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João Pedro Lima da Silva Centro Universitário do Rio São Francisco – UNIRIOS Profº: Dra. Maria Cleonice de Souza Vergne RESUMO DO CÓDIGO DE HAMURABI É de grande importância iniciar essa memória afirmando que o Código de Hamurabi, assim como as leis de outros povos antigos, foi a base para o desenvolvimento do direito moderno de forma que ele tratava da conduta dos indivíduos e da organização social, impondo limites e punições aqueles que violassem as regas de convívio daquele povo. O código de Hamurabi, foi criado por volta de 1700 a.c. pelo rei Hammurabi e teve com objetivos criação de leis baseadas no costume e com o intuito de organizar e administrar a região da Mesopotâmia. Foram 21 colunas, 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis), nele abordava diversos temas como adoção, roubos, agricultura, incesto, divórcios, pagamentos, salários, homicídios, entre outros, elas visavam garantir o cumprimento de obrigações e respeito de uma pessoa para com a outra. Muitas das provisões do código referem-se às três classes sociais: a do "awelum" (filho do homem", ou seja, a classe mais alta, dos homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações - mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas); no estágio imediatamente inferior, a classe do "mushkenum", cidadão livre, mas de menor status e obrigações mais leves; por último, a classe do "wardum", escravo marcado que, no entanto, podia ter propriedade. O código referia-se também ao comércio (no qual o caixeiro viajante ocupava lugar importante), à família (inclusive o divórcio, o pátrio poder, a adoção, o adultério, o incesto), ao trabalho (precursor do salário mínimo, das categorias profissionais, das leis trabalhistas), à propriedade. ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS MAIS IMPORTANTES DO CÓDIGO: A lei de Hamurabi apresentava uma justiça feita única e exclusivamente para o lado mais forte, não havia a oportunidade do contraditório, e tudo era resolvido da maneira em que o comissivo achava ser a mais correta possível. Além disso, é importante salientar a lei de Talião que tem exemplos na própria bíblia tendo como base a frase “olho por olho, dente por dente”, com isso o código de Hamurabi era regido conforme essa doutrina. O falso testemunho é tratado com severidade pelos povos antigos, porque provas materiais eram mais difíceis; assim sendo, contavam na maior parte dos processos somente com testemunhas. O Código separa uma causa de morte de uma causa que envolve pagamento. A morte também era punição aqueles que roubassem ou furtassem e também aos que recebessem a mercadoria roubada. O estupro sem pena alguma para a vítima era previsto nesse Código somente para “virgens casadas” (como na legislação mosaica), ou seja, mulheres que, embora tenham o contrato de casamento firmado, ainda não coabitavam com os maridos. O sistema familiar da Babilônia Hammurabiana era patriarcal, e o casamento, monogâmico, embora fosse admitido o concubinato. Essa aparente discrepância era resolvida pelo fato de uma concubina jamais ter o status ou os mesmos direitos de esposa. O casamento legítimo era somente válido se houvesse contrato. Havia duas maneiras básicas de se tornar escravo não somente na Babilônia, mas também na Antiguidade como um todo. Como prisioneiro de guerra ou por não conseguir pagar dívidas e assim ter que entregar-se a si mesmo, a esposa ou aos filhos, mas Hammurabi (assim como os Hebreus posteriormente) vai limitar o tempo dessa escravidão por dívida. O marido podia repudiar a mulher nos casos de recusa ou negligência em “seus deveres de esposa e dona-de-casa”. Qualquer dos dois cônjuges podia repudiar o outro por má conduta, mas nesse caso a mulher para repudiar o homem deveria ter uma conduta ilibada. Somente a mulher cometia crime de adultério, o homem era, no máximo, cúmplice. Dessa forma, se um homem saísse com uma mulher casada, ela seria acusada de adultério, e ele de cúmplice de adultério, e se a mulher fosse solteira, não comprometida, não havia crime nem cumplicidade, mesmo porque este é um povo que admite concubinato. No caso da divisão da herança, a sociedade hammurabiana não previa a primogenitura, ou seja, os bens não ficavam somente com o filho mais velho, entretanto, este poderia, na hora da partilha, ser o primeiro a escolher sua parte. A tendência era sempre dividir em partes iguais indiferentemente de quem era a mãe da criança, bastava o reconhecimento do pai. As leis babilônicas dessa época permitem e preveem a mistura do sagrado e do profano no julgamento, embora a justiça leiga tenha tido maior importância que a sacerdotal à época de Hammurabi. Um juiz podia ser um leigo, um sacerdote e até forças da natureza. REFERÊNCIAS: LAGES, Flávia. HISTÓRIA DO DIREITOGERAL EBRASIL. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2007.
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