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Peixes Comerciais do Município de Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil

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Biodiversidade e Biotecnologia no Brasil 1 
50 
 
 
 
PEIXES COMERCIAIS DO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL, 
ACRE, BRASIL 
 
Tiago Ricardo Fernandes Jacó1,4, Ronaldo Souza da Silva2, Aline Nayara Poscai3 
Hericles Correia da Silva4, Flávio César Thadeo de Lima5 e André Luis da Silva Casas4 
 
1. Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, SEMA-RS/ Seção de Paleontologia, Programa de Pós 
Graduação em Sistemática e Conservação da Diversidade Biológica (PPGSCbio), Porto Alegre, Rio Grande so 
Sul, Brasil; 
2. Universidade Federal do Pará, Programa de pós-graduação em Zoologia, Belém, Pará, Brasil; 
3. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Programa de Pós-Graduação em 
Zoologia, Laboratório de Pesquisas de Elasmobrânquios, São Vicente, São Paulo, Brasil; 
4. Universidade Federal do Acre, Núcleo de Ictiologia do Vale do Alto Juruá (NIVAJ), Cruzeiro do Sul, Acre, 
Brasil; 
5. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Museu de História Natural Prof. Adão José 
Cardoso, Campinas, São Paulo, Brasil. 
 
 
RESUMO 
A pesca é uma das atividades econômicas mais importantes na Amazônia, responsável por 
25% da produção brasileira de pescado. No entanto, existem relativamente poucos dados 
relacionados a identificação de espécies comerciais em grande parte da Amazônia brasileira. 
Por isso, realizamos um levantamento dos peixes comercializados no Mercado Resene de 
Souza Lima (MRSL), Cruzeiro do Sul, Acre. Foram identificadas 76 espécies de peixes 
comerciais, pertencendo à seis ordens. As espécies de Characiformes e Siluriformes foram 
as mais representativas, com 43,4% e 35,5% respectivamente, seguidas dos Cichliformes + 
Eupercaria (13,2%), Gymnotiformes (3,9%), Osteoglossiformes (2,6%) e Clupeiformes 
(1,3%). A pesca extrativista é a principal fonte de abastecimento do MRSL, onde 233.349 
toneladas de pescado foram vendidas em 2017. O preço médio variou de R$ 8,00 a R$ 14,00 
por quilogramas, totalizando R$ 2.368.248,00 de peixes comercializados. A piscicultura 
contribuiu com 44.154 toneladas, gerando R$ 529.848,00 de vendas. Estes resultados 
mostram pela primeira vez, a diversidade de peixes comerciais de uma região pouco 
estudada da Amazônia, destacando a importância da pesca para a economia de Cruzeiro do 
Sul e sua população. 
Palavras-chave: Ictiofauna, Vale do Alto Juruá e Mercado de Peixes. 
 
 
ABSTRACT 
Fishery is one of the most important economic activities in the Amazon, which is responsible 
for 25% of the Brazilian fish production. However, there are few surveys related to 
identification of commercial fish species in many areas of the Amazon basin. Therefore we 
undertook a survey of the commercial fish species at the Resene de Souza Lima Market, 
 
