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Resumo A1 – GINECOLOGIA CASO 01 – HM Ciclo Menstrual – Aula 01 · O ciclo menstrual normal varia de 21 a 35 dias · É controlado pelo eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas · Fisiologia do ciclo: · Correlação idade e padrão folicular · Idade cronológica e idade Biológica · Reserva ovariana Divide-se em 2 fases · 1ª fase: (Proliferativa ou folicular): Ocorre entre a menstruação e a ovulação, geralmente do 0° ao 14° dia. · 2ª fase (Lútea ou Secretora): Ocorre após a fase de ovulação e varia de 12 a 14 dias até que ocorra a menstruação iniciando o ciclo novamente · Hormônios envolvidos: · Hipotálamo: GnRH · O GnRH responsável pela secreção hipofisária de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH) · Adeno-hipófise: FSH e LH · FSH: promove o desenvolvimento de pequenos folículos e estimula a produção de estrógenos pelo folículo dominante. · LH: Causa a ruptura do folículo resultante da ovulação e estimula principalmente a produção de progesterona pelo corpo lúteo. · Gônada: Estrogênio e Progesterona · Estrógenos: são responsáveis pela fase proliferativa ou folicular e produzidos pelo folículo dominante. O aumento desse hormônio reduz a secreção de FSH e sensibiliza as células liberadoras de LH. · Progesterona: são responsáveis por tornar o endométrio suscetível para a implantação do óvulo fertilizado e é produzido em níveis baixos pelo folículo antes da sua ruptura e principalmente pelo corpo Lúteo após a liberação do Óvulo. Sem a implantação de um óvulo fertilizado, a secreção de progesterona para e ocorre então a fase menstrual. Termos ginecológicos · · Polimenorreia: intervalo menstrual < 21 dias · Oligomenorreia: intervalo menstrual >35 dias · Espaniomenorreia: intervalo menstrual de 40 a 50 dias · Amenorreia: falta de menstruação > 3 ciclos prévios · Hipermenorreia: duração da menstruação >8 dias · Hipomenorreia: duração menstruação por <2 dias · Menorreia: volume de sangue maior que o normal · Metrorragia: o sangue não acompanha o ciclo menstrual · Dismenorreia: acompanhada de dor · Prolomenorreia: intervalos curtos · Opsimenorreia: intervalos longos Consulta ginecológica · Anamnese direcionada · Antecedentes ginecológicos e obstetrício · Primeira menstruação (menarca) e ciclos menstruais · Menopausa · Desenvolvimento puberal (telarca, pubarca). · Vida sexual · Antecedentes obstétricos: GPA, via de partos e eventuais complicações decorrentes dos partos, · Sintomas relacionados às mamas: dor relacionada ou não ao ciclo menstrual e sua localização, percepção de nódulos, derrame papilar espontâneo ou provocado pela expressão e suas características (seroso, sanguinolento, purulento, leitoso). Amenorreia · Ausência de menstruação no período da menacme · Dividida em dois tipos: · Amenorreia primária –Não ocorre a menarca até os 16 anos de idade, com presença de caracteres sexuais secundários, ou a não ocorre a menarca até os 14 anos de idade em meninas sem desenvolvimento de caracteres sexuais secundários; · Amenorreia secundária – É a ausência de menstruação por 6 meses ou por um período equivalente a três ciclos habituais, em uma mulher que previamente menstruava. Períodos menores de ausência de menstruação são referidos comumente como atraso menstrual. · Pode ser: · Fisiológica: gestantes, lactantes ou mulheres em menopausa · Patológica: casos de atraso do desenvolvimento puberal, pseudo-hermafroditismo, sinequias uterinas. · Amenorreia Primaria: · Resulta de alguma anormalidade genética ou anatômica · Causas · · Disgenesia gonadal · Hipogonadismo de causa hipotalâmica · Ausência de útero, colo ou vagina · Septo vaginal ou hímen imperfurado · Doença hipofisária · · Avaliação inicial: · Níveis de FSH: avaliação do eixo · Exame físico e USS transvaginal =>Avaliação morfológica dos órgãos genitais internos avaliando a presença ou ausência do utero · Presença de