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Ginecologia e Obstetrícia II MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS Até 50 anos atrás usavam gotas de soda cáustica que causava a atresia do colo do útero. Período fértil: somar 5 dias antes e 5 dias depois do meio do ciclo. Exemplo: se a mulher menstruou 28 de fevereiro, subtrai 14, dará 14 de fevereiro, subtrai 5 dias do dia 14, dará 9. Então o período fértil vai de 9 a 19, que não deve ter relações se não quiser engravidar. Lembrar que qualquer alteração, como gripe, resfriado, dor de garganta, gastroenterite ou diarreia pode alterar o ciclo e atrasar a ovulação. (Sempre subtrair, pois a segunda fase do ciclo é mais constante do que a primeira – 14 dias) *Espermatozoide sobrevive de 48h a 72h dentro do canal. ANTICONCEPÇÃO NÃO HORMONAL Não são tão seguros quanto a pílula 1. MÉTODOS DE BARREIRA: o Preservativo masculino (condom masculino): maneira de diminuir a transmissão de DSTs. Feito de látex. Fácil acesso. Requer manipulação no ato sexual, pode causar reação alérgica. Se mau uso: Pearl aumenta 9,6/100 mulheres/ano. o Preservativo (condom feminino): feito de poliuretano (2 anéis flexíveis. Requer uma capacitação da mulher. Protege DST/HIV. Ideal é inserir até 8 horas antes da relação sexual. Não é necessário retirar imediatamente após relação sexual. Eficácia de 90 a 97%. Pouco estética, pode ser ruidoso e desconfortável, custo maior do que o preservativo masculino. o Espermicidas (espuma aerossol, geleias ou cremes): estão em desuso. Inativam espermatozoides, devido a lesão de sua membrana celular. Nonoxinol-9, octoxinol-9, menfegol. Associados aos outros métodos. Introduzido no interior da vagina, antes da relação. Eficácia de 70 a 97%. Não é aconselhado. Falha entre 2 a 29/100 mulheres/ano. o Diafragma: feito de látex ou silicone. Tamanho deve ser adequado para cada paciente. Fica um “capuz” no colo do útero. Tem ação mecânica, impedindo a ascensão dos espermatozoides. Associar ao espermicida. Pode ser inserido até 2 horas antes. A retirada: 6 a 8 horas após a relação sexual. Com uso correto tem eficácia de 90 a 98%. Contraindicações: virgens, infecções vaginais, DIP (doença inflamatória pélvica), alterações anatômicas e distopias vaginais. o Esponjas: possui um custo elevado e de difícil aquisição. Possui mesma contraindicações do diafragma. Contraindicações: virgens, infecções vaginais, DIP, alterações anatômicas e distopias vaginais. Taxa de gravidez varia de 9 a 27/100 mulheres/ano. As modernas são feitas de poliuretano associado ao espermicida nonoxinol-9. Formato ligeiramente côncavo para adaptar-se melhor ao colo uterino, devendo ser umedecidas antes da sua colocação para ativar o espermicida. Remover: 6 a 8 horas após a última relação sexual. o DIU: (pode engravidar, nesse caso, tem que retirá-lo) interfere no processo ovulatório, causa uma inflamação, altera o movimento e o óvulo é absorvido. Inerte: Lippes (poliuretano) Medicados: Ginecologia e Obstetrícia II De cobre (antigo – não hormonal): Tcu200 – Tcu380 – Multiload (2gestações/100mulheres/ano) – o SUS oferece. Validade normalmente de 5/10 anos. Pode aumentar o fluxo e a irregularidade menstrual. Funciona como “corpo estranho” no útero. Desencadeia uma resposta inflamatória espermicida, aumenta a produção local de prostaglandinas e inibe a implantação. Altera a mobilidade espermática, diminuindo a ascensão dos espermatozoides. Com progestogênios (hormonal): Progestasert, Mirena (top). 