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RESUMO OAB tributario

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Competência Tributária 
Competência Tributária é o poder de tributar, conferido aos entes da federação (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios). 
O art. 150, CF, faz uma proteção, tendo como finalidade garantir que determinadas questões 
que tenham importância, sejam protegidas. 
Limitam a competência tributária e sempre estarão previstas na constituição (não existe 
nenhuma previsão fora dela). 
Somente serão disciplinadas por Lei Complementar. E podem ser REVOGADAS mediante 
Emenda Constitucional. 
 
Obs.: não cabe revogação a cláusula pétrea, sendo assim, não caberá no caso de liberdade 
religiosa (uma das imunidades tributárias) 
 
A C.F concede aos entes federativos para que eles possam CRIAR, INSTITUIR e MAJORAR 
tributos. 
Não constitui delegação de competência a circunstância de o titular da competência tributária 
atribuir a pessoa de direito privado a tarefa de arrecadar os tributos. 
 A competência tributária no que tange aos impostos é obrigatória. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
a) Indelegável (art. 7º, CTN): não podendo ser transferida para nenhum outro ente; 
A competência tributária que consiste na criação instituição e majoração de tributos é 
indelegável as funções administrativas de arrecadar fiscalizar executar leis que 
compreende a capacidade ativa tributária podem ser delegadas. 
 
Macete 
 
Competência Capacidade 
Criar/instituir, Modificar, 
Majorar 
Arrecadar, Fiscalizar e 
Administrar (Executar 
leis, serviços atos 
administrativos) 
Conferido a União, 
Estados, D.F e Municípios 
Conferida a uma pessoa 
jurídica de direito 
público 
Matéria constitucional Matéria CTN art. 7º 
Indelegável 
Capacidade de legislar 
Delegável 
Delegação integral: 
parafiscalidade; 
Delegação parcial: 
delegação de certas 
atividades; 
Capacidade ativa é 
delegável 
 
Ex: ITR, competência da União, delegou função de arrecadar e fiscalizar para os 
Municípios 
 
b) Facultativa: os entes federativos não estavam obrigados a instituir tributos o que 
tornava a competência facultativa, após a lei do ano de 2000, tais entes não tem mais 
essa faculdade, pois são obrigados a criar tributos. 
um exemplo da faculdade é o imposto sobre grandes fortunas IGF que compete a união 
a sua instituição até hoje não foi criado e não há problema algum porque a competência 
tributária “é” facultativo. 
 
c) O direito do ente federativo de instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo, 
tornando a competência tributária incaducável; 
 
d) Inalterável: competência tributária não pode ser alterada por lei infraconstitucional 
apenas por meio de emenda; 
 
e) Irrenunciável: o ente não pode renunciar ao que está previsto na CF; 
 
Macete: 
1. indelegável; 
2. facultativa; 
3. incaducável; 
4. Inalterável 
5. Irrenunciável 
 
Obs: Distrito Federal apresenta a competência tributária cumulativa para instituir o IPTU ETVI e 
ISS artigo 147 da CF o que estabelece que os impostos dos municípios serão do Distrito Federal. 
 
UNIÃO ESTADOS DISTRITO 
FEDERAL 
MUNICÍPIO 
Art. 153 e 154, CF Art. 155, CF Art. 155 e 147, CF Art. 156, CF 
IPI – 
II - imposto de 
importação 
IE – impostos de 
exportação 
IR – imposto de 
renda 
ITR 
IOF 
IGF – imposto sobre 
grandes fortunas 
IEG – imposto 
extraordinário de 
guerra 
IMPOSTO 
RESIDUAL 
ICMS 
IPVA 
ITCMD – 
imposto sobre 
transmissão 
causa mortis ou 
doação 
ICMS 
IPVA 
ITCM 
IPTU 
ITBI 
ISS 
 
Iluminação 
pública (art. 149-
A) 
IPTU 
ITBI 
ISS 
Iluminação 
pública (art. 
149-A) 
Taxa Taxa Taxa Taxa 
Contribuições de 
melhoria 
Contribuições 
de melhoria 
Contribuições de 
melhoria 
Contribuições 
de melhoria 
Contribuições art. 
149, CF 
Contribuições 
art. 149, §1º, CF 
Contribuições art. 
149, §1º, CF 
Contribuições 
art. 149, §1º, CF 
Contribuição social 
CIDE – Contribuição 
de intervenção no 
domínio econômico 
Contribuição 
previdenciária 
do servidor 
público Estadual 
Contribuição 
previdenciária do 
servido público 
Contribuição 
previdenciária 
do servido 
público 
municipal 
Contribuição de 
interesse de 
categoria 
profissional ou 
econômica 
Empréstimo 
Compulsório 
Art. 148 
Não tem Não tem Não tem 
 
 
Competência privativa, residual e comum 
 A competência privativa e residual refere-se exclusivamente aos impostos, dispondo a 
Constituição federal acerca dos impostos que podem ser criados pela União , pelos estados DF 
e municípios. 
a) Competência Privativa: É só de um ente, Ela é exclusiva, Impedindo os demais entes da 
federação de tributar sobre o mesmo fato gerador. É proibido invadir a competência um 
do outro.Todos os impostos são de competência privativa. 
União: art. 153 da Constituição. 
Estados e D.F.: art. 155 da CF 
Municípios: art. 156 
 A enumeração dos impostos das unidades federativas é taxativo. Nenhum outro 
imposto que não os arrolados nos artigos pode ser criado pelos estados Distrito Federal 
e municípios. No que se refere a união a enumeração dos impostos não é taxativa. 
Obs: para a instituição de contribuição para custeio de serviço de iluminação pública é 
exclusiva dos Municípios e DF. 
 
b) Competência Comum: Permite que os mesmos entes da federação possam tributar 
sobre os mesmos fatos geradores; 
Ex: taxas e contribuições de melhoria. 
 
c) Competência residual/privativa: art. 147, da CF, não se usa mais; essa competência é 
somente da União, ela pode instituir imposto que não aqueles expressamente previstos. 
Art. 154, I, da CF, autoriza que a união institua outro tributo não existente, desde que 
obedeça as regras: i) instituição por lei complementar; ii) não-cumulativo; iii) fato 
gerador diferente dos previstos na CF; iv) base de cálculo diferente dos previstos na CF; 
 
Repartição Das Receitas Tributárias 
É a distribuição das receitas dos impostos entre a União, Estados e Municípios. 
A constituição federal prevê algumas hipóteses de transferência obrigatória da arrecadação dos 
impostos: artigo 153 §5º, 157, 158 e 159. 
Art. 153, §5º ,da CF - a reunião é obrigada a repassar 30% da arrecadação do IOF incidente sobre 
ouro tido por lei como ativo financeiro para o Estado, de acordo com a origem, e 70% para o 
Município pátrio. 
 
Art. 157 da CF - compete aos Estados e ao Distrito Federal: 
a) 100% da arrecadação do ER incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer 
título pelos Estados, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
b) 20% do produto da arrecadação do imposto residual. 
 
Art. 158 da CF - Competem aos municípios: 
a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer 
título, pelos municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e 
mantiverem; 
b) 50% do ITR, como via de regra, e 100% do ITR quando o Município detiver a capacidade 
ativa tributária, ou seja, a função de arrecadar e fiscalizar esse imposto; 
c) 50% do IPVA; 
d) 25% do ICMS. 
 
Art. 159 da CF - A União entregará 49% da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza(IR) e sobre produtos industrializados (IPI) da seguinte forma: 
a) 21,5% ao fundo de participação dos Estados e do Distrito Federal; 
b) 22,5% ao fundo de participação dos municípios; 
c) 3% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões 
norte, nordeste e centro-oeste; 
d) 1% ao fundo de participação dos municípios que será entregue no primeiro decêndio do 
mês de dezembro de cada ano; 
e) 1%. Ao fundo de participação dos municípios que será entregue. No primeiro decêndio 
do mês de julho de cada ano; 
 
As transferências de imposto, que estão previstas nos artigos 153, §5º , 157, 158 e 159. Só 
poderão deixar de serem repassadas no caso do artigo 160. Quando o ente federativo não 
estiver aplicando o percentual exigido na área da saúde, e ainda no caso de débitos de um ente 
e suas autarquias com o outro que irá fazer o repasse. 
 
Exercício da Competência Tributária 
Os entes federativos irão CRISR, INSTITUIR e MAJORAR os tributos apenas mediante lei e, via deregra por lei ordinária. 
Existe 4 tributos que só podem ser instituídos ou majorados em virtude de lei complementar: 
1) Contribuição social residual (art. 195 §4º da CF); 
2) Empréstimo compulsório (art. 148 da CF); 
3) Imposto sobre grandes fortunas (IGF) – (art. 153, VII, da CF). 
4) Imposto Residual (art. 154, I, da CF) 
 
 
 Macete = CEGI 
 Contribuição social residual. 
 Empréstimo compulsório. 
 IGF. 
 Imposto residual. 
 
