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Os nossos pr inc ipa is fármacos ana lgés icos, tanto na med ic ina humana quanto anima l , são os op io ides . Esses potentes ana lgés icos são usados na MPA, transanestés ico e pós -opera- tór io . Vão promover um s inergismo com os fárma- cos ap l icados e va i conseguir d iminu i a dose de todos os fármacos e d iminu ir os efei tos adversos . São ut i l izados juntamente com os fármacos fa lados na au la passada (ant ico l inérgicos, bu- t irofenonas, fenot iazín icos e benzod iazepín i- cos) , sendo que o ún ico com efe i to ana lgé- s ico já estudados foram os agonistas α-2 adrenérg icos (ana lges ia v iscera l ) , que quando assoc iados com opio ides melhora a inda mais a ana lges ia . Dexmedetomid ina tem uma ana lges ia somática , também, ma is pronunci - ada que os outros da mesma c lasse . Histórico A pouco tempo tem se o lhado de forma d i ferente com os an ima is . Surg iu , po i s quer ia abo l i r a dor no homem e no an i - ma l demorou mu i to tempo para aconte- cer . Anima is de produção X an ima is de est i - mação: os an ima is de pequeno por te so- f reram esse cu idado pr imeiro do que o an ima l de produção, que era v i s to como um an ima l de traba lho , que não sent ia dor . Mas todos os seres sentem dor de uma maneira d i ferente . Num processo evo lut i vo , os an ima is de grande porte prec i saram não demons- trar dor , po is v i ravam caça fác i l . São an i - ma is que evo lut ivamente possuem um l i - m iar ma ior da dor . Então não posso com- parar a dor de um proced imento em um equ ino e um gato . Dentro da mesma espéc ie temos l im iares d i ferentes , por exemplo , p i t bu l l e p intcher . Dentro dessa d i ferença , a inda ex is te uma var iab i l i dade ind iv idua l . 2000: A dor fo i cons iderada o q u in to s i - na l v i ta l jun tamente com temperatura , pu lso , resp i ração , pressão ar ter ia l e a l - guns fa tores f i s io lóg icos . Vantagens do tratamento da dor Recuperação c l ín ica ma is ráp ida : es tá confor táve l , não es tá estressado, f ica com o s is tema imune ma is ef ic iente , me- lhor processo de c icatr ização, menos vu lneráve l de infecções secundár ia s Menor tempo de internação e re in terna- ção Etapas da anestes ia : o Ava l iação pré-anestés ica e preparo do paciente . : ava l iar o pac i- ente para ver se está apto para fazer essa c irurgia ou estab i l izar o pac iente . o MPA: ap l icar a med icação pré -anesté- s ica , ana lges ia , tranqu i l i zação, fac i l i tar a manipu lação, tr icotomia . o Indução anestés ica : canu la o paciente e ap l ica o fármaco para induz ir a dormir , anestes iar . o Manutenção anestés ica : anestés icos para manter a anestes ia . o Recuperação: o Manejo da dor pós-operatór ia : medica- ções de pós-operatór io , com intu i to de um retorno anestés ico tranqu i lo , sem estresse . Ana lges ia e ant i - inf lamatór io . Anestesiologia Anestesiologia Melhor qua l idade de v ida Aumento de produt iv idade : em an ima is de produção com dor produzem menos , ganham menos peso Desvantagens da Dor Aumento do tônus S impát ico : a dor pro- voca a l i beração exacerbada de cateco- laminas , que vão promover o aumento de metabo l i smo, taqu icard ia , desgaste cardíaco, arr i tm ias que podem levar à morte , aumento do cort i so l e d im inu ição do processo de c ica tr i zação de fer idas Aumento do cort i so l : aumento de g l i ce- mia Seque las : processo do loroso conhec ido com dor crôn ica ou dor “ fantasma” , ca- racter izada pe lo desconhec imento da or igem . Pode ocorrer dev ido uma ampu- tação (dor no membro que não ex is te) , ma is re la tada em pequenos an ima is pr in- c ipa lmente em cães . Morte Definição de dor HELLYER et a l . , 2007 : ` `A dor é uma ex- per iênc ia sensor ia l e emoc iona l desagra- dáve l assoc iada com dano tec idua l rea l ou potenc ia l ´ ´ o Sensor ia l : sensação o Emociona l : há sempre uma resposta à essa dor o Potenc ia l : potenc ia lmente desagradá- ve l . Por exemplo , ver a lguém se ma- chucar é uma exper iênc ia potenc ia l , po is não aconteceu conosco, sente a dor apenas por ver . GEORGE, 2003: ` `A dor é a percepção de um est ímu lo noc ivo segu ida da e la - boração de uma resposta in tegrada ao processo emoc iona l ´ ´ o Est ímu lo noc ivo : aqu i lo que va i causar um dano no tec ido o Sempre que houver um est ímu lo no- c ivo (espetar o dedo no esp inho ou que imar a mão no fogão ) levando à uma dor que faz com que nos afaste- mos (resposta integrada) ou gr i tar de dor ou chorar (processo emoc iona l ) . o Os an ima i s não entendem o que acon- teceu para causar aque le es t ímu lo de dor , mas à uma resposta emoc iona l para aque le est ímu lo noc ivo Nocicepção vs Dor A dor é a percepção do SNC daquele est ímulo nocivo . A pessoa quando se machuca fa la que doeu que se ma- chuco . Enquanto que o cão não fa la , mas podemos perceber pe la resposta emociona l , comportamenta l e f is io ló- g ica do pac iente . Sabemos os parâ- metros normais e se e le está com uma fer ida , FR a l ta , FC a l ta e pressão a l ta , então subtendemos que e le está sent indo dor . Comportamenta l : tenta esconder a fer ida . Por este mot ivo não podemos fa la r que e le sente dor , mas e le presencia a nocicepção . A nocicepção é a captação de est í - mulos nocivos que foram transforma- dos em potencia l de ação que foram captados . Definições Noc icepção: a recepção de s ina is in - terpretados pe los nociceptores como est ímulos nocivos aos tec idos (aqu i lo que va i agred ir o tec ido) . Noc iceptores : receptores at ivados por est ímulos mecân icos , térmicos ou químicos . Receptores presentes nos tec idos que vão captar qua lquer lesão que pode ter , podendo ser mecân ico (pancada) , térmico (queimadura ou congelamento) ou