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Introdução Psicanálise

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Na adolescência há uma ressignificação do que 
acontece na infância, podendo retornar de modo 
traumático 
A teoria da sedução não durou muito, pois Freud 
começou a ver que a situações de abuso na teoria da 
sedução não tinham necessariamente partido de um 
adulto, mas que poderia ser até mesmo uma invenção 
da criança. 
Na publicação da interpretação dos sonhos, Freud 
percebe que o que causa a histeria são os conflitos do 
inconsciente. 
Presenciar uma situação traumática não provoca a 
mesma reação em todas as pessoas: algumas pessoas 
podem superar em semanas e outras serão 
atravessadas pela situação vivida. 
Algo formado na estrutura da infância pode balançar na 
adultez. 
►O que causa o trauma é a lembrança da situação 
traumática. 
Amplia a perspectiva do funcionamento psíquico pela 
elaboração da teoria do inconsciente 
Os histéricos sofrem de reminiscências: 
representações ligadas a afetos abafados e não de 
distúrbios orgânicos. 
► O histérico pode ser curado através da 
verbalização dos referidos afetos 
A psicanálise é o tratamento pela fala, pautado no 
inconsciente e ancorado na transferência. 
Não existe a cura mas sim o aprender a lidar. 
Quando o acontecimento é muito insuportável para o 
consciente, o evento passa diretamente para o 
inconsciente, sofrendo um recalcamento 
O que temos no pré-consciente são representações 
de palavras e coisas. 
O que a gente vive fica marcado no inconsciente. 
Quando alguma vivência resgata um elemento do 
inconsciente, há um retorno para o sujeito, causando 
sofrimento. 
► O elemento sai do inconsciente através de 
associação, se une a uma palavra no pré-
consciente e chega ao consciente. 
 