 
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Cruzeiro do Sul, Acre. A total of 76 commercial fish species were identified, belonging to six 
orders. Species belonging to the orders Characiformes and Siluriformes were the most 
representative, representing 43.4% and 35.5% of the total, respectively. The less 
representative orders were Cichliformes + Eupercaria (13.2%), Gymnotiformes (3.9%), 
Osteoglossiformes (2.6%), and Clupeiformes (1.3%). Extractive fishery is the main source of 
supply to the fish market, in which 233.349 tons were sold over the year of 2017. The average 
price of fish varied from R$8.00 to R$14.00 per kg, with a total of R$2.368.248,00 for 
commercial fishes. Fish farming production contributed with 44.154 tons, resulting in 
R$529.848,00 of fish sales. These results show for the first time, the diversity of commercial 
fishes in an understudied Amazon region and also highlights the importance of fishery for 
Cruzeiro do Sul economy and its population. 
Keywords: Ichthyofauna, Alto Juruá Valley e Fish Market. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A pesca é uma das atividades humanas mais importantes na Amazônia. 
Tradicionalmente, sua prática é relacionada às populações ribeirinhas como um 
complemento à outras atividades econômicas e de subsistência, tais como caça, agricultura 
e extrativismo. Para muitos ribeirinhos, pescar é uma ocupação permanente (BARTHEM; 
FABRÉ, 2004; SANTOS; SANTOS, 2005; COSTA et al., 2009; YOUN et al., 2014). 
Os diferentes habitats nas planícies de inundação favoreceram o desenvolvimento de 
uma rica ictiofauna (JUNK, 2007), e os padrões espaciais da biodiversidade de peixes na 
várzea do Rio Amazonas foram fortemente relacionados à cobertura vegetal, bem como às 
condições ambientais locais. Inúmeras espécies e grupos funcionais definidos por suas 
estratégias de vida, alimentação, natação e uso de micro-habitat mostraram uma correlação 
positiva com a cobertura vegetal da região (ARANTES et al., 2019). Essas condições 
permitem que a região neotropical abrigue cerca de 8.000 espécies válidas, correspondendo 
a aproximadamente 25% de toda a ictiofauna do mundo (VARI; MALABARBA, 1998; REIS 
et al., 2003) (VARI; MALABARBA, 1998; REIS et al., 2003). 
A Bacia Amazônica tem inúmeros corpos d’água, sendo considerada o maior sistema 
fluvial no mundo devido à geologia, propriedades físicas, químicas e bióticas. Estes fatores 
associados à microbiota, são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica que 
influencia na classificação da água como branca, clara e negra. A complexidade e 
diversidade desse sistema aquático favoreceram a especiação da mais rica ictiofauna no 
mundo, representada por 2.257 espécies, sendo 1.248 endêmicas, representando 15% dos 
peixes de água doce conhecidos (GERRY, 1984; SIOLI, 1984; SINGER, 1984; MENEZES, 
 
 
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1996; BARTHEM; FABRE, 2004; BUCKUP et al., 2007; REIS et al., 2016; TEDESCO et al., 
2017; ARANTES et al., 2019). 
O conhecimento da ictiofauna amazônica é majoritariamente evidenciado pelo esforço 
de amostragem nas áreas de terras baixas, ao longo dos canais dos principais rios e suas 
planícies de inundação. As terras altas dos Rios Solimões e Amazonas são pouco 
amostradas (MENEZES, 1996). Esse cenário explica porque a vasta maioria da fauna 
moderna de peixes ser representada por espécies de terras baixas. Na Amazônia, cerca de 
6% das espécies (i.e., 129 espécies) apresentam distribuição restrita acima de 300 metros 
de altitude (OBERDOFF et al., 2019). 
A ictiofauna do Rio Juruá vem sendo documentada desde o fim do século XIX, mas 
estudos voltados para o inventariamento de peixes nessa bacia hidrográfica ainda são 
escassos, sobretudo pela lacuna temporal entre os poucos trabalhos realizados no Rio Juruá 
(BOULENGER, 1898; LA MONTE, 1935; SILVANO et al., 2001; SOUZA et al., 2003; 
GONÇALVES et al., 2008; PINHEIRO; BÜRNHEIM, 2009). 
Alguns autores afirmam que 3.000 espécies representam a fauna de peixes 
amazônicos, embora dezenas de novas espécies sejam descritas todo ano (REIS et al., 
2003). Portanto, há um consenso de que a ictiofauna amazônica representa a maior 
diversidade de peixes do mundo, devido a influência de diferentes fatores ambientais, tais 
como a mistura das águas, propriedades químicas, dinâmica do rio (SIOLI, 1984) e cobertura 
vegetal (ARANTES et al., 2019). 
Ainda que os principais afluentes da Bacia Amazônica sejam amostrados, algumas 
lacunas ocorrem nas partes centrais e periféricas dessa bacia. Essas lacunas são 
constituídas por localidades de difícil acesso para o levantamento da ictiofauna, por serem 
muito isoladas ou por estarem em áreas protegidas. Portanto, a identificação de sub-bacias 
pouco amostradas é o primeiro passo para conhecer a biodiversidade nestes locais 
(OBERDOFF et al., 2019). Como consequência da falta de informações sobre a fauna de 
peixes,
a efetividade de políticas públicas relacionadas à conservação dos recursos 
pesqueiros é comprometida (ALMEIDA et al., 2012; MELO, 2012; CUNHA, 2015). 
Apesar de haver alguns trabalhos de monitoramento de desembarques de pescarias 
realizadas em Belém (PA) e Manaus (AM) (PETRERE, 1978; ISAAC; BARTHEM, 1995; 
BATISTA, 1998; BARTHEM; FABRE, 2004), a falta de dados históricos na pesca de 
diferentes locais da Amazônia contradizem a importância dessa atividade para a região. 
Assim, estudos sobre espécies comercializadas são essenciais para política de preservação 
 