De acordo com o artigo 62 §2º, da Constituição, a medida provisória (MP) é um instrumento 
normativo com força de lei que poderá instituir e majorar imposto. 
Porém, para instituir ou majorar imposto, a MP deverá observar 2 requisitos: 
1) o imposto deve ser instituído por meio de lei ordinária, pois o artigo 62 §1º, III, CF, veda 
a MP de tratar sobre matéria reservada a lei complementar; 
2) se referindo aos impostos, excepcionados o imposto extraordinário de guerra (IEG), 
imposto sobre a importação (II), imposto sobre a exportação (IE), imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos valores Mobiliário (IOF) e 
imposto sobre produtos industrializados (IPI), necessário que a medida provisória que 
os cria seja convertida em lei até o final do exercício financeiro em que foi editada, para 
que possa produzir efeitos no exercício subsequente. 
Princípios 
1) Princípio da legalidade (art. 150, I, CF): 
 Nenhum tributo será instituído ou majorado a não ser por meio de lei. Não poderão 
ser exigidos (instituído ou criados) ou aumentados (majorados) se não através de lei. 
Artigo 97 do CTN, considera-se majoração de tributo a modificação da base de cálculo 
de forma a torná-la mais oneroso. A mera atualização do valor monetário da 
respectiva base de cálculo não constitui majoração de tributo, podendo ser realizada 
em decorrência de simples decreto. Se a “atualização monetária” ocorrer com índices 
superiores ao oficial, não se tem uma mera atualização de valores, e sim uma 
majoração da base de cálculo disfarçada, e por isso, nesse caso, um instrumento 
normativo necessário será a lei.Súmula 160 do STJ. 
 É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao 
índice oficial de correção monetária 
Todos os tributos estão sujeitos ao princípio da legalidade, só podem ser instituídos ou 
majorados por meio de lei. 
Artigo 153, §1º, prevê alguns impostos que podem ter as alíquotas alteradas, inclusive 
majoradas, desde que observados os limites e as condições estabelecidas em lei, em 
virtude do ato do poder executivo, o que se dá comumente por decreto presidencial. 
i) Imposto sobre importação (II) 
ii) Imposto sobre a exportação (IE) 
iii) Imposto sobre produtos industrializados (IPI) 
iv) Imposto sobre operação de crédito, câmbio e seguros (IOF) 
 
Art. 177, §4º, I, b, CF, possibilita ao poder executivo reduzir e restabelecer as alíquotas 
da CIDE COMBUSTÍVEL, por intermédio de ato próprio, no caso, o decreto presidencial. 
Art. 155, §4º, IV, c, CF, permite ao poder executivo reduzir e reestabelecer as alíquotas 
do ICMS e incidência monofásica monofásica., nas operações com combustíveis e 
lubrificantes previstos em lei Federal. 
Exemplo que viola o princípio é um decreto (não tem força de lei) aumentar a base de 
cálculo. 
Obs: o II, IE, IPI, IOF – podem ter as alíquotas modificaras por DECRETO, ou seja, não 
precisa de lei; 
Obs: alteração por LEI ORDINÁRIA: elementos do tributo – fato gerador, base de 
cálculo, alíquotas e sujeitos; 
Obs: LEI COMPLEMENTAR: empréstimo Compulsório, IGF, imposto e contribuições 
residuais; 
 
Elementos do tributo: 
- Fato Gerador; 
- Base de cálculo; 
- Alíquota (pode ser modificada por medida provisória) 
- Sujeito; 
 
Criação/Alteração – regra: lei ordinária ou medida provisória (só pode ser usada para tratar 
de matéria reservada a lei ordinária); 
Exceção: Lei complementar- Empréstimo Compulsório, IGF e Imposto e Const. Residual da 
União; 
 
Para modificar qualquer um desses elementos precisa de lei; 
 
Obs: prazo para pagamento não precisa ser previsto ou alterado por lei , pode ser por 
Decreto 
 
 
2) Princípio da isonomia (art. 150, II, CF) : 
É vedada união, aos estados, Distrito Federal e aos municípios instituir tratamento 
desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente. 
Não se pode estabelecer uma diferenciação na carga tributária em razão do exercício 
da profissão. 
Exceção: microempresas e empresas de pequeno porte (art. 179 e 146, III, d) 
Regiões do país menos desenvolvidas 
 
3) Princípio da irretroatividade (art. 150, III, a, CF): 
É vedado à união, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios cobrarem tributos 
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentou. 
Não existe óbice para que a lei que reduza o tributo tenha efeito retroativo, desde que 
o faça de modo expresso. 
O CTN prevê 3 exceções ao princípio da irretroatividade: 
i) quando aludir a lei expressamente interpretativa e desde que não comine 
penalidade (art. 106, I, CTN) 
ii) a lei tributária poderá retroagir se discorrer sobre ato não definitivamente 
julgado. 
a) se deixar de defini-lo com infração. 
b) quando não abordá-lo como contrário a qualquer exigência exigência. De ação ou 
de omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado falta de 
pagamento de tributo; 
c) caso lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da 
sua prática (art. 106, II, CTN) 
iii) prevista no artigo 144. 
 
Obs: em direito tributário considera-se penalidade como multa. 
Multa não é tributo. O principal. 
Em regra: a lei aplica-se a fatos futuros. 
Exceção: só se usa a lei para trás quando: 
a) for em relação a penalidade e for melhor para o contribuinte 
b) estiver em aberto: o contribuinte não pagou 
 
4) Princípio da anterioridade 
O tributo que for instituído ou majorado em determinado exercício financeiro 
somente poderá ser exigido no próximo exercício e desde que tenham transcorridos 
90 dias da data da publicação da lei que instituído ou majorado (art. 150, III, B e C, da 
CF). 
É proibida a cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
A lei deve ser publicada no exercício anterior para que possa irradiar os seus efeitos no 
exercício financeiro subsequente. 
Caso se trate de redução, se a lei dispuser em sentido diverso, opera-se de imediato. 
 
Nem todos os tributos precisam respeitar o princípio da anterioridade a exceções (art. 
150, §1º, 155, §4º, IV, c, 177, §4º, I, b e 195, §6º, da CF): 
 
Tributos que não precisam 
aguardar o próximo exercício 
e nem os 90 dias 
Tributos que não precisam 
aguardar o próximo 
exercício, mas sim os 90 dias 
Tributos que devem 
respeitar o princípio da 
anterioridade, mas não os 90 
dias 
Podem ser cobrados 
IMEDIATAMENTE 
- - 
IEG – imposto extraordinário 
de guerra; 
Empréstimo Compulsório de 
guerra e calamidade pública; 
II – imposto sobre 
importação; 
IE – Imposto sobre 
exportação; 
IOF – imposto sobre 
operações financeiras 
IPI; 
Casos de redução e 
restabelecimento das 
alíquotas da CIDE 
Combustível e do ICMS 
Combustível; 
Contribuição Social 
 
IR; 
Alteração da base de cálculo 
do IPTU e do IPVA; 
 
Os princípios da anterioridade do exercício nonagesimal previstos na Constituição (art. 
150, III, B e C) devem ser observados apenas nas hipóteses de instituição e majoração 
de tributos. Se houver modificação de prazo para pagamento do tributo ainda que seja 
para antecipar a data como não se trata neste caso de instituição o majoração de 
tributo não será necessário o respeito a tais princípios. 
 
Súmula vinculante n° 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação 
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
 
5) Princípio do não confisco (art. 150, IV) 
É proibido que o tributo seja utilizado com efeito de confisco. 
A tributação não poderá ser tão pesada a ponto de exterminaro patrimônio do sujeito 
passivo. Não existe na lei um limite, um percentual que gere essa vedação. 
Estabelece que o tributo não pode inviabilizar o direito de propriedade. Para saber se 
o tributo tem ou não efeito confiscatório, deve-se analisar a soma de todos os tributos 
devido pelo contribuinte e não apenas aquele isolado. As multas tributárias também 
devem respeitar o princípio do não confisco. 
 
6) Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF) 
Veda os entes federativos de instituir tributos interestaduais e intermunicipais que 
visem estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou de bens. 
Não se pode usar o tributo para obrigar o contribuinte a ficar no município, não se 
deslocar. 
 Obs: o pedágio não apresenta natureza tributária. 
 
7) Princípio da uniformidade geográfica (art. 151, I, CF) 
Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a estado, ao Distrito Federal ou ao município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais, destinados a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio econômico entre as diferentes 
regiões do país. 
É vedada a união instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional, 
mas admite incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio econômico. Os 
incentivos serão regulados por lei. 
 
8) Princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1º, CF): 
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte. O cidadão tem o dever de contribuir na exata 
proporção de sua capacidade econômica. A capacidade contributiva também poderá 
será aplicada nos tributos indiretos IPI e ICMS por exemplo. 
São do princípio da seletividade: seletividade é a tributação conforme a essencialidade 
do bem, isso é quanto mais essencial for o bem, menor será a tributação. Ela só se 
aplica ao IPI (obrigatoriamente) e ICMS (facultativamente). Tem como finalidade fazer 
com que cada situação tenha uma alíquota diferenciada de acordo com a 
essencialidade dos produtos ou mercadorias. 
 
Técnicas de graduação: 
- Progressividade: consiste na majoração das alíquotas a medida que a base de cálculo 
é elevada. Ex: imposto de renda; ITR, IPTU; 
- proporcionalidade: a alíquota é sempre fixa, variando apenas a base de cálculo. Ex: 
IPVA, ICMS 
 
9) Princípio da proibição das isenções heterônomas (art. 151, III, CF): 
A união não pode conceder isenção para tributos que não estejam em sua 
competência tributária, sob pena de violar o princípio do pacto federativo. 
Assim, só pode conceder isenção de determinado tributo o ente federativo que tem 
competência para sua instituição. Quando um ente federativo diferente daquele que 
detém a competência para instituir o tributo concede a isenção, tem se a isenção 
heterônoma.. 
Obs: A isenção heterônoma é vedada no Brasil mas há exceções. 
i) ISS sobre serviços prestados no exterior (art. 156, §3º, II; 
ii) tratados e convenções internacionais; 
 
10) Princípio da não discriminação quanto a procedência ou destino (art. 152, CF): 
Veda aos estados, aos Distrito federal e aos municípios estabelecer diferença tributária 
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência ou destino. 
 
Macete: 
Legalidade (art. 150, I) 
Uniformidade geográfica (art. 151, I) 
Capacidade contributiva (art. 145, §1º) 
Isonomia (art. 150, II) 
Irretroatividade (art. 150, III, a) 
Anterioridade do exercício (art. 150, III, b) 
Não confisco (art. 150, IV) 
Anterioridade nonagesimal (art. 150, III, c) 
 
11) Princípio da não-cumulatividade 
Só se aplica ao IPI, ICMS e PIS, não podendo ser cumulativos. 
 ICMS – art. 155, §2º, I, CF 
IPI – art. 153, §3º, II, CF 
PIS – lei n° 10.637/2002 
Tem como finalidade reduzir a tributação incidente a cadeia produtiva e reduzir a 
tributação sobre o consumo e evitaria denominado “efeito sanfona”. 
O tributo incide uma única vez sobre o produto. 
A união poderá mediante lei complementar instituir outros impostos não previstos no 
art. 154, para que sejam não-cumulativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidades 
 
 Imunidade tributária ocorre, quando a CF veda a criação e a cobrança de tributos sobre 
determinadas situações e sobre certos sujeitos. 
 
