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1 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED CONTROLE LOCAL E HUMORAL DO FLUXO SANGUÍNEO DOS TECIDOS: CONTROLE LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO EM RESPOSTA ÀS NECESSIDADES TECIDUAIS: Princípio fundamental da função circulatória: a maioria dos tecidos é capaz de controlar seu próprio fluxo sanguíneo de acordo com suas necessidades metabólicas o Suprimento de O2 o Nutrientes: glicose, aminoácidos e ácidos graxos o Remoção de CO2 o Remoção de íons hidrogênio o Manutenção das concentrações necessárias de íons dos tecidos o Transporte de hormônios e outras substâncias Cada órgão tem suas necessidades e exercem graus extremos de controle local do fluxo sanguíneo, como mostrado na tabela abaixo. Fluxo Sanguíneo em Diferentes Órgãos e Tecidos sob Condições Basais Porcentagem de Débito Cardíaco mL/min mL/min/100 g de Peso Tecidual Cérebro 14 700 50 Coração 4 200 70 Brônquios 2 100 25 Rins 22 1.100 360 Fígado 27 1.350 95 Porta 21 1.050 Arterial 6 300 Músculo (estado inativo) 15 750 4 Osso 5 250 3 Pele (tempo frio) 6 300 3 Tireoide 1 50 160 Suprarrenai s 0,5 25 300 Outros tecidos 3,5 175 1,3 Total 100 5.000 Enorme fluxo sanguíneo (mL/min/100g): tireoide, suprarrenais, fígado e rins hormônios, filtração sanguínea e excreção Baixo fluxo: músculos inativos, mesmo sendo de 30 a 40% da massa corporal o Exercício intenso: atividade metabólica muscular aumenta + de 60x e o fluxo sanguíneo por 20x, até valores como 16.000mL/min no leito vascular muscular total ou 80mL/min/100g de músculo O fluxo sanguíneo para cada tecido é mantido no nível mínimo necessário para suprir as suas necessidades. Tal controle tão estrito é importante para manter os tecidos nutridos e ‘limpos” mantendo no, menor nível possível, a carga de trabalho do coração. MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO: Pode ser dividido em 2 fases: 1. Controle Agudo Rápidas variações da vasodilatação e vasoconstrição local das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares Em segundos ou minutos ajuste muito rápido 2. Controle a Longo Prazo Variações lentas e controladas ao longo de dias, semanas ou até meses Melhor controle em relação às necessidades teciduais Aumento ou diminuição das dimensões físicas e número de vasos sanguíneos. CONTROLE AGUDO: Note que: o aumento por 8x do metabolismo, eleva agudamente o fluxo sanguíneo por ~4x. O aumento do metabolismo tecidual eleva o fluxo sanguíneo para tal tecido. 2 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED A redução da disponibilidade de O2 eleva o fluxo sanguíneo tecidual nutriente metabólico indispensável ao funcionamento celular o Grandes altitudes o Pneumonia o Intoxicação por Monóxido de Carbono (maior afinidade pelo grupo heme, impossibilita a ligação de 02) o Intoxicação por cianeto (impede o uso de O2 pelos tecidos) TEORIA DA VASODILATAÇÃO: Quanto maior a intensidade do metabolismo ou menor a disponibilidade deO2 e outros nutrientes, maior a intensidade/velocidade de formação de substâncias vasodilatadoras pelas células teciduais. Substâncias Vasodilatadoras: o Adenosina o Dióxido de Carbono o Compostos Fosfatados de Adenosina o Histamina o Íons Potássio o Íons Hidrogênio Redução do O2: provoca liberação de Adenosina e Ácido Lático (contém íons hidrogênio) que causam intensa vasodilatação aguda Fluxo sanguíneo diminuído + metabolismo normal ou Metabolismo subitamente aumentado= acúmulo/ aumento da [ ]de Dióxido de Carbono, Ácido Lático e Íons Potássio VASODILATAÇÃO que regulariza as [ ] teciduais de metabólitos Adenosina: importante vasodilatador local quantidades diminutas são liberadas pelas células do músculo cardíaco, quando o fluxo sanguíneo coronariano fica muito baixo, e essa liberação provoca vasodilatação local suficiente para que o fluxo sanguíneo coronariano retorne ao normal. o o aumento da atividade do coração = aumenta seu metabolismo produz maior utilização de oxigênio que (1) diminui a concentração de