 
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e manejo de pesca, bem como a compreensão da abundância e composição de recursos 
pesqueiros. 
Costa et al. (2009) caracteriza a pesca na Amazônia como atividade extrativista, 
condicionada pelo nível da água dos rios com superprodução durante a seca e diminuição 
da mesma durante a cheia, influenciando a economia, cultura, e sobrevivência das 
populações humanas. Dentre as 90 espécies de peixes amazônicos que são importantes 
para o comércio e alimentação, 78% não são avaliadas pela Lista Vermelha da IUCN 
(International Union for Conservation of Nature), ou seja, suas informações biológicas são 
desconhecidas (BEGOSSI et al., 2017). 
O declínio dos recursos pesqueiros causados pela poluição, destruição de habitat, 
sobrepesca e barragens aumentam a insegurança alimentar e econômica de comunidades 
ribeirinhas dependentes da atividade pesqueira (BEGOSSI et al., 2017). Por isso, algumas 
espécies podem desaparecer antes mesmo que tenhamos conhecimento apropriado para 
sua conservação (BEGOSSI et al., 2017). Desse modo, a utilização de recursos pesqueiros 
pelas populações amazônicas, reforçam a necessidade de conhecimento científico sobre a 
biodiversidade de peixes, para contribuir com o manejo sustentável e políticas públicas 
relacionadas à pesca, que possam também assegurar a qualidade de vida das populações 
humanas. 
Diante desse cenário, não há dados precisos sobre a diversidade de peixes 
comercializados no Vale do Alto Juruá, Acre. Baseado nisso, esse estudo documenta as 
espécies de peixes comercializadas no Mercado Resene de Souza Lima, um importante 
entreposto de desembarque e comercialização de peixes provenientes da pesca artesanal e 
piscicultura no município de Cruzeiro do Sul, contribuindo para o conhecimento da 
taxonomia, pesca e biologia de peixes comercializados no extremo Ocidente da Amazônia 
brasileira. 
 
 
2. MATERIAIS E MÉTODO 
 
2.1 ÁREA 
 
O município de Cruzeiro do Sul localiza-se no Oeste do estado do Acre, na margem 
esquerda do Rio Juruá. É a segunda cidade mais populosa e desenvolvida do estado com 
 
 
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cerca de 80.000 habitantes, sendo 8% da população formada por comunidades ribeirinhas 
(Figura 1). As atividades econômicas predominantes na cidade e nos municípios vizinhos 
são o setor de serviços e agricultura, que juntos representam a maior parte da economia da 
região do Vale do Alto Juruá (ACRE, 2009). 
 
 
Figura 1. Rio Juruá e seus lagos marginais (A principal área de pesca extrativista utilizada 
pelos pescadores de Cruzeiro do Sul). 
 
