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Competência Tributária Competência Tributária é o poder de tributar, conferido aos entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). O art. 150, CF, faz uma proteção, tendo como finalidade garantir que determinadas questões que tenham importância, sejam protegidas. Limitam a competência tributária e sempre estarão previstas na constituição (não existe nenhuma previsão fora dela). Somente serão disciplinadas por Lei Complementar. E podem ser REVOGADAS mediante Emenda Constitucional. Obs.: não cabe revogação a cláusula pétrea, sendo assim, não caberá no caso de liberdade religiosa (uma das imunidades tributárias) A C.F concede aos entes federativos para que eles possam CRIAR, INSTITUIR e MAJORAR tributos. Não constitui delegação de competência a circunstância de o titular da competência tributária atribuir a pessoa de direito privado a tarefa de arrecadar os tributos. A competência tributária no que tange aos impostos é obrigatória. CARACTERÍSTICAS: a) Indelegável (art. 7º, CTN): não podendo ser transferida para nenhum outro ente; A competência tributária que consiste na criação instituição e majoração de tributos é indelegável as funções administrativas de arrecadar fiscalizar executar leis que compreende a capacidade ativa tributária podem ser delegadas. Macete Competência Capacidade Criar/instituir, Modificar, Majorar Arrecadar, Fiscalizar e Administrar (Executar leis, serviços atos administrativos) Conferido a União, Estados, D.F e Municípios Conferida a uma pessoa jurídica de direito público Matéria constitucional Matéria CTN art. 7º Indelegável Capacidade de legislar Delegável Delegação integral: parafiscalidade; Delegação parcial: delegação de certas atividades; Capacidade ativa é delegável Ex: ITR, competência da União, delegou função de arrecadar e fiscalizar para os Municípios b) Facultativa: os entes federativos não estavam obrigados a instituir tributos o que tornava a competência facultativa, após a lei do ano de 2000, tais entes não tem mais essa faculdade, pois são obrigados a criar tributos. um exemplo da faculdade é o imposto sobre grandes fortunas IGF que compete a união a sua instituição até hoje não foi criado e não há problema algum porque a competência tributária “é” facultativo. c) O direito do ente federativo de instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo, tornando a competência tributária incaducável; d) Inalterável: competência tributária não pode ser alterada por lei infraconstitucional apenas por meio de emenda; e) Irrenunciável: o ente não pode renunciar ao que está previsto na CF; Macete: 1. indelegável; 2. facultativa; 3. incaducável; 4. Inalterável 5. Irrenunciável Obs: Distrito Federal apresenta a competência tributária cumulativa para instituir o IPTU ETVI e ISS artigo 147 da CF o que estabelece que os impostos dos municípios serão do Distrito Federal. UNIÃO ESTADOS DISTRITO FEDERAL MUNICÍPIO Art. 153 e 154, CF Art. 155, CF Art. 155 e 147, CF Art. 156, CF IPI – II - imposto de importação IE – impostos de exportação IR – imposto de renda ITR IOF IGF – imposto sobre grandes fortunas IEG – imposto extraordinário de guerra IMPOSTO RESIDUAL ICMS IPVA ITCMD – imposto sobre transmissão causa mortis ou doação ICMS IPVA ITCM IPTU ITBI ISS Iluminação pública (art. 149- A) IPTU ITBI ISS Iluminação pública (art. 149-A) Taxa Taxa Taxa Taxa Contribuições de melhoria Contribuições de melhoria Contribuições de melhoria Contribuições de melhoria Contribuições art. 149, CF Contribuições art. 149, §1º, CF Contribuições art. 149, §1º, CF Contribuições art. 149, §1º, CF Contribuição social CIDE – Contribuição de intervenção no domínio econômico Contribuição previdenciária do servidor público Estadual Contribuição previdenciária do servido público Contribuição previdenciária do servido público municipal Contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica Empréstimo Compulsório Art. 148 Não tem Não tem Não tem Competência privativa, residual e comum A competência privativa e residual refere-se exclusivamente aos impostos, dispondo a Constituição federal acerca dos impostos que podem ser criados pela União , pelos estados DF e municípios. a) Competência Privativa: É só de um ente, Ela é exclusiva, Impedindo os demais entes da federação de tributar sobre o mesmo fato gerador. É proibido invadir a competência um do outro.Todos os impostos são de competência privativa. União: art. 153 da Constituição. Estados e D.F.: art. 155 da CF Municípios: art. 156 A enumeração dos impostos das unidades federativas é taxativo. Nenhum outro imposto que não os arrolados nos artigos pode ser criado pelos estados Distrito Federal e municípios. No que se refere a união a enumeração dos impostos não é taxativa. Obs: para a instituição de contribuição para custeio de serviço de iluminação pública é exclusiva dos Municípios e DF. b) Competência Comum: Permite que os mesmos entes da federação possam tributar sobre os mesmos fatos geradores; Ex: taxas e contribuições de melhoria. c) Competência residual/privativa: art. 147, da CF, não se usa mais; essa competência é somente da União, ela pode instituir imposto que não aqueles expressamente previstos. Art. 154, I, da CF, autoriza que a união institua outro tributo não existente, desde que obedeça as regras: i) instituição por lei complementar; ii) não-cumulativo; iii) fato gerador diferente dos previstos na CF; iv) base de cálculo diferente dos previstos na CF; Repartição Das Receitas Tributárias É a distribuição das receitas dos impostos entre a União, Estados e Municípios. A constituição federal prevê algumas hipóteses de transferência obrigatória da arrecadação dos impostos: artigo 153 §5º, 157, 158 e 159. Art. 153, §5º ,da CF - a reunião é obrigada a repassar 30% da arrecadação do IOF incidente sobre ouro tido por lei como ativo financeiro para o Estado, de acordo com a origem, e 70% para o Município pátrio. Art. 157 da CF - compete aos Estados e ao Distrito Federal: a) 100% da arrecadação do ER incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título pelos Estados, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; b) 20% do produto da arrecadação do imposto residual. Art. 158 da CF - Competem aos municípios: a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; b) 50% do ITR, como via de regra, e 100% do ITR quando o Município detiver a capacidade ativa tributária, ou seja, a função de arrecadar e fiscalizar esse imposto; c) 50% do IPVA; d) 25% do ICMS. Art. 159 da CF - A União entregará 49% da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza(IR) e sobre produtos industrializados (IPI) da seguinte forma: a) 21,5% ao fundo de participação dos Estados e do Distrito Federal; b) 22,5% ao fundo de participação dos municípios; c) 3% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões norte, nordeste e centro-oeste; d) 1% ao fundo de participação dos municípios que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1%. Ao fundo de participação dos municípios que será entregue. No primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; As transferências de imposto, que estão previstas nos artigos 153, §5º , 157, 158 e 159. Só poderão deixar de serem repassadas no caso do artigo 160. Quando o ente federativo não estiver aplicando o percentual exigido na área da saúde, e ainda no caso de débitos de um ente e suas autarquias com o outro que irá fazer o repasse. Exercício da Competência Tributária Os entes federativos irão CRISR, INSTITUIR e MAJORAR os tributos apenas mediante lei e, via deregra por lei ordinária. Existe 4 tributos que só podem ser instituídos ou majorados em virtude de lei complementar: 1) Contribuição social residual (art. 195 §4º da CF); 2) Empréstimo compulsório (art. 148 da CF); 3) Imposto sobre grandes fortunas (IGF) – (art. 153, VII, da CF). 4) Imposto Residual (art. 154, I, da CF) Macete = CEGI Contribuição social residual. Empréstimo compulsório. IGF. Imposto residual. De acordo com o artigo 62 §2º, da Constituição, a medida provisória (MP) é um instrumento normativo com força de lei que poderá instituir e majorar imposto. Porém, para instituir ou majorar imposto, a MP deverá observar 2 requisitos: 1) o imposto deve ser instituído por meio de lei ordinária, pois o artigo 62 §1º, III, CF, veda a MP de tratar sobre matéria reservada a lei complementar; 2) se referindo aos impostos, excepcionados o imposto extraordinário de guerra (IEG), imposto sobre a importação (II), imposto sobre a exportação (IE), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos valores Mobiliário (IOF) e imposto sobre produtos industrializados (IPI), necessário que a medida provisória que os cria seja convertida em lei até o final do exercício financeiro em que foi editada, para que possa produzir efeitos no exercício subsequente. Princípios 1) Princípio da legalidade (art. 150, I, CF): Nenhum tributo será instituído ou majorado a não ser por meio de lei. Não poderão ser exigidos (instituído ou criados) ou aumentados (majorados) se não através de lei. Artigo 97 do CTN, considera-se majoração de tributo a modificação da base de cálculo de forma a torná-la mais oneroso. A mera atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo não constitui majoração de tributo, podendo ser realizada em decorrência de