor 
Linfócitos B 
↳ Origem medular 
↳ Imunidade humoral. 
- Plasmócitos 
 
Plaquetas 
↳ Forma irregular, 
↳ Sem núcleo, 
↳ Participam dos processos de coagulação do sangue 
↳ Pequenos fragmentos celulares 
↳ Atuam limitando a hemorragia no revestimento 
endotelial 
↳ A plaqueta sanguínea ou trombócito é um fragmento 
citoplasmático anucleado, presente no sangue que é 
formado na medula óssea. 
↳ A sua principal função é a formação de coágulos, 
participando, portanto, do processo de coagulação 
sanguínea. 
↳ Uma pessoa normal tem entre 150.000 e 400.000 
plaquetas por mm³ (ou por ml) de sangue. Sua 
diminuição ou disfunção pode levar a sangramentos, 
assim como seu aumento pode aumentar o risco de 
trombose. 
↳ Origem: medula óssea vermelha 
• Megacarioblasto se transforma em Megacariócito. 
• Fragmentação de citoplasma de megacariócitos. 
Células hematopoiéticas 
 
Medula óssea 
↳ Órgão difuso, volumoso e ativo - constituída por uma 
rede de seios vasculares e fibroblastos altamente 
ramificados, com os interstícios abarrotados de células 
hemopoiéticas. 
↳ Localiza-se no canal medular dos ossos longos e nas 
cavidades intertrabeculares dos ossos esponjosos. 
↳ Produz por dia: 
- 2,5 bilhões de eritrócitos 
- 2,5 bilhões de plaquetas 
- 1,0 bilhão de granulócitos/Kg de peso corporal 
Funções da medula óssea: 
• Hematopoiese 
• Armazenamento de ferro 
• Remoção de eritrócitos senescentes 
Quando um vaso sanguíneo se rompe, as 
plaquetas aderem ao tecido lesado e liberam 
certas substâncias que atuam na área de lesão. 
Entre elas estão a serotonina e a 
tromboplastina. A serotonina é um 
vasoconstritor que causa a constrição das 
células musculares lisas, diminuindo, assim, o 
fluxo sangüíneo local. A tromboplastina dá início 
a uma série de reações que leva à formação 
de coágulo. As plaquetas, então, provocam a 
retração do coágulo e sua dissolução 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
• Diferenciação dos linfócitos B 
• Secreção de anticorpo por plasmócitos 
Tipos: 
↳ Vermelha (hematógena): devido à presença de 
sangue e de células hematopoiéticas. 
↳ Amarela: acumulo de lípidos com o envelhecimento, 
nas células reticulares que se transformam em 
adipócitos, promovendo uma diminuição da função 
hematopoiética. 
↳ Substituição gradual. 
↳ Permanecem: 
- Esterno 
- Vértebras 
- Costelas 
- Díploe dos ossos do crânio 
No adulto jovem 
- Fêmur (epífise) 
- Úmero (epífise) 
↳ Acúmulo de pequenas porções de tecido linfoide 
 
MEDULA ÓSSEA VERMELHA 
↳ O estroma compreende: 
- Fibroblastos 
- Células reticulares com prolongamentos 
citoplasmáticos 
- Macrófagos implicados na fagocitose de detritos 
celulares 
- Adipócitos fornecem uma fonte de energia local 
- Matriz extracelular com colagêno I e III, fibronectina, 
laminina e proteoglicanos 
↳ O parênquima (= compartimento celular 
hematopoiético) é constituido pelas células 
hematopoiéticas, sendo suportado por uma rede 
formada pela matriz e pelos prolongamentos 
citoplasmáticos das células reticulares. 
 