oxigênio nas células do músculo cardíaco com (2) a consequente degradação de trifosfato de adenosina (ATP), o que (3) aumenta a liberação de adenosina. o acredita-se que grande parte dessa adenosina escoe para fora das células miocárdicas, para provocar a vasodilatação coronariana. É provável que a combinação de vários vasodilatadores diferentes liberados pelos tecidos contribua para a regulação do fluxo sanguíneo. TEORIA DA DEMANDA DO OXIGÊNIO: Também chamada de Teoria da Demanda de Nutrientes O O2 é um dos nutrientes necessários à contração do musculo vascular quantidades insuficientes desses nutrientes levam à VASODILATAÇÃO por relaxamento da musculatura Aumento do metabolismo pelos tecidos aumenta consumo de O2 e diminui sua disponibilidade nos vasos sanguíneos = musculo vascular relaxa e vasodilata. Normalmente, os esfíncteres pré-capilares estão completamente abertos ou fechados e o número de esfíncteres abertos é quase proporcional às necessidades nutricionais do tecido Vasomotilidade: abertura e fechamento cíclicos das metarteríolas e esfíncteres pré-capilares. O tempo de abertura e fechamento varia de acordo com as necessidades metabólicas dos tecidos. A força de contração dos esfíncteres aumenta com o aumento da concentração de O2 fechamento do esfíncter diminui o fluxo sanguíneo e a chegada de O2 até 3 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED que as células tenham consumido o excesso destes quando o excesso é consumido e cai novamente abaixo da quantidade necessária à célula esfíncteres reabrem e reiniciam o ciclo Outros nutrientes: Glicose: hipoglicemia pode provocar vasodilatação local Aminoácidos Ácidos Graxos Vitaminas do Complexo B – Tiamina, Niacina e Riboflavina: na Deficiência Vitamínica de Beribéri, o fluxo sanguíneo periférico aumenta por 2-3x em quase todo o corpo. Estas vitaminas são necessárias para a fosforilação induzida pelo O2 necessária à produção de ATP nas células teciduais sua diminuição acarreta em diminuição da capacidade contrátil do músculo liso e, consequentemente, vasodilatação local. EXEMPLOS ESPECIAIS DO CONTROLE “METABÓLICO” AGUDO LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO: Hiperemia Reativa: aumento do fluxo sanguíneo tecidual normal (4 a 7x) após bloqueio e desbloqueio do fluxo de tal tecido. o Bloqueios de segundos hiperemia de segundos o Bloqueios de 1h ou mais hiperemia de 1h ou mais o A ausência de fluxo ativa os fatores precursores de vasodilatação (hipóxia, hipoglicemia, hipercapnia...) afim de evitar a desnutrição, intoxicação e morte do tecido. o A hiperemia se mantém por período suficiente para repor os déficits teciduais. Hiperemia Ativa: vasodilatação e aumento do fluxo tecidual provocada por aumento da atividade metabólica do tecido em momento de maior atividade celular e tecidual. o Músculo durante exercício ( aumento de até 20x) o TGI durantes digestão e absorção o Cérebro durante aumento da atividade mental AUTORREGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO DURANTE AS VARIAÇÕES NA PRESSÃO ARTERIAL: MECANISMOS METABÓLICOS E MIOGÊNICOS Em qualquer tecido do corpo, o aumento rápido da PA provoca aumento imediato do fluxo sanguíneo. Mas, em menos de 1min, o fluxo sanguíneo retorna praticamente a seu nível norma Mecanismo de Autorregulação Após a autorregulação, o fluxo sanguíneo na maioria dos tecidos se correlaciona à PA de modo aproximado mesmo a PA se elevando muito, o fluxo sanguíneo se eleva em proporções muito menores. Teoria Metabólica: aplicação dos princípios básicos da regulação metabólica do fluxo sanguíneo. PA muito alta aumento do fluxo sanguíneo e aporte nutricional “elimina” vasodilatadores teciduais vasoconstriçãoe retorno do fluxo para valores próximos aos normais (apesar da PA elevada) Teoria Miogênica: estiramento súbito de pequenos vasos sanguíneos provoca contração do músculo liso da parede vascular. PA alta estira o vaso contração da musculatura= vasoconstrição reativa reduz o fluxo sanguíneo para próximo do normal. o Ao