Buscar

ROTEIRO DE ENTREVISTAS ACERCA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA JOVEM, INTERMEDIÁRIA E TARDIA (4)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO II
GABRIEL ELYFRAN OLIVEIRA BONFIM
KÉVILA MAIZA DA SILVA
MARIA CLARA AQUINO
VANESSA COSTA SILVEIRA
ROTEIRO DE ENTREVISTAS ACERCA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA JOVEM, INTERMEDIÁRIA E TARDIA
São Luís
2020
Roteiro de entrevista I
Desenvolvimento psicossocial na vida adulta jovem
Sexo: F
Idade: 20 anos
Estado civil: Solteira
Nível de escolaridade: Ensino superior (cursando)
Cor: Preta
Profissão: Estudante
Classe social: D
1. Considerando a sua idade, como você imaginava anteriormente que estaria nesse período atual da sua vida? 
“Imaginava que estaria pelo menos mais próxima da minha formatura e vivendo melhor do que em isolamento, como estamos agora”.
2. A quem ou a o que você acha que pertence a responsabilidade das suas expectativas não correspondidas e dos seus sonhos não realizados? Pressão social e familiar, gênero, cor, classe econômica, oportunidades acadêmicas na educação básica ou às suas escolhas pessoais no fim da adolescência e início da vida adulta?
“Acredito que é o conjunto de um todo, onde a situação atual do mundo faz com que muitas expectativas do jovem/adulto sejam quebradas pela metade. No nosso país temos o problema econômico que nos deixa com poucas oportunidades de estudo e de emprego, juntamente com a pressão familiar e social para que você se defina erroneamente. Acaba por ser um círculo vicioso”.
3. Como se encontra a sua vida pessoal atualmente (trabalho, vida acadêmica, filhos, relacionamento)? Você sente-se frustrada ou satisfeita? 
“Atualmente eu estudo e tento manter ao máximo o distanciamento social, o que acaba estragando um pouco as relações. Definitivamente não estou satisfeita, sinto que poderia melhorar em muitos aspectos. Mas acredito que sendo resolvida essa situação atual a satisfação venha com o tempo (ou não rs)”.
4. Como é a sua relação com os outros membros da sua família? Você já conseguiu se desprender totalmente da amarra familiar ou ainda existe algum tipo de dependência?
“A minha relação com a minha família é muito boa. Meus pais são separados, mas sou próxima dos meus avós, tios e primos. Ainda sou totalmente dependente financeiramente da minha mãe, pois moro com ela e só estudo”.
5. Em relação às suas amizades, permaneceu o mesmo ciclo ou houve muitas mudanças? Você considera que ter amigos é importante para o seu desenvolvimento pessoal?
“O ciclo de amizades continua o mesmo de 3 anos atrás, mas houve muitos afastamentos. Ter amigos e pessoas com quem compartilhar as mudanças da vida é sempre importante, principalmente pra ter uma base que ajude a nos manter em algumas situações difíceis. Mas é aquela coisa, nem todas as amizades visam o desenvolvimento”.
Roteiro de entrevista II
Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária
1. O que você acha que mudou após chegar na meia idade? Você se sente mais aberto ou apto para aconselhar a próxima geração?
Para mim o que mudou foi a forma de vê as coisas com mais segurança mais maturidade ,sim hoje me sinto mais preparada pra dar conselhos pra outra geração.
2. Houve influências de fatores sociais, culturais ou pressão familiar em relação a seu casamento? Se sim, como esses fatores afetaram negativamente e/ou positivamente ao decorrer do tempo?
Não tive pela família, mas sempre existe esse tipo de cobrança pela sociedade, no início me afetou negativamente pois eu me cobrava, porém deixei as coisas irem acontecendo naturalmente.
3. Você se considera satisfeito com a sua vida no momento? Por quê?
Sim, tenho minha família consegui adquirir minha casa própria e alguns bens.
4. Você acha que sua personalidade mudou com a chegada da meia idade? Se sim, como você aceitou essas mudanças?
Sim, estou aceitando com naturalidade pois as mudanças são positivas.
5. O que você acha que mudará quando seus filhos saírem de casa? Você se considera preparado para isso?
Apesar de já está vivendo um pouco isso por que já tenho uma filha de não mora comigo não é fácil ainda não me sinto preparada para essa situação.
Sexo: F
Idade: 72 anos
Estado civil: Viúva
Nível de escolaridade: Ensino médio completo.
Cor: Parda
Profissão: Técnica em enfermagem 
Classe social: C
Roteiro de entrevista III
Desenvolvimento psicossocial na vida adulta tardia
1. Quais as principais mudanças que aconteceram na sua vida após o casamento? 
“A principal mudança que aconteceu após o casamento foi de ter mais responsabilidade, como, por exemplo, cuidar de casa, cuidar dos filhos e administrar a casa”. 
2. Você acha que alguns eventos marcantes (divórcio, perda de alguém, virar avô/avó) pode influenciar no amadurecimento ou a idade traz por si só amadurecimento? Por quê?
“A idade por si só trouxe mais amadurecimento, mais maturidade, é diferente quando somos jovens e não pensamos em nossos atos. Além disso, virar avó trouxe mais maturidade, fiquei mais empática, carinhosa também. E em relação a perda de alguém me deixaste muito triste, perdi meus dois filhos com 30 anos em 2008, não sei se tornaste eu mais madura, porém fragilizada na vida, em tudo”.
3. Diante de questionamentos advindos da velhice, o que você pensa sobre a morte? 
“Temo a morte, mas é algo que tem que acontecer, acredito em outra vida. É uma boa vida para aqueles que fazem o bem para si e para Deus. Às vezes, penso muito, mas nada sei, é complexo. Tenho muito receio, porém acredito em vida eterna e és de estar lá, vivendo ao lado de Cristo”. 
4. Você está realizado em sua vida? Por quê?
“Há vários os porquês de não estar realizada com minha vida, mas foco nos meus atos e eles são responsáveis por estar onde estou, mas eu acredito que eu me sinta realizada por um lado, em relação a minha casa, és confortável, tenho um ambiente legal, não sei se isso pode ser algo que torne outras pessoas realizadas, mas para mim és um bom exemplo. Não sou tão feliz, pois, como te disse, perdi meus filhos e vivo muito solitária, muitas lembranças, recordações...”
5. Há dificuldades em ser idoso, para você? Se sim, como você encara as situações advindas dessas dificuldades?
“Sim, são muitas as dificuldades por ser idoso, tenho que resolver minhas coisas sozinha, sinto muitas dores nas costas, acho que essa a principal dificuldade por ser idoso, com a velhice vem dores, muitas dores. No cotidiano, sinto que sou um pouco desrespeitada em relação aos meus direitos, por exemplo, em uma fila, em um coletivo. Somos idosos, mas percebo que somos muito banalizados, não é todo mundo que nos trata com respeito, com carinho”.

Continue navegando

Outros materiais