útero e ausência de telarca · Atraso funcional do desenvolvimento puberal · FSH baixo ou normal: Hipogonadismo ou hipogonadotrofico · FSH elevado: Disgenesia gonadal e Insuficiência Ovariana · Ausência de Útero: · FSH normal: malformação ductos de Müller (agenesia uterina ou presença de ducto rudimentar) ou síndrome de insensibilidade androgênica · Cariótipo: avaliar as síndromes genéticas · Ausência de Útero: · Cariótipo normal (46, XX): malformação mülleriana e Síndrome de Mayer Rokitansky-Küster-Hauser · Cariótipo 46, XY: insensibilidade completa aos androgênios (síndrome de Morris ou feminização testicular) · Ao avaliar a paciente com amenorreia primária e telarca presente, deve-se, antes de tudo, descartar gestação pela história ou por exame laboratorial. A seguir, é necessário afastar a criptomenorreia, isto é, a ausência de fluxo menstrual devido ao bloqueio da saída da menstruação, por hímen imperfurado ou septo vaginal · Dor pélvica cíclica é frequente, podendo ocorrer hematocolpo, hematometra e até derrame intraperitoneal. · O tratamento é cirúrgico, suscitando a procura de outras malformações congênitas no trato genital · Amenorreia Secundaria: · Das mulheres com amenorreia secundária que não estão grávidas, cerca de 40% apresentam alterações ovarianas, 35%, disfunção hipotalâmica, 19%, alterações hipofisárias e 5%, patologias uterinas · Exames de imagem – diagnóstico: · USS transvaginal: diagnostico de SOP · RNM: casos de más formação dos órgãos genitais · RNM ou TC de sela túrcica/crânio: tumores cerebrais · Avaliação laboratorial: vide fluxograma Vulvovaginites e DST’s – Aula 02 Introdução As vulvovaginites são processos inflamatórios com aumento da quantidade de polimorfonucleares, que acomete o trato genital, envolvendo vulva, paredes vaginais e o epitélio escamoso estratificado do colo uterino (ectocérvice) O ambiente vaginal fisiológico possui um pH ácido de 3,8-4,2 vital para a estabilização do ecossistema vaginal A flora vaginal normal possui cerca de 5 a 15 espécies de bactérias, sendo o Lactobacillus sp. a espécie predominante Causa Clínica Características do muco Diagnóstico Tratamento Mucorreia Secreção vaginal mucoide fisiológico com fluxo vaginal fisiológico Nenhuma Muco claro, branco leitoso ou transparente, algumas vezes, levemente amarelado, homogêneo ou pouco grumoso, pH 3,8-4,2 Anamnese Exame ginecológico Não se faz Vaginose citolitica Não infeccioso Causado por aumento de Lactobacillus no trato genital inferior, cérvix e vagina Corrimento vaginal Prurido vaginal queimação vaginal Dispareunia Disuria Corrimento branco abundante que piora no período pré-menstrual, sem grumos aderidos, pH ácido Anamnese Exame ginecológico Orientação de higiene pessoal (lenços umedecidos e sabonete neutro) Duchas com bicabornato de sódio (2-3x por semana) Candidíase vulvovaginal Infecção da vulva e vagina, causada por um fungo (cândida albicans) comensal que habita a mucosa vagina, quando o meio se torna favorável ao seu desenvolvimento Prurido vaginal Disuria Dispareunia Hiperemia Edema vulvar Fissuras na vulva Fissuras na pele Corrimento esbranquiçado ou a “leite coalhado” Corrimento esbranquiçado ou a “leite coalhado” Corrimento esbranquiçado ou esverdeado, em placas aderentes ao colo e paredes vaginais Semelhante ao “leite coalhado” Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso pH ácido Anamnese Exame ginecológico Exame a fresco Cultura Uso vaginal: Nistatina creme 1 x à noite 10 a 14 dias Uso oral: Fluconazol, 150 mg, VO, dose única Vaginose bacteriana Desequilíbrio da flora vaginal causando aumento do pH, diminuição de lactobacilos, proliferação da Gardnerella vaginalli Nenhuma Corrimento vaginal com odor fétido, acentuado após o coito e durante o período menstrual, de cor branco- acinzentado, fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso pH > 4,5 Anamnese Exame ginecológico Teste de aminas - de Whiff - positivo (odor de peixe) Exame a fresco Metronidazol 500 mg 2 x dia 7 dias Tricomoníase Trichomonas vaginalis Prurido Irritação vulva Dor pélvica Disuria Polaciuria Hiperemia de mucosa avermelhadas Colpite -colo em framboesa Corrimentoabundante, amarelo ou amarelo esverdeado, bolhoso pH >5 Clínico Exame a fresco Teste de Schiller (mostra pele de onça) Metronidazol 500 mg 2 x dia 7 dias Deve-se tratar o parceiro Gonorreia Neisseria gonorrhoeae Maioria é assintomática uretrite, disúria, sangramento intermenstrual, pós coito, dispareunia Corrimento vaginal com muco cervical turvo Cultura Thayer-Martin - Cultura secreção gram (diplococo) se sintomático Ceftriaxone, 500mg 8/8h por 7 dias Tratar o parceiro Clamídia Chlamydia trachomatis Sangramento de ectocervice Endometrite Secreção purulenta na uretra Síndrome de Reiter: conjuntivite + uretrite + artrite. . Exsudato mucóide purulento Cultura células vivas (McCoy)- PCR Azitromicina 1 g, VO dose única ou Doxiciclina, 100 mg 2x ao dia por 14 dias Trata o parceiro CASO 02 – SNO Infertilidade conjugal – Aula 03 Introdução · Incapacidade de engravidar apesar de atividade sexual regular, sem uso de qualquer método contraceptivo, por um período mínimo de um ano · Classificação: · Infertilidade primária · Infertilidade secundária Causas de infertilidade Fatores anatômicos: Impedem a concepção Obstrução, alteração ou aderências tubárias: · Infecção/DIP · Endometriose · Cicatrizes e aderências pós-cirúrgicas Deformidades uterinas, endometriais e cervicais: · Miomas · Endometriose · Pólipos Fatores hormonais Oligovulação e anovolução Oligoanovulação: · SOP · Hiperprolactinemia · Hipotireoidismo ou hipertireoidismo · Hiperplasia suprarrenal de aparecimento tardio Fatores masculinos Oligospermia ou azoospermia; astenospermia; teratospermia: · Causas obstrutivas · Disfunções hormonais (PRL, TSH, FSH) · Trauma · Uso de anabolizantes · Investigação Básica do casal infértil: · Morfologia do aparelho reprodutor – Ultrassonografia endovaginal · Avaliação da permeabilidade tubárea – histerossalpingografia · Avaliação da cavidade uterina – histeroscopia · Análise seminal – espermograma · Outros exames: · Desenvolvimento folicular e ovulação – USG e dosagem do estrogênio e progesterona · Avaliação da Reserva ovariana – hormônio antimülleriano, FSH, Estradiol e prolactina, além de contagem de folículos antrais (USS) · Endometriose – Fator peritoneal (Videolaparoscopia) Investigação inicial (mulher) · Anamnese · Se atentar a tópicos como tabagismo, história menstrual e obstétrica, frequência de relações etc. · Exame físico · Se atentar para galactorreia, septos vaginais, miomas, hirsutismo e outros sinais de hiperandrogenismo, infecções cervicais etc. · Avaliação da cavidade uterina – USG · Útero e cavidade uterina: Dimensões - Anomalias – Tumores · · USTV deve ser usado na avaliação inicial · HSG auxilia na avaliação de alterações müllerianas e intrauterina · Histeroscopia confirmação diagnóstico e tratamento · Prova de Cotte · · Endométrio: Espessura - Aspecto · Ovários: Morfologia - Volume - Posição · Histeroscopia · · Visualização direta da cavidade uterina · Diferencia pólipo de mioma · Diagnóstico de sinéquias · Diagnóstico de malformações uterinas · Biópsia endométrio Investigação inicial (homem) · 75% dos homens inférteis: causas tratáveis · Antes de qualquer tratamento mais invasivo: avaliação urológica · Anamnese · Homem · · História familiar de infertilidade msc. · Infecção genital · Cirurgia aparelho reprodutor · · Espermograma · Motilidade espermática: avalia-se a forma como os espermatozoides se movimentam. · Vitalidade ou teste da eosina: sêmen normal deve apresentar o mínimo de 50% de espermatozoides vivos. · Concentração: Valores normais estão acima de 20.000.000 /ml. · Morfológico · Células redondas e teste de peroxidase: infecção, quando os valores forem superiores a 1.000.000 de leucócitos/ml. · Pesquisa