contrário, sob baixas pressões: estiramento do vaso é menor = relaxamento do vaso = redução da resistência vascular ajuda o fluxo a voltar ao normal o A resposta miogênica é inerente ao músculo liso vascular = pode ocorrer na ausência de influencias neurológicas e hormonais o Mais pronunciada nas arteríolas, mas pode ocorrer nas artérias, vênulas, veias e até vasos linfáticos Acredita-se que a deficiências destes nutrientes também provoca vasodilação local 4 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED o O estiramento da musculatura vascular aumenta rapidamente o movimento de íons cálcio do líquido extracelular para as células musculares, o que provoca sua despolarização e, consequentemente, sua contração = contração miogênica o Variações da pressão vascular podem abrir ou fechar canais iônicos que influenciam na contração dos vasos mecanismos que causam estas variações da pressão ainda são desconhecidos, mas imagina-se que envolvem efeitos mecânicos da pressão sobre as proteínas extracelulares ligadas a elementos do citoesqueleto da parede vascular e canais iônicos. o Mecanismo importante na prevenção do estiramento excessivo dos vasos diante de pressão sanguínea muito elevada MECANISMOS ESPECIAIS PARA CONTROLE AGUDO DO FLUXO SANGUÍNEO NOS TECIDOS ESPECÍFICOS: RINS: Feedback Tubuloglomerular: detecção da composição do liquido no inicio do túbulo distal pela mácula densa (estrutura epitelial do túbulo distal na região onde o TD passa adjacente às arteríolas aferentes e eferentes no aparelho justaglomerular do néfron). Quando quantidade em excesso de líquido é filtrada pelo glomérulo, sinais de feedback da mácula provocam constrição das arteríolas aferentes para reduzir o fluxo sanguíneo renal e a filtração glomerular. CÉREBRO: Controle pelas concentrações de O2, CO2 e íons de hidrogênio O aumento na concentração desses fatores dilata os vasos cerebrais para permitir a rápida eliminação do excesso de CO2 e H+ Mecanismo importante para manter o nível de excitabilidade cerebral que é muito dependente do controle preciso da concentração dessas substancias. PELE: Íntima relação entre fluxo sanguíneo local e controle da temperatura corporal O fluxo cutâneo e subcutâneo regula a perda calórica do corpo pela medida do fluxo do coração para a superfície do corpo Controle do fluxo sanguíneo pela pele é feito majoritariamente pelo sistema nervoso simpático. No frio: FS pela pele é ~3mL/min/100g de tecido temperaturas mais elevadas: FS pode se elevar muito (7 a 8 L/min em todo o corpo) a fim de dissipar o excesso de calor. Mesmo com intensa vasoconstrição, o FS da pele é geralmente grande o suficiente para atender suas demandas metabólicas básicas FATORES DE RELAXAMENTO E CONSTRIÇÃO DO ENDOTÉLIO – CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL: O endotélio produz susbatâncias que podem afetar o grau de relaxamento ou constrição da parede vascular. ÓXIDO NÍTRICO (NO): 5 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Mais importante dos fatores de relaxamento derivados do endotélio Gás lipofílico liberado por células endoteliais em resposta a uma variedade de estímulos químicos e físicos É sintetizado tanto pelas enzimas Óxido Nítrico-sintetases derivadas do endotélio a partir da arginina e oxigênio quanto pela redução de nitratos inorgânicos Meia–vida de ~6segundos no sangue atuação local Ativa Guanilato-ciclases solúveis nas células dos mm lisos conversão da Guanosina Trifosfato Cíclica Solúvel (cGTP) em Guanosina Monofosfato Cíclica (cGMP) e ativação da proteínocinase dependente de GMP (PKG) relaxamento dos vasos O fluxo sanguíneo pelos vasos provoca estresse por cisalhamento das células endoteliais distorce as células no sentido do fluxo provocando aumento da liberação de NO e relaxamento dos vasos o Efeito benéfico pois os mecanismos metabólicos locais atuam principalmente na microcirculação. Entretanto, quando o fluxo na microcirculação aumenta, secundariamente estimulaa liberação de NO nos vasos maiores em decorrência