► Sentimentos muito recalcados não causam 
sofrimento, pois estão muito escondidos. 
► Quando uma questão passa direto do 
inconsciente para o consciente, isso causa 
psicose, o sujeito sai de si. 
Há dois grandes grupos de doença: 
1- aquelas com uma sintomatologia regular e que 
remetem a lesões orgânicas identificáveis pela 
anatomia patológica. 
2- e aquelas outras – as neuroses – que são 
perturbações sem lesão e nas quais a sintomatologia 
se apresenta tanto em mulheres como em homens 
(desfazendo a ideia de que só as mulheres padeciam 
de manifestações histéricas). 
A pulsão representa o limite entre o orgânico e o 
psíquico. Ela é caracterizada por dois elementos: afeto 
e ideia 
► A ideia pode ser recalcada mas o afeto não 
Uma representação disso é a amamentação da criança: 
ela mama quando tem fome (campo da necessidade), 
mas a chupeta é do campo desejo, já que ela chupa por 
puro prazer. 
A primeira pulsão traz o que é do campo do recalque 
originário, fundando o inconsciente. Essa primeira 
pulsão é mítica, se perde para sempre após fundar o 
inconsciente. Temos apenas as representações dela 
O recalque secundário marca o que é do 
inconsciente. 
► O que está no pré consciente vem ao consciente 
num ato de vontade, como lembrança. 
Defeitos na formação inicial trazem fragilidade. 
Para Freud, a sexualidade tem a ver com uma 
disposição psíquica universal que se relaciona com 
uma satisfação da pulsão e da libido. Não tem a ver 
com o biológico. 
O que acontece na infância aparece novamente na 
adolescência. Ocorre a busca dessa satisfação e se ela 
não ocorre, há um conflito psíquico. 
► A satisfação é sempre parcial. 
Freud criou o termo metapsicologia para qualificar o 
conjunto de sua concepção teórica e distingui-la da 
psicologia clássica 
Ao falarmos de metapsicologia freudiana consideramos 
3 pontos de vista: 
Dinâmico: relativa ao conflito psíquico em relação às 
pulsões, instintos e força de origem pulsional. 
Econômico: relativo à distribuição e circulação da 
energia psíquica ou pulsional (catexia, aumento, 
diminuição). 
Tópico: diferenciação da psique em instâncias 
(consciente, pré-consciente e inconsciente). 
► Deverão ser considerados metapsicologicos 
todos os estudos teóricos que tratam das noções e 
hipóteses sobre estes 3 registros. 
O representante pulsional chegam metaforizado, pelas 
formações do inconsciente. 
••••••• O ponto de vista dinâmico ••••••• 
► A dinâmica é a força 
Ele explica os fenômenos mentais como sendo o 
resultado da interação e de contra-ação de forças 
antagônicas. 
 A explicação dinâmica examina não só os fenômenos, 
mas também as forças que produzem os fenômenos 
A pulsão é o representante psíquico dos estímulos 
somáticos 
As pulsões tendem a baixar o nível de tensão através 
da descarga de forma imediata, mas existem contra-
forças que se oporão a essa descarga (satisfação da 
pulsão). 
► A luta que se cria constitui a base dos fenômenos 
mentais. 
Quando as tendências à descarga e as forças 
repressoras que inibem essa descarga são igualmente 
fortes a energia consome-se em luta interna e oculta 
► O que se manifesta clinicamente são os 
sintomas. 
► As formações do inconsciente são mecanismos 
de defesa. 
••••••• O ponto de vista econômico ••••••• 
Considera a energia psíquica sob um ângulo 
quantitativo. 
► Esse ponto de vista estuda como circula essa 
energia, como ela é investida e como se reparte 
entre as diferentes instâncias, os diferentes objetos 
ou as diferentes representações. 
Trabalha junto com o ponto de vista dinâmico. 
A pulsão é um elemento quantitativo da economia 
psíquica. 
As pulsões são constituídas pelas representações e 
pelos afetos que lhes estão ligados. 
► Afeto designa o aspecto qualitativo de uma carga 
emocional, mas também, o aspecto quantitativo do 
investimento da representação dessa carga. 
••••••• O ponto de vista tópico ••••••• 
Teoria Topográfica 
No capítulo 7 da interpretação dos sonhos que freud 
formula o primeiro grande modelo do aparelho psíquico 
(primeira tópica) 
Freud teoriza um psiquismo composto por dois grandes 
sistemas: inconsciente e pré-consciente/consciente 
► Estes sistemas são separados por uma barreira 
(a censura) que através do mecanismo de recalque 
expulsa e mantêm certas representações 
inaceitáveis fora do sistema consciente. 
Ocorre um jogo de forças, entre os conteúdos 
reprimidos e os mecanismos repressores. Isso 
acontece pois as representações exercem uma 
pressão para se tornarem conscientes e ativas. 
► Como resultado desses conflitos há a produção 
das chamadas formações do inconsciente: 
sintomas, sonhos, lapsos e chistes 
Essas formações representam o fracasso e o sucesso 
das duas forças em conflito, uma espécie de acordo 
entre elas. 
–
 recebe as informações do exterior e do 
interior que ficam registradas qualitativamente (prazer x 
desprazer) mas não tem função de inscrição. 
Não conserva nenhum traço duradouro das excitações 
que registra 
► Funciona em registros qualitativos de prazer e 
desprazer, enquanto o resto do aparelho mental 
funciona em registros quantitativos. 
Faz a maior parte das funções perceptivas, cognitivas 
e motoras, como a percepção, o pensamento, juízo 
crítico, evocação, antecipação, atividade motora. 
 o conteúdo do inconsciente é 
acessível ao consciente. É o responsável pela 
interdição dos conteúdos que querem passar do 
inconsciente para o consciente. 
Se eu quero lembrar de algo e consigo, é porque ela 
está no pré-consciente. 
► Ele pertence ao sistema de traços mnêmicos e é 
feito de representações de palavras. 
A representação de coisa (encontrada no inconsciente) 
nunca pode se tornar consciente se não estiver 
associada a uma representação verbal, encontrada no 
pré-consciente. 
► O que caracteriza o pré-consciente é a 
capacidade voluntária de se chegar a ele. 
Contém as representações das coisas, as 
quais consistem em uma sucessão de inscrições de 
primitivas experiências e sensações provindas dos 
órgãos dos sentidos o que ficaram impressas na mente 
antes do acesso à linguagem para designá-las.
► É a arte do psiquismo mais próxima da fonte 
pulsional 
Processo primário

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