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Exercício de Fixação

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Prévia do material em texto

Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
1 
 
 
EXERCÍCIO FINAL DE FIXAÇÃO 
 
 
 Esse laudo possui vários aspectos que poderiam melhorar. 
 
A partir de agora você é Assistente Técnico do autor Hilário. 
 
Elabore três perguntas, como forma de contestação, para que o Perito do Juízo 
responda e diga o que você mudaria no laudo e avaliação. 
 
Leia com atenção! 
 
LAUDO PERICIAL PSICOLÓGICO 
 
Processo nº 0000000 
Autor: Hilário 
Ré: Rosa 
 
1. DESCRIÇÃO DA DEMANDA 
A perícia, que tem por objetivo a avaliação psicológica das partes em uma ação 
de alteração de guarda, foi marcada para Hilário no dia ......, para Rosa no dia ............, 
às 10h, e para o menor Léo, às 12h. 
A avaliação ocorreu no consultório do perito localizado na Rua XXX 
 
2. MÉTODOS E TÉCNICAS 
 Foi realizada a anamnese nos periciados, entrevista semidirigida, e dessa forma 
foi possível avaliar o estado de equilíbrio mental dos envolvidos. A avaliação 
investigou de maneira ampla a história de vida de cada um em diversas áreas. 
 
 
 
Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
2 
 
 Para MATTOS (2005)1 na entrevista semiestruturada, o investigador tem uma 
lista de questões ou tópicos para serem preenchidos ou respondidos, como se fosse um 
guia. A entrevista tem relativa flexibilidade. As questões não precisam seguir a ordem 
prevista no guia e poderão ser formuladas novas questões no decorrer da entrevista. 
Mas, em geral, a entrevista seguirá o que se encontra planejado. As principais 
vantagens das entrevistas semiestruturadas são as seguintes: possibilidade de acesso à 
informação além do que se listou; esclarecer aspectos da entrevista; gerar pontos de 
vista, orientações e hipóteses para o aprofundamento da investigação e define novas 
estratégias e outros instrumentos. (TOMAR, 2007)2. 
 Na ocasião foi aplicado o HTP – Teste do Desenho da Casa – Árvore – Pessoa, 
teste projetivo com o objetivo de compreender os aspectos da personalidade do 
indivíduo bem como a forma de interagir com as pessoas e com o ambiente. 
A perícia no caso em questão foi dirigida à análise dos padrões relacionais 
existentes entre o menor e seus genitores, a integração dos dados levantados foi 
centrada na compatibilidade das necessidades do menor em relação às potencialidades 
de atendimento que são oferecidas por parte dos pais. 
 
3. DESCRIÇÃO 
3.1. ENTREVISTA COM ROSA 
 Rosa tem 32 anos, é professora, pós-graduada em Educação, tem dois filhos, 
D. com 16 anos e Léo. com 12 anos. 
 Conheceu Hilário quando tinha 14 anos, foi seu primeiro namorado. Fugiu de 
casa para morar com ele, na época o autor tinha 19 anos. Uma semana depois de 
estarem juntos ela começou a ser espancada pelo companheiro. Refere que o autor era 
muito ciumento e a casa tinha que estar sempre de acordo com o que ele queria. 
 
1 MATTOS, P.; LINCOLN, C. L.: A entrevista não-estruturada como forma de conversação: razões e sugestões para sua 
análise. Rev. adm. publica;39(4):823-847, jul.-ago. 2005 
2 TOMAR, M. S.: A Entrevista semiestruturada Mestrado em Supervisão Pedagógica" (Edição 2007/2009) da Universidade 
Aberta 
 
 
 
Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
3 
 
 Aos 15 anos teve um aborto em função das agressões. Um ano depois ficou 
grávida de David e como ele sabia que ela não iria embora continuou espancando-a. 
 Com 20 anos engravidou de Léo. Ele continuava agressivo, queria matar o filho 
mais novo. Com medo, Rosa voltou para a casa de sua mãe. Logo depois, passou num 
concurso público e começou a trabalhar. 
 Hilário não aceitava Léo, dizia que em função dele a família tinha se desfeito. 
Nunca deu atenção para o filho, inclusive ela o registrou sozinha. Somente depois de 
três meses Hilário quis que o menor tivesse o seu nome e assim, entrou com um 
processo para que pudesse registrar o filho. 
 Quando Léo tinha cinco anos e David sete começaram a visitar o pai. O genitor 
nunca cumpriu os horários combinados e também não ajudava nas despesas dos filhos. 
 A sogra de Rosa via as atitudes do autor e combinou com a ré que levasse os 
filhos na casa dela, assim Hilário poderia vê-los. Com o tempo o genitor parou de 
visitar os filhos, só vinha no Natal e somente trazia presente para o filho mais velho. 
 De acordo com a genitora, Léo não chama o genitor de pai e sim pelo nome. 
Hilário rejeitou a criança desde que ela nasceu nunca tiveram convivência, brigam 
muito e não possuem intimidade. 
 Com 12 anos o filho mais velho, David, quis morar com o pai. Hilário prometeu 
um quarto somente para ele e um computador. Na época Rosa além de trabalhar na 
escola também trabalhava no Clube Poa, em Porto Alegre, como garçonete para pagar 
sua faculdade. No entanto, Hilário dizia para o filho mais velho que a genitora era uma 
prostituta porque não poderia pagar seus estudos com o dinheiro que ganhava. 
 O comportamento do filho mais velho mudou completamente para com a mãe, 
chegando a quase agredi-la fisicamente numa ocasião em que ela chamou a atenção 
dele por algo que tinha feito errado. Em outra ocasião, quando ele tentou agredi-la, a 
genitora empurrou David que então fugiu para a casa do pai. 
 O genitor procurou a polícia para fazer um B.O. e foi ao Conselho Tutelar. 
Rosa buscou a justiça e entrou com um processo de busca e apreensão, mas David 
fugiu novamente e voltou para a casa do pai. 
 
 
 
Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
4 
 
Relata que Léo tinha saudades do irmão, mas o pai impedia que David se 
aproximasse dele e da genitora. 
Há três semanas a autora começou a ver o filho porque ele visita os avós 
paternos e consequentemente, procura Léo. Através das conversas dos irmãos, 
descobriu que o genitor quer refinanciar o carro de Rosa para que ela pague pensão 
para David. De acordo com a genitora, o pai faz chantagem com o filho menor dizendo 
que irá machucar David se ele não sair de casa para morar com eles. 
 
3.2. ENTREVISTA COM HILÁRIO 
 Hilário tem 37 anos é solteiro, mas vive maritalmente há 10 anos com Eva, 
possui ensino médio completo, trabalhava numa empresa de vigilância, mas desde 
(ano) está em auxílio doença pelo INSS. 
 Conheceu a ré quando era criança, começaram a namorar quando ele tinha 
dezessete anos. Refere que a ré brigou com a mãe dela e a partir daí foram morar 
juntos. A relação durou sete anos. 
 O primeiro filho nasceu quando o casal completava dois anos de união, a 
gravidez de David foi planejada. Quatro anos depois nasceu Léo. 
 De acordo com o autor, Rosa tinha problemas de relacionamento com a mãe, 
mas quando o primeiro filho nasceu reconciliaram-se. Naquela época o casal estava 
vivendo bem. Mas a sogra começou “a fazer a cabeça dela” (sic) para que ela o 
deixasse. “Ela conseguiu” (sic). 
 Segundo Hilário a sogra era revoltada por que ele “tinha tirado ela de casa” 
(sic), a única pessoa que a ajudava a cuidar dos irmãos, ou seja, Rosa. 
 Relata que quando a ré estava grávida do segundo filho teve uma crise nervosa, 
“ela surtou” (sic). Ele não sabia que a periciada estava grávida. Seu comportamento 
mudou muito, ficou agressiva e depois do nascimento de Léo, ocorreu a separação do 
casal. 
 Conforme o autor, Léo é revoltado em função da influência que a mãe tem 
sobre o menor. O primeiro filho David também era revoltado com o genitor, mas 
 
 
 
Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
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depois que soube que o pai pagava pensãoe a mãe mentia, ele ficou do lado do autor. 
Refere que os dois irmãos se dão muito bem, mas David não quer morar com a mãe. 
Hilário lutou muito para ficar com o filho. 
 Atualmente David está no 3º ano do ensino médio. Ele consegue enxergar a 
postura da mãe que evita a aproximação dos filhos. 
 
3.3. ENTREVISTA COM LÉO 
 Léo tem 12 anos, está na 6ª série, demonstra discernimento no seu discurso 
conseguindo exprimir seus desejos de forma clara. Tem opinião própria sobre o que 
está acontecendo. Relatou as atividades de que mais gosta e as de que menos gosta. 
 Refere-se à mãe como uma pessoa legal, brincalhona e que possuem uma ótima 
relação. 
Ao contrário do pai com o qual a relação não é boa, pois brigam muito. De 
acordo com Léo, o pai diz que ele não é seu filho. Não deixa que o menor veja o irmão, 
dificultando o acesso entre os dois. Tem medo que o genitor o leve para a casa dele e 
por isso não gosta de ficar muito perto do pai. Os encontros com o irmão acontecem 
na casa dos avós, pois o filho mais velho não quer aproximação com a mãe. 
Sobre o irmão relata que se divertem muito apesar de vê-lo pouco. O pai 
somente leva David para vê-lo em festas especiais como aniversários, por exemplo. 
Tem medo de conversar com o irmão pelo Facebook, pois não tem certeza se realmente 
é ele, acha que às vezes pode ser o pai. 
Léo não esconde o desejo de morar com a mãe, referindo também o quanto 
gosta de residir em Porto Alegre e visitar os avós que moram perto. 
O menor disse como se sentia em relação ao processo judicial, “Estou 
estressado com essa situação” (sic). 
 