simples decreto. Se a “atualização monetária” ocorrer com índices superiores ao oficial, não se tem uma mera atualização de valores, e sim uma majoração da base de cálculo disfarçada, e por isso, nesse caso, um instrumento normativo necessário será a lei.Súmula 160 do STJ. É defeso, ao município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária Todos os tributos estão sujeitos ao princípio da legalidade, só podem ser instituídos ou majorados por meio de lei. Artigo 153, §1º, prevê alguns impostos que podem ter as alíquotas alteradas, inclusive majoradas, desde que observados os limites e as condições estabelecidas em lei, em virtude do ato do poder executivo, o que se dá comumente por decreto presidencial. i) Imposto sobre importação (II) ii) Imposto sobre a exportação (IE) iii) Imposto sobre produtos industrializados (IPI) iv) Imposto sobre operação de crédito, câmbio e seguros (IOF) Art. 177, §4º, I, b, CF, possibilita ao poder executivo reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE COMBUSTÍVEL, por intermédio de ato próprio, no caso, o decreto presidencial. Art. 155, §4º, IV, c, CF, permite ao poder executivo reduzir e reestabelecer as alíquotas do ICMS e incidência monofásica monofásica., nas operações com combustíveis e lubrificantes previstos em lei Federal. Exemplo que viola o princípio é um decreto (não tem força de lei) aumentar a base de cálculo. Obs: o II, IE, IPI, IOF – podem ter as alíquotas modificaras por DECRETO, ou seja, não precisa de lei; Obs: alteração por LEI ORDINÁRIA: elementos do tributo – fato gerador, base de cálculo, alíquotas e sujeitos; Obs: LEI COMPLEMENTAR: empréstimo Compulsório, IGF, imposto e contribuições residuais; Elementos do tributo: - Fato Gerador; - Base de cálculo; - Alíquota (pode ser modificada por medida provisória) - Sujeito; Criação/Alteração – regra: lei ordinária ou medida provisória (só pode ser usada para tratar de matéria reservada a lei ordinária); Exceção: Lei complementar- Empréstimo Compulsório, IGF e Imposto e Const. Residual da União; Para modificar qualquer um desses elementos precisa de lei; Obs: prazo para pagamento não precisa ser previsto ou alterado por lei , pode ser por Decreto 2) Princípio da isonomia (art. 150, II, CF) : É vedada união, aos estados, Distrito Federal e aos municípios instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Não se pode estabelecer uma diferenciação na carga tributária em razão do exercício da profissão. Exceção: microempresas e empresas de pequeno porte (art. 179 e 146, III, d) Regiões do país menos desenvolvidas 3) Princípio da irretroatividade (art. 150, III, a, CF): É vedado à união, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios cobrarem tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentou. Não existe óbice para que a lei que reduza o tributo tenha efeito retroativo, desde que o faça de modo expresso. O CTN prevê 3 exceções ao princípio da irretroatividade: i) quando aludir a lei expressamente interpretativa e desde que não comine penalidade (art. 106, I, CTN) ii) a lei tributária poderá retroagir se discorrer sobre ato não definitivamente julgado. a) se deixar de defini-lo com infração. b) quando não abordá-lo como contrário a qualquer exigência exigência. De ação ou de omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado falta de pagamento de tributo; c) caso lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática (art. 106, II, CTN) iii) prevista no artigo 144. Obs: em direito tributário considera-se penalidade como multa. Multa não é tributo. O principal. Em regra: a lei aplica-se a fatos futuros. Exceção: só se usa a lei para trás quando: a) for em relação a penalidade e for melhor para o contribuinte b) estiver em aberto: o contribuinte não pagou 4) Princípio da anterioridade O tributo que for instituído ou majorado em determinado exercício financeiro somente poderá ser exigido no próximo exercício e desde que tenham transcorridos 90 dias da data da publicação da lei que instituído ou majorado (art. 150, III, B e C, da CF). É proibida a cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. A lei deve ser publicada no exercício anterior para que possa irradiar os seus efeitos no exercício financeiro subsequente. Caso se trate de redução, se a lei dispuser em sentido diverso, opera-se de imediato. Nem todos os tributos precisam respeitar o princípio da anterioridade a exceções (art. 150, §1º, 155, §4º, IV, c, 177, §4º, I, b e 195, §6º, da CF): Tributos que não precisam aguardar o próximo exercício e nem os 90 dias Tributos que não precisam aguardar o próximo exercício, mas sim os 90 dias Tributos que devem respeitar o princípio da anterioridade, mas não os 90 dias Podem ser cobrados IMEDIATAMENTE - - IEG – imposto extraordinário de guerra; Empréstimo Compulsório de guerra e calamidade pública; II – imposto sobre importação; IE – Imposto sobre exportação; IOF – imposto sobre operações financeiras IPI; Casos de redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE Combustível e do ICMS Combustível; Contribuição Social IR; Alteração da base de cálculo do IPTU e do IPVA; Os princípios da anterioridade do exercício nonagesimal previstos na Constituição (art. 150, III, B e C) devem ser observados apenas nas hipóteses de instituição e majoração de tributos. Se houver modificação de prazo para pagamento do tributo ainda que seja para antecipar a data como não se trata neste caso de instituição o majoração de tributo não será necessário o respeito a tais princípios. Súmula vinculante n° 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. 5) Princípio do não confisco (art. 150, IV) É proibido que o tributo seja utilizado com efeito de confisco. A tributação não poderá ser tão pesada a ponto de exterminaro patrimônio do sujeito passivo. Não existe na lei um limite, um percentual que gere essa vedação. Estabelece que o tributo não pode inviabilizar o direito de propriedade. Para saber se o tributo tem ou não efeito confiscatório, deve-se analisar a soma de todos os tributos devido pelo contribuinte e não apenas aquele isolado. As multas tributárias também devem respeitar o princípio do não confisco. 6) Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF) Veda os entes federativos de instituir tributos interestaduais e intermunicipais que visem estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou de bens. Não se pode usar o tributo para obrigar o contribuinte a ficar no município, não se deslocar. Obs: o pedágio não apresenta natureza tributária. 7) Princípio da uniformidade geográfica (art. 151, I, CF) Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a estado, ao Distrito Federal ou ao município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais, destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio econômico entre as diferentes regiões do país. É vedada a união instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional, mas admite incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio econômico. Os incentivos serão regulados por lei. 8) Princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1º, CF): Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. O cidadão tem o dever de contribuir na exata proporção de sua capacidade econômica. A capacidade contributiva também poderá será aplicada nos tributos indiretos IPI e ICMS por exemplo. São do princípio da seletividade: seletividade é a tributação conforme a essencialidade do bem, isso é quanto mais essencial for o bem, menor será a tributação. Ela só se aplica ao IPI (obrigatoriamente) e ICMS (facultativamente). Tem como finalidade fazer com que cada situação tenha uma alíquota diferenciada de acordo com a essencialidade dos produtos ou mercadorias. Técnicas de graduação: - Progressividade: consiste na majoração das alíquotas a medida que a base de cálculo é elevada. Ex: imposto de renda; ITR, IPTU; - proporcionalidade: a alíquota é sempre fixa, variando apenas a base de cálculo. Ex: IPVA, ICMS 9) Princípio da proibição das isenções heterônomas (art. 151, III, CF): A união não pode conceder isenção para tributos que não estejam em sua competência tributária, sob pena de violar o princípio do pacto federativo. Assim, só pode conceder isenção de determinado tributo o ente federativo que tem competência para sua instituição. Quando um ente federativo diferente daquele que detém a competência para instituir o tributo concede a isenção, tem se a isenção heterônoma.. Obs: A isenção heterônoma é vedada no Brasil mas há exceções. i) ISS sobre serviços prestados no exterior (art. 156, §3º, II; ii) tratados e convenções internacionais; 10) Princípio da não discriminação quanto a procedência ou destino (art. 152, CF): Veda aos estados, aos Distrito federal e aos municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência ou destino. Macete: Legalidade (art. 150, I) Uniformidade geográfica (art. 151, I) Capacidade contributiva (art. 145, §1º) Isonomia (art. 150, II) Irretroatividade (art. 150, III, a) Anterioridade do exercício (art. 150, III, b) Não confisco (art. 150, IV) Anterioridade nonagesimal (art. 150, III, c) 11) Princípio da não-cumulatividade Só se aplica ao IPI, ICMS e PIS, não podendo ser cumulativos. ICMS – art. 155, §2º, I, CF IPI – art. 153, §3º, II, CF PIS – lei n° 10.637/2002 Tem como finalidade reduzir a