de anticorpos anti espermatozoides: os espermatozoides que estão cobertos com este anticorpo podem ter dificuldade de migrar pelo muco no colo do útero, não atingir a trompa e dificuldade de fertilização. · Teste de hipoosmolaridade: Normal quando mais de 60% da amostra apresenta o edema de cauda (estão vivos). CASO 03 – JMN Métodos Contraceptivos – Aula 04 Métodos contraceptivos· Contracepção de longa duração- reversíveis · Implantes subdermicos · DIU hormonal (SIU) · DIU de cobre · Contracepção definitiva · Vasectomia · Laqueadura · Métodos de barreiras · Preservativos femininos e masculinos · Diafragma · Espermicida · Anticoncepcionais com hormônio · Combinados · Únicos (minipílula) · Contracepção de emergência · Adesivos · Injetáveis Índice de Pearl · A eficácia da contracepção (resultado obtido com o uso em condições ideais) é expressa por meio do índice de Pearl (falha teórica), que corresponde ao número de gestações (falha) em 100 mulheres que utilizaram o método corretamente durante 1 ano. · Já a efetividade (falha de uso) do método resulta do uso corrente, tanto correto como incorreto. · Ponto de corte: 0,6 Métodos Hormonais · Métodos Orais combinados (AOCs): Método mais usado · Mecanismo de ação: supressão de fatores do eixo hipotalâmico-hipofisário. · Os estrogênios apresentam duas outras funções: · Estabilizar o endométrio, evitando a descamação irregular (spotting), · Potencializar a ação do progestogênio, por meio do aumento dos receptores intracelulares para esse hormônio. · Uma mínima dose de estrogênio é necessária para manter a eficácia da pílula combinada. · Efeito progestacional: · Endométrio atrófico, não receptivo à nidação, o muco cervical é espesso e hostil à ascensão dos espermatozoides, e o transporte tubário do óvulo é prejudicado. · Composição: etinilestradiol (EE), valerato de estradiol ou 17- β -estradiol associados a diversos progestogênios. Classificação dos ACO’S · Dosagem hormonal durante o ciclo e tipo de progestogeno: · Monofásico: concentração dos dois hormônios for a mesma em todos os comprimidos da cartela · Bifásico: duas concentrações nos comprimidos da cartela · Trifásicos: três concentrações nos comprimidos da cartela · Dose estrogênica: · Alta dose: 50 mcg/dia de etinilestradiol · Média dose 50mcg/dia- 30 a 50 mcg/dia · Baixa dose 30-35 mcg/dia · Baixíssima dose 15-20 mcg/dia · Gerações · Primeira geração 50 µ g ou mais de EE · Segunda geração 35 ou 30 µ g de EE, associado a levonorgestrel ou ciproterona · Terceira geração 30 µ g ou menos de EE associado a progestogênios de terceira geração (desogestrel, gestodeno ou norgestimato) · ACOs com drospirenona · Efeitos dos AOCs · Elevadas taxas de eventos cardiovasculares, (tromboembólicos, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral) · Alta dose estrogênica está relacionada com eventos trombolíticos · Progestogênios se relaciona com eventos cardiovasculares arteriais, como o infarto do miocárdio. · Pílulas que contêm 15 mcg de etinilestradiol, novas formulações contendo estrogênios naturais – estradiol ou valerato de estradiol Progesteronas Efeitos dos AOCs · Efeitos dos AOCs · Elevadas taxas de eventos cardiovasculares (tromboembólicos, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral) · Estogenio está relacionada com eventos trombolíticos · Progestogênios se relaciona com eventos cardiovasculares arteriais (progestogênio de segunda geração – levonorgestrel – apresentam menor risco de TVP e TEP · Efeitos metabólicos dos AOCs · Aumento das proteínas hepáticas · Aumentam na produção de aldosterona, gerando hipertensão arterial. · Estrogênico responsável pelo aumento pró-trombótico. · Etinilestradiol reduz o colesterol total e a LDL-C, com aumento da HDL-C. · Progestogênios atuam aumentando a resistência insulínica e reduzindo a tolerância à glicose · Efeitos adversos · Náuseas · Cefaleia · Sangramento irregular · Acne · Ganho