do fluxo mais intenso e tensão de cisalhamneto Liberação de NO aumenta os diâmetros dos maiores vasos proximais quando o fluxo sanguíneo microvascular aumenta distalmente melhora a eficácia do controle local, pois a resistência vascular na microcirculação é um fator importante Vasoconstritores como a angiotensina II também estimulam a síntese e liberação de NO protege contra a vasoconstrição excessiva A Hipertensão e Aterosclerose comprometem a síntese de NO devido à lesão endotelial que causam vasoconstrição excessiva e piora de ambas condições nitroglicerina, nitratos de amilo, e outros derivados de nitrato tratar angina pectoris, uma dor peitoral intensa causada por isquemia do músculo cardíaco. o Esses medicamentos quando clivados quimicamente liberam NO e provocam dilatação dos vasos sanguíneos por todo o corpo, incluindo os coronarianos. fármacos como sildenafil inibem a fosfodiesterase-5 (PDE- 5) específica para cGMP, enzima que degrada cGMP a diminuição da degradação de cGMP confere aos inibidores da PDE-5 a capacidade de prolongar eficazmente as ações do NO para causar vasodilatação. o primeiro uso clínico dos inibidores da PDE-5 é no tratamento da disfunção erétil: a ereção peniana é causada por impulsos nos nervos parassimpáticos pelos nervos pélvicos até o pênis, onde os neurotransmissores, acetilcolina e NO, são liberados. Prevenindo a degradação de NO, os inibidores da PDE- 5 aumentam a dilatação dos vasos sanguíneos no pênis e ajudam na ereção. ENDOTELINA: Vasoconstritor liberado por células endoteliais Grande peptídeo e vasoconstritor muito potente Presente em todos ou na maioria dos endotélios vasculares Liberada principalmente em casos de dano ao endotélio evitar hemorragia através da vasoconstrição Fármacos que bloqueiam receptores de endotelina têm sido usados no tratamento de hipertensão pulmonar, mas geralmente não têm sido utilizados para reduzir a pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO A LONGO PRAZO: Mesmo após a ativação dos mecanismos de controle agudo, o fluxo sanguíneo só aumenta cerca de ¾ do necessário EXEMPLO: PA aumenta abruptamente de 100 para 150mmHg e, consequentemente, o fluxo sanguíneo se eleva quase instantaneamente por cerca de 100%. Após 30 segundos a 2 minutos, o fluxo diminui para cerca de 10 a 15% acima do valor original. Os mecanismos agudos de regulação do fluxo são rápidos, mas não são completos, pois ainda persiste excesso de aumento do fluxo em alguns tecidos Ao longo de horas, dias e semanas, desenvolve-se uma regulação de longo prazo que se sobrepõem ao controle agudo A regulação do fluxo sanguíneo a longo prazo é especialmente importante quando as demandas metabólicas do tecido se alteram EXEMPLO: o tecido passa a ser cronicamente hiperativo e, portanto, precisa de quantidades maiores de oxigênio e de outros nutrientes. As arteríolas e os vasos capilares, em geral, aumentarão em número e em tamanho após algumas semanas — a menos que o sistema circulatório tenha ficado patológico ou muito envelhecido para responder. ALTERAÇÕES NA “VASCULARIDADE TECIDUAL”: Mecanismo chave da regulação de fluxo a longo prazo alteração da vascularização tecidual Metabolismo tecidual aumentado aumento da vascularização= Angiogênese 6 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Metabolismo tecidual diminuído vascularização diminui Verdadeira reconstrução física da vasculatura com maior rapidez em animais jovens e tecidos novos em crescimento (tecidos cicatriciais ou cancerosos) Grau final de resposta = muito maior nos tecidos jovens PAPEL DO OXIGÊNIO NA REGULAÇÃO A LONGO PRAZO: Importante em ambos os controles EXEMPLO: A vascularização tecidual é aumentada em animais que vivem em altas altitudes, onde o O2 atm é baixo. Fibroplasia Retrolenticular = bebês prematuros mantidos em tendas de O2 (sob excesso de O2) têm a interrupção quase imediata do crescimento vascular na retina ocular, chegando a causar até mesmo degeneração dos vasos já formados. Ao ser retirado da tenda, há