 
 
 
 
 
 
Importante: O caso apresentado neste modelo de laudo é fictício, meramente para ilustrar a aprendizagem. 
Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
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4. ANÁLISE 
 Nas entrevistas foi possível verificar a existência de posições críticas entre os 
genitores. Cada qual demonstrando o quanto o outro pode causar malefícios em relação 
a educação dos filhos. 
As informações levantadas na perícia identificaram que a gravidez do filho mais 
velho, David, foi aguardada, no entanto isso não aconteceu com Léo. O menor sente 
que o pai não tem amor por ele e tenta prejudicar a mãe usando ele como uma 
ferramenta para atingir seus objetivos. 
Apesar de amar o irmão mais velho, Léo não está disposto a conviver diariamente 
com ele se a opção for residir na casa do pai. 
É importante salientar que a relação entre pai e filho está muito fragilizada e 
entende-se que o genitor deveria se preocupar em conquistar Léo em vez de reforçar a 
imagem de abandono que o menor tem com relação a ele. 
A separação parental é provavelmente um dos grandes fatores que afetam o 
desenvolvimento da criança. Assim, lidar com a crise de uma maneira construtiva pode 
ajudar a promover o desenvolvimento psicológico dessa, porém, isso dependerá 
principalmente dos pais e da capacidade de resolução de conflitos, bem como da 
consciência dos sentimentos da criança (EYMANN et al., 2009)3. Ainda o autor 
enfatiza que a qualidade de vida da criança após a separação conjugal não está 
relacionada à separação em si, mas com os níveis de conflito do casal. Com isso, a 
saúde da criança dependerá de como os pais irão enfrentar a separação, controlar a 
raiva e lidar com as perdas, assim como com sua capacidade de aproximar-se dos filhos 
para oferecer apoio. 
Não se pode obrigar uma criança a ter um comportamento de carinho e 
admiração por um genitor que não esteja demonstrando o desejo de conquistá-la. Isso 
também serve para a genitora em relação ao filho mais velho. 
 
3 EYMANN, A. et al. Impacto da separação sobre a qualidade de vida de crianças em idade escolar. Jornal de Pediatria, Rio de 
Janeiro, n. 6, p. 547-552, out. 2009. 
 
 
 
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Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
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Através dos relatos de Léo é notório que os irmãos têm afeto um pelo outro e 
o quanto a separação é prejudicial para ele. Separar os irmãos em razão das desavenças 
dos genitores compromete o desenvolvimento da relação dos dois. 
 
5. CONCLUSÃO 
 Por todo o acima exposto e com base na análise dos dados, testagem 
psicológica e leitura do processo em questão sugere-se que, nesse momento, seja 
mantida a atual configuração de guarda e visitação, ou seja, Léo deve permanecer sob 
a guarda exclusiva da mãe e David sob a guarda exclusiva do pai. Sendo que ambos 
devem permitir o acesso dos genitores aos filhos conforme critérios de visitação a 
serem estipulados em Juízo. 
O pai deve estar disposto a conquistar o filho e assim, estabelecer uma relação em 
que o menor tenha segurança quando estiver com ele. 
Os relatos de Léo sugerem um comportamento de Alienação Parental tanto do 
genitor como da genitora em relação aos seus filhos. Ainda que essa Alienação esteja 
num grau considerado leve não se pode negar o quanto isso é prejudicial na vida de 
uma criança e na relação com o genitor alienado. 
De acordo com Gardner (1991) apud Waquim4, o grau leve da Alienação Parental 
consiste na figura das mães e pais que não são paranoicas, não nutrem o desejo de 
vingança, mas podem fazer uso de certas manobras de alienação como forma de se 
posicionarem diante de situações que considerem desiguais, embora reconheçam que 
o afastamento entre um genitor e o filho não atende ao melhor interesse da criança. 
 
 
 
 
 
4 WAQUIM, Bruna Barbieri. Alienação Familiar Induzida: aprofundando o estudo da alienação parental. Rio de Janeiro: Lumen 
Juris, 2015 
 
 
 
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Qualquer semelhança é mera coincidência. 
 
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Porto Alegre, ............. 
 
 
 
 
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