Não se confunde imunidade com isenção. 
 
Imunidade Isenção 
impede a incidência do tributo consiste na lei que estabelece que 
certas situações ou determinados 
sujeitos não serão tributados 
são irrevogáveis artigo 60, §4º, IV, 
CF. 
podem ser revogadas a qualquer 
tempo salvo nos casos de isenções 
onerosas 
A temos de precedente do STF, 
admite análise ampla, à luz dos 
princípios constitucionais 
consagrados 
só pode ser interpretada 
literalmente 
têm foro exclusivo na Constituição, 
porque são ainda que negativos de 
competência tributária. 
 
alcançam várias espécies de 
tributo, como os impostos, as taxas, 
a contribuição social e a 
contribuição de intervenção no 
domínio econômico - CIDE 
 
Inexistem , imunidades previstas 
para a contribuição de melhoria 
empréstimo compulsório. 
 
 
Imunidade = proíbe instituição de imposto (se limita aos impostos) 
 
Existem imunidades genéricas e específicas. 
As genéricas: estão previstas no artigo 150, VI, CF e referem-se apenas aos impostos. 
Diz respeito às pessoas e situações previstas no artigo 150, VI, CF, que não devem pagar 
apenas os impostos, mas inclusive às demais espécies tributárias, como as taxas, 
contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos compulsórios. 
As imunidades específicas: são relativas a um único tributo diante de convênios 
especiais. 
 
Macete 
Subjetiva - Artigo 150, VI, c, daCF. 
Objetivo - Artigo 150, VI, d, da CF. 
R 3 - Artigo 150, a, da CF. 
Tempos de qualquer culto - artigo 150, VI, b, da CF. 
 
 
Imunidade Dispositivo de lei Fundamentos/características STF 
Imunidade 
recíproca 
Art. 150, VI, “a”, da 
C.F 
- A imunidade recíproca 
impede que os entes 
políticos cobrem impostos 
o STF tem 
entendido que 
em alguns casos 
uns dos outros, vedando 
assim, que a União, os 
Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios instituam 
impostos sobre o patrimônio 
a renda e os serviços um dos 
outros; 
- Ela é uma garantia da 
federação; 
- Alcança apenas aos 
impostos, podendo assim, 
incidir sobre outras espécies 
tributárias, como título de 
exemplo as taxas, as 
contribuições, etc.; 
- Tem como propósito 
garantir e confirmar o 
princípio da isonomia e o 
equilíbrio federativo entre os 
entes da federação; 
- A regra se estende às 
autarquias e fundações 
públicas, em razão da 
personalidade jurídica de 
direito público (art. 150, §2°e 
3° da CF), desde que 
atendam a 04 requisitos 
previstos na lei, os quais são: 
(a) cumpram suas finalidades 
essenciais ou qualquer uma 
delas decorrentes; (b) sejam 
instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; (c)não 
cobrem preços e nem tarifas; 
(d) não entrem na 
concorrência privada; Assim, 
são imunes o INSS, o Incra, os 
conselhos de fiscalização 
profissional e demais 
pessoas jurídicas de direito 
público, sejam federais, 
estaduais ou municipais. 
 
Obs: quanto a sociedade de 
economia mista e as 
empresas públicas, por 
serem detentoras de 
personalidade jurídica de 
direito privado não gozam de 
imunidade tributária 
 
com relação a 
empresas 
públicas e a 
sociedades de 
economia mista, 
aplica-se a 
imunidade, desde 
que estas 
prestem serviço 
público de 
caráter 
obrigatório e de 
forma exclusiva 
ao Estado. 
 
Cita-se como 
exemplo a 
Empresa de 
Correios e 
Telégrafos (ECT). 
 
Ainda, o STF, já 
decidiu, que a 
“imunidade 
tributária 
constante do art. 
150, VI, a, da 
Constituição 
Federal alcança o 
imóvel 
pertencente à 
União que se 
encontra em 
posse precária de 
concessionária de 
serviço público 
para ser utilizado 
na atividade-fim 
à qual essa se 
destina” 
Templos de 
qualquer culto; 
 
Art. 150, VI, “b”,da 
C.F 
- a imunidade aos templos de 
qualquer culto visa proteger 
a liberdade de consciência e 
de cresça, uma vez que a 
Constituição Federal em seu 
art. 5º, VI, assegura o livre 
exercício dos cultos 
religiosos e garante a 
proteção aos locais de culto e 
suas liturgias, 
independentemente da 
dimensão da igreja ou do seu 
número de adeptos. 
 
- o templo desfrutará da 
imunidade, desde que 
cumpra determinadas 
condições: 
a) a prova do reinvestimento 
integral do montante 
pecuniário advindo das 
atividades conexas na 
consecução dos objetivos 
institucionais da Igreja; 
b) a prova da inexistência de 
prejuízo à livre concorrência, 
impedindo-se o cunho 
empresarial na atividade 
financeira desempenhada 
(STF, RE 87.890). 
 
- a imunidade aplica-se a 
tudo, que estiver em nome 
da instituição religiosa, 
desde que cumprir sua 
finalidade essencial, como 
por exemplo o imóvel onde é 
exercido o culto religioso é 
imune à incidência de IPTU; 
 
- as doações efetuadas pelos 
fiéis em favor do templo 
estão imunes ao ITCD; 
 
Com relação as 
lojas maçônicas, 
estás não gozam 
de imunidade 
tributária, umas 
vez que o STF tem 
entendido que a 
maçonaria não é 
religião, é apenas 
urna ideologia de 
vida, na qual as 
pessoas se 
ajudam 
mutuamente. 
 
O STF entende 
que os imóveis 
utilizados como 
residência ou 
escritório de 
padres e pastores 
estão abrangidos 
pela imunidade, 
bem como, os 
imóveis de 
propriedade do 
templo locado a 
terceiro, não se 
sujeita ao 
pagamento de 
IPTU e a renda 
auferida com a 
locação também 
não deve ser 
tributada; 
Ainda, 
enquadram-se 
nas imunidades 
os cemitérios 
pertencentes às 
entidades 
religiosas; 
Imunidades para 
partidos 
políticos, 
entidades 
sindicais de 
trabalhadores, 
instituições de 
Art. 150, VI, “c”, da 
C.F 
i) Imunidade para os Partidos 
Políticos: a Constituição 
Federal assegura a livre 
criação de partidos políticos 
absorvendo-se os preceitos 
indicados no art. 17. Os 
partidos políticos e as 
fundações por ele criadas, 
Súmula n° 
724/STF : Ainda 
quando alugado a 
terceiros, 
permanece 
imune ao IPTU o 
imóvel 
pertencente a 
educação e 
entidades de 
assistência social 
 
também usufruem de 
imunidade quantos aos 
impostos, desde que estejam 
ligados às suas finalidades 
essenciais. 
 
Sendo assim, a título de 
exemplo podemos citar a 
renda dos partidos, é imune, 
bem como não se pode 
sujeitar ao IPTU ou ao 
imposto de transmissão um 
imóvel adquirido para servir 
de sede do partido; 
 
Obs: Para fazer jus a 
consecução dessa 
imunidade, os Partidos 
Políticos, além de cumprirem 
os requisitos do artigo 14 do 
CTN devem possuir mais 
dois: deve o partido político 
estar devidamente 
registrado no Tribunal 
Superior Eleitoral (art. 17, § 
2°, da CF) e; não atentarem 
contra os costumes e 
princípios do Estado 
brasileiro. 
 
ii) Imunidade para as 
Entidades Sindicais: visa 
proteger a liberdade de 
associação sindical. 
Ressalte-se, no entanto, que 
está imunidade não pode ser 
estendida ao sindicato de 
empregadores. 
 
iii) Imunidade para as 
Instituições de Educação: 
enquadram-se nessa 
categoria as instituições de 
educação (universidades, 
escolas e colégios 
particulares, institutos de 
idiomas e associações 
culturais) desde que não 
tenham fins lucrativos, uma 
vez que o benefício tributário 
tem por finalidade estimular 
estas entidades para que 
qualquer das 
entidades 
referidas pelo art. 
150, VI, c, da 
Constituição, 
desde que o valor 
dos aluguéis seja 
aplicado nas 
atividades para as 
quais tais 
entidades foram 
constituídas”. 
 
o STF reconheceu 
que as entidades 
fechadas de 
previdência 
privada, que NÃO 
exigirem de seus 
associados 
contribuições 
para custeio do 
bene- fício, 
também têm 
direito à 
imunidade que se 
refere o artigo 
150, VI, "c", do 
Texto Maior 
(Súmula no 730 
do STF). 
Súmula 730 do 
STF dita que “a 
imunidade 
tributária 
conferida a 
instituições de 
assistência social 
sem fins 
lucrativos pelo 
art. 150, VI, “c”, 
da Constituição, 
somente alcança 
as entidades 
fechadas de 
previdência social 
privada se não 
houver 
contribuição dos 
beneficiários”. 
 
assegurem o direito à 
educação; 
 
vi) Imunidade para as 
Entidades de Assistência 
Social: auxiliam o Estado na 
prestação de serviços 
assistenciais voltado aos 
mais necessitados, tendo 
como objetivo atender aos 
diretos sociais, previstos no 
art. 6º da CF ( a saúde, a 
maternidade, a segurança, o 
trabalho, a moradia, a 
assistência aos 
desamparados etc.). O 
objetivo deve ser atender as 
pessoas carentes. 
Ademais, as entidades de 
assistência social sem fins 
lucrativos, além de serem 
imunes ao pagamento de 
impostos, também gozam de 
imunidade das contribuições 
sociais ( art. 195, §7º, da CF); 
 
Requisitos para todos da 
alínea “c” 
o artigo 14 do CTN prevê três 
requisitos, que devem ser 
cumpridos pelas quatro 
pessoas jurídicas acima 
mencionadas, para poderem 
gozar da imunidade aludida. 
São eles: 
i) não distribuírem qualquer 
parcela de seu patrimônio ou 
de suas rendas, a qualquer 
título; 
ii) aplicarem integralmente, 
no País, os seus recursos na 
manutenção dos seus 
objetivos institucionais; 
iii) manterem escrituração 
de suas receitas e despesas 
em livros revestidos de 
formalidades capazes de 
assegurar sua exatidão. 
Imunidades para 
livros, jornais, 
periódicos e o 
Art. 150, VI, “d”, da 
C.F 
É a chamada “liberdade de 
imprensa”. Pôde-se dizer que 
nesta hipótese os impostos 
serão afastados sobre os 
Entendeu o STF 
no julgado RE 
183.403/SP-
2000, que 
papel destinado 
à sua impressão 
“bens” quais sejam : livros, 
jornais, periódicos e o papel 
destinado à impressão e não 
sobre “pessoas” como nas 
demais hipótese. Visa 
proteger à livre manifestação 
do pensamento e o estímulo 
à cultura e à informação. A 
imunidade não beneficia a 
editora, o autor, a empresa 
jornalística ou de 
publicidade, estando estes 
sujeitos a tributação. 
 
