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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E EXTENSÃO RURAL DOCENTE: JOAQUIM PINHEIRO DE ARAUJO Políticas em interface com a Comunicação e Extensão Soberania e segurança alimentar e nutricional DISCENTES: Fernando Henrique Willianny Karem MOSSORÓ 2019 Objetivos – Ampliar a compreensão dos aspectos conceituais e históricos sobre a temática da segurança alimentar; – Abordar a construção do conceito Segurança alimentar x Soberania alimentar; – Contextualizar o impacto da insegurança alimentar: Fome x Obesidade; – Relação entre Agricultura x Agricultura familiar x Agroecologia; – Apresentar os Programas de Segurança alimentar. Produção de alimentos - Distante da Segurança alimentar e nutricional – alimentos cada vez + processados Consumo - Urbanização/alimentação fora de casa (fast food, prato feito, self service, delivery) Globalização/Comunicação(Mídia, propaganda e marketing) - Difusão rápida de hábitos e padrões de consumo padronizados Social/Cultural - perda da identidade alimentar de cada região/localidade A (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR O panorama atual é reflexo da insegurança alimentar e, a soberania alimentar tem sido ameaçada pela matriz produtiva capitalista. A vulnerabilidade social muitas vezes obriga pessoas a trocarem alimentos de qualidade por alimentos baratos. Alimentos disponíveis a nível mundial. Suficientes para 12 bilhões de pessoas. População Mundial 7,7 bilhões de pessoas 2 bilhões de pessoas subnutridas 795 milhões de pessoas famintas A segurança alimentar aparece em diversos contextos, muitas vezes relacionada ao índice de desnutrição e obesidade. Entretanto, é possível classificar em diferentes níveis, de acordo com a qualidade, diversidade, quantidade dos alimentos e rotina de consumo. Diferentes pesquisas sobre o tópico apresentam quatro graus: as raízes da crise de produção de alimentos conceito “estratégico” - Expressão de origem militar, referida logo após a Primeira Guerra Mundial Foco na Produção Alimentar Segurança Alimentar: Abastecimento alimentar – vinculada, exclusivamente, a capacidade de produção. Soberania: Capacidade de auto provisão de alimentos e de matérias-primas. Em 1943, discutia-se a constituição da ONU (Organização das Nações Unidas) e do FMI (Fundo Monetário Internacional). Incentivo da agricultura e alimentação. Em 1945, cria-se um organismo denominado Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Aspectos históricos - Segurança alimentar Em sua fase mais importante, na Europa, no Pós-Segunda Guerra: Na década de 60, houve uma explosão demográfica; Revolução verde, na década de 1970. - Incremento sucessivo de fertilizantes e agrotóxicos - Aumento da produção agrícola - Redução da fome e desnutrição Expansão da produção de alimentos - concentração da propriedade da terra Êxodo rural Em 1983, a FAO apresentou um novo conceito de Segurança Alimentar: Oferta adequada de alimentos; Estabilidade da oferta e do mercado dos alimentos; E a segurança no acesso dos alimentos ofertados. Em 1986, o Banco Mundial definiu Segurança Alimentar como: “o acesso por parte de todos, durante todo o tempo, em quantidade suficiente de alimentos para viver uma vida ativa e saudável”. 1992: Conferência Internacional sobre Nutrição - ONU e FAO (159 países); - Alimento seguro; livre de contaminação biológica ou química; - Qualidade do alimento; aspectos nutricionais, biológicos e da tecnologia de produção; - E Balanceamento da dieta; Perda da Qualidade da Experiência Humana VULNERABILIDADE INSUSTENTÁVEL NÃO RENOVÁVEIS Padrão de Produção Consumismo Degradação Ambiental Exclusão Social Miséria e Fome Desperdício Perda da Qualidade de Vida importantes debates realizados sobre os temas da soberania e segurança alimentar e da agroecologia. Movimento global - defesa e à promoção de formas mais sustentáveis de produção agrícola Inicialmente foi identificado como “agricultura alternativa” substituída pela de “Agroecologia” Novo contexto de desenvolvimento rural, cujo alicerce fundamental - as famílias no campo. Propõe-se uma reflexão sobre a importância de projetos de desenvolvimento rural nos quais a agricultura familiar assume um protagonismo tanto na dimensão ambiental, quanto também na da segurança alimentar da sociedade. 