químico (medica- mentosa ou processo inf lamatór io) . Esses est ímulos nocivos vão induz ir a l iberação de inúmeros mediadores químicos na reg ião e essa informação é captada por essas terminações ner- vosas (nociceptores - receptores sen- s i t ivos) que vão transformar isso em potencia l de ação . o Terminação nervosa amplamente d istr ibuída na pe le e tec idos pro- fundos (todos os tec idos) . o Terminações nervosas de neurô- n ios nocicept ivos aferentes (per i fe- r ia até medu la espinha l ) pr imár ios (captam as sensações e levam até o SNC. Eferente é efetor o que vem da medu la e va i até o tec ido) Alguns são especí f icos (só me- cân icos , só térmicos ou só quí- micos) ou são pol imoda is (tanto mecân icos quanto térmicos quanto químicos) . Analgesia Ausênc ia do processo do loroso ou d i - minu ição da dor : quando apl icamos no pac iente não quer d izer que vamos abol i r 100% da dor , pode d iminu i r a sensação do lorosa . Alguns termos : o Alges ia : do grego a lges is = sensa- ção de dor . E a de ausência de, ou seja , ausência de sensação do lo- rosa . o Hipoa lges ia : sens ib i l idade d iminuída a est imu lação nociva . o Hipera lges ia : sens ib i l idade aumen- tada a est imu lação nociva . Aqu i lo que não doer ia tanto está doendo muito mais . o Alod in ia : sensação de dor sem a promoção de est ímulo do loroso . Se eu pegar a mão e passar no braço não va i causar dor , só que se eu fazer isso e promover dor ser ia a lo- d in ia . An ima is que não estão sendo tratados de manei ra adequada para uma dor , podem sofrer de a lod in ia , ass im qua lquer loca l que encostar va i causar dor . Então te que sepa- rar se é a lod in ia ou medo . Na mai - or ia dos casos o nosso tratamentoana lgés ico é subtend ido ou sobre- tend ido, de qua lquer forma será subjet ivo . Fisiologia da Dor Dois t ipos de f ibras nocicept ivas : Axô- n ios de neurôn ios (aferentes) noc i- cept ivos . o A-De lta : condução ráp ida (5 a 30m/s) – mie l in izadas . Ma is ca l i - brosa e mie l in izada , de modo que consegue conduzir o est ímulo do- loroso ma is rap idamente . É uma dor aguda e que passa ráp ida , a menos que não ocorra uma fratura por exemplo , po is tem est ímulo noci- cept ivo constante . o C Pol imoda is : condução lenta ( 0 ,5 a 2m/s) – amie l in izadas . É uma f ibra f ina e amie l in izada , por i sso carre ia a informação mais devagar . O PA va i prec isar correr toda a f ibra de manei ra mais lenta , só que de ma- neira ma is duradoura também. Não terá um pico de dor como na A- de l ta . Camada l ip íd ica , que f ica envo l ta do axôn io e por causa d isso , o potenc ia l de ação que va i passar por essa f ibra nervosa . O potenc ia l de ação não va i prec isar percorrer toda a extensão da f ibra nervosa . Se a f ibra nervosa t iver mie l ina , essa camada de gordura func iona como iso lante e létr ico , então o PA va i pas- sar pu lando entre as ba inhas de mie l ina promovendo uma condução ma is ráp ida do impu lso nervoso . Ambas em tecidos superf ic ia is e tec i - dos profundos Fibras A- De lta e f ibras C po l imoda is : o Pele o Tecido subcutâneo o Múscu los o Ossos o Art icu lações o Dentes o Córnea I nervação v iscera l : tec idos entracav i- tár ios ( intrabdomina l e intratorác ico) o Pr incipa lmente f ibras C , tem um pouco de Fibra A-del ta também. o Mas os estímulos nocivos capazes de promover a l iberação dos medi- adores químicos que vão promover um estímulo nocicept ivo só vai acontecer quando ocorrer compres- são (torção gástr ica , d istensão (d is- tensão gástr ica) e isquemia . Então, o estímulo nocivo causado por uma agulha em órgãos não causa dor . Na có l ica equ ina, nós temos os três fa- tores que provocam dor, compres- são, d istensão e isquemia (a fa lta de aporte de ox igênio induz à l iberação de mediadores químicos que vão promover um processo nocicep- t ivo) . Punção guiada ou cistocentese só irá provocar dor na pe le, subcu- tâneo e múscu lo , mas a víscera em si não provoca dor . Alguns pacien- tes que nós fazemos a c istocentese estão com a bexiga d istend ida e essa d istensão (pac iente obstruído) é extremamente dolorosa, então é preciso usar ana lgés ico de qualquer forma. Classificação da Dor Et io log ia : o Fis io lóg ica – auto l im itante . Quando se machuca, a dor é insuportáve l , mas depo is passa . Essa dor é im- portante, para que o organ ismo possa proteger seu corpo . Po is se não sent íssemos dor poderíamos nos machucar muito fac i lmente e provocar uma lesão mu ito grande nos tec idos . Não prec isa tratar , po is é auto l im itante . o Pato lóg ica – pers istência do est í - mulo noc ivo (dor inf lamatór ia ou neuropát ica) . Quando há uma lesão pers istente . Ou seja , cont ínua l ibe- ração de medidores químicos de nocicepção . In f lamação é a lesão de tec ido em que há a l iberação de mediadores químicos que vão ins- taurar um processo inf lamatór io , que é a vasod i la tação, ca lor , rubor e dor . Dor neuropát ica ocorre quando há uma lesão de termina- ções nervosas , que va i levar um d isparo cont ínuo de est ímulo no- c ivo . Gera lmente a dor neuropát ica não é fác i l de tratar , d i ferente- mente da dor inf lamatór ia , que é aguda e pers iste até a c icatr ização tota l dos tec idos , pe la ausência de d isparo noc ivo nos tec idos . o I d iopát ica – et io log ia pr imár ia não ident i f i cáve l . Não sabe a or igem, norma lmente precisa tratar com ant idepress ivos , v isto que gera l - mente está re lac ionada com a dor crôn ica . o Em humanos, ex istem pessoas que não sentem dor , que pode ser con- gên ito (Síndrome de R i ley -Day) ou adqu ir ido por trauma, po is acontece uma lesão onde ocorre a percep- ção da dor ( lobo par ieta l do córtex cerebra l – responsável por modu lar os est ímulos noc ivos ) . Nos an imais não