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Introdução a Anestesiologia Veterinária

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Anestes ia : ¨a¨ do grego (pr ivado de) a ís thes is 
(sensações) . 
Com interesse in ic ia l em abol i r a do r no homem, 
pois os proced imentos c irúrg icos eram fe it os de 
maneira muito do lorosa . 
Conce i to : Anestes ia é o estudo da c iência e da 
arte da anestes ia . E la envo lve mui tas par t icu lar i -
dades, que inc luem habi l idades manua is , conhe-
c imentos teór icos e mul t id i sc ip l inar iedade . E la é 
a arte de manter o anima l entre a v ida e a 
morte . Ap l ica -se fármacos que depr imem todo 
o organ ismo do an imal (SNC, s . card iovascular e 
etc . ) . É uma espec ia l idade em que é preciso de-
senvo lver uma pac iênc ia e paz, po is está com a 
v ida do an imal em suas mãos . 
Como surgiu: 
Pré h is tór ia a té iníc io do século X IX : 
 Usava-se p lantas , mag ias e orações . 
 Em 1000 a .C . faz ia a compressão das carót i -
das (asf ix ia ) pa ra que a pessoa f icasse desa-
cordada ( inconsc iente ) 
 400 a . C . : H ipócrates (pa i da Med ic ina ) u t i l i -
zava a esponja sopor í fera , que era uma es-
ponja do mar embebida em óp io (se iva ex-
tra ída da papou la que tem caracter ís t icas 
anestés icas mu i to potentes ) , v inho e p lan tas 
(como meimendro e mandrágora ) . 
 Na idade média conge lava uma área para 
dessens ib i l i zar essa reg ião , causando h ipo-
termia do loca l . 
 Concussão: dava uma pancada na cabeça da 
pessoa para e la desma iar . Durante o 
transanestés ico a pessoa acordava e refaz ia 
a concussão . 
 Também usa somente a contenção f ís ica , 
porém a lgumas pessoas morr iam de dor , de-
v ido a grande l iberação de ca teco laminas 
que acarreta em uma parada cardíaca . 
 Poster iormente ut i l i zou -se o h ipnot ismo, que 
causava uma sono lênc ia no pac iente . Tam-
bém usava-se o láudano (v inho branco, 
cravo, cane la , óp io e açafrão) e na Ch ina 
usava-se acupuntura de forma mui to ef ic i -
ente . 
 
No iníc io da medic ina usava -se esse mater ia l , 
extremamente cruento (agress ivo / les ivo aos os-
sos, muscu latura e tec idos moles) , então os pa-
c ientes sent iam mui ta dor . 
Na época mui tas pessoas observam os procedi-
mentos c irúrg icos, po is tudo era uma nov idade , 
a lém de comprovar o sucesso ou não do pro-
cedimento . 
 1540: Parace lsus ut i l i z a os efe i tos sopor í fe-
ros (que faz dormir ) do éter em ga l i nhas 
 1 733: Joseph Pr iest ley ut i l i zava ox ido n i troso , 
conhec ido como gás h i l a r ian te , que pr imei -
ramente causa uma exc i tação segu ida de 
uma sono lênc ia . 
 1 845: Horace ut i l i za pub l i camente (para que 
fosse sua técn ica fosse reconhec ida , já que 
não hav ia rev i s tas c ient í f icas como há hoje ) 
ox ido n i troso para a extração dentár ia . E le 
 Anestesiologia 
 
 
 
 Anestesiologia 
 
 
 