tributação incidente a cadeia produtiva e reduzir a tributação sobre o consumo e evitaria denominado “efeito sanfona”. O tributo incide uma única vez sobre o produto. A união poderá mediante lei complementar instituir outros impostos não previstos no art. 154, para que sejam não-cumulativos. Imunidades Imunidade tributária ocorre, quando a CF veda a criação e a cobrança de tributos sobre determinadas situações e sobre certos sujeitos. Não se confunde imunidade com isenção. Imunidade Isenção impede a incidência do tributo consiste na lei que estabelece que certas situações ou determinados sujeitos não serão tributados são irrevogáveis artigo 60, §4º, IV, CF. podem ser revogadas a qualquer tempo salvo nos casos de isenções onerosas A temos de precedente do STF, admite análise ampla, à luz dos princípios constitucionais consagrados só pode ser interpretada literalmente têm foro exclusivo na Constituição, porque são ainda que negativos de competência tributária. alcançam várias espécies de tributo, como os impostos, as taxas, a contribuição social e a contribuição de intervenção no domínio econômico - CIDE Inexistem , imunidades previstas para a contribuição de melhoria empréstimo compulsório. Imunidade = proíbe instituição de imposto (se limita aos impostos) Existem imunidades genéricas e específicas. As genéricas: estão previstas no artigo 150, VI, CF e referem-se apenas aos impostos. Diz respeito às pessoas e situações previstas no artigo 150, VI, CF, que não devem pagar apenas os impostos, mas inclusive às demais espécies tributárias, como as taxas, contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos compulsórios. As imunidades específicas: são relativas a um único tributo diante de convênios especiais. Macete Subjetiva - Artigo 150, VI, c, daCF. Objetivo - Artigo 150, VI, d, da CF. R 3 - Artigo 150, a, da CF. Tempos de qualquer culto - artigo 150, VI, b, da CF. Imunidade Dispositivo de lei Fundamentos/características STF Imunidade recíproca Art. 150, VI, “a”, da C.F - A imunidade recíproca impede que os entes políticos cobrem impostos o STF tem entendido que em alguns casos uns dos outros, vedando assim, que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituam impostos sobre o patrimônio a renda e os serviços um dos outros; - Ela é uma garantia da federação; - Alcança apenas aos impostos, podendo assim, incidir sobre outras espécies tributárias, como título de exemplo as taxas, as contribuições, etc.; - Tem como propósito garantir e confirmar o princípio da isonomia e o equilíbrio federativo entre os entes da federação; - A regra se estende às autarquias e fundações públicas, em razão da personalidade jurídica de direito público (art. 150, §2°e 3° da CF), desde que atendam a 04 requisitos previstos na lei, os quais são: (a) cumpram suas finalidades essenciais ou qualquer uma delas decorrentes; (b) sejam instituídas e mantidas pelo Poder Público; (c)não cobrem preços e nem tarifas; (d) não entrem na concorrência privada; Assim, são imunes o INSS, o Incra, os conselhos de fiscalização profissional e demais pessoas jurídicas de direito público, sejam federais, estaduais ou municipais. Obs: quanto a sociedade de economia mista e as empresas públicas, por serem detentoras de personalidade jurídica de direito privado não gozam de imunidade tributária com relação a empresas públicas e a sociedades de economia mista, aplica-se a imunidade, desde que estas prestem serviço público de caráter obrigatório e de forma exclusiva ao Estado. Cita-se como exemplo a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Ainda, o STF, já decidiu, que a “imunidade tributária constante do art. 150, VI, a, da Constituição Federal alcança o imóvel pertencente à União que se encontra em posse precária de concessionária de serviço público para ser utilizado na atividade-fim à qual essa se destina” Templos de qualquer culto; Art. 150, VI, “b”,da C.F - a imunidade aos templos de qualquer culto visa proteger a liberdade de consciência e de cresça, uma vez que a Constituição Federal em seu art. 5º, VI, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante a proteção aos locais de culto e suas liturgias, independentemente da dimensão da igreja ou do seu número de adeptos. - o templo desfrutará da imunidade, desde que cumpra determinadas condições: a) a prova do reinvestimento integral do montante pecuniário advindo das atividades conexas na consecução dos objetivos institucionais da Igreja; b) a prova da inexistência de prejuízo à livre concorrência, impedindo-se o cunho empresarial na atividade financeira desempenhada (STF, RE 87.890). - a imunidade aplica-se a tudo, que estiver em nome da instituição religiosa, desde que cumprir sua finalidade essencial, como por exemplo o imóvel onde é exercido o culto religioso é imune à incidência de IPTU; - as doações efetuadas pelos fiéis em favor do templo estão imunes ao ITCD; Com relação as lojas maçônicas, estás não gozam de imunidade tributária, umas vez que o STF tem entendido que a maçonaria não é religião, é apenas urna ideologia de vida, na qual as pessoas se ajudam mutuamente. O STF entende que os imóveis utilizados como residência ou escritório de padres e pastores estão abrangidos pela imunidade, bem como, os imóveis de propriedade do templo locado a terceiro, não se sujeita ao pagamento de IPTU e a renda auferida com a locação também não deve ser tributada; Ainda, enquadram-se nas imunidades os cemitérios pertencentes às entidades religiosas; Imunidades para partidos políticos, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de Art. 150, VI, “c”, da C.F i) Imunidade para os Partidos Políticos: a Constituição Federal assegura a livre criação de partidos políticos absorvendo-se os preceitos indicados no art. 17. Os partidos políticos e as fundações por ele criadas, Súmula n° 724/STF : Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a educação e entidades de assistência social também usufruem de imunidade quantos aos impostos, desde que estejam ligados às suas finalidades essenciais. Sendo assim, a título de exemplo podemos citar a renda dos partidos, é imune, bem como não se pode sujeitar ao IPTU ou ao imposto de transmissão um imóvel adquirido para servir de sede do partido; Obs: Para fazer jus a consecução dessa imunidade, os Partidos Políticos, além de cumprirem os requisitos do artigo 14 do CTN devem possuir mais dois: deve o partido político estar devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2°, da CF) e; não atentarem contra os costumes e princípios do Estado brasileiro. ii) Imunidade para as Entidades Sindicais: visa proteger a liberdade de associação sindical. Ressalte-se, no entanto, que está imunidade não pode ser estendida ao sindicato de empregadores. iii) Imunidade para as Instituições de Educação: enquadram-se nessa categoria as instituições de educação (universidades, escolas e colégios particulares, institutos de idiomas e associações culturais) desde que não tenham fins lucrativos, uma vez que o benefício tributário tem por finalidade estimular estas entidades para que qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas”. o STF reconheceu que as entidades fechadas de previdência privada, que NÃO exigirem de seus associados contribuições para custeio do bene- fício, também têm direito à imunidade que se refere o artigo 150, VI, "c", do Texto Maior (Súmula no 730 do STF). Súmula 730 do STF dita que “a imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários”. assegurem o direito à educação; vi) Imunidade para as Entidades de Assistência Social: auxiliam o Estado na prestação de serviços assistenciais voltado aos mais necessitados, tendo como objetivo atender aos diretos sociais, previstos no art. 6º da CF ( a saúde, a maternidade, a segurança, o trabalho, a moradia, a assistência aos desamparados etc.). O objetivo deve ser atender as pessoas carentes. Ademais, as entidades de assistência social sem fins lucrativos, além de serem imunes ao pagamento de impostos, também gozam de imunidade das contribuições sociais ( art. 195, §7º, da CF); Requisitos para todos da alínea “c” o artigo 14 do CTN prevê três requisitos, que devem ser cumpridos pelas quatro pessoas jurídicas acima mencionadas, para poderem gozar da imunidade aludida. São eles: i) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; ii) aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; iii) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Imunidades para livros, jornais, periódicos e o Art. 150, VI, “d”, da C.F É a chamada “liberdade de imprensa”. Pôde-se dizer que nesta hipótese os impostos serão afastados sobre os Entendeu o STF no julgado RE 183.403/SP- 2000, que papel destinado à sua impressão “bens” quais sejam : livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão e não sobre “pessoas” como nas demais hipótese. Visa proteger à livre manifestação do pensamento e o estímulo à cultura e à informação. A imunidade não beneficia a editora, o autor, a empresa jornalística ou de publicidade, estando estes sujeitos a tributação. Não se aplica a imunidade aos livros que não veiculam ideias, nem pensamentos formalmente considerados, por exemplo: livro de ponto, livro de bordo, livros fiscais, livro de atas. Quanto aos jornais, a imunidade é plena, incluindo até as propagandas, desde que venham impressas