 
2.2 AMOSTRAGEM DOS DADOS DE DESEMBARQUE 
 
Em 2015, o município de Cruzeiro do Sul implementou um centro de distribuição e 
comercialização de peixes, o “Mercado Resene de Souza Lima” (MRSL), popularmente 
conhecido como “Mercado do Peixe”. Depois de sua inauguração, o mercado se tornou o 
principal centro para a venda de pescados, com 32 lojas, das quais cinco são destinadas à 
venda de peixes salgados. 
O fornecimento de peixe ao MRSL é realizado principalmente por pescadores 
artesanais extrativistas, como definido por Costa et al., (2009). Diariamente, os trabalhadores 
 
 
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levam sua produção ao mercado, onde a administração do mesmo promove o controle, 
triagem e redistribuição para a venda. Peixes criados em pisciculturas também são 
fornecidos ao mercado. 
 
2.3 COLEÇÃO DE ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO 
 
A documentação das espécies vendidas no MRSL foram realizadas três vezes por 
semana, no período de janeiro à dezembro de 2017, em todas as lojas de revenda de peixes 
frescos. Quando possível, alguns exemplares foram coletados e depositados no Núcleo de 
Ictiologia do Vale do Alto Juruá (NIVAJ) no Campus Cruzeiro do Sul da Universidade Federal 
do Acre. Peixes considerados de grande valor econômico não foram coletados, mas 
fotografados para identificação taxonômica. 
Para a identificação de espécies foram utilizadas as chaves de Géry (1977), Silvano 
et al. (2001), Ferreira et al. (2007), Galvis et al. (2006) e Queiroz et al. (2013). A lista de 
espécies (Tabela 1) seguiu a classificação de peixes ósseos de Betancur-R et al. (2017). 
 
2.4 ANÁLISES DE DADOS 
 
A quantidade de peixes desembarcados no MRSL em 2017 e os preços de venda 
foram obtidos através de informações fornecidas pela administração do mercado. Foram 
coletados dados sobre o peso, identificação taxonômica, quantidade de espécies por 
quilograma e fornecedores. 
Os dados de desembarque (peso do peixe pelo seu tipo e preço de venda) permitiram 
uma análise preliminar, estimando o total de peixes pescados e encaminhados para venda 
no MRSL. As análises foram realizadas através de estatística descritiva no Software 
Microsoft Excel 2016. Os preços de vendas e a quantidade de peixes desembarcados foram 
calculados pela fórmula: x = 
x1+x2+x3+⋯+Xn 
N
= 
∑ xini=1 
n
 e a porcentagem da frequência relativa 
utilizando a seguinte fórmula: fri % = fri ∗ 100% . 
 
 
 
 
 
 
 
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A diversidade de peixes comercializados no MRSL foi representada por 78 espécies, 
distribuídas em 23 famílias, de sete ordens (Tabela 1). 
A ordem Characiformes foi a mais abundante, representada por 50% das famílias, e 
composta de 43.4% das espécies vendidas. Siluriformes foi a segunda ordem mais 
abundante, com 22.7% de famílias agrupadas em 35.5% de espécies, seguidas por 
Cichliformes + Eupercaria, que são a terceira assembleia mais representativa com 13.2% 
das espécies, nas quais 9.1% estão distribuídas em duas famílias. Gymnotiformes foi a 
quarta ordem, representada por 4.1% das espécies, com 3.9% das famílias. 
Osteoglossiformes foi representada por 9.1% das famílias, contando 2.6% das espécies 
comercializadas, enquanto Clupeiformes apresentou 4.5% das famílias, sendo 
representadas por 1.3% das espécies (Figura 4). 
A principal fonte de abastecimento do MRSL é a pesca extrativista, com 233 toneladas 
de peixes recebidos para comercialização durante o ano de 2017; seguida da piscicultura 
com 44.150 quilogramas de vendas de pescados (Figura 2). A pesca extrativista apresenta 
um pico entre abril e junho, com uma comercialização decrescente em novembro. Os peixes 
da piscicultura atingem o seu pico de vendas em setembro. 
 