tem como re latar . Em idosos acaba f icando mais comum, pe la dessens ib i l ização nervosas de per i - fer ia e pe lo enve lhecimento de neurôn ios . Há fa lha de l iberação de mediadores químicos . Nos an imais , o que se percebe é que a lguns an i - mais são mais res istentes à proces- sos do lorosos e a lguns são ma is sensíve is . o Durante a c irurg ia podemos causar tanto dor inf lamatór ia quanto neu- ropát ica . A neuropát ica ser ia pe la lesão nervosa , como na amputação, por exemplo , em que precisa fazer ressecção de nervo i squ iád ico, que é super ca l ibroso, podendo gerar um processo de dor crôn ica no pa- c iente . Toda c irurg ia va i causar dor inf lamatór ia , que é pato lóg ica e deve ser tratada . Duração: o Aguda: f ibras de condução rápida (f ibras A-de l ta ) , sendo mu ito ma is aparente (percept íve l ) , demons- trando mais fac i lmente (voca l i za- ção, chorando, tenta morder , ofe- gante, padrões f is io lóg icos aumen- tados) . taqu ipnéia , taqu icard ia e voca l i za- ção (s ina is mais aparentes) . o Crôn ica : f ibras de condução lenta (d isparos cont ínuos) , em que a dor não é tão exacerbada , mas é per- s istente por um tempo maior . São pac ientes que estão de certa forma acostumados a conviver com essa dor , que progress ivamente podem levar à um processo de depressão no paciente, observando s ina is ma is sut is como mudança de postura , an ima l mais i so lado . Então d i f ic i l - mente iremos observar mudança nos parâmetros f i s io lóg icos , po is o an ima l está adaptado ao processo do loroso crôn ico . mudanças de postura , iso lamento e depressão (s ina is mais sut i s ) . Na dor ráp ida , eu tenho um pico de dor , que passa mais ráp ido . Porém se cont inuar um es- tímu lo nocivo e la se prolonga enquanto ele a inda ex is t i r . No pós operatór io , o p ico de dor inf lamatór ia ocorre com 24 a 48, e essa dor va i d iminu indo, po is o processo de c icatr iza- ção começa a ocorrer e a inf lamação começa a ceder . Na dor crôn ica , a intens idade de dor é menor , mas é mais pers istente . A dor la tejante é ocas ionada por um pro- cesso inf lamatór io , então é uma dor patoló- gica . Ocorre vasodi la tação na reg ião inf la- mada, dev ido aos med iadores quím icas . Algu- mas cefa lé ias também são la tejantes, como enxaqueca [crôn ica] , que pode ser de pon- tada , la te jante e em vár ias reg iões de lobo . Loca l ização : o Somát ica : superf ic ia l ao corpo . Está re lac ionada à pe le , tec ido subcutâ- neo, muscu latura , ossos . o Viscera l : ma is internamente . Nas vísceras . Tipos de Analgesia Analges ia Preempt iva – rea l i zada an- tes que a in j úr ia ocorra , antes de ocorrer o processo nocivo . D iminuí - mos a probab i l idade de um potencia l de ação, não carreado ou carreado mais lentamente . Quando fazemos uma MPA com ana lgés ico, estare i im- poss ib i l i tando a percepção da dor pe lo SNC . A ana lges ia f ica muito ma is efe- t iva , por isso é muito ind icado na MPA. Po is depois que a dor já fo i desenca- deado e chegou o SNC, os neurôn ios já estão sens ib i l izados , ass im ta lvez seja necessár io drogas muito ma is po- tentes para consegu ir at ing ir aquele idea l . Na MPA, nem sempre consegu i - mos fazer a ana lges ia preempt iva , po is a lguns já chegam com dor , atro- pe lados por exemplo , sendo necessá- r io usar fármacos mui to mais potentes ou usar s inerg ismo para nãoter que usar dose mu ito a l ta ou droga muito potente que pode ocas ionar depres- são card iovascu lar no pac iente . Analges ia Mu lt imoda l – associações de fármacos para aumentar a ana lges ia e pode d iminu ir as doses . Ana lgés icos ap l icados com mecan ismos de ação d i ferentes , portanto, agem em loca is d i ferentes de dor , promovendo um s i - nerg ismo. Quando consegue b loquear vár ios caminhos desse potenc ia l de ação, me lhoramos a qua l idade da ana l - ges ia . Podendo ser ut i l izada na MPA, transoperatór io e pós -operatór io . Analges ia pós-operatór ia – a dor não é f i s io lóg ica , portanto, deve ser tra- tada (dor pato lóg ica ) . Gera lmente é uma dor inf lamatór ia , mas pode ter dor neuropát ica envolv ida . Prec iso usar medicações ant i - in f lamatór ias as- soc iados a outros ana lgés icos , para promover s inerg ismo . Fases da dor Transdução: transformação de um es- t ímulo nocivo térmico, químico ou mecân ico em potencia l de ação . Captação do est ímulo nocivo em po- tencia l de ação . Acontece na per i fer ia . Transmissão : cons iste na propagação dos impu lsos nervosos através de f i - bras sensor ia is (nocicept ivas) . O po- tencia l gerado precisa ser carreado até a medu la esp inha l pe las f ibras a - de l ta ou C mult imoda is . Modulação: através de s istemas endó- genos modu lam os est ímulos nocicep- t ivos no corno dorsa l da medu la espi - nha l . Depois é carreada para a região ventra l da medu la e sub ir e dar cont i - nu idade até o SNC. Esses três conf iguram a noc icepção, que ser ia a percepção do est ímulo nocivo em potenc ia l de ação . Para que eu possa d izer que esse potencia l de ação é dor , precisa chegar no SNC e e le prec isa acontecer a percepção da dor no SNC, e então gera uma res- posta emoc iona l or iunda desse est i - mulo . Vamos supor que ocorreu um corte na pe le, há l iberação de mediadores químicos . Os no- c iceptores vão captar essa mensagem, pelos med iadores químicos e va i ocorrer a transdu- ção desses est ímu los em potencia l de ação . Os fármacos que in ibem a transdução são os anestés icos loca is e os ant i - inf lamatór ios , que vão dim inu ir a capacidade dos tec idos em produz ir med iadores químicos, impedindo a produção do potencia l de ação . O PA va i ser carreado até a medu la esp inha l pe las f ibras , num processo de transmissão (a -del ta e C pol imoda l ) . Os fármacos que b loqueiam o car- reamento do PA até a medu la são os anes- tés icos loca is . Na medu la ocorre a modu lação, sendo bloqueada por anestés icos loca is , op i - o ides (ana lgés icos mais potentes) e a l fa2 ago- nis tas . O PA chega no corno dorsa l da medu la esp inha l , passa por vár ios tratos esp inha is e va i ser carreado até as regiões de cór tex ce- rebra l , onde va i ocorrer a percepção da dor . E quando ocorrer a percepção e resposta emociona l a este estímulo noc ivo é chamado de dor . Fármacos que agem nessa reg ião são opio ides e a l fa2 agon is tas (ex is tem outros que também podem ser usados) . Métodos Clínicos de Avaliação Temos pac ientes d i ferentes e por um pro- cesso evo lut ivo prec isaram se adaptar á v ida . Ass im, grandes an imais precisaram se adap- tar , pois são caça fác i l . Se est iver machucado, f ica a inda ma is fác i l de ser predado, por isso o l im iar de dor um pouco maior , mas não quer d izer que eles não sentem dor e que ela não deve ser tra tada , apenas que a per- cepção da dor va i ser d i ferente e o compor- tamento é mui to mais sut i l , do que compa- rado de pequeno porte . Ass im como an imais se lvagens . Esses an ima is que não aparentam mui ta dor , mas que eu vejo lesões mui to grandes ou fratura cons igo extrap olar da me- dic ina humana ou de pequeno porte para o anima l de grande porte . Por exemplo, a dor causada por uma fratura de membro será mui to aparente em pequeno an imal , enquanto que em grandes não aparenta tanto, po is a intens idade da dor é d i ferente, ass im não será necessár io usar ana lgés icos mui to po- tentes Escala análoga visual (VAS) Essa escala, todo dia quem está no centro ci- rúrgico faz mentalmente. Ao anestesiar, traço uma linha imaginável e de um lado o animal não vai sentir dor nenhuma e na outra a pior dor imaginável. Daí coloco o animal mais pró- ximo de um do outro. Dor leve, moderada, se- vera. A partir do grau de dor escolho qual anal- gésico irei utilizar, podendo ter superestimado a dor ou subestime. Vou precisar avaliar a res- posta do analgésico no paciente. Alguns anal- gésicos tem efeitos adversos, então se eu ti- ver superestimado a dor os efeitos adversos ficarão mais proeminentes. Enquanto que se eu subestimei, no transoperatório o paciente vai demonstrar sinais ( FC, FR, pressão arterial, superficialização do plano anestésico) e irei aplicar um analgésico mais potente. Escala de Avaliação Numérica Um pouco menos subjetivo, pois tem uma numeração. Enquadramos o paciente em uma dessas graduações para saber qual anal- gésico eu devo dar, qual protocolo vou usar. A percepção de dor é muito individual, então pode mudar de anestesista para anestesista., que pode ter uma outra percepção. Para dimi- nuir isso, avalio o animal como um todo, po- dendo usar as escalas de dor, mas preciso ava- liar que procedimento doloroso será gerado. Aplico o analgésico e acompanho o paciente. Quando há dois anestesistas precisamos entrar em um consenso. 1 a 3 → dor leve 4 a 6 → dor moderada. 7 a 10 → dor severa Escala comportamental usada para cães e gatos (ao final) é de resposta à palpação. Ou seja, vou observar o animal na gaiola e depois vou palpar o paciente no local com processo doloroso e obser- var o paciente, para saber qual o grau da dor. Se for no pós operatório, administro o analgésico pós- operatório e avalio se o animal continua com dor. Observo ele mais uma vez na gaiolinha e palpo o local da cirurgia, reavaliando se continua sentindo dor. Na escala de dor de Melbourne, acima de 13 tenho que tratar a dor, pontuo em 6 categorias distintas, sendo a pontuação máxima 27 (severa) e pontua- ção mínima é 0 (mínima). Quando é dor crônico preciso do auxílio do tutor, perguntar como o animal era antes, se houve lesão anterior, está alimentando ou bebendo água (ema- grecimento progressivo). Automutilação é um sinal clássico de dor crônica. Escala de dor preemptiva Vejo qual o procedimento cirúrgico que será feito e suponho qual o grau de dor que ela irá gerar. Escala simples descritiva Escala de avaliação clínica para claudicação, principalmente em animal de grande porte, principalmente em equinos Parâmetro Escore Apoio total 0 (mínima) Apoio parcial em esta- ção e andando 1 (leve) Apoio parcial unica- mente em estação 2 (moderada) Não apoia o membro 3 (severa) Reconhecimento da dor Pequenos animais Foto de uma fêmea no pós -operatór io de um mastectomia tota l un i la tera l . Foi fe i to ana lgé- s ico pós-operatór io . Apenas o lhando para o anima l boquinha aberta (ofegante) e está in- comodada . Na pa lpação, o anima l tentava morder , ind icando que sent ia dor . Após isso, fo i fe i to um ana lgés ico um pouco ma is po- tente . Após isso, houve re la- xamento . Pa lpa a fe- r ida e o anima l não aparenta dor . Antes ela estava sent indo dor , então o SN s impá- t ico estava at ivado, no momento que faz o ana lgés ico e la f ica tranqui la . Essa c irurgia é mui to cruenta e mui to ex- tensa , pegando uma parte de pe le mui to ex- tensa . Então é uma cirurgia que dói mui to, tanto no pós opera tór io , quanto no pós operatór io . Se ana l isar na esca la preemptiva eu se i que vou ter que usar um ana lgés ico para dor severa . Cão com fra- tura de mem-bro, esse t ipo de lesão dó i mui to . Ut i l izo um protoco lo ana lagés ico para dor severa . An imal com fratura de membro, a inda sem MPA. Esse an imal está com dor : não apo ia o membro, escond ido no fundo, expressão fa- c ia l ( testa franz ida ) tr is te, rabo entre as per- nas . Aparenta que irá morder se houver apro- x imação, dev ido à dor e medo. Tem que ga- nhar conf iança do an imal , para consegu ir pe- gar o an imal e ap l icar o ana lgés ico e tranqu i- l izante, que vão ag ir em s inerg ismo aumen- tando o poder ana lgés ico e tranqui l i