Não se aplica a imunidade 
aos livros que não veiculam 
ideias, nem pensamentos 
formalmente considerados, 
por exemplo: livro de ponto, 
livro de bordo, livros fiscais, 
livro de atas. 
 
Quanto aos jornais, a 
imunidade é plena, incluindo 
até as propagandas, desde 
que venham impressas no 
corpo do jornal ou periódico, 
conforme decisão do STF. 
Não estão incluídos no 
conceito jornal as empresas 
de radiodifusão que 
transmitem “jornais”. 
 
No âmbito dos periódicos, os 
quais são publicações que se 
repetem com intervalos 
regulares, para que faça jus a 
imunidade, não basta apenas 
ser uma publicação 
periódica, devem ter um 
cunho educativo, não estão 
abrangidas pela imunidade 
aquelas que tenham como 
finalidade um caráter 
comercial (calendários, 
folders, cartazes destinados 
à divulgação de mensagens). 
 
No que se refere ao papel, 
está imunidade se aplica 
somente a ele e a seus 
assimiláveis como 
incluem-se no 
conceito livros: os 
manuais técnicos 
e apostilas. 
Há precedente do 
STF o qual 
reconhece a 
imunidade de 
álbum de 
figurinhas, uma 
vez que este tem 
por objetivo 
estimular público 
infantil a se 
familiarizar com 
os meios de 
comunicação 
impressos. 
 
O STF entendeu 
ainda que as 
listas telefônicas, 
catálogos e guias, 
são imunes, na 
condição de 
“periódicos”. 
 
O STF chegou a 
editar a Súmula 
657: “A 
imunidade 
prevista no art. 
150, VI, d, da CF 
abrange os filmes 
e papéis 
fotográficos 
necessários à 
publicação de 
jornais e 
periódicos”. 
 
TRF4 reconheceu 
a imunidade dos 
tablets ou 
leitores de livros 
digitais. 
 
 
papel para impressão, papel 
fotográfico, papel telefoto e 
outros tipos de papel. Não 
abrange máquinas ou 
aparelhos as quais fazem uso 
deste, nem mesmo tinta 
especial para imprimir o 
jornal. A imunidade apenas 
abrange os filmes e papéis 
fotográficos necessários à 
publicação de jornais e 
periódicos. 
 
Imunidades para 
fonogramas e 
videofonogramas 
musicais 
produzidos no 
Brasil e para seus 
suportes 
materiais ou 
arquivos digitais 
 
 
 
Art.150, VI, “e”, da 
C.F 
Os CD's e DVD's, as obras 
musicais ou literomusicais de 
autores nacionais não irão 
pagar impostos, bem como 
as obras em geral 
interpretadas por artistas 
brasileiros e as mídias ou os 
arquivos digitais que as 
contenham. Ainda, pôde-se 
dizer que as músicas 
comercializadas pela 
internet, também estão 
protegidas e abarcadas pela 
imunidade. 
Cabe salientar, que o artigo 
em questão alcança os 
fonogramas e 
videofonogramas musicais 
produzidos no Brasil, é que, 
as mesmas mercadorias, 
produzidas fora do país, não 
estão abrangidas pela 
imunidade. 
 
 
 
 
Obs.: Autarquias e Fundações que são mantidas pelo poder público são 100% imunes. 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista: se só houver investimento público (EPTC) 
será imune, se tiver ou se inserem no setor privado, não serão imunes. 
Cartórios (judiciais, notariais) – o STF entende que os emolumentos tem natureza de taxa, logo 
não são imunes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição de tributo e espécies tributárias 
 
Conceito: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante 
atividade administrativas plenamente vinculada. 
 
a) Prestação pecuniária: $$$. Atividade vinculada na norma. Via de regra paga em dinheiro; 
b) Compulsória: não é voluntária; 
c) Não constitua sanção: o fato gerador não é uma penalidade. O tributo não poderá ser 
cobrado como forma de sanção de ato ilícito, ou seja, como forma de punição. Os frutos 
da atividade ilícita serão tributados normalmente; 
d) Instituída em lei: deve estar prevista na lei atual; 
e) Cobrada mediante atividade Administrativa: a administração é obrigada a cobrar. 
Obs: toda vez que o fiscal (poder público) agir em desconformidade com os dizeres da lei, caberá 
Mandado de Segurança ou Ação Anulatório – basta um erro do fiscal para se ter a nulidade do 
lançamento; 
Obs: a dação em pagamento de bem imóvel, desde que exista lei específica de ente competente. 
O STF já firmou entendimento de que a dação em pagamento do bem móvel é fraude ao sistema 
licitatório; 
 
 Tributo não constitui sanção de ato ilícito ninguém o paga por ter desrespeitado uma leiPagasse 
tributo por incorrer em uma situação prevista em lei. 
 
Embora a hipótese de incidência tributária não se refira às ações ilícitas, os frutos de uma 
atividade ilegal podem ser objeto de tributação. No caso Deu sujeito que aufere renda pela 
venda de entorpecentes, a ilicitude é irrelevante para fins tributários virgo o fato gerador vira 
auferir renda, o indivíduo deverá. E proventos de qualquer natureza. O dinheiro não tem cheiro. 
Não importa de onde vem virgo o que interessa é que ocorreu o fato gerador do IR, auferir 
renda. 
 
Obs: Somente a uniam por meio. De lei complementar é que poderá criar um novo tipo de 
imposto. 
 
Há 5 espécie tributárias: 
1. Imposto. 
2. Taxas. 
3. Contribuição de melhoria. 
4. Empréstimo compulsório 
5. Contribuições. 
 
1) IMPOSTO (art.. 16, CTN) 
Características: 
a) São conhecidos como tributos não vinculados, contudo, estão sempre vinculados a 
uma manifestação de riqueza. a receita dos impostos não estão vinculadas a um 
determinado agir estatal. O ente não precisa falar onde vai aplicar o $$$. Se paga 
para que a máquina ande – art. 167, IV, CF 
b) Fato gerador: manifestou riqueza = paga imposto: IPTU (casa), IPVA (veículo), 
Imposto de Renda (dinheiro); 
c) O objeto do imposto. Deverá ter conteúdo económico que permita aferir a 
capacidade contributiva do sujeito passivo. Ponto 
d) Os impostos podem ser classificados em pessoais ou reais, progressivos ou 
regressivos, diretos ou indiretos, cumulativos ou não cumulativos, fixos ou variáveis. 
(i) Impostos pessoais: devem ser estruturados de acordo com a capacidade 
contributiva do sujeito passivo, de maneira que a fixação de suas alíquotas está 
ligada e varia em função da riqueza da pessoa, por exemplo: imposto de renda ou 
imposto sobre grandes fortunas. (ii) impostos reais: ignoram a pessoa do sujeito 
passivo e levam em consideração determinados aspectos materiais, por exemplo 
ITR, IPTU, ITBI, não importa a pessoa mas o fato. (iii) imposto progressivo: quando 
sua alíquota aumenta na medida da sua base de cálculo, quanto maior a base, maior 
a alíquota, é o que acontece com o imposto de renda, quanto maior a base (renda), 
maior a alíquota. (iv) Imposto regressivo: quanto maior a renda do contribuinte 
menor será a carga tributária, por exemplo ICMS. (v)Imposto direto: é o próprio 
sujeito passivo, eleito pelo legislador, quem suporta o ônus financeiro da carga 
tributária sem transferi-la a outra pessoa. (vi) Imposto indireto: a lei escolhe 
determinada pessoa como devedora, o chamando contribuinte de direito, porém, 
ele repassa o ônus do tributo a um terceiro, o chamado contribuinte de fato. No 
aspecto econômico, quase todos os impostos e também as contribuições são 
repassadas a terceiros, já que eles são levados em consideração no cálculo do custo 
dos serviços, mercadorias ou produtos, ou seja, quem de fato pago com o tributo é 
o consumidor. (vii) Impostos cumulativos: incidem várias vezes nas operações em 
cadeia. (viii) Não-Cumulativos: que são o ICMS e o IPI. (ix) Imposto fixo: é quando 
previsto em quantidade certa, expresso num determinado valor. (x) Imposto 
variável: que constitui a regra no caso o sistema, o montante do tributo depende de 
apuração mediante a incidência de uma alíquota sobre determinada base de 
cálculo. 
 
Normas gerais: 
- Sempre são definidos em lei complementar; 
- Criação: a lei complementar regulamenta, mas a lei ordinária cria; 
 
Lei complementar = normas gerais = CTN 
Lei ordinária = criação de imposto = devem ser criadas observando o CTN 
 
Exceção: IPVA – não está previsto no CTN. O STF aplicou o art. 24, CF. 
 
