Buscar

Raiva

Prévia do material em texto

Faculdade IMED
Caroline Dall’Igna
Elen Dalla Cort Santin
Larissa Pasa
Maria Eduarda Moraes
Pâmela Alves Machado
Rafaela Dalpian Lanzarin
RAIVA
PASSO FUNDO-RS
2021
1. O QUE É?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
2. TRANSMISSÃO
A transmissão da raiva ocorre quando os vírus da raiva existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura. A raiva apresenta três ciclos de transmissão:
· Urbano: representado principalmente por cães e gatos;
· Rural: representado por animais de produção, como: bovinos, equinos, suínos, caprinos;
· Silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.
3. SINTOMAS
· Dificuldade para engolir;
· Salivação abundante;
· Mudança de comportamento;
· Mudança de hábitos alimentares;
· Paralisia das patas traseiras.
Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco", e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
4. RAIVA HUMANA
No início, os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura; essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.
5. COMPLICAÇÕES
A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como:
· Ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes;
· Febre;
· Delírios;
· Espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões.
Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (hidrofobia)
Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.
6. DIAGNÓSTICO
A confirmação laboratorial em vida, ou seja, o diagnóstico dos casos de raiva humana, pode ser realizada pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical (tecido bulbar de folículos pilosos).
A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir a possibilidade de infecção. A realização da autópsia é de extrema importância para a confirmação diagnóstica.
7. TRATAMENTO E PREVENÇÃO
A raiva não tem cura estabelecida e sua evolução é muito rápida, sendo a única forma de prevenção por meio da vacinação. Cães e gatos devem receber a vacina após os 3 meses de vida e anualmente, já em bovinos a vacinação se torna obrigatória em 100% dos animais quando aparecem focos esporádicos da doença, em certas regiões. A aplicação da vacina é anual e todo o rebanho deve ser vacinado, independente da idade. A prevenção também é importante em profissionais com risco de exposição ao vírus (trabalhadores e estudantes da medicina veterinária, trabalhadores de parques e reservas de animais, trabalhadores de laboratórios específicos, entre outros).
Em caso de acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos:
· Lavar o ferimento com água e sabão e procure orientação médica;
· Identifique o animal agressor e seu proprietário;
· Caso o cão ou gato for conhecido, observar o animal por 10 dias;
· Caso o animal não tenha dono, desapareça, adoeça ou morra, procure imediatamente orientação com o Centro de Controle de Zoonoses.

Continue navegando