crescimento explosivo de novos vasos diante da súbita diminuição de O2. Esse crescimento pode ser tão intenso que, frequentemente, os vasos retinianos crescem para fora da retina em direção ao humor vítreo, provocando cegueira. FATOR DE CRESCIMENTO VASCULAR E ANGIOGÊNESE: Muitos fatores de crescimento vascular já foram identificados maioria são pequenos peptídeos 4 bem caracterizados: o Fator de Crescimento Endotelial Vascular (FCEV) o Fator de Crescimento de Fibroblastos o FC Derivado de Plaquetas (FCDP) o Angiogenina Acredita-se que a deficiência de O2 e demais nutrientes teciduais leva à formação de fatores de crescimento vascular ou Fatores Angiogênicos Angiogênese: brotamento de novos vasos a partir de outros através da dissolução da membrana basal do endotélio rápida reprodução de células endoteliais emergindo da parede vascular fechamento em tubo conexão de tubos, formando alças capilares, pelas quais o sangue começa a fluir. o Se o fluxo for suficientemente intenso, células musculares se integram à parede dos novos vasos angiogênese pode formar, então, de arteríolas e vênulas a vasos maiores FATORES ANTIANGIOGÊNICOS: Algumas outras substâncias exercem o efeito oposto sobre pequenos vasos sanguíneos, causando, por vezes, a dissolução das células vasculares e o desaparecimento dos vasos. alguns hormônios esteroides Peptídeos produzidos nos tecidos o Angiostatina: fragmento da proteína plasminogênio = inibidor natural da angiogênese. o Endostatina: peptídeo antiangiogênico derivado da quebra do colágeno do tipo XVII. Apesar de a função fisiológica precisa dessas substâncias antiangiogênicas ainda serem desconhecidas, há grande interesse em seus usos potenciais na interrupção do crescimento de vasos em células tumorais. DETERMINANTE DA VASCULARIZAÇÃO: A vascularização é determinada pela necessidade máxima de fluxo sanguíneo, não pela necessidade média. EXEMPLO: durante o exercício intenso, a necessidade corporal total de fluxo sanguíneo muitas vezes aumenta por até seis a oito vezes o fluxo sanguíneo de repouso. Esse grande excesso de fluxo pode não ser necessário por mais de alguns minutos a cada dia. Todavia, mesmo essa curta necessidade pode fazer com que quantidade suficiente de fatores angiogênicos seja formada pelos músculos, para aumentar sua vascularização até os níveis necessários. Entretanto, após o desenvolvimento de vascularização adicional, os novos vasos sanguíneos normalmente permanecem contraídos, só se abrindo para permitir o fluxo extra quando estímulos locais apropriados, como a falta de oxigênio, estímulos nervosos vasodilatadores ou outros estímulos ativarem o fluxo adicional necessário. DESENVOLVIMENTO DE CIRCULAÇÃO COLATERAL: Diante de bloqueio arteriovenoso, novo canal vascular se desenvolve ao redor do bloqueio a fim de permitir irrigação mínima ao tecido afetado Inicialmente (primeiro ou segundo minuto), ocorre dilatação de pequenas alças vasculares acima do bloqueio, provavelmente mediada por fatores metabólicos controle agudo Nas horas seguintes ocorre maior abertura e, após 1 dia, metade das necessidades teciduais já pode ser suprida Após alguns dias, geralmente o fluxo é suficiente para suprir sua totalidade Nas condições de repouso, o fluxo sanguíneo pode retornar a níveis muito próximos do normal, mas os novos vasos raramente ficam grandes o suficiente para suprir o fluxo necessário durante atividades físicas intensas. EXEMPLO: desenvolvimento de vasos sanguíneos colaterais após trombose de uma das artérias coronárias. 