Tabela 1. Espécies de peixes comercializados no MRSL, Cruzeiro do Sul, Acre em 2017. 
Taxa 
 
Nome 
Regional 
Tipo 
I 
Tipo 
II 
Tipo 
III Piscicultura 
OSTEOGLOSSIFORMES 
Osteoglossidae 
Arapaima gigas (Schinz, 1822) Pirarucu X X 
Osteoglossum bicirrhosum (Cuvier, 1829) Aruanã X 
CLUPEIFORMES 
Pristigasteridae 
Pellona castelnaeana Valenciennes, 1847 Sardinhão X 
CHARACIFORMES 
Acestrorhynchidae 
Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794) Cachorra X 
Anostomidae
Laemolyta taeniata (Kner, 1858) Piau X 
Leporinus fasciatus (Bloch, 1794) Piau X 
Leporinus friderici (Bloch, 1794) Piau X 
 
 
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Megaleporinus trifasciatus (Steindachner, 
1876) Piau X X 
Schizodon fasciatus (Spix & Agassiz, 
1829) Piau X 
Bryconidae 
Brycon amazonicus (Agassiz, 1829). Matrinxã X X 
Brycon melanopterus (Cope, 1872) Matrinxã X 
Chalceidae 
Chalceus erythrurus (Cope, 1870) Arari X 
Characidae 
Cynopotamus amazonum (Günther, 1868) Madalena X 
Roeboides myersii (Gill, 1870) X 
Ctenoluciidae 
Boulengerella maculata (Valenciennes, 
1850) Bicuda X 
Curimatidae 
Curimata vittata (Kner, 1858) Sabaru X 
Potamorhina latior (Spix & Agassiz, 1829) Branquinha X 
Potamorhina pristigaster (Steindachner, 
1876) Branquinha X 
Psectrogaster amazonica (Eigenmann & 
Eingenmann, 1889) 
Casca 
grossa X 
Psectrogaster rutiloides (Kner, 1858) Cascuda X 
Cynodontidae 
Cynodon gibbus (Spix & Agassiz, 1829) Cachorra X 
Rhaphiodon vulpinus (Spix & Agassiz, 
1829) Cachorra X 
Erythrinidae 
Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix Agassiz, 
1829) Jeju X 
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Traíra X 
Hemiodontidae 
Anodus elongatus (Agassiz, 1829) Frechera X 
Prochilodontidae 
 
Prochilodus nigricans (Agassiz, 1829) Curimatã X 
Semaprochilodus insignis (Jardine, 1841) Jaraqui X 
Serrasalmidae 
Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) Tambaqui X X 
Metynnissp Pacu X 
Myleus schomburgkii (Jardine, 1841) Pacu X 
Myleus sp. Pacu X 
Myloplus rubripinnis (Muller & Troschel, 
1844) Pacu X 
Mylossoma albiscopum (Cope, 1872) Mafurá X 
Piaractus brachypomus (Cuvier, 1818) Pirapitinga X X 
Pygocentrus nattereri Kner, 1858 Piranha X 
Serrasalmus spp. Piranha X 
Triportheidae 
 
 
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Triportheus spp. Sardinha X 
GYMNOTIFORMES 
Sternopygidae 
Eigenmannia macrops (Boulenger, 1897) 
Sarapó 
Branco X 
Rhabdolichops sp. Sarapó X 
Sternopygus macrurus (Bloch & 
Schneider, 1801) 
Sarapó 
Preto X 
SILURIFORMES 
Auchenipteridae 
Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766) Bocão X 
Auchenipterus ambyiacus Fowler, 1915 Lustrosa X 
Trachelyopterus galeatus (Linnaeus, 
1766) Cangati X 
Doradidae 
Lithodoras dorsalis (Valenciennes, 1840) Bacu X 
Oxydoras niger (Valenciennes, 1821) Cuiu-Cuiu X 
Heptapteridae 
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) Jundiá X 
Loricariidae 
Ancistrus sp. Bode X 
Loricariichthys sp. Bodó X 
Planiloricaria sp. Bodó X 
Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 
1855) Bodó X 
Pimelodidae 
Brachyplatystoma filamentosum 
(Lichtenstein, 1819) Filhote X 
Brachyplatystoma juruense (Boulenger, 
1898) Jundiá X 
Brachyplatystoma rousseauxii (Castelnau, 
1855) Dourada X 
Brachyplatystoma tigrinum (Britski, 1981) Jundiá X 
Calophysus macropterus (Lichtenstein, 
1819) Pintadinha X 
Hemisorubim platyrhynchos 
(Valenciennes, 1840) Pimpão X 
Hypophthalmus sp Mapará X 
Leiarius marmoratus (Gill, 1870) Jundiá X 
Phractocephalus hemioliopterus (Bloch & 
Schneider, 1801) Pirarara X 
Pimelodus blochii (Valenciennes, 1840) Mandim X 
Pinirampus pirinampu (Spix & Agassiz, 
1829) Gororoba X 
 