zante, melhorando a manipu lação . Grandes Animais Animal com fra- tura de membro . Esse an i- mal estava com dor , pois t inha a l terações de parâmetros f i s io lógicos, a fra tura t inha acabado de acontecer . Visua lmente não de- monstra dor (f ing indo p len itude) , mas tem dor , comprovada pela a l teração dos parâme- tros f is io lóg icos e por não estar comendo . Não tem a mesma intens idade que no cão, mas mesmo ass im tem que fazer ana lges ia menos potente . Nesse caso não é uma dor severa . Equino que tem lesão em art icu lação mui to inf lamatór ia . Fo i fe i to c irurgia e está no pós operatór io . Está com mui ta dor . E le dei ta , po is cansa os 3 membros não afetados . Não sus- tenta o membro, já cons ideramos dor severa . Fica 24 h se sustentando nos 3 membros e de ita para descansá- los . Não é f i s io lógico o cava lo f icar de i tado, já o bovino é comum. Tá comendo, es- perto, respon- dendo o ambi- ente, se aprox i- mou quando che- garam perto . Esse anima l tem fra- tura de mandíbu la , mas é um processo crô- n ico, po is já houve uma c icatr ização do loca l e o processo inf lamatór io é mínimo . Já fo i fe i ta uma osteosíntese de mandíbu la , come- çou a dar reabsorção e não coaptou . Foi re- t irado os implantes e essa foto fo i ret irada MOV00804.3GP uma semana depois , não houve consol idação óssea . A dor de la é leve, po is não é processo com mui to d isparo noc ivo . Mas tra ta para dor , v is to que há fratura . Cabeça aba i- xada, sem- blante tr is te . Esse an imal t inha cól ica e a dor nesses anima is mu- dam muito de acordo com os comportamentos que são bem f ided ignos . Por exemplo, o cava lo quando tem dor aumenta a ingestão hídr ica e começa a comer a cama, sendo indíc ios de dor . Por isso, tem o ba lde na boca, para parar de comer a cama . Um equ ino com cól ica o lha mui to para o f lanco, que é onde há dor . Lesão em art icu lação: em estação não apoia o membro, então a dor é severa . Pac iente com cól ica : dó i mui to, pois tem compres- são d is ten- são e is - quemia . O an imal está dei tado, o que não é f is io lógico . Semblante tr i ste, protetor buca l para não comer a cama . Opio ides . Agonistas a l fa -2 adrenérg icos : usamos na MPA, podemos usar no pós -opera- tór io de grandes an ima is também. Ana lges ia v i scera l . Anestés icos Loca is : t ransoperatór io Anestés icos D issoc iat ivos : pré, pós e transoperatór io . A quetamina , pro- move pr inc ipa lmente ana lges ia somá- t ica . Ant i - in f lamatór ios não estero ida is (A I - NES) : melox icam, f lun ix im meg lumine, fen i lbutasona , cetoprofeno, carpro- feno . Sempre vamos ut i l izar para pro- mover uma ana lges ia mult imoda l . Ut i l i - zado gera lmente quando está aca- bando o proced imento c i rúrg ico, po is pode interfer i r no processo de coa- gu lação sanguínea e d iminuem o f luxo sanguíneo rena l , consequentemente d iminu i a taxa de f i l t ração g lomeru lar , isso pode causar uma lesão rena l . Po is os fármacos anestés icos já causam essa d iminu ição de f luxo, d iminu indo débito ur inár io , também. Gera lmente ut i l izado no pós operatór io . Tratamento da Dor Comport%20Normal%20Equ.mp4 Segundo a OMS. Lembrando que a ava l iação da dor do nosso paciente é subjet iva então te- mos que usar esca la de dor , compor- tamenta l ou preempt iva . No grau 1 , de dor não é preciso opi - o ide, po is são ana lgés icos muito po- tentes e tem efe i tos adversos . Então nesse caso ut i l i za um não opio ide ma is um adjuvante . Poder ia ser uma d ip i - rona ma is um ant i - in f lamatór io . A d ip i - rona é um ana lgés ico mu lt imoda l No grau I I , usa op io ide de dor mode- rada ou leve, mais um adjuvante (d i - p irona por exemplo) mais um não opi - o ide (ant i - in f lamatór io , por exemplo) No grau I I I , é de dor severa , então usa opio ide de dor severa , mais adjuvante (d ip irona , por exemplo) e um não op i- o ide que gera lmente é um ant i - in f la - matór io . No nosso protoco lo de ana lges ia , penso na intens idade de dor provo- cada pe lo processo do loroso, ta lvez eu não precise de um opio ide mu ito forte . Mas se tem processo inf lamató- r io eu tenho que usar um ant i - in f lama- tór io , que va i fazer s inerg ismo com opio ide por ag irem em loca is d ist intos . Os opio ides que agem tanto na per- cepção da dor quanto na modu lação, já o ant i - in f lamatór io age na transdu- ção . Ass im estou b loqueando cami- nhos d i ferentes nessa mesma v ia . Nesse grau , ou l i vro o pac iente de dor ou e le tem dor incontro láve l , em que preciso fazer outros proced imentos , como induz ir a anestes ia gera l ou b lo- queio regiona l f requente por vár ios d ias , cateter ep idura l , efusão cont inua com paciente internado . Pergunta Duda: an ima l cont inua com dor severa após Op io ide + adjuvante (d ip irona ) . Assoc iou gabapent ina que é ant iconvu ls ivante in ib i tór io . Os ant ide- press ivos (Amitr ipt i l i na ) e ant iconvu l- s ivantes (gabapent ina) são ut i l i zados para tratar dor crôn ica em pac ientes de co luna , amputação (dor fantasma) , po is d iminuem a percepção da dor pe lo SNC por in ib i r as s inapses no SNC. O s inerg ismo de ana lges ia mu lt i - moda l está sendo ut i l i zada nesse caso . Gera lmente em dor crôn ica associa o opio ide a amitr ipt i l ina ou gabapent ina . Não são tão ef ic iente para dor aguda . Opioides Mecan ismo de Ação: Promovem hiperpo lar ização, in ib ição da def lagração do potencia l de ação e in ib ição pré e pós -s inápt ica da l ibe- ração de neurotransmissor . A dor co- meçou por um processo noc ivo que va i desencadear em um PA que va i ser carreado pelos neurôn ios . Os op i- o ides promovem a h iperpolar ização (bomba de sód io e potáss io ) in ib indo o PA, não havendo da l iberação de NT. Para