0,2 gestações/100 mulheres/ano. Não aumenta o sangramento, pois é medicado. Não tem pelo SUS. Leva a atrofia endometrial e viscosidade do muco cervical. Leva a atrofia endometrial e viscosidade do muco cervical. **A colocação ideal é quando esta menstruada (2º ou 3º dia) pois o colo do útero está dilatado e não tem chance de estar menstruada, senão fazer Beta hCG antes. Escolha: idade/paridade/risco de DST. Puerpério: imediatamente após dequitação ou após 35 dias. Pós-aborto: 7 dias pós-curetagem em abortos não infectados. Contraindicações: gestação confirmada ou suspeita, câncer de colo uterino, de endométrio, de ovário, coriocarcinoma, tuberculose pélvica, 2 ou mais episódios de DIP prévios, cervicite aguda, infecção pós-parto ou aborto, sangramento vaginal de etiologia desconhecida e alterações anatômicas do útero. Efeitos colaterais: dor pélvica, sangramento anormal e infecção. Complicações: gravidez, DIP, expulsão, perfuração, deslocamento (ultrassom mostra – nesse caso retirar por laparoscopia ou laparotomia). 2. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS: o Coito interrompido ou ejaculação extravaginal: Retirada do pênis da vagina quando o homem percebe que está na iminência de ejacular. Geralmente causa insatisfação sexual de um ou ambos os parceiros. o Ritmo (Ogino-Knaus ou tabela): encontrar o período fértil e definir quando as relações sexuais devem ser evitadas. Em ciclos regulares (observação 6 a 12 meses). Início do período fértil: diminuir 18 dias do ciclo mais curto. Fim do período fértil: diminuir 11 dias do ciclo mais longo. o Muco cervical (Método de Billings): muco filante, transparente e profuso que coincide com a ovulação. Interromper as relações sexuais durante 4 dias quando notar o muco. o Temperatura basal: leve aumento da temperatura na segunda fase do ciclo pela ação da progesterona sobre o centro termorregulador do hipotálamo. É preciso um registro diário de temperatura. Ovulação: aumento de 0,3 a 0,8ºC. Abster-se de relações sexuais em até 3 dias. o Sintotérmico: combina o método da temperatura com os sinais e sintomas que indicam a ovulação. Muco/calendário: início do período fértil. Muco/temperatura basal: Fim do período fértil. 3. ANTICONCEPÇÃO IRREVERSÍVEL: o Ligadura tubárea (laqueadura): Obstrução do lúmen tubário. A laqueadura tubária obstrui as tubas uterinas. Não tem ação sobre a produção de hormônios femininos. Ginecologia e Obstetrícia II Permitido: capacidade civil plena, 25 anos/2 filhos vivos, risco de vida/risco de saúde. Vedado (não recomendado): pós parto (por questões hormonais em que posteriormente a paciente pode mudar de ideia) ou pós aborto (42º d) – exceto comprovada necessidade. Deve ficar reservada a casais que tem a sua prole completa e estão conscientes de que é um método irreversível. Índice de falha: 0,1 a 0,3. Falhas: paciente grávida no momento da esterilização, erro cirúrgico, falha no equipamento (laparoscopia), fistulização, reanastomose espontânea. Técnicas: vídeolaparoscopia, mini-laparotomia. Benefícios: não interfere nas relações sexuais e na libido, não tem efeitos sobre o leite materno e não apresenta efeitos colaterais a longo prazo ou riscos à saúde. Riscos: complicações da cirurgia: infecção e sangramento no local da incisão, infecção ou sangramento intra-abdominal, lesão de órgãos pélvicos ou abdominais. “Efeitos colaterais”: maior chance de gravidez ectópica. Fluxo menstrual aumentado e cólicas. o Vasectomia: secção e/ou oclusão do canal deferente. De caráter permanente. Não hospitaliza, caráter ambulatório. Efeitos colaterais: leve mal estar durante 2 a 3 dias após o procedimento. Dor, edema ou hematoma no escroto. Benefícios: não interfere nas relações sexuais, não afeta o desempenho sexual do homem, não apresenta efeitos colaterais a longo prazo ou riscos à saúde. Riscos: infecção e sangramento no local ou dentro