no corpo do jornal ou periódico, conforme decisão do STF. Não estão incluídos no conceito jornal as empresas de radiodifusão que transmitem “jornais”. No âmbito dos periódicos, os quais são publicações que se repetem com intervalos regulares, para que faça jus a imunidade, não basta apenas ser uma publicação periódica, devem ter um cunho educativo, não estão abrangidas pela imunidade aquelas que tenham como finalidade um caráter comercial (calendários, folders, cartazes destinados à divulgação de mensagens). No que se refere ao papel, está imunidade se aplica somente a ele e a seus assimiláveis como incluem-se no conceito livros: os manuais técnicos e apostilas. Há precedente do STF o qual reconhece a imunidade de álbum de figurinhas, uma vez que este tem por objetivo estimular público infantil a se familiarizar com os meios de comunicação impressos. O STF entendeu ainda que as listas telefônicas, catálogos e guias, são imunes, na condição de “periódicos”. O STF chegou a editar a Súmula 657: “A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos”. TRF4 reconheceu a imunidade dos tablets ou leitores de livros digitais. papel para impressão, papel fotográfico, papel telefoto e outros tipos de papel. Não abrange máquinas ou aparelhos as quais fazem uso deste, nem mesmo tinta especial para imprimir o jornal. A imunidade apenas abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. Imunidades para fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil e para seus suportes materiais ou arquivos digitais Art.150, VI, “e”, da C.F Os CD's e DVD's, as obras musicais ou literomusicais de autores nacionais não irão pagar impostos, bem como as obras em geral interpretadas por artistas brasileiros e as mídias ou os arquivos digitais que as contenham. Ainda, pôde-se dizer que as músicas comercializadas pela internet, também estão protegidas e abarcadas pela imunidade. Cabe salientar, que o artigo em questão alcança os fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, é que, as mesmas mercadorias, produzidas fora do país, não estão abrangidas pela imunidade. Obs.: Autarquias e Fundações que são mantidas pelo poder público são 100% imunes. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista: se só houver investimento público (EPTC) será imune, se tiver ou se inserem no setor privado, não serão imunes. Cartórios (judiciais, notariais) – o STF entende que os emolumentos tem natureza de taxa, logo não são imunes. Definição de tributo e espécies tributárias Conceito: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativas plenamente vinculada. a) Prestação pecuniária: $$$. Atividade vinculada na norma. Via de regra paga em dinheiro; b) Compulsória: não é voluntária; c) Não constitua sanção: o fato gerador não é uma penalidade. O tributo não poderá ser cobrado como forma de sanção de ato ilícito, ou seja, como forma de punição. Os frutos da atividade ilícita serão tributados normalmente; d) Instituída em lei: deve estar prevista na lei atual; e) Cobrada mediante atividade Administrativa: a administração é obrigada a cobrar. Obs: toda vez que o fiscal (poder público) agir em desconformidade com os dizeres da lei, caberá Mandado de Segurança ou Ação Anulatório – basta um erro do fiscal para se ter a nulidade do lançamento; Obs: a dação em pagamento de bem imóvel, desde que exista lei específica de ente competente. O STF já firmou entendimento de que a dação em pagamento do bem móvel é fraude ao sistema licitatório; Tributo não constitui sanção de ato ilícito ninguém o paga por ter desrespeitado uma leiPagasse tributo por incorrer em uma situação prevista em lei. Embora a hipótese de incidência tributária não se refira às ações ilícitas, os frutos de uma atividade ilegal podem ser objeto de tributação. No caso Deu sujeito que aufere renda pela venda de entorpecentes, a ilicitude é irrelevante para fins tributários virgo o fato gerador vira auferir renda, o indivíduo deverá. E proventos de qualquer natureza. O dinheiro não tem cheiro. Não importa de onde vem virgo o que interessa é que ocorreu o fato gerador do IR, auferir renda. Obs: Somente a uniam por meio. De lei complementar é que poderá criar um novo tipo de imposto. Há 5 espécie tributárias: 1. Imposto. 2. Taxas. 3. Contribuição de melhoria. 4. Empréstimo compulsório 5. Contribuições. 1) IMPOSTO (art.. 16, CTN) Características: a) São conhecidos como tributos não vinculados, contudo, estão sempre vinculados a uma manifestação de riqueza. a receita dos impostos não estão vinculadas a um determinado agir estatal. O ente não precisa falar onde vai aplicar o $$$. Se paga para que a máquina ande – art. 167, IV, CF b) Fato gerador: manifestou riqueza = paga imposto: IPTU (casa), IPVA (veículo), Imposto de Renda (dinheiro); c) O objeto do imposto. Deverá ter conteúdo económico que permita aferir a capacidade contributiva do sujeito passivo. Ponto d) Os impostos podem ser classificados em pessoais ou reais, progressivos ou regressivos, diretos ou indiretos, cumulativos ou não cumulativos, fixos ou variáveis. (i) Impostos pessoais: devem ser estruturados de acordo com a capacidade contributiva do sujeito passivo, de maneira que a fixação de suas alíquotas está ligada e varia em função da riqueza da pessoa, por exemplo: imposto de renda ou imposto sobre grandes fortunas. (ii) impostos reais: ignoram a pessoa do sujeito passivo e levam em consideração determinados aspectos materiais, por exemplo ITR, IPTU, ITBI, não importa a pessoa mas o fato. (iii) imposto progressivo: quando sua alíquota aumenta na medida da sua base de cálculo, quanto maior a base, maior a alíquota, é o que acontece com o imposto de renda, quanto maior a base (renda), maior a alíquota. (iv) Imposto regressivo: quanto maior a renda do contribuinte menor será a carga tributária, por exemplo ICMS. (v)Imposto direto: é o próprio sujeito passivo, eleito pelo legislador, quem suporta o ônus financeiro da carga tributária sem transferi-la a outra pessoa. (vi) Imposto indireto: a lei escolhe determinada pessoa como devedora, o chamando contribuinte de direito, porém, ele repassa o ônus do tributo a um terceiro, o chamado contribuinte de fato. No aspecto econômico, quase todos os impostos e também as contribuições são repassadas a terceiros, já que eles são levados em consideração no cálculo do custo dos serviços, mercadorias ou produtos, ou seja, quem de fato pago com o tributo é o consumidor. (vii) Impostos cumulativos: incidem várias vezes nas operações em cadeia. (viii) Não-Cumulativos: que são o ICMS e o IPI. (ix) Imposto fixo: é quando previsto em quantidade certa, expresso num determinado valor. (x) Imposto variável: que constitui a regra no caso o sistema, o montante do tributo depende de apuração mediante a incidência de uma alíquota sobre determinada base de cálculo. Normas gerais: - Sempre são definidos em lei complementar; - Criação: a lei complementar regulamenta, mas a lei ordinária cria; Lei complementar = normas gerais = CTN Lei ordinária = criação de imposto = devem ser criadas observando o CTN Exceção: IPVA – não está previsto no CTN. O STF aplicou o art. 24, CF. 2) TAXAS Características: a) Tributo vinculado – determinada para o fim que foi cobrada; b) É de competência comum; c) Atrelam-se a determinada atividade estatal em relação ao contribuinte, está atividade poderá consistir ou no exercício do poder de polícia ou na prestação de um serviço público específico, desde que seja divisível (art. 145, II, CF); d) Subdivide-se: i) taxas de polícia: paga toda vez que quero fazer uma coisa e eu preciso que o Estado me de o aval;; ii) taxas de serviços públicos: paga quando for um serviço público, específico e divisível prestado ou posto à disposição do contribuinte; e) Fato gerador: o contribuinte paga taxa porque o estado faz algo diretamente direcionado a ele; f) Base de cálculo: quanto o estado vai gastar para prestar esse serviço? Então será dividido entre todos. A Constituição proíbe que as taxas tenham base de cálculo próprio de imposto (art. 145, §2º); g) A taxa é uma contraprestação a esta atividade estatal, por exemplo: taxa de fiscalização, taxas de licença de execução de obra, de localização, de publicidade, taxas de vistoria de automóveis, aferição de balanças, taxímetros, bombas de gasolina, taxas de licença, etc. h) As taxas também podem ser instituídas para remunerar o Estado pela prestação de um serviço público utilizado pelo contribuinte ou colocado a sua disposição. Espécies: a) Serviço público (art. 79): utilizado pelo contribuinte. Se o serviço público for de utilização compulsória, a taxa pode ser cobrada, se o serviço estiver em efetivo funcionamento e for colocado à disposição do contribuinte (art. 79,I, b, do CTN). Quer dizer, legitima-se a cobrança de taxa de serviço quando o serviço tiver sido prestado ao contribuinte ou colocado à sua disposição, sendo utilizado de forma efetiva ou potencial; fato gerador: prestação estatal de prest. Esse serviço; ex: específico – é direcionado a um determinado usuário; divisível - pôde-se avaliar o quanto cada pessoa utiliza; ex: taxa de lixo; pedágio; ainda dentro dos serviços públicos eles se subdividem em Gerais e Específicos. (i) Gerais: são aquelesprestados a toda coletividade, tem caráter universal, e não permitem a mensuração individual, sua natureza inviabiliza