2) TAXAS 
Características: 
a) Tributo vinculado – determinada para o fim que foi cobrada; 
b) É de competência comum; 
c) Atrelam-se a determinada atividade estatal em relação ao contribuinte, está atividade 
poderá consistir ou no exercício do poder de polícia ou na prestação de um serviço 
público específico, desde que seja divisível (art. 145, II, CF); 
d) Subdivide-se: i) taxas de polícia: paga toda vez que quero fazer uma coisa e eu preciso 
que o Estado me de o aval;; ii) taxas de serviços públicos: paga quando for um serviço 
público, específico e divisível prestado ou posto à disposição do contribuinte; 
e) Fato gerador: o contribuinte paga taxa porque o estado faz algo diretamente 
direcionado a ele; 
f) Base de cálculo: quanto o estado vai gastar para prestar esse serviço? Então será 
dividido entre todos. A Constituição proíbe que as taxas tenham base de cálculo próprio 
de imposto (art. 145, 
§2º); 
g) A taxa é uma contraprestação a esta atividade estatal, por exemplo: taxa de fiscalização, 
taxas de licença de execução de obra, de localização, de publicidade, taxas de vistoria 
de automóveis, aferição de balanças, taxímetros, bombas de gasolina, taxas de licença, 
etc. 
h) As taxas também podem ser instituídas para remunerar o Estado pela prestação de um 
serviço público utilizado pelo contribuinte ou colocado a sua disposição. 
 
Espécies: 
a) Serviço público (art. 79): utilizado pelo contribuinte. Se o serviço público for de utilização 
compulsória, a taxa pode ser cobrada, se o serviço estiver em efetivo funcionamento e 
for colocado à disposição do contribuinte (art. 79,I, b, do CTN). Quer dizer, legitima-se a 
cobrança de taxa de serviço quando o serviço tiver sido prestado ao contribuinte ou 
colocado à sua disposição, sendo utilizado de forma efetiva ou potencial; fato gerador: 
prestação estatal de prest. Esse serviço; ex: específico – é direcionado a um 
determinado usuário; divisível - pôde-se avaliar o quanto cada pessoa utiliza; ex: taxa 
de lixo; pedágio; ainda dentro dos serviços públicos eles se subdividem em Gerais e 
Específicos. (i) Gerais: são aquelesprestados a toda coletividade, tem caráter universal, 
e não permitem a mensuração individual, sua natureza inviabiliza que possa ser 
detectada a quantidade de serviço utilizada por cada usuário, o usuário do serviço é 
indeterminável, já que o serviço é prestado para todos, por exemplo: serviço de 
iluminação pública (o qual não pode ser individualizado, logo, esse serviço não pode ser 
custeado por taxa, apenas por imposto ou contribuição específica). (ii) Serviços 
específicos: são aqueles que podem ser destacados em unidade autônoma de 
intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas (art. 79, II, CTN) e são divisíveis 
quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
usuários (art. 79, III, do CTN), os serviços específicos são mensuráveis, a vista de sua 
natureza é possível identificar a quantidade de serviço utilizada pelo usuário Apenas os 
serviços públicos específicos e divisíveis que sejam inerentes a própria soberania estatal 
é que, em princípio, autorizam a cobrança de taxas. Como a taxa tem por objetivo 
custear a atividade estatal, é evidente que o serviço público deve estar sendo 
efetivamente prestado. Não há taxa onde não houver o serviço público. o serviço de 
utilização compulsória, a taxa poderá ser cobrado ainda que o contribuinte dele não 
utilize. Tratando-se de um serviço essencial ao interesse público e que são obrigatórios 
porque interessam a toda a coletividade, a taxa pode ser cobrada ainda que o 
contribuinte não se utilize do serviço. Neste caso, a taxa é legítima, bastando que o 
serviço tenha sido colocado à disposição do usuário. Ainda, podem ser classificados em 
Próprios e impróprios. (i) Serviço público Próprios: são inerentes à soberania estatal e 
apenas devem ser prestados por órgão ou entidades públicas. (ii) Serviços públicos 
impróprios: satisfazem o interesse geral da comunidade e podem ser prestados por 
órgãos descentralizados ou delegados a concessionários ou permissionários. Não estão 
atrelados a soberania estatal. Havendo concessão, serão remunerados por preços ou 
tarifas, como ocorre com a água, energia elétrica, gás, telefone, etc. 
Obs: A prestação de serviço de caráter geral, portanto, apenas pode ser custeada por 
imposto e não por taxa. 
 
b) Exercício do poder de polícia (art. 78): atividade da administração pública limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade. É uma atividade exercida pela 
administração pública que, em atenção ao interesse público, estabelece certas 
limitações as liberdades individuais. Apenas as manifestações concretas do poder de 
polícia é que autorizam a cobrança de taxa. ; puni/fiscaliza; está atrelado ao fato do 
estado organizar a sociedade, diz o que pode ou não fazer; 
Ex: alvará de funcionamento; porte de arma; taxas para licença ambiental; licença para 
construir; emolumentos; 
 
Obs: contribuição de iluminação pública – NÃO É TAXA (art. 149-A) 
Obs: as importâncias contadas pelas serventias judiciais (cartórios) e extrajudiciais (cartório de 
registro de imóveis, registro civil, tabelionatos), a título de custas ou emolumentos, tem a 
natureza jurídica de taxas. 
 
3) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145,III, CF) 
Características: 
a) Tem que ser obra pública; 
b) Tributo vinculado: é vinculado a uma obra pública que acabe gerando uma 
valorização no imóvel do contribuinte; 
c) E de competência comum de todos os entes, tanto a União, os Estados, o Distrito 
Federal, a realização da contribuição de melhoria; 
d) Este tributo pode ser criado quando o poder público realizar determinada obra 
pública da qual resulte valorização da propriedade imobiliária do contribuinte. O 
objetivo da contribuição de melhoria é o de evitar o enriquecimento injusto do 
contribuinte, cuja propriedade foi valorizada em decorrência da realização de uma 
obra pública que foi custeada por toda a sociedade, mediante receita dos impostos; 
e) Base de cálculo (art. 81, CTN): montante da valorização; cálculo é efetuado com base 
no valor venal do imóvel; limite: custo da obra (só se conta após o término da obra); 
Só pode ser cobrada depois de realizada à obra, já que seu fato gerador é a 
valorização imobiliária. Simples serviços de manutenção e conservação, tal como o 
recapeamento de via pública, não permitem a cobrança de contribuição de 
melhoria; 
f) O STF tem entendido: se da obra pública resultar a valorização de um imóvel 
particular, a recuperação do custo da obra deve ser feita por contribuição de 
melhoria e não por taxa; 
g) Competência: compartilhada/comum (União, Estados, DF e Municípios) 
 
Requisitos: 
a) Existência de uma obra pública; 
b) Valorização ou melhoria; 
 
Destinatários: são os proprietários dos imóveis adjacentes ( ao entorno da obra) que 
estão se beneficiando; 
 
Obs: pavimentação/asfalto em uma determinada rua; a valorização do imóvel deve 
se dar com a construção da obra e não anterior. Por exemplo: Arena do Grêmio. 
Porto 01: a valorização se deu antes da obra, apenas com o anúncio; ponto 02: não 
é obra pública e sim particular, então não vale. 
 
4) Empréstimo Compulsório (art. 148, CF) 
 
Características: 
a) Competência exclusiva da União; 
b) São tributos restituíveis, a União de forma compulsória, toma emprestado o 
dinheiro do contribuinte para atender a finalidades específicas previstas na CF, mas 
depois deve devolvê-lo, a lei deverá obrigatoriamente fixar prazo do empréstimo e 
as condições de seu resgate (art. 15, par. Único, CTN). A devolução necessariamente 
será em dinheiro; 
c) É condição de validade do empréstimo Compulsório que os recursos auferidos 
estejam atrelados as despesas a que se propõe custear; 
d) O empréstimo compulsório apenas pode ser instituído mediante lei complementar 
e em 2 circunstâncias: 
i) Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, CF); 
ii) No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, observado o disposto no artigo 150 (art. 148, II, CF);. 
e) Apenas o empréstimo compulsório para atender a despesas de guerra externa e 
calamidade pública é que não precisará respeitar a anterioridade do exercício e 90º 
mal, ou seja, poderá ser cobrado imediatamente. 
f) Tributo vinculado, pois ele só pode ser criado para casos específicos, ele está 
vinculado a isso. 
g) Fato gerador: precisa delimitar qual é a manifestação de riqueza sobre a qual vai 
incidir um empréstimo Compulsório. Se ele foi cobrado em moeda, deve ser 
devolvido em moeda. Não pode ser devolvido em títulos de dívida pública. 
h) Os valores por ele arrecadado devem ser utilizados para aquela finalidade que se 
propõem. 
 
Requisitos: 
a) Calamidade pública; 
b) Guerra externa ou iminência; 
c) Investimento público relevante. 
 
Obs: Bis in idem: Um mesmo em te cobrando 2 tributos sobre o mesmo fato 
gerador, por exemplo: IR e empréstimo compulsório; 
Bitributação: entes diversos cobrando tributos distintos sobre o mesmo fato 
gerador, por exemplo: não pode cobrar IPTU e ITR; 
Obs: (i) não pode ser instituídos por medida provisória, já que está não pode dispor 
acerca de matéria reservada à lei complementar (art. 62, §1º, III, CF); (ii) não 
obedece aos princípios da anterioridade de exercício financeiro e anterioridade 
mínima de 90 dias quando for criado com o objetivo de atender a despesas 
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua 
iminência (art. 148, I, CF), a exemplo do que também acontece com o imposto 
extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa (art. 15, §1º c/c art. 154, 
II, CF); 
 
5) Contribuições (art. 149, CF) 
Não há necessidade de lei complementar para instituir as contribuições, exceto a 
prevista no art. 195, §4º, CF. 
 
São classificadas em 04 tipos: 
a) Sociais 
b) De intervenção sobre o domínio econômico; 
c) De interesse de categoria; 
d) Para custeio de serviço de iluminação pública. 
 