da incisão, e formação de coágulos no escroto (que são complicações raras da cirurgia). *Fertilização in vitro não é feita pelo SUS ANTICONCEPÇÃO HORMONAL São esteroides utilizados isoladamente ou em associação de ESTROGÊNIOS e PROGESTÁGENOS. *Efeito antiandrogênico melhora a pele Contraceptivo ideal: prevenção eficaz de gravidez; aceitação pela usuária/aderência; tolerabilidade; controle de ciclo; estabilidade de peso; condições favoráveis à pele; segurança; menores efeitos adversos. Via oral – ACHO: o Anticoncepcionais combinados (mais utilizado) o Ac só de progestogênios o Ac de emergência Via não oral: o Intramuscular (braço ou nádega) o Vaginal (anel e comprimido) o Transdérmico (adesivo semanal) o Subdérmico (implantes na pele) o Intra-uterino (DIU levonorgestrel) Ginecologia e Obstetrícia II ESTROGÊNIO + PROGESTOGÊNIO: Formulação: Estrogênio é fixo! Etinilestradiol (EE) é o componente estrogênico mais utilizado e foi gradualmente reduzido com o passar das gerações (100, 80, 50, 30, 20, 15µg) reduzindo seus riscos. Quanto menor a dose hormonal, menores são os eventos adversos e sem prejuízo de eficácia!! **Pacientes que usam anticonvulsivante devem utilizar AC com dose maior de estrogênio, porém o AC pode interagir com o anticonvulsivantes. *Se for emendar o anti cada mês, o máximo é 4 cartelas (4 meses) Progestogênio é variável Acetato de ciproterona (Diane, Selene), Levonorgestrel, Gestodeno, Desogestrel, Norgestimato, Drospirenona. VIA ORAL: Anticoncepcionais combinados: o Monofásicos (21, 24 ou 28 c – uma dosagem, todos comprimidos são iguais); o Bifásicos (22 c – comprimidos tem 2 dosagens diferentes); o Trifásicos (21 c – comprimidos tem 3 dosagens diferentes). Anticoncepcionais só de progesterona: o Minipílulas; o Anovulatórios de progestogênio; o Ac de emergência. Mecanismos de ação: PROGESTOGÊNIO: Supressão da ovulação pelo bloqueio hipofisário do LH. Alteração do endométrio (atrofia). Espessamento do muco cervical (dificultando a ação do espermatozoide) – ausência de capacitação espermática. Alteração do peristaltismo tubário. ESTROGÊNIO: age sobre o FSH, impedindo o desenvolvimento folicular e a emergência do dominante. Serve para estabilizar o endométrio (evitar spoting – sangramento de escape) e potencializa a ação do progestogênio (aumenta seus receptores) *Permitem o recrutamento folicular, porém impedem a ovulação. O efeito da progesterona é predominante, assim o endométrio é atrófico, não receptivo à nidação, o muco cervical é espesso e hostil à ascensão dos espermatozoides, e o transporte tubário do óvulo é prejudicado. Falha teórica: 0,14 e Falha de uso: 2,0 *Meia vida do Estradiol é 36h *Meia vida do Etinilestradiol é de 24h/25h Portanto é mais “seguro” esquecer de tomar por mais tempo o ACO de estradiol Contraindicações absolutas: Tromboembolismo, AVE, DAC atual ou prévia, ou condições que predispõem a esses problemas (cuidar com varizes). Ginecologia e Obstetrícia II Hepatopatia aguda ou crônica. Câncer de mama ou neoplasia hormônio dependente (hormônio é adubo para o câncer) Sangramento vaginal anormal sem diagnóstico. Gestação conhecida ou suspeitada. Fumantes acima dos 35 anos de idade. DM insulino dependente grave. Hipertensão arterial grave ACO pode agravar o aumento da PA. Efeitos colaterais: náuseas, cefaleia leve, sensibilidade mamária, leve ganho de peso, nervosismo, acne (inferior a 10%). Alterações do ciclo menstrual – amenorreia, spoting (adaptação de 3 meses ou aumenta a dose). Pouco comuns: alterações do humor (depressão, diminuição da libido) e vômitos. Para mulheres acima de 40 anos, sadias e com perfil de risco conhecido, recomenda-se, de preferência, ACO com baixas