que possa ser detectada a quantidade de serviço utilizada por cada usuário, o usuário do serviço é indeterminável, já que o serviço é prestado para todos, por exemplo: serviço de iluminação pública (o qual não pode ser individualizado, logo, esse serviço não pode ser custeado por taxa, apenas por imposto ou contribuição específica). (ii) Serviços específicos: são aqueles que podem ser destacados em unidade autônoma de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas (art. 79, II, CTN) e são divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários (art. 79, III, do CTN), os serviços específicos são mensuráveis, a vista de sua natureza é possível identificar a quantidade de serviço utilizada pelo usuário Apenas os serviços públicos específicos e divisíveis que sejam inerentes a própria soberania estatal é que, em princípio, autorizam a cobrança de taxas. Como a taxa tem por objetivo custear a atividade estatal, é evidente que o serviço público deve estar sendo efetivamente prestado. Não há taxa onde não houver o serviço público. o serviço de utilização compulsória, a taxa poderá ser cobrado ainda que o contribuinte dele não utilize. Tratando-se de um serviço essencial ao interesse público e que são obrigatórios porque interessam a toda a coletividade, a taxa pode ser cobrada ainda que o contribuinte não se utilize do serviço. Neste caso, a taxa é legítima, bastando que o serviço tenha sido colocado à disposição do usuário. Ainda, podem ser classificados em Próprios e impróprios. (i) Serviço público Próprios: são inerentes à soberania estatal e apenas devem ser prestados por órgão ou entidades públicas. (ii) Serviços públicos impróprios: satisfazem o interesse geral da comunidade e podem ser prestados por órgãos descentralizados ou delegados a concessionários ou permissionários. Não estão atrelados a soberania estatal. Havendo concessão, serão remunerados por preços ou tarifas, como ocorre com a água, energia elétrica, gás, telefone, etc. Obs: A prestação de serviço de caráter geral, portanto, apenas pode ser custeada por imposto e não por taxa. b) Exercício do poder de polícia (art. 78): atividade da administração pública limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade. É uma atividade exercida pela administração pública que, em atenção ao interesse público, estabelece certas limitações as liberdades individuais. Apenas as manifestações concretas do poder de polícia é que autorizam a cobrança de taxa. ; puni/fiscaliza; está atrelado ao fato do estado organizar a sociedade, diz o que pode ou não fazer; Ex: alvará de funcionamento; porte de arma; taxas para licença ambiental; licença para construir; emolumentos; Obs: contribuição de iluminação pública – NÃO É TAXA (art. 149-A) Obs: as importâncias contadas pelas serventias judiciais (cartórios) e extrajudiciais (cartório de registro de imóveis, registro civil, tabelionatos), a título de custas ou emolumentos, tem a natureza jurídica de taxas. 3) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145,III, CF) Características: a) Tem que ser obra pública; b) Tributo vinculado: é vinculado a uma obra pública que acabe gerando uma valorização no imóvel do contribuinte; c) E de competência comum de todos os entes, tanto a União, os Estados, o Distrito Federal, a realização da contribuição de melhoria; d) Este tributo pode ser criado quando o poder público realizar determinada obra pública da qual resulte valorização da propriedade imobiliária do contribuinte. O objetivo da contribuição de melhoria é o de evitar o enriquecimento injusto do contribuinte, cuja propriedade foi valorizada em decorrência da realização de uma obra pública que foi custeada por toda a sociedade, mediante receita dos impostos; e) Base de cálculo (art. 81, CTN): montante da valorização; cálculo é efetuado com base no valor venal do imóvel; limite: custo da obra (só se conta após o término da obra); Só pode ser cobrada depois de realizada à obra, já que seu fato gerador é a valorização imobiliária. Simples serviços de manutenção e conservação, tal como o recapeamento de via pública, não permitem a cobrança de contribuição de melhoria; f) O STF tem entendido: se da obra pública resultar a valorização de um imóvel particular, a recuperação do custo da obra deve ser feita por contribuição de melhoria e não por taxa; g) Competência: compartilhada/comum (União, Estados, DF e Municípios) Requisitos: a) Existência de uma obra pública; b) Valorização ou melhoria; Destinatários: são os proprietários dos imóveis adjacentes ( ao entorno da obra) que estão se beneficiando; Obs: pavimentação/asfalto em uma determinada rua; a valorização do imóvel deve se dar com a construção da obra e não anterior. Por exemplo: Arena do Grêmio. Porto 01: a valorização se deu antes da obra, apenas com o anúncio; ponto 02: não é obra pública e sim particular, então não vale. 4) Empréstimo Compulsório (art. 148, CF) Características: a) Competência exclusiva da União; b) São tributos restituíveis, a União de forma compulsória, toma emprestado o dinheiro do contribuinte para atender a finalidades específicas previstas na CF, mas depois deve devolvê-lo, a lei deverá obrigatoriamente fixar prazo do empréstimo e as condições de seu resgate (art. 15, par. Único, CTN). A devolução necessariamente será em dinheiro; c) É condição de validade do empréstimo Compulsório que os recursos auferidos estejam atrelados as despesas a que se propõe custear; d) O empréstimo compulsório apenas pode ser instituído mediante lei complementar e em 2 circunstâncias: i) Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, CF); ii) No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no artigo 150 (art. 148, II, CF);. e) Apenas o empréstimo compulsório para atender a despesas de guerra externa e calamidade pública é que não precisará respeitar a anterioridade do exercício e 90º mal, ou seja, poderá ser cobrado imediatamente. f) Tributo vinculado, pois ele só pode ser criado para casos específicos, ele está vinculado a isso. g) Fato gerador: precisa delimitar qual é a manifestação de riqueza sobre a qual vai incidir um empréstimo Compulsório. Se ele foi cobrado em moeda, deve ser devolvido em moeda. Não pode ser devolvido em títulos de dívida pública. h) Os valores por ele arrecadado devem ser utilizados para aquela finalidade que se propõem. Requisitos: a) Calamidade pública; b) Guerra externa ou iminência; c) Investimento público relevante. Obs: Bis in idem: Um mesmo em te cobrando 2 tributos sobre o mesmo fato gerador, por exemplo: IR e empréstimo compulsório; Bitributação: entes diversos cobrando tributos distintos sobre o mesmo fato gerador, por exemplo: não pode cobrar IPTU e ITR; Obs: (i) não pode ser instituídos por medida provisória, já que está não pode dispor acerca de matéria reservada à lei complementar (art. 62, §1º, III, CF); (ii) não obedece aos princípios da anterioridade de exercício financeiro e anterioridade mínima de 90 dias quando for criado com o objetivo de atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, CF), a exemplo do que também acontece com o imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa (art. 15, §1º c/c art. 154, II, CF); 5) Contribuições (art. 149, CF) Não há necessidade de lei complementar para instituir as contribuições, exceto a prevista no art. 195, §4º, CF. São classificadas em 04 tipos: a) Sociais b) De intervenção sobre o domínio econômico; c) De interesse de categoria; d) Para custeio de serviço de iluminação pública. As contribuições possuem destinação específica,nelas a hipótese de incidência está pautada no fato descrito em lei e no benefício a que se quer alcançar. As diferencia dos impostos. A competência das contribuições via de regra é da união. Tanto, há 2 exceções. i) Discorre sobre a contribuição social previdenciária do servidor público, que será instituída pelo ente federativo a que o servidor pertence, nos moldes do artigo 149, §1º, CF; ii) Consiste na COSIP, que será instituída pelos municípios e pelo Distrito Federal, nos moldes do artigo 149-A; Características: a) São instituídas por lei ordinária, com exceção da Contribuição Social Residual, que será instituída por lei complementar; b) Em relação ao princípio da anterioridade tributária, faz-se necessário informar que as contribuições devem observá-lo tanto quanto o princípio nonagesimal, mas há 02 exceções: (i) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE sobre combustíveis que não observar o princípio da anterioridade do exercício, no entanto, apenas a anterioridade nonagesimal, art. 177, §4º, b, CF; (ii) as contribuições sociais que respeitam apenas o princípio da anterioridade nonagesimal, art. 195, §6º, CF; c) É um tributo vinculado; Contribuição Social Residual (art. 154, I, CF): Deverá ser criada por intermédio de lei complementar, bem como deverá ser observada os seguintes requisitos; i) Ser instituída pela União; ii) Somente por intermédio de lei complementar; iii) Não ser cumulativa; iv) Ter base de cálculo fato gerador diferente das contribuições já previstas na Constituição. Contribuições Sociais (art. 149 e 195, CF): podem incidir sobre a importação, mas não sobre a exportação. São destinadas a custear o financiamento da seguridade social, por exemplo: PIS, COFINS, INSS Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDEs): são