Éritron 
↳ Conjunto de eritrócitos e suas precursoras 
↳ Órgão disperso 
Funções: 
↳ Suprir o meio interno com oxigênio necessário para 
o metabolismo de tecidos 
↳ Participa do transporte de CO2 
↳ Compartimentos funcionais: 
- Circulante ou sanguíneo 
- Medular 
↳ Não tem compartimento de reserva 
↳ Hr. eritropoetina: estimula o compartimento medular a 
produzir maior número de eritrócitos quando há 
deficiência de oxigênio 
Bom funcionamento do éritron depende: 
↳ Hormônio eritropoetina 
↳ Ferro 
↳ Vitamina B12 
↳ Ácido fólico 
Correlações clínicas 
↳ Anemia: deficiência de hemácias e pode ser causada 
pela perda rápida ou pela produção lenta de hemácias 
↳ Anemia megaloblástica: Existem duas proteínas, a 
vitamina B12 e o ácido fólico, que são particularmente 
importantes para a maturação final dos eritrócitos. 
Ambas são essenciais para a síntese de DNA. Sua 
deficiência resulta em diminuição do DNA e, 
consequentemente, em falha na maturação e divisão 
celulares; há a produção lenta de eritrócitos e 
crescimento excessivo dos mesmos, sendo então 
denominados megaloblastos. 
↳ Anemia hemolítica: defeito genético que resulta em 
hemácias frágeis que se rompem quando passam 
através dos capilares. Na anemia hemolítica, o número 
de hemácias que se formam é normal ou está acima 
do normal; no entanto, como essas células são muito 
frágeis, sua vida é muito curta. 
Lara C. Micheletto - TXX 01
↳ Anemia aplásica: resultado de medula óssea não-
funcional. Isso pode ser devido a exposição a radiação 
gama, produtos químicos industriais tóxicos,etc. 
↳ Anemia por perda de sangue: Ocorre após 
hemorragia significativa. O organismo é capaz de repor 
o plasma dentro de 1 a 3 dias; entretanto, a 
concentração de hemáceas continua baixa, 
necessitando de um período de 3 a 4 semanas para 
que essa concentração volte ao normal. 
↳ Policitemia: É a condição na qual o número de 
hemácias aumenta devido a hipóxia ou aberração 
genética. A hipóxia, sentida principalmente a nível renal, 
induz a liberação do hormônio eritropoietina, que induz 
a produção de maior número de hemácias pela medula 
óssea. A policitemia aumenta a viscosidade do sangue e, 
como resultado, o fluxo sangüíneo pelos vasos costuma 
ser lento. 
↳ Trombocitopenia: Redução no número de plaquetas, 
(<150.000/μL), maior suscetibilidade a sangramentos 
Causas: 
- Diminuição na produção de plaquetas 
- Aumento na destruição de plaquetas 
- Agregação plaquetária nos vasos da microcirculação 
- Deficiência de trombopoietina 
↳ Trombocitose: Excesso de trombopoietina, estimula 
crescimento de megacariócitos, plaquetas se aderem a 
trombopoietina (auto-regula a produção de plaquetas) 
↳ Anemia falciforme: Mutação num único locus da 
cadeia 
- Quando a tensão de oxigênio é reduzida, a HbS muda 
sua forma, produzindo eritrócitos de forma anormal 
- Menos maleáveis, mais frágeis, e mais predispostos à 
hemólise 
↳ Eritoblastose fetal: Mulher Rh- e criança Rh+, 
pequena quantidade de sangue do bebê entra na 
circulação materna e induz formação de anticorpos 
anti-Rh 
- Próxima gestação bebê Rh+ 
- Anticorpos atacarão os eritrócitos do feto 
- Mãe tratada com aglutininas anti-Rh 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido muscular 
↳ É o tecido responsável pelos movimentos corporais, é 
constituído por células alongadas (actina e miosina) e sua 
origem é mesodérmica. 
↳ Ele é dividido em três tipos, o estriado esquelético que 
é responsável por tracionar os ossos nos movimentos 
voluntários, o liso está presente dentro de órgãos como 
no intestino por exemplo, e o estriado cardíaco que 
aparece no coração. 
 
