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Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca Zoonoses Raiva Objetivos • Agente etiológico • Sinais clínicos • Principais componentes epidemiológicos • Modo de transmissão • Prevenção e controle • Função do médico veterinário Aspectos gerais - 7ª doença mais infecciosa do mundo - 100% letal (ou quase) - Zoonose transmitida pela saliva - Todos os mamíferos (animais de sangue quente) são susceptíveis - Encefalomielite aguda – Uma das doenças mais antigas conhecidas - Distribuição mundial - Passível de eliminação no ciclo urbano, em função de medidas eficientes de prevenção. - Notificação obrigatória (OMS) Agente etiológico - Vírus neurotrópico (Tropismo no sistema nervoso central): • Família Rhabdoviridae (em formato de bastão) • Gênero Lyssavirus (Raiva) • RNA fita simples envelopado (o envelope dele é gordura, por isso assim que for mordido é importante lavar com desengordurante). Obs: Por ser um RNA fita simples ao invadir o núcleo celular, ele tem uma alta capacidade de induzir ao “seu núcleo” a produzir o RNA dele. Usa o núcleo da célula para produzir ele. Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca Fisiopatogenia 1- Na mordida –> O vírus é inoculado no paciente. 2- Vírus se instala na musculatura (Não é local de tropismo dele. O vírus pode ficar incubado durante um ano). 3- No músculo -> Ele vai para junção neuromuscular (Vai principalmente para os receptores nicotínicos). 4- O vírus viaja dentro dos axônios nos nervos periféricos através do transporte axonal. 5- As replicações ocorrem em neurônio motor da medula espinhal e os gânglios viajam para o cérebro. 6- Acontece a infecção dos neurônios cerebrais levando a inflamação fatal 7- Os vírus entram nas glândulas salivares e outros órgãos da vítima. Obs: O paciente morre do processo inflamatório (Encefalomielite aguda). O que deve ser pensado: - A inoculação feita por morcegos é superficial, atingindo mais rapidamente inervação da derme (Morcego). - A mordida por outros animais, atinge tecidos mais profundos-musculares. Isso pode aumentar o tempo de incubação em até 90 dias. (Mordida de outros animais). Sinais clínicos no homem: - Período prodrômico (2 a 4 dias): • Cefaleia, mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, náuseas, dor de garganta, parestesia no local da mordedura, inquietação e angústia. - Período sintomático (2 a 4 dias): • Ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, delírios, espasmos musculares generalizados e/ou convulsões, aerofobia e hidrofobia (sinais patognomônicos), salivação intensa, paralisia ascendente levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e constipação intestinal. • Paciente se mantém consciente, com período de alucinações e depressão até a instalação do quadro comatoso e morte. • Período de ovulação do quadro clínico, após instalados os sintomas até o óbito (5 a 7 dias). Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca Sinais clínicos no cão - Período prodrômico (2 a 3 dias): • Alterações sutis de comportamento, febre, anorexia, parece desatento, esconde-se, as vezes não reconhece o dono, dilatação das pupilas. - Raiva furiosa (2 a 4 dias): • Irritabilidade, excitação, latido frequente, agressividade, ataques viciosos a objetos imóveis, alterações do latido (latido rouco), incoordenação motora, salivação intensa, dificuldade de deglutição, convulsão, coma e morte. - Raiva paralítica (2 a 4 dias): • Fotofobia, hidrofobia, sintomas predominantemente paralíticos (músculos da cabeça e pescoço, membros posteriores), dificuldade de deglutição, salivação abundante, dilatação da pupila, convulsão, coma e morte. Sinais clínicos nos felinos - Geralmente, apresenta-se sob a forma furiosa, com sintomatologia similar à do cão. Sinais clínicos nos animais silvestres: - Mudança de comportamento e hábitos; - A sintomatologia clínica em raposas, gambás e mão pelada, infectados experimentalmente, é similar a dos cães, a maioria apresentando a raiva furiosa; - Quando animais silvestres estão raivosos aproximam-se dos povoados e podem agredir o homem e os animais domésticos. Atenção!!!! - Animais atropelados nas estradas podem estar infectados pelo vírus rábico!!! Atenção!!! - Morcego é considerado suspeito de estar infectado com vírus rábico quando for encontrado em horário e local não habitual. Modo de transmissão - Transmissão inter-humana por meio de transplante: Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca • EUA (2004) – 4 casos (fígado, dois rins e artérias ilíacas) • Alemanha (2005) – 3 casos (Pulmão, rim