de competência exclusiva da União e serve a atuação do governo federal no mercado, influindo na oferta de bens e serviços, de acordo com o interesse público. A CIDE-Combustivel Pode ter as alíquotas reduzidas e restabelecidas por meio de decreto do poder executivo, e não precisa respeitar o princípio da anterioridade do exercício, apenas a anterioridade nonagesimal. A se diz também não incidiram sobre a exportação, porém poderão recair sobre a importação. Faz com que a união intervenha no domínio econômico garantindo através da arrecadação determinado serviço ou atividade. Contribuições para o custeio do Serviço da Iluminação Pública: instituída pelos municípios e pelo Distrito Federal para custeio do serviço de iluminação pública, poderá ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica. Contribuições especiais: competência exclusiva da União; execução: Estados/DF/Município - instituirão contribuições, só aos seus servidores, de regime previdenciário, com base no artigo 40. ESPÉCIES FINALIDADE FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL Sociais Gerais FGTS; Salário educação; Sistema S Art. 149, caput; 212 §5º; 240; Seguridade Social INSS; COFINS; PIS sobre importação; PIS CPMF Art. 195, I, II, III, IV; 149, §2º, III a 239 e 84- ADCT Previdência Própria Regime previdenciário do servidor público Art. 149, §1º e 40 Intervenção no domínio econômico CIDE sobre petróleo AFRMM; Sebrae Art. 177, §4º 149, caput Interesse de categoria profissional e econômica Conselhos de fiscalização das profissões (CREA, etc), Contribuição sindical Art. 149, caput Custeio para a iluminação pública CIP – custear a iluminação pública Art. 149-A Contribuição para serviço de iluminação pública (art. 149-A): O STF julgou inconstitucional a “taxa” de iluminação pública, uma vez que, está se trata de um serviço público que não comporta divisibilidade e, portanto, é insuscetível de ser remunerado por taxa. Por se tratar de uma espécie tributária, necessariamente a contribuição deverá obedecer aos princípios constitucionais tributários, notadamente o princípio da legalidade, irretroatividade e da anterioridade do exercício financeiro e mínimo de 90 dias. O texto constitucional admite que o tributo seja cobrado na fatura de energia elétrica ponto tratando-se de uma simples atribuição do encargo de arrecadar o tributo, que não significa delegação de competência (art. 7º, §3º, CTN). Legislação Tributário A luz do art. 96 do CTN, a legislação tributária compreende: Leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas complementares. Fontes Formais : Todas as elencadas não pirâmide. A constituição estabelece os limites do poder de tributar = princípios; processo produtivo = fala o que pode ser feito por lei complementar ou lei ordinária; Espaço de atuação de norma jurídica tributária = diz quais leis complementares ou ordinária se prestam para tal ação ou função; 1) Emendas Constitucionais São aqueles modificações que o texto constitucional sofre, a fim de evitar que ele se torne um texto estanque ou obsoleto. Implementa novas regras na CF. Tem como finalidade manter a CF atualizada. Reforma – art. 60, CF votação em 02 turnos , com aprovação de 3/5 dos membros (Câmara de Deputados e Senado Federal) 2) Lei complementar Requisitos: a) É de autoria da União; b) É ela que explicitar a norma constitucional; c) Serve para dizer quais os parâmetros para os quais tal tributo é criado; Características: a) Mais rígida que a lei ordinária; mas não tem a rigidez da CF; b) Não é tão flexível quanto a lei ordinária; c) Quórum de aprovação, MAIORIA ABSOLUTA (do todo, metade +1) = 3/5 dos membros; em 2 turnos ; em cada uma das casas (Câmara de Deputados e Senado Federal); d) O CTN é uma lei complementar; Obs.: a CF apenas cria, ela não institui tributo, quem faz isso é a lei complementar ou a lei ordinária; Existem 4 tributos que só podem ser instituídos e majorados em decorrência da lei complementar: a) Contribuição social residual (art. 195, §4º, CF); b) Empréstimo compulsório (art. 148, CF); CF – Emendas + Cláusula Pétrea Lei complementar Lei ordinária + Medida Provisória Tratado e Convenções Internacionais Decretos Instruções Normativas c) IGF (art. 153, VII, CF); d) Imposto residual (art. 154, I, CF); Além desses 4 tributos em que a Constituição determina que só podem ser instituídos por meio de lei complementar, há também algumas matérias que só podem ser abordadas mediante lei complementar. Nos preceitos do artigo 146 da Constituição, cabe a lei complementar: a) Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária; b) Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; c) Estabelecer normas gerais em matéria tributária (definição de tributos e de suas espécies, fatos geradores, base de cálculo, contribuintes, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária); d) O adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas; e) A definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte; f) Estabelecer os créditos especiais de tributação. O artigo 156, §3º, da CF, fala sobre o ISS - imposto sobre serviços de qualquer natureza, e estabelece que a necessidade de lei complementar para: a) Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; b) Excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior; c) Regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 3) Lei ordinária Em regra, é ela que irá discorrer sobre matéria tributária. Requisitos: a) Seu principal fundamento é garantir a efetivação do princípio da legalidade; b) Quórum de aprovação: MAIORIA SIMPLES = metade dos presentes +1; c) Se não houver uma lei complementar versando sobre uma determinada matéria, poderá ser criada uma lei ordinária. Contudo, caso se crie uma lei complementar que vá falar sobre o quea lei ordinária falava, a lei ordinária deverá estar nos parâmetros do que a lei complementar irá falar, ou será revogada; d) Exceção: art. 153. É quando a União pode fazer: (i) imposto de importação; (ii) imposto de exportação; (iii) IPI; (iv) IOF; eles não precisam de lei para serem feitos, basta um decreto. São impostos reguladores do mercado; 4) Medida Provisória (art. 62) É uma forma do presidente legislar sobre determinadas matérias quando estás forem de URGÊNCIA ou RELEVANTES. Requisitos: a) Só se presta para modificar alíquotas. Ela pode aumentar tributos, mas não pode instituir; b) Só tem validade por um período e se não houver sua conversão em lei , ela perderá sua eficácia; c) Tem força de lei ordinária; d) Tem validade de 60 dias , prorrogados por (=) período; perde a eficácia desde a edição, caso não seja convertida em lei dentro do período estipulado e é vedada sua reedição; e) Não podem ser objetos de Medida Provisória: (i) Matéria reservada a lei complementar; (ii) Nacionalidade; (iii) Cidadania; (iv) Direitos Políticos; 5) Tratados E convenções internacionais Os tratados internacionais ou convenções são os atos firmados entre 2 ou mais estados, no intuito de estabelecer normas comuns a serem observadas no âmbito Internacional. Em matéria tributária são muito utilizadas para evitar a bitributação e estabelecer a tributação de mercadorias exportadas e importadas. Artigo 98 do CTN: “Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobre sobrevenha” São celebrados pelo presidente e são referendados pelo Congresso Nacional, tendo como finalidade evitar a Guerra Fiscal (art. 84). Revogam ou modificam a legislação tributária interna. Visam eliminar a bitributação. 6) Decreto legislativo Artigo 59, VI, da Constituição, é o ato emanado do Congresso Nacional que não está sujeito à sanção do presidente da República. No âmbito tributário, são utilizados para aprovação dos tratados e convenções internacionais (art. 49, I, CF) e para disciplinar os efeitos das medidas provisórias não convertidas em lei. O congresso nacional irá refender o tratado através de um decreto legislativo. 7) Decreto Instrumento normativo, utilizado pelo presidente da República, artigo 84, IV, da Constituição, para obter a correta aplicação e execução da lei, sem ampliar ou restringir o conteúdo, confirme artigo 99 do CTN Requisitos: a) São atos oriundos do poder executivo; b) Tem como finalidade regrar a aplicação da lei; c) Só ocorrerá aquelas leis as quais pretende regular; 8) Normas complementares Artigo 100 do CTN, são 4 as normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: a) Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; b) As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa; c) As práticas reiteradas observadas pelas autoridades administrativas; d) Os convênios que entre si celebram a uniam, os estados o DF e os municípios; Obrigação A obrigação tributária pode ser: principal ou acessória. Principal Acessória Tem por objetivo o pagamento de tributo ou a penalidade pecuniária nos termos do art. 113, §2º, CTN, consiste em prestações positivas ou negativas que irão facilitar a arrecadação e a fiscalização dos tributos. Por prestação positivas tem- se o dever de “emitir nota fiscal”, “escriturar livros”, “declarar imposto”, etc. Como prestação negativas, cita-se o dever de “não receber mercadorias desacompanhadas da devida documentação fiscal”. Obrigação principal: Dar = PAGAR = efetuar o pagamento (da prestação) ou da penalidade; Ex: não recolhimento do imposto; Multa