de peso Categoria OMS · Os critérios de elegibilidade da OMS categorizam os diferentes métodos de acordo com a relação risco-benefício nas mais diversas situações · Categorias: · Categoria 1: sem restrições · Categoria 2: vantagens geralmente superam os riscos comprovados e possíveis · Categoria 3: não deve ser empregado, a menos que o profissional de saúde julgue que a pacientepossa usá-lo com segurança; os riscos comprovados e possíveis superam os benefícios do método; deve ser o método de última escolha e, caso seja utilizado, necessita de acompanhamento rigoroso · Categoria 4: não deve ser empregado, pois apresenta risco inaceitável · Condições com categorias 3 e 4: · Categoria 3 · Amamentação entre seis semanas e seis meses após o parto. · Após parto nas pacientes que não estão amamentando até os primeiros 21 dias. · Tabagista que fuma menos de 15 cigarros por dia com idade superior a 35 anos. · História prévia de hipertensão mesmo que na gravidez, onde a pressão não está em seguimento clínico regular, hipertensão leve (PA sistólica entre 140-159 mmHg, e PA diastólica entre 90-99 mmHg). · Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (fumo, diabetes e hipertensão). · Hiperlipidemias. · Sangramento vaginal de causa desconhecida. · Interação com drogas que são indutoras de enzimas hepáticas (rifampicina, anticonvulsivantes). · Câncer de mama sem evidência de recorrência nos últimos cinco anos. · Categoria 4 · Gestação. · Amamentação até seis semanas do parto. (permitido a minipílula) · Tabagista que fuma mais de 15 cigarros ao dia e com idade maior ou igual a 35 anos. · Hipertensão arterial (PA sistólica maior ou igual a 160 mmHg e PA diastólica maior ou igual a 100 mmHg), distúrbios vasculares. · Diabetes com comprometimento vascular, nefropatia, retinopatia, neuropatia ou diabetes com mais de 20 anos de duração. · Trombose venosa profunda e embolia pulmonar pregressa ou atual. · Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada. · Mutações em fatores trombogênicos. · Doença isquêmica do coração presente ou pregressa. · Acidente vascular cerebral. · Doença valvular cardíaca complicada (hipertensão pulmonar, risco de fibrilação atrial, história de endocardite bacteriana subaguda). · Cefaleia com sintoma neurológico focal em qualquer idade, cefaleia sem sintoma neurológico acima de 35 anos. · Hepatite viral aguda, neoplasia hepática benigna ou maligna, cirrose grave descompensada. · Câncer de mama atual. Contracepção de emergência · Pílulas com estrogênio e progesterona ou somente progesterona, após uma relação sexual desprotegida, para evitar uma gravidez · Atua antes da implantação do ovo fecundado (deve ser administrado até 72 horas após a relação) • Eficácia: 75% a 98% · Indicação: · Relação sexual não programada ou desprotegida · Falha ou esquecimento de algum método · Violência sexual Indicações · Não deve ser usado rotineiramente · Esquema de Yuzpe: 100mcg etinilestradiol + 500mcg levonorgestrel · Ou pílulas contendo somente levonorgestrel (1,5mg) – método de escolha Anticoncepcional injetável · Mensal · Mecanismo de ação: efeito no eixo neuroendócrino (inibição da ovulação) · Administrar via IM uma vez ao mês Anticoncepcional injetável · Trimestral · Mecanismo de ação – Inibição da ovulação – diminuição dos níveis de LH e FSH · Administrar uma injeção IM a cada 90 dias Anéis vaginais · São tubos circulares de silastic que, introduzidos na vagina, liberam hormônios que induzem hostilidade do muco cervical e atrofia endometrial · Permanece na vagina durante 3 semanas (1 semana de intervalo) · Vantagens:· Desvantagens: · Incômodo durante a relação sexual · Expulsão (15%) · Rara ocorrência de irritação da parede vaginal · Pode causar corrimento persistente e sangramento intermenstrual · Fácil inserção e remoção pela usuária · Concentrações hormonais séricas constantes · Uso somente uma vez ao mês · Não altera