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Síntese do texto: Desafio para uma educação igualitária e federativa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CAMPUS ACADÊMICO DO AGRESTE (CAA)
NÚCLEO DE FORMAÇÃO DOCENTE
CURSO DE PEDAGOGIA – 2º PERÍODO
DISCIPLINA: POLÍTICAS, ESTADO E EDUCAÇÃO
Síntese: Seminário 9
Maria de Fátima Dantas Santos
Caruaru
2014
CURY, Carlos R. J. Sistema Nacional de Educação: Desafio para uma educação igualitária e federativa. In: Educ. Soc., Campinas, vol. 29, n. 105, p. 1187-1209, set./dez. 2008.
O texto intitulado “Sistema nacional de educação: desafio para uma educação igualitária e federativa”, não é dividido em tópicos, trata-se de uma texto único que objetiva, segundo o autor, ser um ponto de vista histórico-social e jurídico-político para uma visão sobre as barreiras para a instituição de um sistema nacional único de educação tal qual fizeram outros países. 
O autor inicia o texto expondo três pequenos trechos que buscam expressar os três maiores desafios para a implantação de um sistema nacional de educação igualitário e federativo. O primeiro desafio vem ser retratado pelo texto Manifesto de 1932 em que este irá tratar da estratificação social. Desta forma, Cury explana um pequeno histórico para que possamos entender desde as origens a desigualdade social vista no âmbito educacional. Afirmando, pois, que:
“Dessa forma, o conceito de sistema único de educação ou mesmo o de sistema unificado de educação tem como desafio maior no horizonte da igualdade, cujo maior não se radica na escola, mas no próprio sistema social.” (p.1189)
Posteriormente, o autor tratará de explanar sobre as principais formas de exclusão social que deram origem à desigualdade na escola. Primeiramente, é tratado a escravidão, mais especificamente, a exclusão dos escravos dos direitos social, mais tarde, o autor falará da exclusão indígena e também das mulheres que era visível na Constituição de 1824, devendo salientar que a junção desses excluídos resultava em média quase metade da população da época. Na Constituição de 1934, por sua vez, há a exclusão, segundo o autor, perante a lei de ricos e pobres, assim como a estruturação da escola e do ensino diferenciado de ambos, visando o conflito social entre privilégio da elites e direito de todos:
“Há aqui um duplo dualismo: a escolar pública é voltada para os que não conseguem entrar na escola particular, a qual por sua vez – extensão da família -, deve ser subsidiada pelo Estado, formando elites condutoras (cf. Cunha, 2000 e 1981). E a escola pública, voltada para as classes menos favorecidas, tem na educação primário-profissional o seu lugar natural de receber uma educação adequada às suas faculdades, aptidões e tendências vocacionais [...]” (p. 1193)
Cury salienta também da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, prevista, sob a Lei n. .024/61 que deixa ainda mais clara a desigualdade predominante entre elites e povo. O autor trata, então, da Constituição de 1988, que exibe 
“a proclamação dos direitos da cidadania, na assinalação de novas obrigações do Estado, a vontade de fazer, no país, no presente, um acerto de contas com a modernidade, expurgando do passada um enorme passivo com a justiça e com a democracia.” (pp. 1194 -1195)
Por fim, o autor afirma que o principal desafio para o sistema único de educação se dá no próprio desafio da superação da desigualdade social, porém que esse não impede a expansão de valores e normas comuns.
O segundo desafio relatado pelo autor trata-se da relação da educação escolar descentralizada em torno da federação. Novamente Cury recorre ao histórico desse desafio para melhor entendimento deste. Afirma, pois, que a República formada passando para um regime descentralizado
“Adotará um modelo federativo no qual a dualidade União/ estados tem o poder central (União) com poderes limitados e aos estados com poderes ampliados. Tornados membros federativos, poderiam exercer sua autonomia ainda que dentro de uma sempre assinalada assimetria de condições econômicas, militares e políticas entre elas.” (p. 1198)
Deste modo nascem as dificuldades para a implantação de um sistema nacional de educação e entre as justificativas vale ressaltar “o temor de invasão indébita na autonomia dos entes federativos e, com isso, eventual perda de autonomia destes.” (p. 1200)
O terceiro desafio trata-se das relações interfederativas não se darem mais por processos hierárquicos e sim por meio de colaboração recíproca e dialogal. Deste modo, o autor se indaga:
“Ademais não seria lícito inferir que, além da LDB, o Plano Nacional da Educação, o sistema nacional de avaliação, o Conselho Nacional de Educação e o FUNDEB (precedido pelo FUNDEF) não apontam para a necessidade de uma sistema nacionalmente articulado?” (p.1202)
Concluindo, Cury afirma que essas atitudes acabam gerando, na prática, não geram um federalismo cooperativo e sim um federalismo competitivo que põe em risco os potenciais avanças na área educacional.
Questões
1) Quais os desafios para a implantação de um sistema nacional de educação, segundo Cury?
Contam-se 3: a estratificação social, a descentralização do poder federal e a despreocupação do poder federal para com a educação.
2) Qual o avanço conquistado com a Constituição de 1988 para a educação?
A proclamação dos direitos da cidadania, na assinalação de novas obrigações do Estado, a vontade de fazer, no país, no presente, um acerto de contas com a modernidade, expurgando do passada um enorme passivo com a justiça e com a democracia.
3) O que se entende por duplo dualismo da educação, segundo o autor?
Entende-se pela dualidade da escola pública: A escolar pública é voltada para os que não conseguem entrar na escola particular, que é financiada pelo Estado. E a escola pública, voltada para as classes menos favorecidas, tem na educação primário-profissional o seu lugar natural de receber uma educação adequada às suas faculdades, aptidões e tendências vocacionais

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