que ocorra transmissão en- tre neurôn ios é preciso que NT do neurôn io pré-s inápt ico sejam l ibera- dos e atuem em receptores em neu- rôn ios pós-s inápt icos . Usando opio ide ou i sso não ocorre 100% ou ocorre menos l iberação, que va i depender da intens idade da dor (maior l iberação de NT) e da potência ana lgés ica do fár- maco . Termo op io ide: compostos der ivados natura is ou s intét icos do óp io . Ópio: A lca ló ide extra ído da p lanta Pa- paver somniferum (papou la ) . Líqu ido le i tosos no qua l é extra ído o óp io . Ligação de receptores : (κ ) Kappa, (μ ) Mu, (σ ) S igma e (δ )De l ta . Pr inc ipa is responsáve is pe lo processo ana lgés ico: (κ ) Kappa, (μ ) Mu . Sendo que Um promove mais ana lges ia . En- tão fármacos agon istas por esses re- ceptores são fármcados ma is ana lgé- s icos . Class i f i cação: o Agonistas puros : agon istas ma is es- pecí f icos μ , atuando pouco nos ou- tros . Promovem uma ana lges ia muito boa . Cada um desses fárma- cos tem uma potência ana lgés ica d i ferente . Morf ina (dor severa) é muito mais potente que meper id ina (dor moderada) . Morf ina Meper id ina Fentan i l Sufentani l Remifentan i l Metadona o Agonista-antagon istas : agon ista κ e antagon ista μ . Os mais potentes são agon istas μ então esta c lasse não é ut i l i zada em dor severa , con- s iderando an ima l de pequeno porte . Os opio ides provocam vár ios efe i - tos adversos e por i sso pouco ut i l i - zados em an imai s de grande porte . Para ut i l i zar um opio ide num an ima l de frade porte , e le tem que estar com uma dor muito severa . Butorfano l Nalbuf ina o Agonista parc ia l : se l iga parc ia l - mente a receptores μ então 30% do seu efe i to é l igação aos recep- tores , enquanto 70% se deve por outro mecan ismo que já será expl i - cado . Por não ser agon ista puro não é tão potente quanto a morf ina , sendo para dor leve a moderada . Os opio ides tem antagon istas , então se t iver a lgum efe i to adverso grave ou o an ima l f icou sedado muito tempo posso usar ana loxona (antagon ista ) , ma is ut i l i zado que ana lorf ina (anta- gon ista ) . Tramado l Buprenorf ina : não tem no bras i l Codeína o Antagon istas Naloxona ------------- Morf ina ------------- Agonista μ puro Opção para dor severa o Sem a perda da consc iência . Sedação e tranqu i l ização : o pac iente pode f icar um pouco sedado ou tran- qu i l izado, pr inc ipa lmente quando asso- c iados com fenot iazín icos . Tenho que tomar cu idado em sobrest imar a dor no paciente, po is em a lgumas espé- c ies pode acontecer d isfor ia ou h ipe- rexci tab i l idade, que pode acontecer em qua lquer espéc ie se ocorrer so- brest ima a dor . o Depressão do SNC o Disfor ia e h iperexci tab i l idade : gatos , cava los , porcos , vacas , capr inos e ovinos . Norma lmente quando faz a sobredose vão ter isso . Por isso tem que ter cu idado com o uso de morf ina se eu não tenho certeza se um pac iente tá sent indo dor . Exci - tação num equ ino é completa- mente d i ferente, que se debate . Náuseas e vômitos o Est ímulo da zona def lagradora dos qu imiorreceptores pe la l iberação de dopamina , pr inc ipa l responsáve l pe lo gat i l ho de vômito , então nor- malmente a ap l icação os an imais vomitam, observado em an ima l de pequeno porte . Uso: MPA, transoperatór io e pós - operatór io Efe i tos endócr inos o Cão: ↑ secreção ADH- retenção de l íqu idos , d iminu indo a taxa de f i l t ra - ção g lomeru lar , d iminu indo débito ur inár io . Outros efe i tos o Const ipação intest ina l : i sso é pro- b lema grave em grandes . Todos os opio ides tem esse efe i to , mas os agon istas puros são os que ma is promovem esse efe i to . Pode acon- tecer d iminu ição de per i sta l t i smo e propic iar uma có l ica . o Libera h istamina : pode promover a degranu lação de mastóc i tos , acon- tecendo a l iberação de h istamina . Tenho que tomar cu idado com pa- c ientes que vão ser submet idos a uma c irurg ia de Mastoci toma, por exemplo , que já tem uma degranu- lação muito mais exacerbada . Por qua lquer v ia isso pode ocorrer ( IV , IM, SC, raqu id iana , epidura l ) , mas probab i l idade d isso ocorrer pe la v ia IV é maior . Dose : o Cão: 0 , 1 - 0 ,7 mg/kg o Gatos: 0 , 1 - 0 ,2 mg/kg o Equ inos : 0 ,05 - 0 ,2mg/kg o Bovinos : 0 ,05 – 0 , 1mg/kg Efe i to ana lgés ico : 2 (p ico de ana lge- s ia ) a 6 horas (duração máxima) (SC/ IM/ IV/Per idura l ) . Então no transo- peratór io va i ser suf ic iente, porque d i- f ic i lmente a c i rurg ia va i durar ma is que isso, e se caso i sso ocorra eu faço repl icação da med icação . Mas se faz um ana lgés ico que não tem uma du- ração tão longa (como a meper id ina) não é uma boa esco lha para pós -ope- ratór io , po is se não depo is de 3 horas tere i que ap l icar novamente . Sendo gera lmente usada como pré - anestés ico, em cirurg ias não muito pro longadas , po is só dura 3 horas . Dimorf : o 1 0mg/ml o 1mg/ml ------------- Meper id ina ------------- Agonista μ Puro : professora adora ut i - l izar o Analges ia moderada com poucos efe i tos adversos o Efe i to ana lgés ico até 3 horas : expl i - cado na morf ina Contra ind icação : o Pac ientes h ipotensos , po is tem l ibe- ração de h istamina . o Não admin istrar IV : se admin istrar por v ia IV a probab i l i dade de l ibera- ção de h istamina é a l t íss ima e va i causar h ipotensão . A h istamina va i promover vasod i la tação per i fér ica tão e levada que va i cu lminar em hi- potensão severa no pac iente . o Pac ientes nefropatas/ card iopatas : causa vasoconstr ição rena l e coro- nar iana Doses : o Cães : 2 a 5 mg/Kg IM/SC o Fel inos : 2 a 10 mg/kg/ IM/SC o Equ inos : 0 ,5 – 1mg/kg/ IM/SC Apresentação: C lor id rato de Meper i - d ina o 50 mg/2ml (Do losa l ) o 1 00 mg/2ml (Dolant ina) ------------- Fentani l ------------- Agonista