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Universidade Federal do Maranhão – UFMA Centro de Ciências Sociais Saúde e Tecnologia – CCSST Engenharia de Alimentos Disciplina: Física Experimental II Docente: Pedro de Freitas Façanha Filho Discente: Leandro Alves de Souza EXPERIMENTO 2 e 3 : RESSONÂNCIA EM TUBOS SONOROS ABERTOS E FECHADOS – TUBO DE KUNDT Imperatriz – MA 2021 LEANDRO ALVES DE SOUZA EXPERIMENTO 2 e 3 : RESSONÂNCIA EM TUBOS SONOROS ABERTOS E FECHADOS – TUBO DE KUNDT Relatório para obtenção de notas, referente à disciplina de Física Experimental II. Professor: Dr. Pedro de Freitas Façanha Filho. Imperatriz – MA 2021 1. OBJETIVOS o Nesta prática é possível definir os comprimentos de ondas formadas e/ou produzidas por meio de um tubo, de modo que esse processo seja feito tanto com o tubo aberto (experimento 1) como também com o tubo fechado (experimente 2) e com seguinte determinar a velocidade do som. Objetivos para tubos abertos (experimento 1) e fechados (experimento 2) o Identificar e/ ou descrever o fenômeno da ressonância em tubos sonoros; o Localizar visualmente e conceituar os pontos nodais e os pontos ventrais de uma onda sonora estacionária num tubo aberto; o Medir o comprimento de onda λ de algumas ondas sonoras estacionárias obtidas em tubos sonoros abertos e relacionar com o comprimento de onda L do tubo sonoro aberto; o Identificar os harmônicos possíveis para um dado tubo sonoro aberto; o Determinar a velocidade de propagação do som, a partir de uma onda estacionária obtida num tubo sonoro aberto; o Medir e/ou calcular a frequência de um som emitido; o Relacionar o comprimento L do tubo sonoro fechado com o λ das ondas estacionárias obtidas; o Identificar os harmônicos possíveis para um tubo sonoro fechado com comprimento L; o Traçar envoltórias das ondas estacionárias obtidas num tubo sonoro fechado e determinar a velocidade de propagação do som 2 2. INTRODUÇÃO Uma onda é qualquer sinal que se transmite de um ponto a outro de um meio com velocidade definida. Ela é uma onda quando uma transmissão do sinal entre dois pontos distantes ocorre sem que haja transporte direto de matéria de um desses pontos ao outro. [1] As ondas podem ser definidas em três tipos: Ondas mecânicas, são as mais comuns e estão em toda parte, como, ondas do mar, ondas sonoras e ondas sísmicas; Ondas eletromagnéticas, são menos conhecidas, mas bastante usadas, como nos raios X, ondas de rádio e micro-ondas; Ondas de matéria, são usadas basicamente em laboratório, estão associadas a elétrons, prótons e outras partículas elementares. [2] Ressonância ocorre quando uma força periódica é aplicada a um sistema com muitos modos normais de vibração. Quando ondas longitudinais se propagam em um fluido no interior de um tubo com comprimento finito, elas são refletidas nas extremidades do mesmo modo que as ondas transversais em uma corda. Ondas estacionárias longitudinais em um tubo podem ser usadas para criar ondas sonoras no ar circundante. Podemos demostrar a existência de ondas longitudinais em uma coluna de gás usando um aparelho chamado tubo de Kundt. Um tubo de vidro horizontal da ordem de 1,0 m de comprimento está fechado em uma de suas extremidades, e na outra contém um diagrama flexível que pode transmitir vibrações. (YOUNG E FREEDMAN, 2008). [3] Os tubos são classificados como abertos e fechados, sendo os tubos abertos aqueles que têm as duas extremidades abertas e os tubos fechados que são os que têm uma extremidade aberta e outra fechada. As vibrações das colunas gasosas podem ser estudadas como ondas estacionárias resultantes da interferência do som enviado na embocadura com o som refletido na outra extremidade do tubo. Em uma extremidade aberta o som reflete-se em fase, formando um ventre (interferência construtiva) e em uma extremidade fechada ocorre reflexão com inversão de fase, formando-se um nó de deslocamento (interferência destrutiva). [4] 3 3. MATERIAIS o Gerador de sinais de áudio e frequencímento digital; o Conjunto de alto – falante; o Tubo sonoro, orientador de haste e escala milimetrada; o Cubas coletoras para pó de cortiça; o Pó de cortiça; o Estetoscópio; 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A priori, o experimento foi realizado em tubo aberto. Inicialmente espalhou-se o pó de cortiça por todo tubo para que este se “assimile a forma de um cordão”. Procurou-se saber no gerador de ondas sonoras a intensidade e a frequência do som “exata” para formar uma onda estacionária no tubo, de forma que pudesse ser observado os nós e ventres originados pela onda sonora. Em seguida foi encontrado cada frequência de ressonância, e novamente foi colocado o pó de cortiça em “forma de cordão” no tubo, onde a frequência foi aumentada até que houvesse a formação de onda estacionária no tubo. Com o tubo fechado (extremidade do tubo fechada) o procedimento utilizado foi o mesmo realizado com o tubo aberto, afim de encontrar as ondas para esse segundo experimento. Por fim, calculou-se as velocidades médias, tanto para o tubo aberto, como para o tubo fechado, utilizando o comprimento de onda (ʎ) e as frequências (f), assim como também, as frequências teóricas. 