Conceitos 
• Membrana da célula muscular – Sarcolema 
• Retículo Endoplasmático Liso – Retículo 
sarcoplasmático 
• Citoplasma – Sarcoplasma 
• Mitocôndrias – Sarcossomos 
• Células Musculares – Fibras Musculares 
Músculo estriado esquelético 
↳ Composto por células multinucleadas, longas e 
cilíndricas, que se contraem voluntariamente para facilitar 
os movimentos do corpo ou de suas partes 
FIBRAS MUSCULARES 
↳ Dispostas paralelamente umasàs outras; 
↳ Espaços intercelulares: capilares contínuos; 
↳ Estriadas 
↳ Diâmetro: 10 a 100μm 
↳ Fibras hipertrofiadas ↑ 
↳ Força da fibra: depende do diâmetro 
↳ Força do músculo: número e espessura das fibras 
 
↳ A força das fibras depende do diâmetro da mesma, 
sendo assim, quanto maior o número de e espessura de 
fibras, maior será a força exercida pelo músculo. 
↳ São divididas em dois grandes grupos, as fibras 
vermelhas e as fibras brancas. 
↳ Núcleos localizados perifericamente, logo abaixo da 
membrana celular 
↳ Células satélites – células regeneradoras 
Miofribrilas: 
- 1 a 2 μm 
- Se estendem por todo comprimento da célula 
- Estrias claras e escuras 
Vermelha TIPO 1 
• Possuem contração lenta e fraca, porém repetitiva. As 
suas fibras nervosas são menores e seu diâmetro 
também. Seu suprimento vascular é rico. Não ocorre 
fatiga facilmente. Pouco R.S em sua composição, porém 
grande quantidade de mitocôndrias e mioglobina. 
Branca TIPO 2 
• Possuem contração rápida e forte. As suas fibras 
nervosas são maiores e seu diâmetro também. Seu 
suprimento vascular é mais pobre, tornando as fatigas 
mais recorrentes. RC é mais extenso, porém pouca 
quantidade de mitocôndrias e mioglobina. 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 
 
Envoltórios da fibra muscular 
1. Epimísio – Membrana de tecido conjuntivo denso não 
modelado, recobre os músculos 
2. Perimísio – Tecido conjuntivo menos denso derivado 
do epismísio, envolve os fascículos (feixes de fibras 
musculares) 
3. Endomísio – Fibras reticulares e lâmina basal, envolve 
cada célula muscular 
 
 
Organização das fibras esqueléticas 
↳ A unidade contrátil de qualquer fibra muscular são os 
sarcômeros, cada sarcômero se localiza entre dois 
discos Z. 
• Discos Z: Entre dois sítios de fixação para os 
filamentos finos 
• Banda I: Banda mais clara, é ocupada por filamentos 
mais finos. 
• Banda A: Banda mais escuta, é ocupada por 
filamentos mais grossos. 
• Zona H: Região central clara da banda A. 
• Linha M: É o meio, sítio de ancoragem para os 
filamentos grossos. 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Túbulos T e retículo sarcoplasmático: 
↳ Componentes essenciais que participam da contração 
do músculo esquelético 
• Túbulos T: Conduzem os potenciais de ação para o 
interior da fibra. Cada sarcômero possui dois conjuntos 
de túbulos T. Se dispõem exatamente no plano de 
junção entre as bandas A e I 
 
• Retículo Sarcoplasmático: funcionam como cisternas, 
fazem o armazenamento de Ca+2. Além disso tem 
contato íntimo com as bandas A, I e túbulos T. Tríade 
 
Proteínas do sarcômero 
 
Inervação 
↳ O músculo recebe pelo menos dois tipos de fibras 
nervosas: 
• Motoras – estímulo inicial da contração 
• Sensoriais – passam aos fusos neuromusculares 
• Fibras autônomas: suprem os elementos vasculares 
↳ Varia conforme músculo 
- Músculo oculares - 1 neurônio – 5 a 10 fibras 
- Parede abdominal – 1 neurônio – até 1000 fibras 
 
Monitoramento da contração 
muscular 
↳ Monitoramento do status motor do musculo e seus 
tendões durante a atividade muscular 
FUSOS NEUROMUSCULARES 
• Feedback sobre as mudanças no comprimento do 
músculo 
• Nível de alteração no comprimento do músculo 
ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI 
• Ou fusos neurotendinosos 
• Monitoram a tensão, inclusive produzida durante o 
movimento 
 
Músculo estriado cardíaco 
↳ É um músculo estriado involuntário limitado ao 
coração e às partes proximais das veias pulmonares 
↳ Células musculares ramificadas organizadas em 
lâminas 
↳ As lâminas são separadas umas das outras por 
delicadas bainhas de tecido conjuntivo 
↳ Bem vascularizado 
↳ Ritmo intrínseco e contração espontânea 
↳ Muitas mitocôndrias  grande consumo de energia 
↳ Abundante quantidade de mioglobina 
↳ Geralmente um grande núcleo oval e central 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 
 