Obrigação acessória = Fazer/Não fazer = emitir notas Obs.: uma obrigação acessória pode gerar uma obrigação principal A inobservância de uma obrigação acessória pelo sujeito passivo implica o surgimento de uma obrigação principal referente a penalidade tributária. O fato de o sujeito passivo não ter uma obrigação principal, por por gozar de imunidade ou isenção tributária, por exemplo, não afasta sua obrigação acessória, uma vez que esta é autônoma em relação à principal. Sujeito ativo = ESTADO = credor Sujeito passivo = CONTRIBUINTE = devedor Obs.: intenção só podem ser concedidas por lei ou por ato vinculado do autor. A obrigação corresponde a uma obrigação de : Dar / fazer / não fazer Sujeito ativo É a pessoa jurídica de direito público que detém a competência para exigir o cumprimento da obrigação tributária. Sujeito passivo É o indivíduo obrigado ao pagamento do tributo ou da penalidade tributária, pode ser contribuinte ou responsável. a) contribuinte: É aquele que tem relação direta e pessoal com a situação que constitua o fato gerador da obrigação, é quem pratica o fato gerador. b) Responsável: é aquele que sem revestir a condição de contribuinte, mas por ter relação indireta com a situação que constitua o fato gerador, a lei lhe atribui o dever de pagar o tributo. Art. 126, CTN, a sujeição passiva tributária independente: a) Da capacidade civil das pessoas naturais; b) De achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividade civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; c) De estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bancando que configure uma unidade econômica ou profissional; Sujeitos passivos podem ser solidários, desde que haja interesse comum na situação que constitua o fato gerador do tributo, ou sempre que a lei assim determinar: Art. 124, parágrafo único e 125, CTN, determinam 04 efeitos da solidariedade, salvo disposição de lei em contrário: a) Não comporta benefício de ordem; b) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; c) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; d) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais; Responsabilidade Tributária A responsabilidade tributária pode ser classificada por substituição ou por transferência: Substituição Transferência Acontece quando a lei determina que uma terceira pessoa deve pagar o tributo em substituição ao contribuinte Afeta a pessoa, que, a priori, nada tem haver com a relação jurídica preestabelecida, mas será compelida a pagar o tributo, caso se envolva, ainda que posteriormente, com o sujeito passivo ou com os seus bens. É muito utilizada para facilitar a fiscalização e a arrecadação para o fisco O CTN estabelece em seus artigos 129 a 133 a figura do responsável por sucessão; Nos artigos 134 e 135, a responsabilidade de terceiros; Nos artigos 136 a 138, responsabilidade por infração. Há 02 casos de responsabilidade de substituição: (i) substituição para trás (regressiva ou antecipada): se dá quando ocorre o fato gerador, e o pagamento do tributo será realizado posteriormente, por uma terceira pessoa (o responsável), em substituição aquele que o praticou (o contribuinte); (ii) substituição para frente (progressiva ou subsequente): primeiro ocorre o pagamento do tributo sobre uma base de cálculo presumida e posteriormente se realiza o fato gerador. Art. 150, §7º, CF, na substituição para frente, quando o responsável paga o tributo no início da cadeia e no futuro acaba não ocorrendo o fato gerador, caberá a restituição daquele tributo. Responsabilidade do adquirente de bens imóveis (art. 130, CTN); Responsabilidade do adquirente e remitente (art. 131, CTN); Responsabilidade tributária na sucessão hereditária (art. 131, III, CTN);Responsabilidade tributária nas operações societárias (art. 132, CTN); Responsabilidade tributária na aquisição de fundo de comércio e estabelecimento comercial (art. 133, CTN); Responsabilidade do art. 134 do CTN; Responsabilidade pessoal (art. 135, CTN); Responsabilidade do adquirente de bens imóveis (art. 130, CTN) : o adquirente de um imóvel responde pelos créditos tributários relativos a imposto cujo fato gerador seja a propriedade, posse, o domínio útil de bens imóveis, bem como o pagamento das taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou contribuição de melhoria, salvo se houver prova de quitação desses débitos. Se a aquisição do imóvel for por arrematação em hasta pública, o parágrafo único do art. 130, CTN, determina que os créditos tributários sub-rogam-se no respectivo preço. Segundo o entendimento do STJ, o arrematante não terá responsabilidade tributária ainda que o valor da dívida seja superior ao valor arrematado, uma vez que o arrematante se exime de quaisquer responsabilidades, recebendo o imóvel livre de ônus tributários. Os débitos devem ser quitados com o produto da arrematação. Responsabilidade do adquirente e remitente (art. 131, CTN) : o adquirente ou remitente de bens é responsável pelo pagamento dos créditos tributários dos bens adquiridos ou remidos. No caso dr aquisição de um veículo com dívida de IPVA, o adquirente é responsável pelo pagamento desse tributo. *remição: quando o cônjuge, ascendente ou descendente, resgata bens que, num processo de execução, tenham sido levados a leilão. Destaca-se também a possibilidade atual de o próprio credor ficar com o bem do executado. Essa alternativa, inclusive, consta como a primeira opção para a alienação do bem espirituais do devedor, a adjudicação pelo exequente(próprio credor), que concorre com o cônjuge, o ascendente e os descendentes (remitentes), consoante art. 876 CPC. Tanto na remição quanto na adjudicação há responsabilidade tributária pelos tributos devidos pelos bens remidos ou adjudicados. O STJ entende que a responsabilidade permanece ainda quando se tratar de bem imóvel, pois não se confunde arrematação, prevista no parágrafo único do art. 130, CTN, com remição e adjudicação. Responsabilidade tributária na sucessão hereditária (art. 131, III, CTN) : o espólio é responsável pelo pagamento dos tributos devidos, pelo de cujos até a abertura da sucessão. Responsabilidade tributária nas operações societárias (art. 132, CTN) : nas operações de fusão, incorporação ou transformação, a pessoa jurídica resultante será responsável pessoalmente pelo pagamento dos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionada, incorporada ou transformada. Responsabilidade tributária na aquisição de fundo de comércio e estabelecimento comercial (art. 133, CTN) : o adquirente que continuar a respectiva exploração, ainda que modifique a razão social, é responsável pelo pagamento dos tributos devidos pelo fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data dos atos. O adquirente responderá integralmente pelos créditos tributários se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. A responsabilidade do adquirente será subsidiária com o alienante se este continuar a explorar qualquer atividade ou iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. O art. 133, CTN, só não é aplicável quando o fundo de comércio ou estabelecimento comercial, indústria ou profissional for adquirido em processo de falência ou processo de recuperação judicial, §1º, do art. 133, CTN. Contudo, o adquirente responderá pela dívida tributária, se a aquisição do fundo de comércio ou estabelecimento comercial, ainda que realizada no processo de falência ou recuperação judicial, for por: a) Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; b) Parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; c) Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária; Responsabilidade do art. 134 do CTN : prevê responsabilidade solidária a algumas pessoas, nós atos em que intervierem ou forem omissas, na impossibilidade de exigir o cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte. Respondem solidariamente pelos tributos devidos: a) Os pais por seus filhos menores; b) Os tutores e curadores por seus tutelados ou curatelados; c) Os administradores de bens de terceiros por estes; d) O inventariante pelo espólio; e) O síndico e o comissário pela massa falida ou pelo concordatário; f) Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício; g) Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas; Responsabilidade pessoal (art. 135, CTN) : respondem pessoalmente pelos créditos tributários correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatuto social: a) As pessoas referidas no art. 134, CTN; b) Os mandatários, prepostos e empregados; c) Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado; O mero inadimplemento de tributo por parte da pessoa jurídica não é considerado pelos Tribunais Superiores infração a lei e, por essa razão, não gera responsabilidade para os sócios com poderes de gerência (Súmula 430 do STJ). A dissolução irregular da sociedade é infração a lei e por essa razão acarreta responsabilidade tributária aos sócios-gerentes (art. 135, III, CTN e Súmula 435, STJ). A responsabilidade por infrações da legislação tributária independente da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Denúncia espontânea (art. 138, CTN) A responsabilidade por infrações será excluída quando o contribuinte, antes de qualquer procedimento administrativo promover a denúncia espontânea de forma a pagar o tributo acompanhado