4 5. RESULTADOS/ANÁLISE E EXPLICAÇÃO/DISCURSSÃO O tubo de Kundt é composto de um tubo de vidro frio que contém ar e serragem fina de cortiça em seu interior. Nele produz-se ondas estacionárias fazendo um alto- falante vibrar em uma determinada frequência com o auxílio de um gerador de energia. As vibrações são transmitidas para o pó de serragem pelo ar que está contido dentro do tubo. Observa-se que, quando ocorre ressonância, em certas regiões do tubo há acúmulo da cortiça em algumas regiões que não apresentam vibrações longitudinais; essas regiões representam os nós da onda gerada. Sabendo-se a distância média entre esses acúmulos e a frequência da onda gerada, pode-se determinar a velocidade de propagação do som no ar contido no tubo o v = velocidade o λ = comprimento de onda o f = frequência o n = quantidades de nós o L = comprimento do tubo o Em tubo aberto, o comprimento de onda é dado através da equação: λ = 2𝐿 𝑛 o Em tubo fechado, o comprimento de onda é dado através da equação λ = 4𝐿 𝑛 o Já a velocidade, obtém-se através de: 𝑣 = 𝜆𝑓 Com o comportamento do pó de cortiça e a frequência observada observou-se os harmônicos formando-se. Com base no procedimento descrito no item 4, foram feitos os quadros 1 e 2, com os valores obtidos através dos cálculos. Quadro 1: Valores obtidos de λ, f, V e Vm para tubo aberto de Kundt HARMÔNICOS (NÓS) COMPRIMENTO DE ONDA (Λ) FREQUÊNCIA (F) VELOCIDADE (V) 3 0,57 m 583 Hz 332,31 m/s 4 0,43 m 787 Hz 338,41 m/s 5 0,34 m 968 Hz 329.12 m/s VELOCIDADE MÉDIA (VM) 333,28 m/s Fonte: próprio autor. 5 Quadro 2: Valores obtidos de λ, f, V e Vm para tubo fechado de Kundt HARMÔNICOS (NÓS) COMPRIMENTO DE ONDA (Λ) FREQUÊNCIA (F) VELOCIDADE (V) 3,5 = 7 0,49 m 713 Hz 349,37 m/s 4,5 = 9 0,38 m 911 Hz 346,18m/s VELOCIDADE MÉDIA (VM) 347,77 m/s Fonte: próprio autor. Observando os dois quadros percebe-se que a velocidade média do som no tubo aberto foi maior que no tubo fechado isso explica-se pela pressão externa, sendo que com o tubo fechado foi mais perceptível a presença de harmônicos e nós, sendo assim apresentando mais harmônicos que no tubo aberto. Dessa forma, foram feitos os gráficos 1 e 2 que apresentam valores teóricos correspondente aos descritos na literatura mostrando o valor do número de harmônicos formados em relação a sua frequência. Sabendo os valoresteóricos e experimentais das velocidades medias calcula- se a frequências de ressonâncias: Frequências de ressonâncias experimentais; Tubo aberto; HARMÔNICOS (NÓS) FREQUENCIAS EXPERIMENTAIS 3 581.30Hz 4 775.06Hz 5 968,83Hz Fonte: próprio autor. Tubo fechado; HARMÔNICOS (NÓS) FREQUENCIAS EXPERIMENTAIS 7 707,67Hz 9 909,86Hz Fonte: próprio autor. Frequências de ressonâncias teóricas ; Tubo aberto; HARMÔNICOS (NÓS) FREQUENCIAS TEÓRICAS 3 614.60Hz 4 814.70Hz 5 1030.35Hz Fonte: próprio autor. 6 Tubo fechado; HARMÔNICOS (NÓS) FREQUENCIAS TEÓRICAS 7 714,9Hz 9 921,9Hz Fonte: próprio autor. Dessa forma, foram feitos os gráficos 1 e 2 que apresentam valores teóricos correspondente aos descritos na literatura mostrando o valor do número de harmônicos formados em relação a sua frequência. Gráfico 1 – Fonte-próprio autor. Gráfico 2 – Fonte-próprio autor. 0 200 400 600 800 1000 1200 H A R M Ô N I C O 3 H A R M Ô N I C O 4 H A R M Ô N I C O 5 TUBO ABERTO Hz experimental Hz teorica 0 200 400 600 800 1000 H A R M Ô N I C O 3 H A R M Ô N I C O 4 TUBO FECHADO Hz experimental Hz teorica 7 6- CONCLUSÃO Nota-se de acordo com os gráficos e tabelas acima percebe-se que a onda sonora tem ventres e nós sendo uma forma de transmissão em que a vibração passa de molécula por molécula colidindo assim gerando o som sendo uma forma de energia mecânica. A onda sonora faz uma pressão na qual ela vai e volta por causa da pressão da atmosfera, dessa forma precisa-se de uma alta frequência para gerar essa onda estacionária pois ela é transmitida pela densidade do ar para se propagar, diferente de uma onda se propagando pelo o fio na qual utiliza a densidade do mesmo. Com base nos cálculos e nos dados presentes, foi possível observar e calcular o comprimento da onda λ em algumas ondas estacionárias e também a velocidade de propagação do som a partir das formulas e dados coletados. Portanto concluímos que quanto maior o comprimento de um ventre maior será sua velocidade em um tubo com extremidade aberta ou fechada. 7- REFERÊNCIAS [1] YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A., Física II: Termodinâmica e ondas, 12ª ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008. [2] HALLYDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da física, vol. 2: gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2012. [3] YOUNG, HUGH; Física II: Termodinâmica e Ondas/ Young e Freedman: [Colaboradores A. Lewis Ford]: tradução Cláudia Santana Martins; revisão técnica Adir Moysés Luiz – 12.ed. – São Paulo: Addison Wesley, 2008. [4] SÓ FÍSICA. Tubos Sonoros. Disponível em: < https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos2.php>. Acesso em: 27 de set. de 2018.
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