As contribuições possuem destinação específica,nelas a hipótese de incidência está 
pautada no fato descrito em lei e no benefício a que se quer alcançar. As diferencia 
dos impostos. 
A competência das contribuições via de regra é da união. Tanto, há 2 exceções. 
i) Discorre sobre a contribuição social previdenciária do servidor público, que 
será instituída pelo ente federativo a que o servidor pertence, nos moldes 
do artigo 149, §1º, CF; 
ii) Consiste na COSIP, que será instituída pelos municípios e pelo Distrito 
Federal, nos moldes do artigo 149-A; 
 
Características: 
a) São instituídas por lei ordinária, com exceção da Contribuição Social Residual, 
que será instituída por lei complementar; 
b) Em relação ao princípio da anterioridade tributária, faz-se necessário informar 
que as contribuições devem observá-lo tanto quanto o princípio nonagesimal, 
mas há 02 exceções: (i) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE sobre 
combustíveis que não observar o princípio da anterioridade do exercício, no 
entanto, apenas a anterioridade nonagesimal, art. 177, §4º, b, CF; (ii) as 
contribuições sociais que respeitam apenas o princípio da anterioridade 
nonagesimal, art. 195, §6º, CF; 
c) É um tributo vinculado; 
 
Contribuição Social Residual (art. 154, I, CF): Deverá ser criada por intermédio de 
lei complementar, bem como deverá ser observada os seguintes requisitos; 
i) Ser instituída pela União; 
ii) Somente por intermédio de lei complementar; 
iii) Não ser cumulativa; 
iv) Ter base de cálculo fato gerador diferente das contribuições já previstas na 
Constituição. 
 
Contribuições Sociais (art. 149 e 195, CF): podem incidir sobre a importação, mas 
não sobre a exportação. São destinadas a custear o financiamento da seguridade 
social, por exemplo: PIS, COFINS, INSS 
 
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDEs): são de competência 
exclusiva da União e serve a atuação do governo federal no mercado, influindo na 
oferta de bens e serviços, de acordo com o interesse público. A CIDE-Combustivel 
Pode ter as alíquotas reduzidas e restabelecidas por meio de decreto do poder 
executivo, e não precisa respeitar o princípio da anterioridade do exercício, apenas 
a anterioridade nonagesimal. A se diz também não incidiram sobre a exportação, 
porém poderão recair sobre a importação. Faz com que a união intervenha no 
domínio econômico garantindo através da arrecadação determinado serviço ou 
atividade. 
 
Contribuições para o custeio do Serviço da Iluminação Pública: instituída pelos 
municípios e pelo Distrito Federal para custeio do serviço de iluminação pública, 
poderá ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica. 
 
Contribuições especiais: competência exclusiva da União; execução: 
Estados/DF/Município - instituirão contribuições, só aos seus servidores, de regime 
previdenciário, com base no artigo 40. 
 
ESPÉCIES FINALIDADE FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
Sociais Gerais FGTS; Salário educação; 
Sistema S 
Art. 149, caput; 212 §5º; 240; 
Seguridade Social INSS; COFINS; PIS sobre 
importação; PIS CPMF 
Art. 195, I, II, III, IV; 149, §2º, 
III a 239 e 84- ADCT 
Previdência Própria Regime previdenciário do 
servidor público 
Art. 149, §1º e 40 
Intervenção no domínio 
econômico 
CIDE sobre petróleo AFRMM; 
Sebrae 
Art. 177, §4º 
149, caput 
Interesse de categoria 
profissional e econômica 
Conselhos de fiscalização das 
profissões (CREA, etc), 
Contribuição sindical 
Art. 149, caput 
Custeio para a iluminação 
pública 
CIP – custear a iluminação 
pública 
Art. 149-A 
 
 
Contribuição para serviço de iluminação pública (art. 149-A): O STF julgou 
inconstitucional a “taxa” de iluminação pública, uma vez que, está se trata de um 
serviço público que não comporta divisibilidade e, portanto, é insuscetível de ser 
remunerado por taxa. Por se tratar de uma espécie tributária, necessariamente a 
contribuição deverá obedecer aos princípios constitucionais tributários, 
notadamente o princípio da legalidade, irretroatividade e da anterioridade do 
exercício financeiro e mínimo de 90 dias. O texto constitucional admite que o tributo 
seja cobrado na fatura de energia elétrica ponto tratando-se de uma simples 
atribuição do encargo de arrecadar o tributo, que não significa delegação de 
competência (art. 7º, §3º, CTN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação Tributário 
 
A luz do art. 96 do CTN, a legislação tributária compreende: Leis, tratados e convenções 
internacionais, decretos e normas complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes Formais : Todas as elencadas não pirâmide. 
A constituição estabelece os limites do poder de tributar = princípios; processo produtivo = fala 
o que pode ser feito por lei complementar ou lei ordinária; Espaço de atuação de norma jurídica 
tributária = diz quais leis complementares ou ordinária se prestam para tal ação ou função; 
 
1) Emendas Constitucionais 
São aqueles modificações que o texto constitucional sofre, a fim de evitar que ele se torne um 
texto estanque ou obsoleto. Implementa novas regras na CF. Tem como finalidade manter a CF 
atualizada. 
Reforma – art. 60, CF votação em 02 turnos , com aprovação de 3/5 dos membros (Câmara de 
Deputados e Senado Federal) 
 
2) Lei complementar 
Requisitos: 
a) É de autoria da União; 
b) É ela que explicitar a norma constitucional; 
c) Serve para dizer quais os parâmetros para os quais tal tributo é criado; 
 
Características: 
a) Mais rígida que a lei ordinária; mas não tem a rigidez da CF; 
b) Não é tão flexível quanto a lei ordinária; 
c) Quórum de aprovação, MAIORIA ABSOLUTA (do todo, metade +1) = 3/5 dos membros; 
em 2 turnos ; em cada uma das casas (Câmara de Deputados e Senado Federal); 
d) O CTN é uma lei complementar; 
 
Obs.: a CF apenas cria, ela não institui tributo, quem faz isso é a lei complementar ou a lei 
ordinária; 
 
Existem 4 tributos que só podem ser instituídos e majorados em decorrência da lei 
complementar: 
a) Contribuição social residual (art. 195, §4º, CF); 
b) Empréstimo compulsório (art. 148, CF); 
CF – Emendas + Cláusula Pétrea 
 
Lei complementar 
 
Lei ordinária + Medida Provisória 
 
Tratado e Convenções Internacionais 
 
Decretos 
 
Instruções Normativas 
 
 
 
 
 
 
 
c) IGF (art. 153, VII, CF); 
d) Imposto residual (art. 154, I, CF); 
 
Além desses 4 tributos em que a Constituição determina que só podem ser instituídos por meio 
de lei complementar, há também algumas matérias que só podem ser abordadas mediante lei 
complementar. 
Nos preceitos do artigo 146 da Constituição, cabe a lei complementar: 
a) Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária; 
b) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
c) Estabelecer normas gerais em matéria tributária (definição de tributos e de suas 
espécies, fatos geradores, base de cálculo, contribuintes, obrigação, lançamento, 
crédito, prescrição e decadência tributária); 
d) O adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas; 
e) A definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte; 
f) Estabelecer os créditos especiais de tributação. 
 
O artigo 156, §3º, da CF, fala sobre o ISS - imposto sobre serviços de qualquer natureza, e 
estabelece que a necessidade de lei complementar para: 
a) Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
b) Excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior; 
c) Regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. 
 
3) Lei ordinária 
Em regra, é ela que irá discorrer sobre matéria tributária. 
Requisitos: 
a) Seu principal fundamento é garantir a efetivação do princípio da legalidade; 
b) Quórum de aprovação: MAIORIA SIMPLES = metade dos presentes +1; 
c) Se não houver uma lei complementar versando sobre uma determinada matéria, 
poderá ser criada uma lei ordinária. Contudo, caso se crie uma lei complementar 
que vá falar sobre o quea lei ordinária falava, a lei ordinária deverá estar nos 
parâmetros do que a lei complementar irá falar, ou será revogada; 
d) Exceção: art. 153. É quando a União pode fazer: (i) imposto de importação; (ii) 
imposto de exportação; (iii) IPI; (iv) IOF; eles não precisam de lei para serem feitos, 
basta um decreto. São impostos reguladores do mercado; 
 
4) Medida Provisória (art. 62) 
É uma forma do presidente legislar sobre determinadas matérias quando estás forem de 
URGÊNCIA ou RELEVANTES. 
Requisitos: 
a) Só se presta para modificar alíquotas. Ela pode aumentar tributos, mas não pode 
instituir; 
b) Só tem validade por um período e se não houver sua conversão em lei , ela perderá sua 
eficácia; 
c) Tem força de lei ordinária; 
d) Tem validade de 60 dias , prorrogados por (=) período; perde a eficácia desde a edição, 
caso não seja convertida em lei dentro do período estipulado e é vedada sua reedição; 
e) Não podem ser objetos de Medida Provisória: (i) Matéria reservada a lei complementar; 
(ii) Nacionalidade; (iii) Cidadania; (iv) Direitos Políticos; 
 
5) Tratados E convenções internacionais 
 Os tratados internacionais ou convenções são os atos firmados entre 2 ou mais estados, no 
intuito de estabelecer normas comuns a serem observadas no âmbito Internacional. 
Em matéria tributária são muito utilizadas para evitar a bitributação e estabelecer a tributação 
de mercadorias exportadas e importadas. 
Artigo 98 do CTN: “Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a 
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobre sobrevenha” 
São celebrados pelo presidente e são referendados pelo Congresso Nacional, tendo como 
finalidade evitar a Guerra Fiscal (art. 84). 
Revogam ou modificam a legislação tributária interna. 
Visam eliminar a bitributação. 
 
6) Decreto legislativo 
Artigo 59, VI, da Constituição, é o ato emanado do Congresso Nacional que não está sujeito à 
sanção do presidente da República. 
No âmbito tributário, são utilizados para aprovação dos tratados e convenções internacionais 
(art. 49, I, CF) e para disciplinar os efeitos das medidas provisórias não convertidas em lei. O 
congresso nacional irá refender o tratado através de um decreto legislativo. 
 