e pâncreas) - Possibilidade remota de transmissão sexual, respiratória, digestiva (em animais) e vertical. Aspecto epidemiológico - Grande relevância para saúde pública por apresentar letalidade de (quase) 100% Aspecto epidemiológico no mundo: - 55.000 óbitos ao ano, na maioria na África e na Ásia. - 30 a 35% em crianças (40% com idade inferior a 15 anos). - Distribuição da doença não é uniforme, apresentando em alguns momentos formas epizoóticas. Aspectos epidemiológico no Brasil - Raiva endêmica em grau diferenciado, de acordo com a região (1980 a 2008). - Região Nordeste -> 54% dos casos humanos - Região Norte -> 19% - Região Sudeste -> 17% - Região Centro-Oeste -> 10% - Região Sul -> <1% Aspecto epidemiológico da raiva silvestre - Aumento da notificação de casos em animais silvestres: • Hábitos sinatrópicos • Aumento de agressões e/ou contato • Impossibilidade de imunização • Impossibilidade de eliminação Aspecto epidemiológico da raiva herbívora: - Considerada endêmica, em graus diferenciados de acordo com a região: • Crescimento dos rebanhos • Macromodificações ambientais • Atuação insatisfatória (alguns estados brasileiros) do programa estadual de controle de raiva dos herbívoros. Medidas de prevenção e controle 1- Animal envolvido: - Cão ou gato sem suspeita de raiva ➢ Como proceder em acidente leve: • Lavar o local com água e sabão • Observar o animal 10 dias - Caso permaneça sadio, encerrar o caso - Caso morra, desapareça ou torne-se raivoso, aplicar 4 doses de vacina (0,3,7 e 14) Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca 2- Animal envolvido: - Cão ou gato sem suspeita de raiva ➢ Como proceder em acidente graves: • Lavar local com água e sabão • Iniciar esquema profilático com 2 doses (0 e 3 dias) • Observar o animal 10 dias - Caso permaneça sadio, encerrar o caso - Caso morra, desapareça ou torne-se raivoso, completar esquema com mais 2 doses de vacina, uma entre o 7º e 10º dia e outra no 14º dia, e administração de soro antirrábico 3- Animal envolvido: - Cão ou gato com suspeita de clínica de raiva ➢ Como proceder em acidente leve: • Lavar local com água e sabão • Iniciar esquema profilático com 2 doses (0 e 3 dias) • Observar o animal 10 dias - Caso suspeita seja descartada, interromper esquema e encerrar o caso - Caso morra, desapareça ou torne-se raivoso, completar esquema com mais 2 doses de vacina, uma entre o 7º e 10º dia e outra no 14º dia. 4- Animal envolvido: - Cão ou gato com suspeita de clínica de raiva ➢ Como proceder em acidente graves: • Lavar o local com água e sabão • Iniciar imediatamente esquema profilático com soro e 4 doses de vacina antirrábica (0,3,7 e 14) • Observar o animal por 10 dias: - Caso a suspeita seja descartada, suspender esquema e encerrar caso. - Caso morra, desapareça ou torne-se raivoso, completar esquema com última dose de vacina no dia 14. 5- Animal envolvido: - Cão ou gato raivoso, desaparecido oumorto ➢ Como proceder em acidente leves: • Lavar local com água e sabão; • Iniciar imediatamente esquema profilático com 4 doses de vacina antirrábica (0,3,7,14) 6- Animal envolvido: - Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto ➢ Como proceder em acidente graves: • Lavar com água e sabão • Iniciar imediatamente esquema profilático com soro e 4 doses de vacina (0,3,7,14). Feito por: Emilly Rebeca Feito por: Emilly Rebeca Programas de controle da raiva canina e felina - Objetivo: • Elimar a raiva humana e animal: - Campanhas anuais de vacinação antirrábica; - Investigação de todos os casos suspeitos, assim como determinação da sua fonte de infecção; - Monitoramento da circulação viral; - Bloqueios de foco; • Vacinação antirrábica de cães e gatos: - O Ministério da Saúde preconiza cobertura vacinal mínima de 80% da população canina e felina do município. ▪ População canina -> 12,5% da pop. humana ▪ População felino -> 20% da pop. Canina (Desatualizado) - Estratégias: - Rotina: Alguns agentes de saúde passam em cada casa dando a vacina da raiva nos animais. - Posto fixo - Campanha • Observação do animal agressor: - Período de observação -> 10 dias - Em caso de óbito ou desenvolvimento de sintomatologia -> amostras do SNC deverão ser encaminhadas para o laboratório central para diagnóstico. - Eutanásia, se necessário • Monitoração da circulação viral: - Ministério da saúde preconiza o envio de amostras do SNC de 0,2% da população canina estimada para o município. • Bloqueio do foco: - Iniciado em até 72 horas e finalizado em até 72 dias - Em um raio de 5 km do local do caso de raiva.
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