f racassa , po is ret i rou o óx ido antes do f im 
da c i rurg ia . Pos ter iormente , apresentou esse 
traba lho para Wi l l i an Morton , que passa a es-
tudar me lhor a ut i l i zação do éter , sendo o 
pr imeiro a demonstrar pub l icamente uma 
anestes ia que deu certo . Us ou éter na ex-
tração de um nódu lo . 
Ass im a anestes ia fo i chamada de ester ização 
ou de anestes ia propr iamente d ita . 
Na medicina veterinária: 
 1847 : Edward Mayhew fo i o pr ime iro a 
usar éter em cães e gatos . 
 1852: Já George Dadd era um médico ve-
ter inár io que ut i l i zou éter e c lorofórmio 
em ci rurg ias , não sendo mais ut i l i zados 
atua lmente , po is tem mui tos efe i tos ad-
versos e levam an imais a morte . Por isso, 
a ut i l ização de les é pro ib ida . 
 1 9 10 : Spi tz desenvolveu um ina lador que 
recebeu o seu 
nome, ut i l izado 
em grandes an i-
mais . Co locava-se 
o gás ou l íqu idos 
vo láte is , como o 
éter e c lorofór-
mio . num recip i -
ente e o an ima l 
ina lava através de 
um tubo de pano . 
 
 1 973: a pr imeira esco la veter inár ia a ter 
anestes ia na grade esco lar fo i a Unesp de 
Botucatu . 
No séc . XXI tem um estouro dessa espec ia l idade, 
sendo desenvo lv ido novos fármacos e técn icas 
a f im de melhorar a qua l idade da anestes ia e o 
bem-estar do an imal . 
É proib ido o uso de éter e c lorofórmio, já ox ido 
n i troso pode ser ut i l izado, mas não pode ser 
ut i l izado soz inho . 
Áreas de atuação: 
Anestes io logia de pequenos anima is , grandes 
anima is , s i lvestres e de laboratór io , na área da 
pesquisa , acadêmica ou como emergencis ta . 
Em qua lquer incorrênc ia , como brad icard ia , h i -
potermia , h ipotensão, o anestes is ta deve inter-
v ir a f im de reverter . É prec iso saber qua l o 
problema que está acontecendo, porque cada 
paciente age de uma forma diferente, de modo 
que toda anestes ia tem r isco . 
 Anestes ia : perda tota l da sens ib i l i dade em 
todo o organ ismo ou em par te de le , gera l -
mente induz ida pe la admin is tração de agen-
tes ( fármacos ) que depr imem a at iv idad e dos 
tec idos nervosos . 
 Agente anestés ico : substânc ia capaz de pro-
duz i r anes tes ia , de forma contro láve l e re-
vers íve l (decorr ido da metabo l ização e ex-
creção do fármaco do organ i smo) . 
 Anestes ia reg iona l : anestes ia uma área es-
pecí f ica do corpo . 
 Anestes ia gera l : perda da consc iênc ia , perda 
da sens ib i l i dade do lorosa (ana lges ia ) , h ipnose 
(sono lênc ia ) , h iporref lex ia (d im inu ição dos 
ref lexos) , re laxamento muscu lar e ana lges ia 
(ausênc ia de dor e mov imento) . 
 Anestés ico gera l : fármaco que promove 
dessens ib i l i zação , inconsc iênc ia , re laxa-
mento muscu lar e imobi l i zação por depres-
são do SNC de mane i ra revers íve l . 
 Anestés ico ina la tór io : gás ou l íqu ido (a l ta -
mente vo lát i l ) com grande pressão de vapor , 
suf ic iente para produz i r anestes ia gera l 
quando ina lado . 
 Anestés ico in travenoso: produz anestes ia 
quando in jetado por meio in travenoso . 
 Anestés ico loca l : composto que quando ap l i -
cado d i re tamente nas membranas mucosas 
ou admin is trado ao redor dos nervos ou de 
terminações nervosas produz perda da 
 