μ puro o 1 000 x ma is potente que a morf ina , mas que tem duração e 15 a 20 min no máx imo . Normalmente é ut i l i - zado em infusão cont ínua no t ransanestés ico , na manutenção anestés ica , em c irurg ias de dor se- vera . I nd icações: o I n fusão cont ínua trans -operatór ia o Ação rápida por v ia intravenosa . Em a lguns casos para pos ic ionamento em ra ios-x posso usar pe la v ia IM, po is não va i ser demorado, durando 30 min no máximo . o Potente ação ana lgés ica e h ipnó- t ica : pe la potente ação h ipnót ica , pode ser usada junto com os agen- tes de indução anestés ica , a f im de d iminu ir a dose do agente indutor da anestes ia , e o pac iente entra em anestes ia gera l mais ráp ido . Como no caso da admin istração de fenta- n i l com propofo l , que é muito ut i l i - zado . Parentes do fentan i l : ma is caros o Alfentan i l o Sufentan i l o Remifentan i l : ma is caro, mas tem um efe i to cumulat ivo desprezíve l . O fentan i l ao ser admin istrado IV na infusão cont ínua por um tempo pro longado acumula (após 1 hora) no organ ismo do paciente e e le de- mora na recuperação . Enquanto que o remifentan i l ao des l igar a in - fusão o an ima l já desper ta , po is não tem efe i to cumulat ivo , sendo mais seguro nesse sent ido . o Carfentan i l Est ímulo vaga l por IV dose -depen- dente (brad icard ia -h ipotensão- de- pressão respi ratór ia ) : prec iso tomar cu idado com a dose e a ve loc idade de admin istração que pode provocar um est ímulo vaga l muito intenso que va i causar vasod i la tação → h ipotensão, brad icard ia e depressão respiratór ia . Quando ut i l i zar durante a manutenção anestés ica preciso d iminu ir bastante as doses de manutenção . Por exem- plo , uma anestes ia ina latór ia . Tempo efet ivo de ação : 20 minutos Dose : 2 a 10 μg/ IV/ IM o I n fusão cont ínua: 5 a 10 μg/kg/h o Ades ivos : (25, 50, 75 e 100 mcg/hora ) Mais ut i l izados na medi - c ina humana, de absorção cont ínua . Quase não ut i l i zada na medic ina ve- ter inár ia , pe la quant idade de pelos e espessura da pe le e a absorção acaba sendo d i ferente da dos hu- manos . ------------- Metadona ------------- Agonista μ puro e antagon ismo não compet i t ivo pe lo receptor NMDA (no SNC – receptor do g lutamato NT ex- c i tatór io de v ia de dor) que é uma das v ias de dor . Ou seja , a lém de ter ação agon ista μ tem antagon ismo compet i - t ivo por receptores de g lutamato NMDA, então torna e la muito bacana , por ter uma outra v ia de ana lges ia a lém daquela opio ide . o Efe i tos semelhantes a morf ina , mas 2x mais potente que a morf ina o Brad icard ia ref lexa : e la causa vaso- constr ição per i fér ica e causa brad i- cardia ref lexa , mas com pressão norma l . Nesse caso, não é necessá- r io reverter a brad icard ia , po is se tem pressão normal a inda há aporte sanguíneo normal nos tec i - dos , não necess i tando de interv ir na brad icard ia . o Não induz l iberação de h istamina o Dor grave (MPA [do lorosas ] e pós- operatór io [do lorosas , a lesão tec i - dua l fo i muito intensa . ] ) o 4 a 6 horas : p ico de ana lges ia em 2 horas , depo is começa a d iminu ir , mas perdura de 4 a 6 horas Dose : o Cães : 0 , 1 a 0 ,5mg/kg/ IM o Gatos: 0 , 1 a 0 ,2 mg/kg/ IM o Equ inos e Bovinos : 0 , 1mg/kg/ IM ------------- Tramadol ------------- Agonista μ parc ia l (opio ide at íp ico - professora acred i ta que um d ia será t i rado dessa categor ia ) : 30 % de l iga- ção nesse receptor e 70% do seu efe i to se deve à in ib ição de recapta- ção de seroton ina . Não sendo tão po- tente quanto a morf ina devido à sua l igação de apenas 30% em receptores μ . Sendo usado em dor leve e mode- rada . o I n ib ição da Recaptação de seroto- n ina : a seroton ina é um NT e um hormônio que dá sensação de pra- zer e bem estar . In ib indo a recap- tação de la , terá muito d isponíve l dando a sensação de bem estar no pac iente . Mas pode levar também à exc i tação, pr inc ipa lmente em ga- tos , tendo que tomar cu idado com a dose . o Mín imos efe i tos adversos : mu ito seguro para usar em pac ientes de- b i l i tados , po is quase não tem efe i to card iovascu lar ou card iorresp irató- r io . o Potência 6 .000 x menor que a mor- f ina Pergunta : por causa da seroton ina pode ser um ant iemét ico? Não, pode observar em gatos sa l ivação e náusea se admin istrado IV . I nd icações: o MPA: c irurg ias de dor leve o Pós-c i rúrg ico : po is faz um s iner- g ismo de tramadol , d ip i rona e ant i - in f lamatór io (melox icam) , tendo ana lges ia mu ito duradoura . Com essa ana lges ia mu lt imoda l , cada fár- maco tem um mecan ismo de ação . o Contro le da dor leve a moderada Analges ia por 6 a 8 horas Dose : 2 a 6 mg/kg IM /SC/VO ou IV ------------- Butorfanol ------------- Agonista Kappa/ Antagon ista Mu: mais caro e muito d i f íc i l de achar . O efe i to sedat ivo de le é ma is proeminente que o efe i to ana lgés ico . O receptor Kappa é mais sedat ivo que ana lgés ico, e a ana lges ia provocada é pr inc ipa lmente v iscera l . Para os casos de dor severa abdomina l em equ inos , por exemplo , podemos usar o butorfano l , po is não va i interfer i r quase nada no per ista l - t ismo, po is é antagon ista Mu (re lac io- nado com a d iminu ição da mot i l idade) . Fármaco seguro para an ima l de grande porte, a lém de provocar certo grau de sedação . Ut i l i zo em an imais de pequeno porte, pr inc ipa lmente em pac ientes que precisa ser sedado e é um paciente de r isco I nd icações: o MPA o Dor v iscera l e dor somát ica , pr inc i - pa l para dor v i scera l . Não sendo fármaco de esco lha para dor somá- t ica . o Efe i to Teto : po is é agon ista /anta- gon ista . Então não ad ianta dobrar a dose ac ima da dose recomendada que não va i ocorrer aumento do efe i to ana lgés ico . o Se sedar o pac