7 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Aos 60 anos de idade, a maioria das pessoas já sofreram bloqueio de um dos ramos menores dos vasos coronarianos ou pelo menos uma oclusão parcial, embora o desconheçam, devido ao desenvolvimento de colaterais que é rápido o suficiente para impedir a lesão miocárdica. Quando os vasos sanguíneos colaterais não são capazes de se desenvolver com rapidez suficiente para manter o fluxo sanguíneo, devido à velocidade ou à gravidade da insuficiência coronariana, ocorrem ataques cardíacos graves. REMODELAMENTO VASCULAR: Crescimento e remodelamento vascular são componentes fundamentais ao desenvolvimento de tecidos, mas também são respostas adaptativas às alterações a longo prazo na PA e fluxo sanguíneo Além das alterações na densidade capilar, podem ocorrer alterações na estrutura dos grandes vasos em resposta às alterações de longa duração na PA e fluxo sanguíneo Remodelação Eutrófica para Dentro: organização gradual, ao longo de dias a semanas, das células musculares e endoteliais da parede dos pequenos vasos submetidos a aumento de PA, sem que hajam alterações da área de secção transversa total da parede do vaso Remodelação Hipertrófica: aumento da área de secção transversa da parede vascular devido às maiores tensões exercidas sobre as mesmas pelo aumento da pressão arterial. Consiste no aumento do tamanho das células musculares lisas e estímulo à formação de proteínas de matriz extracelular adicionais (colágeno e fibronectina) que conferem maior resistência à parede que precisa fazer frente ao aumento de pressão enrijece os vasos sanguíneos e é, então, um sinal distintivo de Hipertensão Crônica Outro exemplo de remodelamento vascular HIPERTRÓFICA é a alteração que ocorre quando se implanta uma grande veia (frequentemente, a veia safena) para intervenção de enxerto de derivação da artéria coronariana. o As veias estão expostas, em geral, a pressões muito menores que as artérias e apresentam paredes muito mais finas. Entretanto, quando uma veia é suturada na aorta e se liga a uma artéria coronariana, fica exposta a aumentos na pressão intraluminal e na tensão da parede. Esses aumentos de tensão da parede iniciam a hipertrofia das células do músculo liso vascular e a formação de mais matriz extracelular que engrossa e reforça a parede da veia = vários meses depois da implantação no sistema arterial, a veia terá normalmente uma espessura de parede semelhante a uma artéria. de longa duração na tensão da parede vascular provocam hipertrofia e aumento da espessura da parede nos grandes vasos sanguíneos velocidade de fluxo sanguíneo e força de cisalhamento originam uma remodelação para fora e um aumento do diâmetro luminal para acomodar o aumento do fluxo sanguíneo. reduções crônicas na pressão arterial e no fluxo sanguíneo apresentam efeitos opostos aos descritos anteriormente. o fluxo sanguíneo = do diâmetro do lúmen vascular o pressão arterial = diminui a espessura da parede vascular. Assim, a remodelação vascular é uma resposta adaptativa importante dos vasos sanguíneos ao crescimento e desenvolvimento tecidual, bem como às variações fisiológicas e patológicas na pressão arterial e no fluxo sanguíneo dos tecidos. CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO: Feito por substancias secretadas ou absorvidas pelos líquidos corporais Hormônios Fatores produzidoslocalmente AGENTES VASOCONSTRITORES: 1. Norepinefrina e Epinefrina 2. Angiotensina II 3. Vasopressina 8 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED NOREPINEFRINA E EPINEFRINA: Norepinefrina: hormônio vasoconstritor potente Epinefrina: hormônio vasoconstritor menos potente, que em alguns tecidos causa até mesmo vasodilatação leve o Vasodilatação de artérias coronarianas durante aumento da atividade cardíaca A estimulação do sistema nervoso simpático resulta em liberação de norepinefrina pelas terminações nervosas simpáticas nos tecidos Excita o coração e contrai as veias e arteríolas Além do coração e vasos, os nervos simpáticos suprem as MEDULAS das glândulas adrenais que liberam Noraepi e Epi no sangue = hormônios que circulam pelo corpo provocando os mesmos efeitos que a estimulação simpática direta = Sistema Duplo de Controle o Estimulação nervosa direta o Efeitos indiretos pelo sangue circulante ANGIOTENSINA II: Vasoconstritor potente Até 1 milionésimo de grama pode aumentar a PA por 50mmHg ou mais Provoca a contração (muito intensa) das pequenas arteríolas Pode reduzir intensamente o fluxo sanguíneo