dos juros. Assim, no caso de denúncia espontânea, o sujeito passivo não terá de pagar apenas as multas tributárias. Conforme parágrafo único do art. 138, CTN, só será considerada denúncia espontânea se o contribuinte fizer o pagamento do tributo antes de qualquer procedimento administrativo. Crédito Tributário Com o surgimento da obrigação tributária aparece o crédito tributário. Com a existência do crédito tributário é que o fisco poderá exigir o tributo. O crédito tributário é constituído por meio do lançamento tributário. O lançamento tributário reporta-se a data da o ocorrência do fato gerador da obrigação e rege- se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada (art. 144, CTN). Há 3 modalidades de lançamento tributário: a) de ofício; b) por declaração; c) Por homologação; Lançamento de ofício: é realizado pela autoridade administrativa, independentemente de qualquer atuação ou participação do sujeito passivo. É a própria autoridade administrativa que verifica a ocorrência do fato gerador, determina a matéria tributável, calcula o momento o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe aplicação da penalidade cabível. Por exemplo: IPTU, IPVA, taxas, contribuição de melhoria, contribuições corporativas e contribuições para o serviço de iluminação pública. Lançamento por declaração: previsto no artigo 147 do CTN, é efetuado pela autoridade administrativa com base em informações prestadas pelo sujeito passivo sobre a ocorrência do fato gerador. Exemplo: ITBI, imposto de importação na bagagem. Lançamento por homologação: previsto no artigo 150 do CTN, ocorre quando o sujeito,verifica a ocorrência do fato gerador, calcula o tributo e executa o pagamento, independentemente de qualquer atuação prévia da autoridade administrativa. Esta apenas irá verificar posteriormente se o pagamento foi feito corretamente, momento em que irá efetivar o lançamento tributário. Atualmente, o lançamento por homologação está presente na maioria na maior parte dos tributos, como exemplo, podemos citar: ICMS, IPI, PIS e confins. Crédito tributário e decadência A Constituição do crédito tributário deve acontecer no interregno de 5 anos. Passado este prazo, o fisco perde o seu direito de lançar, ocorre a decadência. A decadência é a perda do direito do fisco de constituir o crédito tributário. Sem crédito tributário não há exigibilidade do tributo. A Contagem do prazo decadencial é verificada nos artigos 173 e 150, §4º do CTN. O artigo 173, I, do CTN, prevê como marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. O artigo 150, §4º, prevê que a contagem se inicia na data da ocorrência do fato gerador. Os tributos sujeitos ao lançamento por homologação respeitam a regra do artigo 150, §4º, CTN. Os tributos sujeitos ao lançamento de ofício e por declaração, bem como os casos em que houver fraude, dolo, simulação ou ausência de pagamento, sujeitam-se a regra do artigo 173, I, CTN. A declaração de exigência de crédito tributário entregue pelo sujeito passivo ou constitui, e por essa razão a fazenda poderá exigir diretamente as quantias declaradas e não pagas, independentemente de lançamento de ofício (Súmula 436/STJ). Decadência e o artigo 173 CTN O direito de autoridade administrativa proceder ao lançamento tributário extingue-se em 5 anos, contados da data em que se torna definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Prescrição Prescrição é a perda do direito do fisco de cobrar o crédito tributário. Uma vez constituído o crédito tributário, a autoridade administrativa deverá cobrá-lo do sujeito passivo. O artigo 174 do CTN prevê o prazo de 5 anos, a contar da Constituição definitiva do crédito tributário, para a fazenda ajuizar a Execução fiscal para obter a satisfação coativa do crédito tributário, sob pena de ocorrer a prescrição. Artigo 174 do CTN, a prescrição se interrompe, ou seja, é contada novamente do zero quanto: a) Pelo despacho do juiz que ordena a citação em execução fiscal; b) Pelo protesto judicial; c) Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; d) Por qualquer ato inequívoco, ainda que extra judicial, que importe e reconhecimento do débito pelo devedor; Crédito Tributário e Causas de Suspensão Uma vez constituído o crédito tributário, este poderá ser exigido pelo sujeito ativo, vez que a obrigação torna-se líquida, certa e exigível. O sujeito passivo deverá pagá-lo, sob pena de sofrer os efeitos de mora. Existem situações em que a fazenda pública não poderá exigir determinado tributo, em virtude da existência das causas de suspensão da exigibilidade, conforme o artigo 151 do CTN: a) A moratória; b) O depósito do seu montante integral; c) As reclamações e os recursos, nos ditames das leis reguladoras do processo tributário administrativo; d) A concessão de medida liminar em mandado de segurança; e) A concessão de medida liminar ou tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; f) O parcelamento; O artigo 141 do CTN, traz as causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário e são apenas essas que estão previstas neste código. Macete MOratória Recurso Administrativo Depósito integral Reclamação LIMinar PARcelamento Moratória (art. 152 a 155, CTN) Refere-se a dilação legal do prazo de pagamento do tributo. Ocorrendo o fato gerador existindo a moratória, o sujeito passivo deverá pagar o tributo, mas de modo prorrogado, e não no instante em que este fato ocorrer. Nos termos do artigo 152 do CTN, a moratória pode ser geral ou individual. Moratória Geral Moratória Individual Alcança uma generalidade de pessoas, indistintamente, e por essa razão não há necessidade de despacho da autoridade administrativa. A luz do artigo 152, I, do CTN, somente poderá ser concedida pelo ente federativo que tem competência para instituir o tributo, trata-se de moratória autônoma ou autonômica. Exemplos somente os estados e Distrito Federal poderão anuir a moratória do ICMS, uma vez que eles apresentam competência para instituir esse tributo. alcança apenas algumas pessoas que preenchem determinados critérios estabelecidos em lei e que devem, ainda, ser averiguados por intermédio de despacho da autoridade administrativa. A lei estabelece algumas condições específicas a serem preenchidas pelo sujeito passivo. Atendidas as condições estabelecidas em lei, autoridade administrativa concede a moratória individual. Não gera direito adquirido, pois se o contribuinte não preencher mais os requisitos, ou restar comprovada que nunca os preencheu, perderá a moratória, devendo pagar o tributo com juros. E no caso de agir com dolo, O inciso II, do artigo 152 do CTN por sua vez, traz uma exceção ao prever que a união poderá criar moratória para tributos municipais e estaduais, desde que este crie moratória, simultaneamente, de um tributo de sua competência e as obrigações de direito privado (esta moratória é denominada heterônoma). fraude ou simulação, deverá pagar o tributo, acrescidos de juros e penalidades tributárias O depósito do seu montante integral (art. 151, II, CTN) O depósito do montante integral não é condição de admissibilidade da ação, apenas é um meio para suspender a exigibilidade do crédito tributário, de acordo com o artigo 151, II, do CTN. Súmula vinculante número 28 STF: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade da ação judicial na qual se pretende discutir a exigibilidade do crédito tributário”. O depósito suspende a exigibilidade do crédito tributário e a fluência dos juros a cargo do sujeito passivo. As reclamações e os recursos (art. 511, III, do CTN) Quando o sujeito passivo receber a notificação fiscal de lançamento (NFL) ele pode: a) Pagar; b) Recorrer administrativamente; c) Apelar à esfera judicial; d) Não fazer nada. Obs.: No caso de o sujeito passivo preferir ir à esfera administrativa, enquanto nelas tiverem andamento a discussão do crédito tributário, isto é , com reclamação ou recursos para serem analisados, o crédito tributário estará suspenso. A concessão de medida liminar em mandado de segurança A mera propositura do mandado de segurança com pedido de liminar não suspende a exigibilidade do crédito tributário, somente a concessão pelo poder judiciário. A concessão de medida liminar o de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial A suspensão da exigibilidade do crédito tributário também pode ser obtida em decorrência de tutela antecipada em ação judicial, confirme o artigo 151, V, do CTN. Parcelamento O parcelamento está previsto no artigo 155-A, do CTN. Alude a dilação legal do prazo de pagamento do tributo realizado em parcelas. O fato de ter sido concedido o parcelamento não vai excluir a incidência de juros e de multas, todavia, nada obsta de existir uma legislação que o faça. Exemplos de leis que eliminam a incidência de juros e multas são: REFIS, PAES, PAEX, etc. Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN) Previsto no art. 156, do CTN, são causas de extinção do crédito tributário: a) Pagamento: deverá ser integral; b) Compensação (art. 156, II, CTN): ocorre quando houver reciprocidade entre credor e devedor. Além de existir a reciprocidade, o crédito tributário somente poderá ser extinto por meio da compensação quando houver previsão legal. Em âmbito federal, temos a Lei n° 9.430/96 que estabelece
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