concentrações de estrogênios e progestogênios *Fala da aula: Em caso de sangramento anormal: primeiro exame é a ecotransvaginal ou endovaginal. Depois se a eco não servir, investigar endométrio pela curetagem ou histeroscopia e vai ser feita biópsia. Benefícios: Regularizam os ciclos menstruais, com diminuição da duração e fluxo sanguíneos diminuem a frequência e a intensidade das cólicas menstruais, melhoram TPM Diminuem a incidência de: gravidez ectópica, câncer de endométrio, ovário, intestino, cistos no ovário, DIP, doenças mamárias benignas e miomas uterinos Aumentam massa óssea Regulam o ciclo Ovários policísticos/anovulação crônica Dismenorreia Controle de acne e hirsutismo ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS SÓ DE PROGESTOGÊNIOS: Minipílulas: indicação maior na amamentação. Uso contínuo – noretisterona 0,35. Acetato de noretindrona e levonorgestrel. Uso é contínuo, respeitando o horário de tomada. o Ação: espessamento do muco cervical e inibição da implantação do embrião no endométrio. Insuficiente para bloquear a ovulação. o Indicação: quando há intolerância ou contraindicação ao uso de estrogênios, e durante a amamentação, pois não inibem a produção de leite (pode-se usar ACOs de baixas concentrações estrogênicas mantendo aleitamento materno exclusivo). o Desvantagens: tem um índice de falha maior do que os contraceptivos orais combinados. Anovulatório de progestogênio: 75µg de desogestrel, é anovulatório. Mais eficaz que as minipílulas. Indicado na amamentação. Uso é contínuo. Pode ser tomado com atraso de até 12h. o Ação: torna o muco cervical espesso, dificultando a ascensão dos espermatozoides. É capazes de inibir o eixo hipotálamo-hipófise-ovário (como os ACOs). Ginecologia e Obstetrícia II o Eventos adversos: sangramento irregular, oligomenorreia ou amenorreia, acne, mastalgia, náuseas, aumento de peso, alterações do humor e diminuição da libido. o Anticonvulsivantes, rifampicina e griseofluvina podem diminuir a sua eficácia. ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS – COMBINADOS (ACHO): A eficácia contraceptiva de ACOs com diferentes concentrações de EE é similar, as reduções estrogênicas ocorreram a fim de diminuir os efeitos adversos relacionados ao estrogênio. Porém, a dosagem ultra-baixa (15 µ g de EE) propicia menor controle do ciclo menstrual. 1ª GERAÇÃO: 50µg ou mais de EE (anos 60 e 70) Norgestrel 0,5mg + EE 50µg 21c Anfertil (alta dosagem) Levonorgestrel 250µg + EE 50µg 21c Evanor, Neovlar, Getrelan Acetato de ciproterona (boa pra acne e ovário policístico) 2mg + EE 35µg 21c Diane35, Selene, Diclin. 2º GERAÇÃO: 35 ou 30µg de EE, associado a levonorgestrel ou ciproterona LNG 150µg + EE 30µg 21c Microvlar, Nordete LNG 100µg + EE 20µg 21c Level Trifásicos: LNG 50µg + EE 30µg 6c + LNG 75µg + EE 40µg 5c + LNG 125µg + EE 30µg 11c Triquilar, Trinordiol Desogestrel 50µg + EE 35µg 7c + Desogestrel 100µg + EE 30µg 7c + Desogestrel 150µg + EE 30 µg 7c Novial Bifásicos: Desogestrel 25µg + EE 40µg 7c + Desogestrel 125µg + EE 30µg 15c Gracial Desogestrel 150µg + EE 20µg 15c + EE 10µg 5c + placebo 2c Mercilonconti 3ª GERAÇÃO: 30µg ou menos de EE associado a progestogênios de 3ª geração (desogestrel, gestodeno ou norgestimato) LNG 100µg + EE 20µg 21c Level Desogestrel 150µg + EE 30µg 21c Microdiol Gestodeno 75µg + EE 30µg 21c Minulet, Ginera, Tâmisa 30 Drosperinona 3µg + EE 30µg 21c Yasmin, Elani ciclo Análogo a espironolactona-> ação antimineralocorticoide Menor reabsorção sódio, + diurese, menor retenção líquidos e perda de peso - indicado em: acne e seborréia Clormadinona 200µg + EE 30µg 21c Belara e AIXA Belarina Acetato de Nomegestrol 2,5mg + Estradiol 1,5mg 28c Stezza Ginecologia e Obstetrícia II Desogestrel 150µg + EE 20µg 21c Mercilon, Femina, Minian, Malu Primera 20 Gestodeno 75µg + EE 20µg 21c Harmonet, Femiane, Micropil R21, Minesse, Diminut, Tâmisa 20, Allestra 20 Gestodeno 60µg + EE 15µg 24c Minesse, Mínima, Mirelle, Siblima INTRAVAGINAL: Levonorgestrel 0,25µg + EE 30µg 21c Lovelle *Os compostos com levonorgestrel estão menos associados ao risco de trombose. ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS - CONTÍNUOS: Gestodeno 75µg + EE 30µg 28c Gestinol Desogestrel 75µg Cerazette, Kelly ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA: Opções: EE 200µg + Levonorgestrel 1000µg divididas em duas doses com intervalo de 12 horas (no caso seriam 2 doses de (100µg de EE e 0,5 mg levonorgestrel cada vez) – Métodode Yuzpe. Levonorgestrel 150µg VO dividida em 2x 12/12h - mais eficaz do que o método de Yuzpe. Modo de uso: primeira dose até 72 horas após o coito desprotegido; segunda dose após 2 horas da primeira. Desvantagens: após 72 horas do coito desprotegido perde sua eficácia. *Não há contraindicações para uso da pílula de emergência com levonorgestrel, e ela pode ser empregada quantas vezes forem necessárias sem perda da eficácia. VIA PARENTERAL: 1. VIA INTRAMUSCULAR: o Formulações combinadas mensais: Cyclofemina: 25mg de Acetato de Medroxiprogesterona e 5mg de cipioanto de Estradiol. Mesigyna: 50mg de Enantato de Norestisterona e 5mg de Valerato de Estradiol Perlutan, Ciclovular, Unociclo, Daiva: 150mg de Acetato de di-hidroxiprogesterona e 10mg de Enantato de Estradiol. *Indicados para pacientes que tem problemas de absorção entérica (doença inflamatória intestinal) *Tolerância de esquecimento de 3 dias *1ª ampola deverá ser administrada no 1º dia do ciclo menstrual (no máximo até o 8º dia do ciclo) **Ação: supressão da ovulação, supressão do desenvolvimento folicular, espessamento do muco cervical e redução de espessura endometrial. Ginecologia e Obstetrícia II o Formulações bimestrais (só progestogênio): Acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D) 100µg a cada 60 dias. o Formulações trimestrais (só progestogênio): Acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D) 150µg a cada 90 dias. Ex.: Contracep, Depoprovera. *1ª dose deverá ser aplicada nos primeiros 5 dias da menstruação, assim o efeito contraceptivo é alcançado em 24 horas; após esse período, usar preservativos por 2 semanas **Ação: inibe a secreção de LH, aumenta a viscosidade do muco e atrofia o endométrio. Permite retorno da fertilidade (ovulação) 9 meses após a última injeção. Eficácia é igual à da ligadura tubária e superior aos outros métodos reversíveis (exceto implante subdérmico). Vantagens: eficaz, seguro, fácil de usar, não requer rotina diária, tem ação prolongada, é reversível e independe do coito, pode ser usado durante a lactação. Efeito colateral: estimula o apetite, engorda. Assim, pode usar por um tempo. Pode demorar mais que a pílula para voltar a função da fertilidade. Benefícios: amenorreia com alívio da dismenorreia e melhora da anemia, redução dos sintomas associados à endometriose, TPM e dor pélvica crônica, redução do câncer de endométrio, diminuição da ocorrência de convulsões e das crises na anemia falciforme. 