iente com esse fár- maco é possíve l observar leve d i - minu ição da FR (re lac ionada ao agon ismo Mu) , pe la sedação, porém não é preocupante . o Ant i tuss ígeno : presente em peque- nas proporções em xaropes . Codeína também tem efe i to ant i - tuss ígeno e e la tem um efe i to muito semelhante ao buterfano l . Pico de Ação: 30 – 45 minutos . Po- dendo durar de 1 a 1 :30 no máximo Concentração: 10 mg/ml Turboges ic Dose : o Cães : 0 , 1 a 0 ,6 mg/kg IV , IM, SC o Gatos: 0 ,2 a 0 ,8 mg/kg IV , IM, SC o Equ inos e Bovinos : 0 ,2mg/kg IV , IM, SC ------------- Antagonistas ----------- Naloxona (pr inc ipa l u t i l izado) : 0 ,005 a 0 ,02 mg/Kg IV Usado para reverter o efe i to indese- jado do opio ide . Lembrando que quando ut i l i zada a lém de reverter o efe i to adverso, também reverte a ana lges ia , tendo de tomar cu idado com isso . Ta lvez tenha que ut i l i z ar ou- tros fármacos não opio ides , po is e la va i durar de 1 h a 1 :30h . o Apresentação: Naloxona (Narcan) : ampola com 0,4mg/ml Clor idrato de Na lorf ina : ampo la com 5mg/ml Neuroleptoanalgesia Conce ito que usamos todo d ia na prá- t ica da anestes ia , ut i l i zada na MPA. Au- x i l ia a montar um protocolo que asso- c ia um neuro lépt ico , que promove uma depressão do SNC (tranqu i l i za- ção ou sedação) , com um ana lgés ico opio ide . Pode ser um tranqu i l izante + opio ide, sedat ivo + opio ide e ans io l í - t ico + opio ide Analges ia obt ida pe la admin istração de um neuro lépt ico e um ana lgés ico . MPA Exemplo : Na prát ica , Fenot iazín ico + Opio ide é o mais ut i l i zado na rot ina de pequenos e de grandes . o Fenot iazín ico ( ) + Opio ide o But irofenona (azaperone e ha lope- r ido l ) + Op io ide : quase não ut i l izado com pequenos e grandes , mais ut i - l izados em suínos o Benzod iazepín ico (D iazepam, mi- dazo lam – ant iconvu ls ivantes , ans i - o l í t icos e re laxantes muscu lares ) + Opio ide : o uso de benzod iazepín i - cos na MPA em um paciente híg ido pode ocorrer exc i tação . Para ev i tar essa exci tação posso associar um fenot iazín ico, po is a juda a tranqu i l i - zar e ev i tar a exc i tação . Se for usar iso ladamente, ut i l i zar em pacientes deb i l i tados , po is a l tera muito pouco o s i stema card iorresp iratór io , sendo muito seguro . Na rot ina c l ín ica , são muito esco lh idos como pr imeira es- co lha em pac iente que está convu l- s ionando . O Diazepam ( l iposso lúve l ) comparado ao midazo lam (h idrosso- lúve l ) , d i ferenc ia pe la so lub i l idade Cadela de 5 anos , que va i fazer mas- tectomia : o acepram (fenot iazín ico) + meta- dona . o Midazolam (benzod iazepín ico) + metadona – o pac iente provavel - mente é a lerta ag i tado, apesar da mastectomia não ser uma c irurg ia e let iva e ter prováve l compromet i - mento s istêmico, então pode cau- sar exc i tação nesse paciente, o que não acontecer ia num paciente idoso ou debi l i tado . o Acepram + fentan i l : fentan i l na pré-medicação para esse t ipo de c irurg ia não seja boa opção, po is a c irurg ia é longa, necess i tando de uma ana lges ia por um tempo pro longado, enquanto que fentan i l tem efe i to apenas por 15 a 20 min , não ad iantando para esse t ipo de c irurg ia . Poder ia ser ut i l izado, mas em infusão cont ínua durante todo o proced imento , na manutenção . Gato de 2 anos submet ido à orqu iec- tomia (c i rurg ia e let iva que dura 15 min) : o Acepram + meper id ina (dor leve à moderada – dura no máximo 3 ho- ras) o Acepram + tramado l (dor leve – dura 6 a 8 horas) . O interva lo de duração depende da associação usada e da dose , da resposta de d istr ibu ição do fármaco de mane ira ind iv idua l o Fentan i l : temos que tomar cu idado com opio ides . Devido a dependên- c ia química e a poss ib i l idade de pro- vocar eufor ia nos pac ientes . Admi- n istrar opio ides para dores severas em pacientes que não irão sent i r dores severas é per igoso, po is os efe i tos adversos estarão mais pro- eminentes . A lém d isso, pode gerar h ipera lges ia , está re lac ionado à maior sens ib i l ização do SNC. Equ ino submet ido à laparotomia de- v ido à uma có l ica : o Agonistas de receptores α -2 adre- nérg icos : detomid ina , x i laz ina , romi- f id ina , dexmedetomid ina (em gran- des ut i l izadas em termos de pes-qu isa a inda) . Detomid ina e x i laz ina são excelentes para dor v iscera l , pensando em um an ima l com có l ica , pode fazer a c irurg ia com anestes ia ina latór ia sem precisar fazer um opio ide pensando que ut i l i zação de opio ides pode prejud icar a inda mais a mot i l idade do paciente . Se eu usar detomid ina ou x i laz ina e a inda apresentar dor posso optar por um opio ide que quase não a l tera mot i - l idade, o butorfano l . o Neuro lépt icos em grandes an ima is tem ma iores chances de causarem efe i tos adversos , a não ser que a dor seja severa . Terapia intensiva MLK: morf ina/ l idoca ína/cetamina → ( 1m l/ 7 ,5ml / 0 ,3ml) 10 ml /kg/h . Ana lge- s ia mult imoda l , usando ana lgés icos com mecan ismos d i ferentes , o que va i causar um s inerg ismo e melhorar o processo ant iá lg ico . Pode ut i l izar mor- f ina separadamente na infusão tam- bém. Fentan i l : 5 a 10 mcg/kg/h . Remifentan i l : 0 ,25 mcg/kg/min . Alfentan i l : 3 a 8 mcg/kg/min . Sufentan i l : 0 ,5 a 1 mcg/kg/h . Lidocaína : 50 mcg/kg/min . Cetamina : 10 mcg/kg/min . TIVA: anestes ia tota l in tra - venosa P IVA: anestes ia parc ia l in travenosa . Assoc i - ação de anestes ia ina la tór ia à a lguma infu- são cont ínua , ass im d im inu i o requer imento do fármaco anestés ico gera l . Quando faz esse t ipo de s inerg ismo está d im inu indo a dose de todos , d iminu indo os efe i tos adver- sos , logo , tornando a anestes ia ma is segura .
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