7) Decreto 
Instrumento normativo, utilizado pelo presidente da República, artigo 84, IV, da Constituição, 
para obter a correta aplicação e execução da lei, sem ampliar ou restringir o conteúdo, confirme 
artigo 99 do CTN 
Requisitos: 
a) São atos oriundos do poder executivo; 
b) Tem como finalidade regrar a aplicação da lei; 
c) Só ocorrerá aquelas leis as quais pretende regular; 
 
8) Normas complementares 
Artigo 100 do CTN, são 4 as normas complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: 
a) Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
b) As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei 
atribua eficácia normativa; 
c) As práticas reiteradas observadas pelas autoridades administrativas; 
d) Os convênios que entre si celebram a uniam, os estados o DF e os municípios; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigação 
 
A obrigação tributária pode ser: principal ou acessória. 
Principal Acessória 
Tem por objetivo o pagamento de 
tributo ou a penalidade pecuniária 
nos termos do art. 113, §2º, CTN, 
consiste em prestações positivas ou 
negativas que irão facilitar a 
arrecadação e a fiscalização dos 
tributos. Por prestação positivas tem-
se o dever de “emitir nota fiscal”, 
“escriturar livros”, “declarar 
imposto”, etc. Como prestação 
negativas, cita-se o dever de “não 
receber mercadorias 
desacompanhadas da devida 
documentação fiscal”. 
 
Obrigação principal: Dar = PAGAR = 
efetuar o pagamento (da prestação) ou 
da penalidade; 
Ex: não recolhimento do imposto; Multa 
Obrigação acessória = Fazer/Não 
fazer = emitir notas 
 
 
Obs.: uma obrigação acessória pode gerar uma obrigação principal 
 
 
A inobservância de uma obrigação acessória pelo sujeito passivo implica o surgimento de uma 
obrigação principal referente a penalidade tributária. 
O fato de o sujeito passivo não ter uma obrigação principal, por por gozar de imunidade ou 
isenção tributária, por exemplo, não afasta sua obrigação acessória, uma vez que esta é 
autônoma em relação à principal. 
Sujeito ativo = ESTADO = credor 
Sujeito passivo = CONTRIBUINTE = devedor 
Obs.: intenção só podem ser concedidas por lei ou por ato vinculado do autor. 
 
A obrigação corresponde a uma obrigação de : Dar / fazer / não fazer 
 
Sujeito ativo 
É a pessoa jurídica de direito público que detém a competência para exigir o cumprimento da 
obrigação tributária. 
 
Sujeito passivo 
É o indivíduo obrigado ao pagamento do tributo ou da penalidade tributária, pode ser 
contribuinte ou responsável. 
a) contribuinte: É aquele que tem relação direta e pessoal com a situação que constitua o 
fato gerador da obrigação, é quem pratica o fato gerador. 
b) Responsável: é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, mas por ter relação 
indireta com a situação que constitua o fato gerador, a lei lhe atribui o dever de pagar o 
tributo. 
 
Art. 126, CTN, a sujeição passiva tributária independente: 
a) Da capacidade civil das pessoas naturais; 
b) De achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do 
exercício de atividade civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de 
seus bens ou negócios; 
c) De estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bancando que configure uma 
unidade econômica ou profissional; 
 
Sujeitos passivos podem ser solidários, desde que haja interesse comum na situação que 
constitua o fato gerador do tributo, ou sempre que a lei assim determinar: 
Art. 124, parágrafo único e 125, CTN, determinam 04 efeitos da solidariedade, salvo disposição 
de lei em contrário: 
a) Não comporta benefício de ordem; 
b) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
c) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada 
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais 
pelo saldo; 
d) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou 
prejudica aos demais; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsabilidade Tributária 
 
A responsabilidade tributária pode ser classificada por substituição ou por transferência: 
Substituição Transferência 
Acontece quando a lei determina que 
uma terceira pessoa deve pagar o 
tributo em substituição ao 
contribuinte 
Afeta a pessoa, que, a priori, nada tem haver com a relação 
jurídica preestabelecida, mas será compelida a pagar o 
tributo, caso se envolva, ainda que posteriormente, com o 
sujeito passivo ou com os seus bens. 
É muito utilizada para facilitar a 
fiscalização e a arrecadação para o 
fisco 
O CTN estabelece em seus artigos 129 a 133 a figura do 
responsável por sucessão; 
Nos artigos 134 e 135, a responsabilidade de terceiros; 
Nos artigos 136 a 138, responsabilidade por infração. 
Há 02 casos de responsabilidade de 
substituição: 
(i) substituição para trás (regressiva 
ou antecipada): se dá quando ocorre 
o fato gerador, e o pagamento do 
tributo será realizado 
posteriormente, por uma terceira 
pessoa (o responsável), em 
substituição aquele que o praticou (o 
contribuinte); 
 
(ii) substituição para frente 
(progressiva ou subsequente): 
primeiro ocorre o pagamento do 
tributo sobre uma base de cálculo 
presumida e posteriormente se 
realiza o fato gerador. Art. 150, §7º, 
CF, na substituição para frente, 
quando o responsável paga o tributo 
no início da cadeia e no futuro acaba 
não ocorrendo o fato gerador, caberá 
a restituição daquele tributo. 
 
Responsabilidade do adquirente de bens imóveis (art. 130, 
CTN); 
Responsabilidade do adquirente e remitente (art. 131, CTN); 
Responsabilidade tributária na sucessão hereditária (art. 131, 
III, CTN);Responsabilidade tributária nas operações societárias (art. 
132, CTN); 
Responsabilidade tributária na aquisição de fundo de 
comércio e estabelecimento comercial (art. 133, CTN); 
Responsabilidade do art. 134 do CTN; 
Responsabilidade pessoal (art. 135, CTN); 
 
 
Responsabilidade do adquirente de bens imóveis (art. 130, CTN) : o adquirente de um imóvel 
responde pelos créditos tributários relativos a imposto cujo fato gerador seja a propriedade, 
posse, o domínio útil de bens imóveis, bem como o pagamento das taxas pela prestação de 
serviços referentes a tais bens, ou contribuição de melhoria, salvo se houver prova de quitação 
desses débitos. Se a aquisição do imóvel for por arrematação em hasta pública, o parágrafo 
único do art. 130, CTN, determina que os créditos tributários sub-rogam-se no respectivo preço. 
Segundo o entendimento do STJ, o arrematante não terá responsabilidade tributária ainda que 
o valor da dívida seja superior ao valor arrematado, uma vez que o arrematante se exime de 
quaisquer responsabilidades, recebendo o imóvel livre de ônus tributários. Os débitos devem 
ser quitados com o produto da arrematação. 
 
Responsabilidade do adquirente e remitente (art. 131, CTN) : o adquirente ou remitente de 
bens é responsável pelo pagamento dos créditos tributários dos bens adquiridos ou remidos. No 
caso dr aquisição de um veículo com dívida de IPVA, o adquirente é responsável pelo pagamento 
desse tributo. 
*remição: quando o cônjuge, ascendente ou descendente, resgata bens que, num processo de 
execução, tenham sido levados a leilão. 
Destaca-se também a possibilidade atual de o próprio credor ficar com o bem do executado. 
Essa alternativa, inclusive, consta como a primeira opção para a alienação do bem espirituais do 
devedor, a adjudicação pelo exequente(próprio credor), que concorre com o cônjuge, o 
ascendente e os descendentes (remitentes), consoante art. 876 CPC. 
Tanto na remição quanto na adjudicação há responsabilidade tributária pelos tributos devidos 
pelos bens remidos ou adjudicados. O STJ entende que a responsabilidade permanece ainda 
quando se tratar de bem imóvel, pois não se confunde arrematação, prevista no parágrafo único 
do art. 130, CTN, com remição e adjudicação. 
 
Responsabilidade tributária na sucessão hereditária (art. 131, III, CTN) : o espólio é responsável 
pelo pagamento dos tributos devidos, pelo de cujos até a abertura da sucessão. 
 
Responsabilidade tributária nas operações societárias (art. 132, CTN) : nas operações de fusão, 
incorporação ou transformação, a pessoa jurídica resultante será responsável pessoalmente 
pelo pagamento dos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionada, incorporada ou transformada. 
 
Responsabilidade tributária na aquisição de fundo de comércio e estabelecimento comercial 
(art. 133, CTN) : o adquirente que continuar a respectiva exploração, ainda que modifique a 
razão social, é responsável pelo pagamento dos tributos devidos pelo fundo ou estabelecimento 
adquirido, devidos até a data dos atos. 
O adquirente responderá integralmente pelos créditos tributários se o alienante cessar a 
exploração do comércio, indústria ou atividade. 
A responsabilidade do adquirente será subsidiária com o alienante se este continuar a explorar 
qualquer atividade ou iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade 
no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
O art. 133, CTN, só não é aplicável quando o fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
indústria ou profissional for adquirido em processo de falência ou processo de recuperação 
judicial, §1º, do art. 133, CTN. 
 
Contudo, o adquirente responderá pela dívida tributária, se a aquisição do fundo de comércio 
ou estabelecimento comercial, ainda que realizada no processo de falência ou recuperação 
judicial, for por: 
a) Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo 
devedor falido ou em recuperação judicial; 
b) Parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consanguíneo ou afim, do devedor 
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; 
c) Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o 
objetivo de fraudar a sucessão tributária; 
 
Responsabilidade do art. 134 do CTN : prevê responsabilidade solidária a algumas pessoas, nós 
atos em que intervierem ou forem omissas, na impossibilidade de exigir o cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte. 
Respondem solidariamente pelos tributos devidos: 
a) Os pais por seus filhos menores; 
b) Os tutores e curadores por seus tutelados ou curatelados; 
c) Os administradores de bens de terceiros por estes; 
d) O inventariante pelo espólio; 
e) O síndico e o comissário pela massa falida ou pelo concordatário; 
f) Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício sobre os atos praticados por 
eles, ou perante eles, em razão de seu ofício; 
g) Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas; 
 
Responsabilidade pessoal (art. 135, CTN) : respondem pessoalmente pelos créditos tributários 
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de 
poderes ou infração a lei, contrato social ou estatuto social: 
a) As pessoas referidas no art. 134, CTN; 
b) Os mandatários, prepostos e empregados; 
c) Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado; 
 
O mero inadimplemento de tributo por parte da pessoa jurídica não é considerado pelos 
Tribunais Superiores infração a lei e, por essa razão, não gera responsabilidade para os sócios 
com poderes de gerência (Súmula 430 do STJ). 
 