Discos intercalares 
↳ São complexos juncionais com 3 especializações 
principais, sendo essas: 
ZÔNULAS DE ADESÃO 
• Ancoram filamentos de actina, são localizados na parte 
transversal do disco. 
DESMOSSOMOS 
• São conexões fortes que mantem as células 
adjacentes unidas permitindo que a força criada em 
uma célula seja transferida para a célula vizinha 
JUNÇÕES COMUNICANTES 
• Conectam eletricamente as células musculares 
cardíacas umas às outras. 
• Permitem que as ondas de despolarização espalhem-
se rapidamente de célula para célula, de modo que 
todas as células do músculo cardíaco se contraem 
quase simultaneamente. 
 
Músculo Estriado Cardíaco vs Músculo Estriado 
Esquelético 
SEMELHANÇAS 
• Padrão de estriações 
• Sarcômero com a mesma estrutura básica 
• Modo e mecanismo de contração 
• Ca2+ flui também através dos túbulos T 
DIFERENÇAS 
• Retículo sarcoplasmático 
• Organização e quantidade dos túbulos T 
• Suprimento de Ca2+ 
• Canais de íons do sarcolema 
• Duração do P.A. 
• Tubulos T maiores que nas células musculares 
• Retículo sarcoplasmatico menor, depende em parte 
do Ca2+ extracelular para iniciar a contração 
Ca2+ flui também através dos túbulos T 
 
Músculo liso 
↳ Não possuem estriações transversais – lisas 
↳ Não possuem sistema de túbulos T 
↳ Localização: 
- Parede de vísceras ocas como no trato 
gastrointestinal e órgãos do trato genital e urinário 
- Paredes de vasos sanguíneos 
- Ductos maiores de glândulas compostas 
- Vias respiratórias 
- Pequenos feixes no interior da derme 
• Involuntário – controle: 
- S.N.A. 
- Hormônios 
- Condições fisiológicas locais 
Dois tipos de músculo liso 
• Multiunitário 
• Unitário 
 
1. Multiunitário 
↳ Podem se contrair independentemente umas das 
outras 
Lara C. Micheletto - TXX 01
↳ Cada célula muscular possui seu próprio suprimento 
nervoso 
Locais: 
• Ciliar do olho, 
• Músculo da íris 
• Músculos piloeretores 
2. Unitário (ou visceral) 
↳ As membranas plasmáticas formam junções 
comunicantes 
↳Fibras nervosas formam sinapses somente com 
algumas poucas fibras musculares 
↳ Não podem contrair independentemente 
Locais 
• Paredes de vísceras 
*** Além de contração, algumas células musculares 
lisas podem realizar síntese de proteínas para a MEC: 
Alguns tipos de colágeno 
• Elastina 
• Glicosaminoglicanos 
• Proteoglicanos 
• Fatores de crescimento 
Fibras musculares do músculo liso 
↳ Fusiformes – alongadas 
↳ Comprimento médio: 0,2mm 
↳ Diâmetro: 5 a 6 μm 
↳ Células afiladas nas extremidades 
↳ Porção central com núcleo oval com dois mais 
nucléolos 
↳ Cada célula é envolvida por uma lâmina externa 
- Separa o sarcolema das células adjacentes 
↳ Ao redor da lâmina externa  fibras reticulares 
- Envolvem cada célula 
- Aproveitamento da força de contração 
↳Quando a célula está contraída 
- Núcleo em forma de “saca-rolhas” 
↳ Presença de corpos densos 
- Aderidos ao sarcolema 
- Equivalem aos discos Z 
↳ Miofilamentos 
- Delgadas estriações longitudinais 
↳ As camadas de células musculares lisas encontram-se 
frequentemente dispostas em duas camadas 
perpendiculares uma à outra. Este arranjo permite a 
formação de ondas de peristalse 
 