2. VIA VAGINAL: o Anel vaginal (combinado): anel de evastane, transparente, leve, flexível, que tem diâmetro externo de 54mm e espessura de 4mm. Libera 15µg EE/dia e 120µg etonogestrel/dia. Proteção contraceptiva semelhante à pílula convencional. Nome comercial: Nuvaring. o Vantagens: não exige uso diário e mantém a proteção contraceptiva por mais 7 dias em caso de esquecimento da data da troca. o Efeitos adversos: sangramento de escape, cefaleia, vaginite, leucorreia, ganho de peso, náusea e expulsão do anel. o Anticoncepcional vaginal – 21 comprimidos: possuem alta eficácia anticoncepcional e melhor tolerabilidade. Relação sexual somente após uma hora colocado. A administração por esta via minimiza a maioria dos efeitos negativos sobre o metabolismo dos lipídeos e das apolipoproteínas e náuseas. Ginecologia e Obstetrícia II 3. VIA TRANSDÉRMICA: o Adesivo semanal: é delgado e flexível, libera 30µg de EE/dia + 150µg de norelgestromina/dia. Pode ser colocado nas costas, na nádega, na barriga, NUNCA na mama. Deve ser trocado a cada semana, e quando fechar 21 dias tira e fica 7 dias sem usar. Nome comercial: Evra. 4. VIA SUBDÉRMICA: o Implante de etonogestrel (somente progesterona): liberação em torno de 60µg/dia (Implanon) – validade por 3 anos. É colocado a nível de ambulatório, entre os músculos bíceps e tríceps. Algumas vezes a mulher pode entrar em amenorreia. Tem efeito contraceptivo imediato quando inseridos nos primeiros 7 dias do ciclo menstrual; porém, se a inserção for após o 7º dia do ciclo, deve-se usar contracepção adicional por pelo menos 3 dias. Seguro durante a amamentação. **Ação: inibe a ovulação, aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração do espermatozoide, e diminui a espessura endometrial. Indíce de Pearls 0,0! Perfeito!! **Efeitos adversos: sangramento irregular, acne, dismenorreia e aumento de peso corporal. *Rápido retorno à fertilidade. 5. VIA INTRA-UTERINA (SIU-LNG) – DIU Mirena Aprovado para 5 anos. Mecanismo de ação é sobre o muco cervical, com efeitos endometriais, inibição da motilidade espermática, reação a corpo estranho e efeito mínimo no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, com mais de 85% das mulheres com ciclos ovulatórios. Liberação de 20µg/dia de Levonorgestrel no 1º ano de inserção e 15µg/dia do 2º ao 5º ano. Um cilindro de polidimetilsiloxano de 19mm de comprimento, contendo 52mg de Levonorgestrel, é em forma de T. Inserido emqualuqer momento do ciclo (exceto gestação). Para escolher deve ser levado em conta: idade (ciclo de vida: adolescência, menacme, climatério), ciclo, parceiro (solteira, casada, parceiro fixo, ocasional – paciente promíscua não deve usar DIU de cobre pois corre maior risco de ter DIP), doenças (DM, câncer, trombose, HAS, obesidade, hepatop.), medicamentos (antibióticos, anticonvulsivantes), hábitos de vida (fumo, sedentarismo). Deve ser utilizado enquanto tiver possibilidade de gestação: ciclos regulares, idade (50 anos), FSH (FSH aumenta e estrogênio diminui na menopausa ??) *Comum o aparecimento de cistos ovarianos funcionais; costumam ser assintomáticos e de resolução espontânea. Não está recomendada investigação, e o tratamento deve ser expectante. (Pacientes mais obesas deveriam usar uma alta dosagem de ACO, pois eles são estudados em um padrão de mulheres que não são obesas). Ginecologia e Obstetrícia II ANTICONCEPCIONAIS COM MICRODOSE PROGESTÁGENOS (amamentação) Linestrenol 500µg 28c Exluton Noretisterona 350µg 35 c Micronor Levonorgestrel 30µg 28c Nortrel Dienogeste + Estradiol QLaira Acetato de Nomegestrel 2,5mg + Estradiol 1,5mg Stezza CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE: Ginecologia e Obstetrícia II Ginecologia e Obstetrícia II ORIENTAÇÕES: INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: Entre ACOs combinados e antibióticos ou antifúngicos: Diminui a concentração do ACO: Rifampicina Entre ACOs combinados e anticonvulsivantes: Diminuem a concentração do ACO: Barbitúricos (fenobarbital e primidona), Carbamazepina e oxcarbazepina, Fenitoína, Topiramato e Lamotrigina.
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