 
sensação pe la i n ib ição da exc i tação ou con-
dução nervosa . Ou seja , são fe i tos b loque ios 
reg iona is da condução nervosa das f ibras 
nervosas ou nervos . Os neurôn ios são com-
postos de corpos ce lu lares e axôn io s . Os 
axôn ios em conjunto formam as f ibras ner-
vosas , de modo que b loqueando a condução 
nervosa nessas f ibras , então a dor que va i 
ser ident i f icada na per i fer ia não chega no 
SNC . 
 Ana lges ia : ausênc ia da dor . 
 Anestes ia ba lanceada : anes tes ia gera l pro-
mov ida por do is ou ma i s agentes ou técn icas 
anestés icas , e cada agente contr ibu i com de-
terminado efe i to farmaco lóg ico . Quando é 
ut i l i zado deve d im inu i r as doses dos anesté-
s icos que vão ag i r em s inerg ia , de ixando m i-
nha anestes ia ma is segura (ba lanceada) . 
 Hipnose: sono induz ido ar t i f i c ia lmente com 
moderada depressão do SNC . 
 Tranqu i l i zação: es tado de tranqu i l i zação e 
ca lma durante o qua l o pac iente está re la -
xado, acordado e ind i ferente ao meio amb i-
ente . Pessoas estranhas e o ambiente est ra-
nho de ixam o pac iente ma is ag i tado , o que 
atrapa lha a anestes ia em s i ( produção de 
mui ta adrena l ina ) . 
 Sedação: depressão ma is profunda . Sedação 
é uma tranqu i l i zação ma is for te . O an ima l 
pode responder , po is não es tá anestes iado 
a inda . 
 
 
 
 Anestes ia to ta l ou parc ia l in travenosa 
(T IVA/P IVA) : anes tes ia gera l or iunda da ad-
min is tração de fármacos exc lus ivamente 
pe la v ia in travenosa (T IVA - Anestes ia Tota l 
In travenosa ) ou parc ia lmente pe la v ia intra-
venosa assoc iada à outras técn icasanestés i -
cas , como a anestes ia ina la tór ia . 
 Anestes ia d issoc ia t iva : quando usa fármacos 
d issoc ia t ivos como cetamina (quetam ina ) , t i -
letamina (vend ido comerc ia lmente assoc iado 
com zo lazepam como Zolet i l ) . Não é cons i -
derada anestes ia gera l , po is leva a efe i tos 
adversos que não são encontrado s em um 
an ima l anestes iado completamente . Acon-
tece apenas d issoc iação do cór tex (memór ia 
e aprend izado) do tá lamo (área de comando) . 
É caracter i zada por ca ta leps ia (perda da mo-
v imentação com r ig idez muscu lar ) , ana lges ia 
somát ica , manutenção dos ref lexos proteto-
res e um estado de consc iênc ia a l terado . 
 Per íodo de la tênc ia : in terva lo de tempo 
desde a admin i s tração até a ins ta lação dos 
seus efe i tos , os efe i tos que a gente quer 
daque le fármaco . 
 Per íodo de duração: do in íc io dos efe i tos a té 
o f im dos mesmos . 
 I n travenosa : todo pac iente anestes iado deve 
ser canu lado de forma ma is assépt ica poss í -
ve l ( tr icotomia amp la , l impeza com c lorex i -
d ina e á lcoo l , e u t i l i zação de luvas de pro-
ced imento) , po is pode permit i r a ent rada de 
microrgan ismos no pac iente , o que pode re-
su l tar em sepse . A canu lação tem como pro-
pós i to ser um acesso venoso para fármacos 
de emergênc ia e para admin is trar f lu idos . 
 I n tramuscu lar : ut i l i zada pr inc ipa lmente para 
tranqu i l i zação do pac iente . De mane ira gera l , 
qua lquer múscu lo pode ser u t i l i zado , mas em 
equ inos pode ser fe i to na tábua do pescoço 
ou g lú teos . A agu lha deve ser in troduz ida 
perpend icu larmente ao múscu lo ( 90º ) , para 
não in je tar a droga no subcutâneo . É impor-
tante asp i rar antes de in je ta r , po is pode ca-
nu lar um se io venoso . Dependendo da dose 
ca lcu lada para v ia intramuscu lar , pode causar 
efe i tos adversos caso in je tado na v ia 
Mais acordado 
Maior depressão do SNC 
 
 
intravenosa . A lém d i sso , há fármacos que 
não podem ser admin is trados pe la v ia IV . Ge-
ra lmente , é uma v ia u t i l i zada pa ra pré-anes-
tes ia . 
 