Pseudoplatystoma punctifer (Castelnau, 
1855) Surubim X 
Pseudoplatystoma tigrinum 
(Valenciennes, 1840) Caparari X 
 
 
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Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801) 
Bico de 
Pato X 
Sorubimichthys planiceps (Spix & 
Agassiz, 1829) Bargada X 
Zungaro zungaro (Humboldt & 
Valenciennes, 1821) Jaú X 
CICHLIFORMES 
Cichlidae 
Astronotus ocellatus (Agassiz, 1831) Acará Açú X 
Cichla monoculus (Spix & Agassiz, 1829) Tucunaré X 
 Tucunaré X 
Cichlasoma amazonarum (Kullander, 
1983) Cará X 
Crenicichla cincta (Regan, 1905) Olaia X 
Crenicichla johanna Heckel, 1840 Jacundá X 
Crenicichla lugubris Heckel, 1840 Jacundá X 
Heros sp Acará X 
Satanoperca jurupari (Heckel, 1840) Acará X 
 
 
 
 
 
Figura 2. Dados sobre a quantidade da biomassa de peixes de piscicultura e pesca 
extrativista disponível para venda no MRSL em 2017. 
 
 
 
 
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Durante o ano de 2017, a venda de peixes gerou um valor total de R$2.896.096,00, 
sendo a pesca extrativista responsável por movimentar cerca de R$2.368.248,00 e a 
piscicultura R$529.848,00. O preço médio do peixe varia de acordo com sua classificação 
de R$8,00 a R$14,00 por quilograma. Todos os peixes de cativeiro foram vendidos à R$12,00 
por quilograma. Os preços geralmente são padronizados entre os vendedores do mercado 
para evitar concorrência. 
Os peixes comercializados no MRSL são capturados ao longo da bacia do Rio Juruá. 
Depois do desembarque, todos os peixes são classificados em categorias: Tipo I, Tipo II ou 
Tipo III. A categorização desses peixes leva em consideração o melhor sabor, melhor 
rendimento, a preferência do consumidor na escolha do pescado e a oferta do produto no 
mercado. Os peixes do Tipo I, considerados os melhores foram menos abundantes em 
termos de biomassa no referido ano em relação aos peixes dos Tipos II e III. 
Com isso, foi possível considerar que a ordem Siluriformes apresentou o maior 
número de espécies comercializadas como Tipo I, e nessa categoria também foram 
observados os peixes provenientes da piscicultura, sendo a maioria da ordem 
Characiformes, que também é a maioria das espécies comercializadas como peixes de Tipo 
II. Os peixes de Tipo III são representados por espécies menores e outros peixes que 
possuem muitas “espinhas”. 
 Foram identificadas 30 espécies no Tipo I, sendo os Siluriformes a ordem mais 
representativa com (43.3%), seguida pela ordem Characiformes (33.3%), Cichliformes + 
Eupercaria (13.3%), Osteoglossiformes (6.6%), e Clupeiformes (3.3%). Segundo pescadores 
e vendedores do mercado, o pirarucu (Arapaima gigas) é considerado o melhor peixe do Tipo 
I. 
 Em relação à média mensal de biomassa de peixes comercializados, os de Tipo I 
representam mais de 1.446 toneladas, enquanto os peixes do Tipo II representam 9.839 
toneladas e do Tipo III, 8.160 toneladas. As espécies de peixes de piscicultura representam 
3.680 toneladas vendidos no MRSL (Figura 3a). 
A produção da pesca extrativista está fortemente relacionada ao clima. As diferentes 
espécies e tipos de peixes disponíveis para a venda em 2017 variaram de acordo com a 
estação. Os Tipos I, II e III apresentam picos de captura em períodos distintos (Figura 3b). 
Peixes do Tipo I tiveram maior captura durante a estação chuvosa, enquanto os Tipos II e III 
durante a estação seca. 
 