para a área tecidual vascularizada pelo vaso “acometido” A verdadeira importância da angiotensina II reside no fato de que em condições normais ela age ao mesmo tempo em muitas arteríolas do corpo, aumentando a resistência periférica total e reduzindo a excreção de sódio e água nos rins, o que eleva pressão arterial. Assim, esse hormônio tem papel integral na regulação da pressão arterial, VASOPRESSINA: Também chamada de Hormônio Antidiurético Efeito vasoconstritor ainda mais potente que a Angiotensina II um dos vasoconstritores mais potentes do organismo Formada nas células nervosas do Hipotálamo e transportada por axônios até a Hipófise Posterior, de onde é secretada no sangue Apesar da potência, na maioria das condições fisiológicas, são secretadas quantidades diminutas de vasopressina Hemorragia grave: [ ] no sangue pode aumentar o suficiente para elevar a PA por até 6mmmHg Função principal de elevar muito a reabsorção de água pelos túbulos renais de volta para o sangue = ajuda no controle do volume de líquido corporal. Motivo pelo qual pé chamado de Hormônio Antidiurético AGENTES VASODILATADORES: 1. Bradicinina 2. Histamina BRADICININA: Diversas Cininas provocam vasodilatação São pequenos polipeptideos clivados por enzimas proteolíticas das alfa2-globulinas o Calicreína: enzima proteolítca especialmente importante, presente no sangue e líquidos teciduais em forma inativa. - É ativada pela maceração do sangue, inflamação tecidual e outros efeitos químicos e físicos semelhantes no sangue ou nos tecidos - uma vez ativada, age sobre a alfa2-globulina, liberando a cinina Calidina, precursora da Bradicinina - Calicreína ativada é destruída por um Inibidor de Calicreína também presente nos líquidos corporais Bradicinina: o meia vida curta (alhuns minutos), pois é inativada pela enzima Carboxipeptidase ou Enzima Conversora (mesma compapel essencial na ativação da Angiotensina) o provoca intensa vasodilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar o 1 micrograma aumenta o fluxo sanguíneo por 6x, e mesmo quantidades menores, quando injetadas localmente, podem provocar edema acentuado Cininas desempenham papeis essenciais na regulação do fluxo sanguíneo e no extravasamento capilar de líquidos nos tecidos inflamados Papel normal na regulação do FS da pele e das glândulas salivares gastrointestinais HISTAMINA: Liberada em praticamente todos os tecidos lesados e inflamados ou em reação alérgica Derivada em sua maior parte de mastócitos (em tecidos lesados) e basófilos (no sangue) Potente efeito vasodilatador nas arteríolas Capaz de aumentar muito a porosidade capilar, permitindo extravasamento de líquidos e proteínas plasmáticas para os tecidos = edema 9 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Efeitos vasodilatadores locais e produtores de edema as histamina são especialmente proeminentes durante reações alérgicas ÍONS E OUTROS FATORES QUÍMICOS: Muitos íons e fatores químicos possuem efeitos vasodilatadores e vasoconstritores locais. Íons / Fatores Químicos Mecanismo Efeito Íons Cálcio Aumento da [ ] estimula a contração do musculo liso vasoconstrição Íons Hidrogênio Diminuição da [ ] Constrição arteriolar Aumento da [ ] diminui o pH Vasodilatação das arteríolas Dióxido de Carbono Aumento da [ ] Vasodilatação moderada na maioria dos tecidos e intensa no cérebro No sangue, age sobre o centro vasomotor do cérebro com efeito intenso e indireto, transmitido pelo Sistema Vasoconstritor Simpático Vasoconstrição generalizada Íons Potássio Aumento da [ ] inibe a contração do músculo liso Vasodilatação Íons Magnésio Acetato (ânion) Graus leves de vasodilatação Citrato (ânion) Grande parte dos Vasodilatadores e Vasoconstritores exerce pouco efeito a longo prazo no fluxo sanguíneo. A menos que alterem a Intensidade Metabólica dos Tecidos. Capacidade de autorregulação tecidual é influenciada transitoriamente pela variação das [ ] de substancias vasodilatadoras e constritoras.
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