 Via subcutânea : ana lges ia pós-operatór io . 
45º ou perpend icu lar , puxar a pe le , para ter 
cer teza que es tá no tec ido subcutâneo . Fa-
zer um tr iângu lo com a pe le e in troduz i r a 
agu lha . 
 Via Ora l : anestes ia ora l , na veter inár ia , não 
é mui to u t i l i zada , po i s ev i ta - se co locar a mão 
dentro da boca do pac iente . Só usa essa v ia 
quando o pac iente é agress ivo . Puxa na se-
r inga o agente anestés ico e quando o an ima l 
abr i r a boca , despeja o fármaco pe la v ia ora l , 
que é absorv ido , tendo efe i to parc ia l . Não 
são todos os fármacos que são absorv idos 
por essa v ia e a lguns são absorv idos apenas 
de mane ira parc ia l , não tendo um efe i to tão 
bom. Gera lmente ut i l i z a Cetamina ( fármacos 
d issoc ia t ivos ) , de modo que f i ca ma is fác i l de 
conter o pac iente , po i s pode causar aneste-
s ia d is soc ia t i va , sedação ou tranqu i l i zação a 
depender da dose admin is trada e do que fo i 
absorv ido . Quando são med icamentos admi-
n is trados pe lo tu tor , como ana lgés ico , ant in-
f lamatór io e ant ib ió t i co ) opta -se pe la ut i l i za -
ção da v ia ora l . 
 I na la tór ia : na med ic ina veter inár ia , a ma ior 
par te da técn ica de anestes ia ut i l i zada é a 
v ia ina la tór ia . Promover a ina lação do gás 
anestés ico , fornec ido por meio de máscara , 
ou , de forma ma is ef ic iente , pe la sonda oro-
traquea l . O equ ipamento de anestes ia d i spo-
n ib i l i za o gás , que passa pe la sonda endotra-
quea l , pe la traque ia e chega nos pu lmões 
onde o anestés ico será absorv ido , entra pe la 
corrente sanguínea e at inge o SNC onde 
promoverá anestes ia gera l e inconsc iênc ia . 
 Tóp ica : co loca o anestés ico d i retamente no 
loca l , como co l í r ios ana lgés icas e anestés icas 
e pomadas anestés icas ou ana lgés icas . 
 Esp inha l (raqu id iana , per idura l , ep idura l ) : 
usado em b loque ios loco reg iona is . Depos i ta 
fármacos anestés icos e ana lgé s icas d i re ta-
mente na medu la esp inha l , sendo dessens i -
b i l i zando uma reg ião , membros pé lv icos e na 
reg ião poster ior cauda l à reg ião umbi l i ca l . 
Ex is tem técn icas que promovem a cran ia l i -
zação desse b loque io anestés ico . Resumindo 
é o uso de anestés icos loca is na medu la es-
p inha l , promovendo b loque io anestés ico e 
ana lges ia em uma reg ião poster ior ao loca l 
que fo i ap l icado . 
 I n f i l t ra t iva : depos i tamos um anestés ico em 
uma área que eu vou de l im i tar . Como por 
exemplo a técn ica de tumescênc ia , que pro-
move ana lges ia em uma área . Na mastecto-
mia , faz essa técn ica inf i l t ra t iva v isando pro-
mover ana lges ia de toda a cade ia mamár ia 
( foto) . Ass im assoc ia uma anestes ia ina la tór ia 
com uma anestes ia in f i l t ra t iva , como no caso 
da foto , a de tumescênc ia , onde depos i ta o 
anestés ico ao redor de toda a reg iã o da in-
c isão , promove uma melhor ana lges ia e , con-
sequentemente , um pós operatór io mu i to 
melhor , com um pac iente sent ido mui to me-
nos dor , pe lo retardo na condução nervosa 
do est ímu lo do loroso, então não va i ter per-
cepção . 48 :3 1 
Revisar : f i s io logia do card iovascu lar , f is io log ia do 
s is tema resp iratór io , f i s io log ia do s istema ner-
voso autódromo s impát ico e parass impát ico e 
concei tos de farmacolog ia (farmacodinâmica , 
farmacoc inét ica , meias v ida , la tênc ia , recepto-
res, agon is tas , antagonistas e agonis tas parc ia i s ) .

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