 
 
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Figura 3. A) Biomassa vendida mensalmente de acordo com o tipo de classificação 
comercial; B) Tipos de classificação de peixes comercializados de acordo com vendedores 
e seus picos de produtividade no MRSL. 
 
 
Logo após sua fundação, o MRSL passou a ser administrado pela Associação de 
Vendedores de Pescados de Cruzeiro do Sul, Acre (ASVEPCS), que deu início ao registro 
da biomassa de peixes comercializados nas lojas. Os dados do pescado são coletados 
esporadicamente pela ASVEPCS e não há uma padronização. No entanto, esses dados 
estimados permitem acessar informações relevantes
sobre a ictiofauna e a pesca, 
especialmente pois essas espécies são comercializadas no principal centro de vendas da 
região do Vale do Alto Juruá. 
A principal fonte de peixes do MRSL é a pesca extrativista, caracterizada pelo tipo de 
materiais utilizados na atividade, tais como redes de pescas artesanais, linhas e anzóis. Essa 
modalidade de pesca costuma ser praticada individualmente ou em pares, com 
equipamentos simples e de baixo custo (CAPELLESSO; CAZELLA, 2011). Apesar do caráter 
artesanal, a quantidade aproximada de pescado comercializado no MRSL em 2017 foi de 
cerca de 233.349 toneladas. A piscicultura contribuiu com 44.154 toneladas. 
De acordo com o último relatório oficial do Ministério da Pesca e Aquicultura em 2011, 
no estado do Acre, 2.002,8 toneladas de peixes foram capturadas pela pesca extrativista, e 
5.988,3 toneladas de peixes foram produzidos na piscicultura (MPA, 2011). Desde então, 
esses são os últimos dados oficiais sobre as atividades de pesca na Amazônia Ocidental 
Brasileira. Barthem e Fabré (2004) enfatizaram a importância da coleta regular à longo prazo, 
para análises em séries temporais, que permitam o estudo de variação da população de 
peixes ao longo do tempo, e outros fatores que poderiam determinar a produtividade 
biológica. Portanto, a falta de relatórios regulares sobre a pesca continental e extrativista, 
especialmente no Norte do Brasil, dificulta a implementação de políticas públicas para a 
proteção dos estoques pesqueiros e, por conseguinte da ictiofauna. 
 
