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Redação sobre racismo

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TEMA 16: mesmo que a sociedade contemporânea tenha ciência das atrocidades cometidas contra negros na história, como, por exemplo, as mortes provocadas pelo KKK nos EUA e todo período de escravidão no Brasil, casos de racismo ainda não viraram exceção em muitos países.
 
O braço curto e branco da lei
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, Hitler aplicou políticas higienistas para renovar a raça, o intuito principal desse sistema era eliminar tudo o que fosse considerado diferente de ser ariano. A partir desse lastro histórico, pode-se perceber no âmbito mundial, líderes que mascaram esse tipo de política em seus mandatos, principalmente contra os negros, o que aflorou uma luta necessária contra o sistema para acabar com o racismo enraizado na sociedade. 
De acordo com o jornal El Pais, desde a ascensão da ultradireita, cujos políticos contestam dados que escancaram a desigualdade social, os dados retratam a população negra com maior número de analfabetos, menores salários e vítima da maioria das mortes violentas. As marcas da exploração que duraram mais de três séculos estão refletidas nesses dados do século XXI por falta de políticas públicas de reparação dessas desigualdades, a qual começa desde o nascimento, visto que, a mortalidade de criança negras e pardas é muito superior à de crianças brancas da mesma idade. Além disso, o racismo enraizado foi escancarado na mídia com a morte de George Floyd, a qual o policial pôs sua supremacia branca sob o pescoço do homem já imobilizado e desarmado até que ele não pudesse mais respirar, esse episódio ilustra uma metáfora de como o sistema mantém arrogantemente os negros contidos, ignorando seus pedidos de ajuda. Assim, quando o homem branco acredita ser superior a qualquer um e é estimulado a se sentir dessa forma por políticos que não sabem da responsabilidade de seus cargos e discursos o mundo retrocede a episódios como o ocorrido contra George Floyd e confirma os dados do jornal El Pais. 
O Brasil foi o último país do ocidente a extinguir a escravidão, o que diz muito sobre o caráter do país e a realidade da população negra em uma era que retoma a ideia de política higienista. Baseada nessa realidade, são ilustradas frequentemente as mortes de crianças negras por policiais, os quais saem livres das atrocidades que cometem, o braço branco e curto da justiça não os alcança. As mortes escancaradas de crianças e jovens negros diariamente partem do pressuposto do estereótipo de raça, a partir do qual se acredita que o negro ou é ladrão ou é traficante, e, se vive no morro não pode ser nada além disso, no entanto, de acordo com o memorável discurso de Viola Davis na cerimônia do Emmy de 2015, o que separa pessoas negras de pessoas brancas é a oportunidade. Logo, a morte injusta dessas crianças parte da perspectiva de que vivem no lugar errado, e têm a cor errada, além da falta de oportunidade que é conferida à sociedade branca. 
Portanto, o racismo que é um crime considerado inafiançável no país não é levado adiante dos painéis midiáticos, essa brecha na lei que atua em conjuntura com o braço curto da justiça custa a morte de crianças e jovens negros, custou a morte de George Floyd e agrava os dados postulados pelo Jornal El Pais. Ainda, estimula o poder de parcela da sociedade que acredita ser superior e que tem direito sobre o outro –principal ideal da política higienista de Hitler- essa supremacia terá fim quando representantes de Estado se preocuparem com políticas de reparação da desigualdade social, o que é difícil quando se elegem presidentes racistas que governam para uma pequena elite da sociedade. 
NOTA: 9,4

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