coagulação, metabolismo lipídico ou função hepática Adesivos · Via cutânea de administração - evita a primeira passagem hepática · Vantagens: · Alta eficácia e fácil utilização · Desvantagens: · Náuseas e cefaleia · Mastodinia · Reação alérgica · Menor eficácia em mulheres com >90kg de peso Métodos de contracepção de longa duração – reversível Métodos hormonais Implantes subcutâneos · Cápsulas ou bastonetes contendo hormônios, colocados sob a pele da porção medial do braço · Liberam pequenas quantidades de progestogeno na corrente sanguínea duração de 1 a 5 anos · Vantagens:· Desvantagens: · Aplicação e remoção somente por pessoal especializado · Pode ocorrer irritação no local do implante · Alteração do ciclo menstrual · Custo inicial alto · Alta eficácia · Ação prolongada · Pequeno ganho de peso · Pode ser usado durante a amamentação · Aplicação única DIU de cobre · Métodos intrauterinos DIU de cobre · Dispositivo intrauterino · Pode ser inserido em qualquer fase do ciclo · Causa diversas alterações locais que evitam a fertilização· Desvantagens: · Alterações menstruais · Dor · Expulsão · DIP · Vantagens: · Boa eficácia · Método reversível · Não interfere com vida sexual SIL (Sistema liberador de levonorgestrel) – Mirena · Ação do progestogeno somada à ação de corpo estranho · Ação local no endométrio (atrofia miometrial) · Tratamento hormonal da menopausa · Menos efeitos colaterais · Reduz fluxo menstrual e dismenorréia · Uso por 5 anos Métodos de Barreia Métodos de barreia feminino: · Diafragma: · Cúpula circular de silicone com borda flexível · Recobre o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides · Inserir meia hora antes da relação (com espermicida) · Retirar 6 a 8 horas após a relação· Desvantagens: · Precisa ser usado em cada relação · Requer privacidade para inserção e remoção · Podem necessitar de ajuste (após gravidez, abortamento de 2º trimestre, cirurgia pélvica e ganho ou perda de peso >8kg · Deve ser lavado e secado · Vantagens: · Insento de efeitos colaterais sistêmicos · Raros efeitos colaterais (somente alergias) · Uso com espermicida pode diminuir o risco de DSTs · Controlado pela usuária · Preservativos: · Feito de poliuretano · Evita DSTs · Maior controle por parte da mulher Métodos de barreira masculino: · Espermicidas · É composto de substância inerte e espermicida (nonoxinol-9 e menfegol)· Desvantagens: · Maior índice de falhas · Requer manipulação dos genitais · Considerado desagradável por alguns casais · Vantagens: · Não necessita de prescrição médica · Raramente causa irritação vaginal · Preservativo masculino: · Material: látex ou poliuretano · Pode ser utilizado com espermicida · Lubrificado com solução à base de glicol Métodos definitivos Esterilização feminina (laqueadura tubária) · Ligadura das tubas uterinas · Método mais eficaz (1,8 gravidez/1.000 cirurgias) · Raras complicações · Grande risco de arrependimento após a cirurgia Esterilização masculina (vasectomia) · Ligadura dos canais deferentes · Pode ser revertido · Mesmas indicações da laqueadura tubária Métodos comportamentais · Método de Ogino-Knaus, calendário, ritmo ou tabela · Observar o ciclo durante 6 a 12 meses · Registrar o ciclo mais longo e o mais curto · Ciclo mais curto: subtrair 18 • Ciclo mais longo: subtrair 11 Exemplo: ciclos de 26 a 30 dias – período fértil será do 8º ao 19º dia · Associar a outros métodos comportamentais · Método do muco cervical ou Billings · Permanecer em abstinência por 3 dias a partir da produção máxima do muco cervical · Método da temperatura corporal basal · Baseia-se na ação termogênica da progesterona · Elevação da temperatura (0,2 a 0,4Cº ou 0,4 a 0,8ºC) · A mulher deve verificar a temperatura antes de se levantar · Coito interrompido ou ejaculação extravaginal · Baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e retirar o pênis neste momento
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