 
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 A pesca extrativista é uma das principais fontes de renda para a população ribeirinha e 
um recurso nutricional, servindo como fonte de alimento para milhares de famílias. Cerca de 
170.000 pessoas trabalham nessa indústria, resultando em um saldo de R$400.000.000,00 
para a economia da Amazônia (ALMEIDA et al., 2004; ALCÂNTARA et al., 2015). Em 
Cruzeiro do Sul, Acre, os dados sobre a pesca comercial obtidos por meio da administração 
do MRSL, demonstram a importância dessa atividade para a economia. A venda estimada 
ao longo do ano foi de R$2.368.248,00, com preços de venda variando de R$8,00 à R$14,00 
por quilograma do pescado. 
A piscicultura também contribui com o abastecimento do MRSL. De acordo com 
Gandra (2010) essa atividade complementa a pesca extrativista; mesmo que muitas vezes 
não haja infraestrutura, suporte técnico e logística adequadas na região amazônica (SARAH 
et al., 2013). No mercado foram identificadas seis espécies de peixes provenientes da 
piscicultura: Piau (Megaleporinus trifasciatus), Tambaqui (Colossoma macropomum), 
Pirapitinga (Piaractus brachypomus), Matrinxã (Brycon spp.), Curimatã-Pacu (Prochilodus 
argenteus) e Pirarucu (Arapaima gigas). Apesar da baixa produção quando comparada à 
pesca extrativista, essa atividade contribuiu com a comercialização de R$529.848,00 de 
peixes vendidos à R$12,00 reais o quilograma. 
Os peixes comercializados no mercado foram classificados em 56 espécies de acordo 
com seus nomes populares. Santos et al. (2006) enfatizou que a denominação popular não 
caracteriza espécies biológicas. Os nomes populares representam agrupamentos de 
espécies diferentes com a mesma denominação. Por isso, ao aplicar a identificação formal 
às espécies populares, foi possível reconhecer 78 espécies biológicas de valor comercial no 
município de Cruzeiro do Sul, corroborando Santos et al. (2006). 
Os Tipos de classificação (Tabela 1) descritas no presente estudo assemelham-se à 
classificação observada por Santos (1987) na qual o valor comercial dos peixes é estipulado 
pela administração do mercado local, de acordo com a demanda e importância do pescado 
para os consumidores. Isaac et al. (1996) enfatizou que peixes com maior biomassa são 
mais pescados no Baixo Rio Amazonas, predominantemente os Siluriformes. Esses peixes 
tornam-se mais susceptíveis à captura por apresentarem migração durante o período 
reprodutivo, pois alguns ribeirinhos utilizam esse conhecimento para a pesca, ressaltando, 
dessa forma, sua importância para a economia e alimentação para boa parte das populações 
na Amazônia (ANDERSON et al., 2011; BARTHEM et al., 2017) e de Cruzeiro do Sul, Acre 
de acordo com os resultados aqui apresentados. 
 
 
 
 Biodiversidade e Biotecnologia no Brasil 1 
63 
 
Figura 4. Exemplos de espécies de peixes encontradas no MRSL. 
A- Pirapitinga (Piaractus brachypomus), B- Tambaqui (Colossoma macropomum), C- Jaraqui (Semaprochilodus 
insignis), D- Pacu (Mylossoma duriventre), E- Mandim (Pimelodus blochii), F- Mapará (Hypophthalmus 
fimbriatus), G- Jundiá (Brachyplatystoma juruense), H- Jundiá-lavrado (Brachyplatystoma tigrinum). 
 
 
 Biodiversidade e Biotecnologia no Brasil 1 
64 
 
Segundo Medellín et al. (2009) a migração faz parte de um ciclo periódico, onde o 
animal possui a necessidade, muitas vezes hormonal, de se deslocar de um local para outro 
em busca de alimento, abrigo e para fins reprodutivos. 
Ressalta-se que o presente estudo examinou as vendas do pescado no MRSL. Os 
portos de desembarque não foram avaliados, o que sugere que a quantidade do pescado e 
divisas geradas pela atividade pesqueira no município de Cruzeiro do Sul estão 
subestimadas. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Os resultados obtidos nesse estudo indicam que os peixes são uma importante fonte 
de alimento e renda para a população de Cruzeiro do Sul e outros municípios. As 78 espécies 
identificadas retratam uma grande riqueza e diversidade de peixes comerciais. Portanto, se 
necessário ampliar os estudos sobre a pesca comercial e o inventariamento e documentação 
da ictiofauna, para subsidiar políticas públicas de gerenciamento do estoque das espécies 
comercializadas no Vale do Alto Juruá. 
 
 
5. AGRADECIMENTOS 
 
Gostaríamos de agradecer à Associação de Vendedores de Pescados de Cruzeiro do 
Sul (ASVEPCS) e à Colônia de Pescadores “Z1” por todo o valioso suporte durante essa 
pesquisa. Também gostaríamos de agradecer agradecer Luiz Felipe de Magalhães pelas 
fotografias e Sonaira Souza da Silva pela preparação do mapa. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
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