A dissolução irregular da sociedade é infração a lei e por essa razão acarreta responsabilidade 
tributária aos sócios-gerentes (art. 135, III, CTN e Súmula 435, STJ). 
 
A responsabilidade por infrações da legislação tributária independente da intenção do agente 
ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. 
 
 
Denúncia espontânea (art. 138, CTN) 
A responsabilidade por infrações será excluída quando o contribuinte, antes de qualquer 
procedimento administrativo promover a denúncia espontânea de forma a pagar o tributo 
acompanhado dos juros. Assim, no caso de denúncia espontânea, o sujeito passivo não terá de 
pagar apenas as multas tributárias. 
 Conforme parágrafo único do art. 138, CTN, só será considerada denúncia espontânea se o 
contribuinte fizer o pagamento do tributo antes de qualquer procedimento administrativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito Tributário 
 
Com o surgimento da obrigação tributária aparece o crédito tributário. Com a existência do 
crédito tributário é que o fisco poderá exigir o tributo. 
O crédito tributário é constituído por meio do lançamento tributário. 
O lançamento tributário reporta-se a data da o ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-
se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada (art. 144, CTN). 
 
Há 3 modalidades de lançamento tributário: 
a) de ofício; 
b) por declaração; 
c) Por homologação; 
 
Lançamento de ofício: é realizado pela autoridade administrativa, independentemente de 
qualquer atuação ou participação do sujeito passivo. É a própria autoridade administrativa que 
verifica a ocorrência do fato gerador, determina a matéria tributável, calcula o momento o 
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe aplicação da 
penalidade cabível. 
Por exemplo: IPTU, IPVA, taxas, contribuição de melhoria, contribuições corporativas e 
contribuições para o serviço de iluminação pública. 
 
Lançamento por declaração: previsto no artigo 147 do CTN, é efetuado pela autoridade 
administrativa com base em informações prestadas pelo sujeito passivo sobre a ocorrência do 
fato gerador. 
Exemplo: ITBI, imposto de importação na bagagem. 
 
Lançamento por homologação: previsto no artigo 150 do CTN, ocorre quando o sujeito,verifica 
a ocorrência do fato gerador, calcula o tributo e executa o pagamento, independentemente de 
qualquer atuação prévia da autoridade administrativa. Esta apenas irá verificar posteriormente 
se o pagamento foi feito corretamente, momento em que irá efetivar o lançamento tributário. 
Atualmente, o lançamento por homologação está presente na maioria na maior parte dos 
tributos, como exemplo, podemos citar: ICMS, IPI, PIS e confins. 
 
Crédito tributário e decadência 
A Constituição do crédito tributário deve acontecer no interregno de 5 anos. Passado este prazo, 
o fisco perde o seu direito de lançar, ocorre a decadência. 
 
A decadência é a perda do direito do fisco de constituir o crédito tributário. Sem crédito 
tributário não há exigibilidade do tributo. 
A Contagem do prazo decadencial é verificada nos artigos 173 e 150, §4º do CTN. 
O artigo 173, I, do CTN, prevê como marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
O artigo 150, §4º, prevê que a contagem se inicia na data da ocorrência do fato gerador. 
 
Os tributos sujeitos ao lançamento por homologação respeitam a regra do artigo 150, §4º, CTN. 
 
Os tributos sujeitos ao lançamento de ofício e por declaração, bem como os casos em que 
houver fraude, dolo, simulação ou ausência de pagamento, sujeitam-se a regra do artigo 173, I, 
CTN. 
 
A declaração de exigência de crédito tributário entregue pelo sujeito passivo ou constitui, e por 
essa razão a fazenda poderá exigir diretamente as quantias declaradas e não pagas, 
independentemente de lançamento de ofício (Súmula 436/STJ). 
 
Decadência e o artigo 173 CTN 
O direito de autoridade administrativa proceder ao lançamento tributário extingue-se em 5 
anos, contados da data em que se torna definitiva a decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
 
Prescrição 
Prescrição é a perda do direito do fisco de cobrar o crédito tributário. 
Uma vez constituído o crédito tributário, a autoridade administrativa deverá cobrá-lo do sujeito 
passivo. O artigo 174 do CTN prevê o prazo de 5 anos, a contar da Constituição definitiva do 
crédito tributário, para a fazenda ajuizar a Execução fiscal para obter a satisfação coativa do 
crédito tributário, sob pena de ocorrer a prescrição. 
Artigo 174 do CTN, a prescrição se interrompe, ou seja, é contada novamente do zero quanto: 
a) Pelo despacho do juiz que ordena a citação em execução fiscal; 
b) Pelo protesto judicial; 
c) Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
d) Por qualquer ato inequívoco, ainda que extra judicial, que importe e reconhecimento 
do débito pelo devedor; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito Tributário e Causas de Suspensão 
 
 Uma vez constituído o crédito tributário, este poderá ser exigido pelo sujeito ativo, vez que a 
obrigação torna-se líquida, certa e exigível. O sujeito passivo deverá pagá-lo, sob pena de sofrer 
os efeitos de mora. 
Existem situações em que a fazenda pública não poderá exigir determinado tributo, em virtude 
da existência das causas de suspensão da exigibilidade, conforme o artigo 151 do CTN: 
a) A moratória; 
b) O depósito do seu montante integral; 
c) As reclamações e os recursos, nos ditames das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; 
d) A concessão de medida liminar em mandado de segurança; 
e) A concessão de medida liminar ou tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial; 
f) O parcelamento; 
 
O artigo 141 do CTN, traz as causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário e são 
apenas essas que estão previstas neste código. 
 
Macete 
MOratória 
Recurso Administrativo 
Depósito integral 
Reclamação 
LIMinar 
PARcelamento 
 
Moratória (art. 152 a 155, CTN) 
Refere-se a dilação legal do prazo de pagamento do tributo. Ocorrendo o fato gerador existindo 
a moratória, o sujeito passivo deverá pagar o tributo, mas de modo prorrogado, e não no 
instante em que este fato ocorrer. 
Nos termos do artigo 152 do CTN, a moratória pode ser geral ou individual. 
 
Moratória Geral Moratória Individual 
Alcança uma generalidade de 
pessoas, indistintamente, e por 
essa razão não há necessidade de 
despacho da autoridade 
administrativa. 
A luz do artigo 152, I, do CTN, 
somente poderá ser concedida 
pelo ente federativo que tem 
competência para instituir o 
tributo, trata-se de moratória 
autônoma ou autonômica. 
Exemplos somente os estados e 
Distrito Federal poderão anuir a 
moratória do ICMS, uma vez que 
eles apresentam competência 
para instituir esse tributo. 
alcança apenas algumas pessoas que 
preenchem determinados critérios 
estabelecidos em lei e que devem, 
ainda, ser averiguados por intermédio 
de despacho da autoridade 
administrativa. A lei estabelece 
algumas condições específicas a serem 
preenchidas pelo sujeito passivo. 
Atendidas as condições estabelecidas 
em lei, autoridade administrativa 
concede a moratória individual. 
Não gera direito adquirido, pois se o 
contribuinte não preencher mais os 
requisitos, ou restar comprovada que 
nunca os preencheu, perderá a 
moratória, devendo pagar o tributo 
com juros. E no caso de agir com dolo, 
 O inciso II, do artigo 152 do CTN 
por sua vez, traz uma exceção ao 
prever que a união poderá criar 
moratória para tributos 
municipais e estaduais, desde que 
este crie moratória, 
simultaneamente, de um tributo 
de sua competência e as 
obrigações de direito privado 
(esta moratória é denominada 
heterônoma). 
 
 
fraude ou simulação, deverá pagar o 
tributo, acrescidos de juros e 
penalidades tributárias 
 
O depósito do seu montante integral (art. 151, II, CTN) 
 O depósito do montante integral não é condição de admissibilidade da ação, apenas é um meio 
para suspender a exigibilidade do crédito tributário, de acordo com o artigo 151, II, do CTN. 
 Súmula vinculante número 28 STF: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como 
requisito de admissibilidade da ação judicial na qual se pretende discutir a exigibilidade do 
crédito tributário”. 
O depósito suspende a exigibilidade do crédito tributário e a fluência dos juros a cargo do sujeito 
passivo. 
 
As reclamações e os recursos (art. 511, III, do CTN) 
Quando o sujeito passivo receber a notificação fiscal de lançamento (NFL) ele pode: 
a) Pagar; 
b) Recorrer administrativamente; 
c) Apelar à esfera judicial; 
d) Não fazer nada. 
 
Obs.: No caso de o sujeito passivo preferir ir à esfera administrativa, enquanto nelas tiverem 
andamento a discussão do crédito tributário, isto é , com reclamação ou recursos para serem 
analisados, o crédito tributário estará suspenso. 
 
A concessão de medida liminar em mandado de segurança 
A mera propositura do mandado de segurança com pedido de liminar não suspende a 
exigibilidade do crédito tributário, somente a concessão pelo poder judiciário. 
 
A concessão de medida liminar o de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial 
A suspensão da exigibilidade do crédito tributário também pode ser obtida em decorrência de 
tutela antecipada em ação judicial, confirme o artigo 151, V, do CTN. 
 
Parcelamento 
O parcelamento está previsto no artigo 155-A, do CTN. Alude a dilação legal do prazo de 
pagamento do tributo realizado em parcelas. 
O fato de ter sido concedido o parcelamento não vai excluir a incidência de juros e de multas, 
todavia, nada obsta de existir uma legislação que o faça. 
Exemplos de leis que eliminam a incidência de juros e multas são: REFIS, PAES, PAEX, etc. 
 
 
 
Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN) 
 
Previsto no art. 156, do CTN, são causas de extinção do crédito tributário: 
a) Pagamento: deverá ser integral; 
b) Compensação (art. 156, II, CTN): ocorre quando houver reciprocidade entre credor e 
devedor. Além de existir a reciprocidade, o crédito tributário somente poderá ser 
extinto por meio da compensação quando houver previsão legal. Em âmbito federal, 
temos a Lei n° 9.430/96 que estabelece

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