1996: Cúpula Mundial da Alimentação (mais de 180 países) - Diminuir pela metade, até o ano 2015, o índice de pessoas subnutridas no mundo. - Declaração de Roma sobre Segurança Alimentar Mundial Busca-se a partir desse cenário, soluções mais sustentáveis, que levem em conta os problemas expostos. - Novo quadro político - uma proposta dos movimentos sociais; políticas sociais Distribuição de renda: Políticas de geração de emprego e renda, recuperação do poder aquisitivo dos salários, programas abrangentes de renda mínima, etc. Reforma agrária: Aceleração do processo de reforma agrária (com assentamento de todas as famílias sem terra) e ampliação das políticas de apoio à agricultura familiar. Acesso aos recursos produtivos: É extremamente urgente o acesso á água, as sementes, aos créditos rurais de produção, aos créditos urbanos de forma desburocratizada e eficaz. Nos meados de 1980 e 1990, um Sociólogo chamado Betinho teve a ideia de uma campanha de combate à fome no Brasil. Ele foi o gestor do Programa de Aquisição de Alimentos, porém, implementados no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. O Presidente Itamar Franco instituiu o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (1993) O Presidente Fernando Henrique Cardoso extinguiu esse conselho e transformou num projeto de governo O Conselho foi recuperado no governo do Presidente Lula (2003) e, expandido de tal forma que o governo federal criou outras políticas alimentares, como: Programa de Aquisição de Alimentos Programa Nacional de Alimentação Escolar, a partir dos anos 1990, passou a fazer uso da categoria "agricultor familiar“ Nas duas últimas décadas, vem ocorrendo um processo complexo de construção da categoria "agricultura familiar" enquanto modelo de agricultura e identidade política de grupos de agricultores. Foram criadas políticas públicas específicas de estímulo aos agricultores familiares Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, em 1995; Secretaria da Agricultura Familiar criada em 2003 no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, criado em 1998; Promulgou-se em 2006 a Lei da Agricultura Familiar, reconhecendo oficialmente a agricultura familiar como profissão no mundo do trabalho. Políticas e programas alimentares Banco de alimentos Restaurantes populares Hortas comunitárias Agricultura urbana Feiras orgânicas Compra institucional de alimentos Programa de alimentação escolar Educação nutricional Regulação da rotulagem de alimentos e de guia alimentar criar condições sociais para instituir solidariedade e a equidade, beneficiando especialmente os setores desfavorecidos e vulneráveis da população. A agricultura como um motor da redução da pobreza Em síntese: a agricultura familiar camponesa é, por excelência, a base sociocultural para a generalização da alternativa agroecológica. Soberania alimentar O Censo agropecuário de 2006 aponta, que a agricultura familiar é responsável por quase 80% da produção dos alimentos que compõem a cesta básica dos brasileiros. Segundo o IBGE (2011), dos 5.175.489 estabelecimentos rurais identificados, 4.367.902 são agricultura familiar e representam 84,4% do total. Eles ocupam apenas 24,3% do total da área e mesmo assim respondem por 38% do valor geral da produção. 12,3 milhões de trabalhadores representando 74,4% do total de pessoas ocupadas no campo. Censo agropecuário 2006 (IBGE, 2011) o Brasil já contava com: 90.498 agricultores orgânicos que ocupavam 4,4 milhões de hectarescom lavoura ou pecuária orgânicas, dos quais 517 mil hectares ou 10,5% já eram certificados como produção orgânica. A agricultura familiar pode potencializar seu espaço nesse meio produzindo para abastecer programas públicos. Política de segurança alimentar no Brasil PAA – Programa de Aquisição de Alimentos Criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003; Finalidades básicas: promover o acesso à alimentação; incentivar a agricultura familiar. O PNAE teve sua origem na década de 40, mas foi em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal, que o direito à alimentação escolar para todos os alunos do Ensino Fundamental foi assegurado. Consiste na transferência de recursos financeiros do Governo Federal (FNDE), em caráter suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios, para a aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. “Uma alimentação saudável é aquela que atende às necessidades nutricionais e as características de cada fase do curso da vida, é acessível física e financeiramente a todos, saborosa, variada, colorida, harmônica e segura do ponto de vista sanitário e que respeita a cultura alimentar da população”. Fonte: Brasil, 2006. Aplicativos Um dos principais divulgadores da alimentação saudável via imagens: INFLUÊNCIA DA INTERNET NA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Considerações Finais Portanto, em meio às contradições e às pressões dos modelos de agricultura moderna e pouco sustentável emergem e se fortalecem iniciativas e processos sociais que apontam para modelos de produção agroalimentar mais sustentáveis e baseados nas cadeias curtas que possibilitam novas conexões entre agricultores familiares e consumidores. Estas tendências se mostram crescentes, tanto nos contextos internacionais como locais, e se configuram como formas diversificadas e viáveis de garantir a segurança alimentar a partir da agricultura familiar com base nos princípios da soberania alimentar e do direito humano à alimentação adequada. Irio Luiz ContiI Presidente da FIAN Internacional e conselheiro do CONSEA Nacional. Dúvidas .MsftOfcThm_Background1_Fill { fill:#FFFFFF; } .MsftOfcThm_Background1_Stroke { stroke:#FFFFFF; }
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