Músculo Liso vs Músculo E. Esquelético 
SEMELHANÇAS 
• Pontes cruzadas de actina e miosina 
• RS com canais para liberação de Ca2+ 
• Actina associada a tropomiosina 
DIFERENÇAS 
• Miosina e actina mais longas 
• Atividade ATPase é mais lenta 
• Actina mais abundante 
• Não apresenta troponina 
• Menor RS - cavéolas suplementam o fornecimento de 
Ca2+ 
Regeneração dos músculos 
ESQUELÉTICO - Embora seus núcleos não se dividam, 
ele tem uma pequena capacidade de reconstituição. 
Admite-se que células satélites, são multiplicadas, 
juntando-se as lesionadas formando novas fibras 
musculares esqueléticas 
CARDÍACO - Não se regenera, em caso de lesão, a 
parte atingida é substituída por fibroblastos que 
produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de 
T.C Denso. Elas não se contraem mais, porém 
permitem o estimulo. 
LISO- Capacidade de uma regenerativa mais eficaz 
quando ocorre lesões, as células musculares viáveis 
entram em mitose e reparam o tecido destruído. É 
encontrado em cavidades. 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Histologia 
Tecido nervoso
Sistema nervoso 
↳ Constituído por aproximadamente 1 trilhão de 
neurônios; 
↳ Recepção de estímulos; 
↳ Transdução em impulsos nervosos; 
↳Condução de impulsos nervosos 
- Componente sensorial – aferente 
- Componente motor – eferente 
 
 
 
 
Células do sistema nervoso 
•São classificadas em 2 categorias: 
NEURÔNIOS 
↳ Responsáveis pelas funções de recepção, de 
integração e motoras do sistema nervoso. 
CÉLULAS DA NEURÓGLIA 
↳ Responsáveis pela sustentação e proteção dos 
neurônios 
Neurônios 
↳ Responsáveis pela recepção e transmissão dos 
impulsos nervosos  SNC  
↳ 5 a 150 μm diâmetro 
 
Estruturas 
1. CORPO CELULAR 
• Ou soma 
• Núcleo central 
• Citoplasma perinuclear 
• Diferentes tipos de corpos celulares 
2. AXÔNIO 
• Diâmetro e comprimento variável 
• Terminações axonais 
Sistema Nervoso
S.N.C.
Encéfalo Medula Espinal
S.N.P.
Nervos Gânglios
Somático Autônomo
Simpático Parassimpático 
Lara C. Micheletto - TXX 01
• Bulbos terminais 
• Botões terminais 
• Conduz impulsos a partir do soma 
• Pode receber estímulos 
3. DENDRITOS 
• Prolongamentos especializados na recepção de 
estímulos 
 
Corpo celular 
↳ Contém: 
• Núcleo 
- Grande, esférico, oval e central 
• Nucléolo bem definido 
• Citoplasma perinuclear 
• R.E.G 
- Abundante, muitas cisternas 
- Presente na região dendrítica 
• Poliribossomos 
• Corpúsculos de Nissl 
• Complexo Golgiense - Composto por várias cisternas, 
responsável pelo mpacotamento de neurotransmissores 
• Mitocôndrias - Dispersas por todo o neurônio, mais 
abundantes nas terminações dos axônios 
Dendritos 
↳ Recebem estímulos de outras células nervosas; 
↳ Na maioria dos neurônios são múltiplos; 
↳ Padrão de arborização característico de cada tipo de 
neurônio 
↳ Organelas presentes na base – ausentes nas 
extremidades 
Axônio 
↳ Transmitem impulsos para outros neurônios ou para 
células efetoras, em especial para células musculares e 
glandulares 
 
↳ Axoplasma: 
- Pequenas cisternas de REL 
- Longas mitocôndrias delgadas 
- Muitos microtúbulos 
NÃO POSSUI: 
• REG 
• Polirribossomas 
• Manutenção depende do soma 
↳ Microtúbulos dispostos distalmente isolados e 
espaçados entremeados com neurofulamentos 
Transporte axonal 
↳ Transporte de materiais entre o corpo celular e as 
terminações do axônio 
↳ Três velocidades: rápida, intermediária e lenta 
1. Transporte anterógrado 
• Translocação de organelas e vesículas 
• Macromoléculas: actina, miosina e claritina 
• Enzimas: síntese de neurotransmissores 
2. Transporte retrógrado 
• Proteínas dos neurofilamentos 
• Subunidades de microtúbulos 
• Enzimas solúveis 
• Materiais capturados por endocitose (vírus e toxinas) 
• Moléculas e proteínas para degradação 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
Classificação morfológica dos 
neurônios 
1. BIPOLARES 
↳ Localização: Gânglios vestibulares e cocleares e 
epitélio olfativo da cavidade nasal 
 
 
2. UNIPOLARES 
↳ Localização: Gânglios da raiz dorsal e gânglios do 
nervo craniano 
 
3. MULTIPOLARES 
↳ Localização: Em todo sistema nervoso, na maioria 
neurônios motores 
 
 
↳ Os multipolares recebem nomes diferentes e 
específiocs de acordo com a sua morfologia: 
 
↳ Neurônios piramidais do córtex cerebral têm formato 
triangular, com um longo prolongamento, o dendrito 
apical, estendendo-se em direção às leptomeninges 
↳ Células de Purkinje do córtex cerebelar enviam 
grandes dendritos ramificados à camada molecular, 
pobre em células mas rica em sinapses 
***Os neurônios também podem ser classificados em: 
1. Neurônios sensitivos (aferentes) 
- Recebem informações sensitivas em suas terminações 
dendríticas e conduzem impulsos para o SNC 
2. Neurônios motores (eferentes) 
- Originam-se no SNC e conduzem impulsos para os 
músculos, glândulas e outros neurônios 
3. Interneurônios 
- Localizados dentro do SNC, interligam os neurônios 
motores e sensitivos e também entre outros 
interneurônios 
Células da neuróglia 
↳ Função: sustentação física e metabólica para os 
neurônios; 
↳ 10 vezes mais que neurônios; 
↳ Apresentam junções gap 
- Não reagem aos impulsos nervosos ou os propagam 
↳ Se dividem por mitose 
 
Célula de 
Schwann 
Lara C. Micheletto - TXX 01
 
 
Astrócitos 
↳ Sustentação estrutural e metabólica a neurônios 
↳ Agem como captadores de íons e de 
neurotransmissores liberados no espaço extracelular. 
- São divididos em: 
1. Astrócitos protoplasmáticos: 
• Substância cinzenta do SNC 
• Citoplasma abundante 
• Núcleo grande 
• Muitos prolongamentos curtos ramificados 
• Pedicelos – contato com vasos sanguíneos 
 
2. Astrócitos fibrosos: 
• Substância branca do SNC 
• Citoplasma: 
- Poucas organelas 
- Ribossomos livres 
- Glicogênio 
• Prolongamentos longos e não ramificados 
 
 
Oligodendrócitos 
↳ FUNÇÃO: isolamento elétrico e produção de mielina 
no SNC 
• Menores que os astrócitos 
• Menos prolongamentos 
• Local: substância cinzenta e branca 
• Núcleo pequeno 
• REG abundante 
• Muitos ribossomos livres 
• Muitas mitocôndrias 
• C.G bem desenvolvido 
• Interfasciculares 
• Satélites 
Células da micróglia 
• Membros do sistema fagocitário mononuclear; 
• Citoplasma escasso; 
• Núcleo oval a triangular 
• Prolongamentos irregulares e curtos 
• Fagócitos - removem fragmentos e estruturas lesadas 
do SNC 
• Protegem contra microrganismos, vírus e formação 
de tumores 
• Células apresentadoras de antígenos 
Células ependimárias 
• Células epiteliais – colunares e/ou cubóides 
• Revestimento: ventrículos encefálicos/canal central 
medula espinhal 
• Em algumas regiões – cílios 
- Facilita movimento do líquido cefalorraquidiano (LCR) 
- Ou líquido cérebro-espinhal (LCE) 
Exclusivas do SNC 
Lara C. Micheletto - TXX 01
• Participa da formação do plexo coroide 
- Manutenção e composição do LCR 
 
 
Célula de Shwann 
• Formam a cobertura mielínica (nervo mielínico) e 
amielínica dos axônios do SNP. 
• No SNP 
• Células achatadas; 
• Núcleo achatado 
• Pequeno C.G. e algumas mitocôndrias 
• Envolve o axônio com sua membrana plasmática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lara C. Micheletto - TXX 01
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