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MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 
1 
PAPM V – PEDIATRIA 
SEMIOLOGIA DO URINÁRIO 
1. Anamnese 
 Atenção aos sintomas que indicam patologia renal, uma vez que em adultos e crianças essas patologias são 
silenciosas. 
 Os sinais variam de acordo com a faixa etária da criança. 
 Nos neonatos, os sinais mais comum incluem falha no ganho pondero-estatural (não recuperam o peso do 
nascimento ou não teve o ganho de peso esperado), taquipnéia em resposta acidose metabólica, icterícia 
decorrente da sepse de foco urinário ou desidratação. 
 Nos Lactentes, os sinais são praticamente os mesmo. Além disso, podem apresentar vômitos, poliúria, urina 
fétida e rins ou bexiga aumentados de volume 
 Nas crianças maiores e nos Adolescentes, a falha no ganho ponderal não é mais evidentes, mas podem 
apresentar estatura diminuída. Mas os principais sintomas são: Edema, Hipertensão arterial e dor abdominal. 
2. Exame Físico 
 É feito junto com o exame físico do abdome. 
 Rins: podem ser palpados fisiologicamente somente nos RN, por isso na palpação profunda procura-se massas que 
possam corresponder ao rim aumentado. 
 Bexiga: um abaulamento supra púbica na linha mediana em crianças pré-
puberes, indicam uma distensão da bexiga. Essa distensão pode ser causada 
pela presença de válvulas da uretra posterior, essas válvulas dificultam o 
esvaziamento da bexiga, aumentam a espessura da parede da bexiga, o que 
pode resultar em uma hidronefrite pelo refluxo de urina da bexiga para os 
ureteres. 
 Ascite. Pode ter origem renal ou hepática. 
 
3. Distúrbios de Micção 
 O volume médio de volume excretado e a frequência das micção variam com a idade. Nos primeiros dias de vida, a 
frequência e o volume excretado são diminuídos. De acordo com o crescimento da criança, o volume e a frequência 
aumentam Até que no 3º ano de vida a criança desenvolve o controle do esfíncter, o que faz que a frequência de 
micções caia, mas o volume continua aumentando até o volume de 1 litro nas crianças de 5 anos. 
MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 
2 
 Oligúria: diurese em 24 horas menor que 240ml/m2 ou 8ml/kg/24h 
 Anúria: diurese inferior a 50ml/24h 
 Poliúria: comum em diabetes melitus tipo I, diabetes inciptus central, diabetes inciptus nefrogênico ou polidipsia 
(crianças que bebem muita água) 
 Estrangúria: micção dolorosa com dificuldade da eliminação da urina 
 Polaciúria: aumento da frequência urinária, entretanto até os 2º ano de via a frequência urinária alta é normal. 
 Disúria: dificuldade de micção, podendo ou não, ser dolorosa 
 Nictúria: Fisiologicamente, 2/3 da urina são liberados durante o dia e 1/3 durante a noite. Quando essa proporção se 
inverte temos a nictúria. É comum nas nefrites crônicas. 
 Incontinência urinária: caracterizada por uma dificuldade no desfralde. O controle vesical diurno é adquirido 
geralmente entre o 2ª e 3º ano de via e o noturno 1 ano ou 1 ½ após o controle diurno. O limite para se adiquirir esse 
controle é até 5 anos. 
 Enurese noturna: crianças que tem somente o controle vesical diurno. As causas são variadas como fatores 
inflamatórios por oxiuros ou higiene precária, alteraçoes psicológicas: TDAH, TOD e depressão 
 Retenção urinária: válvula ureteral posterior ou bexiga neurogênica (resultado da destruição do arco reflexo sacral, 
frequente em crianças com mielomeningocele, o que impede a bexiga de se contrair. Tratados com cateterismo 
vesical) 
 
4. Edema 
 Causado pela retenção excessiva de sódio, cloreto e água pelos rins. Essa água se acumula nos espaços intersticial 
 Sinal mais frequente de doença renal 
 Gravitacional, ou seja, crianças que ficam mais deitadas a localização é perimaleolar ou sacral, enquanto nas crianças 
que já ficam em pé o padrão é de progressão dos membros inferiores. 
 Sinal de cacifo presente. 
 Edemas generalizados (ascite, MMII, periorbitário) indicam síndrome nefrótica. 
 
5. Hipertensão Arterial 
 Variam de acordo com sexo, idade e percentil de altura. 
 Criança acima do p95 é definido como hipertensiva. 
 Ouvir a aula disso e escrever aqui meu anjinho. 
 
SEMIOLOGIA DO GENITAL 
1. ANAMNESE E HPP 
 Doenças próprias da infância como a parotidite epidêmica (pode cursar com orquite 
que pode levar a uma infertilidade futura). 
 Dados sobre crescimento e desenvolvimento: menarca, telarca, pubarca e data da 
última menstruação em meninas; pubarca e aumento do volume testicular em 
meninos. 
 Atividade sexual, uso de método contraceptivo. 
 Função miccional (forma do jato, frequência miccional e continência) 
 Abuso sexual 
 Plotar nos gráficos apropriados peso e estatura 
 Avaliar desenvolvimento puberal pelos critérios de Tanner (aula: a consulta do 
adolescente) 
 
2. Exame Físico 
 Antes de começar o exame, informar tanto a criança, quanto o responsável sobre como 
será realizado o exame. 
 No masculino vamos examinar: Pênis, bolsa escrotal, região perineal e perianal 
a. Pênis 
 Tamanho: distância entre a sínfise púbica e extremidade da glande e colocar no gráfico de crescimento peniano. A 
queixa do pênis pequeno é comum na semiologia pediátrica. 
MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 
3 
 Fimose: É uma patologia muito prevalente, definida como a incapacidade de externalizar a glande por completo. Pode 
ser grau 1 (incapacidade de expor qualquer parte da glande) ou grau 2 (capacidade parcial de expor a glande) 
 Imaturidade prepucial (fimose fisiológica): aderência fisiológica da mucosa prepucial com a mucosa da glande 
com função de proteger a glande da ureia presente na urina que fica acumulada na fralda (dermatite amoniacal). 
Mais de 75% dos casos são resolvidos espontaneamente até 4 anos, sem qualquer tipo de intervenção, nem 
massagem. 
 Fimose patológica: anel restritivo na extremidade distal do prepúcio, o que impede a completa retração do 
prepúcio. 
 Parafimose: estrangulamento da glande pelo anel de constrição fimótico no nível do sulco balanoprepucial. 
Causando um edema nessa região, que pode levar a isquemia da glande. É uma emergência, tratada com 
postectomia. 
 
 Hipospádia: prepúcio redundante na face dorsal e ausente ou atrófico na face ventral + meato urinário anormal 
localizado na face ventral + encurvamento peniano. De acordo com a localização do meato uretral a hipospádia é 
classificado em posterior, média ou anterior 
 
 Epispádia: orifício uretral se localiza na face dorsal do pênis, podem acompanhar extrofias de bexiga ou cloaca 
 Pênis inaparente: É normalmente causado pelo pênis embutido secundário à obesidade, acúmulo de tecido adiposo 
que recai pelo corpo do pênis causando a impressão de que o órgão começa somente onde a gordura acaba. Uma 
outra alteração é o pênis palmeado, que é causado por uma prega cutânea entre o corpo do pênis e a bolsa escrotal. 
Além disso, temos o micro pênis verdadeiro causado por uma desordem endócrina. 
MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 
4 
b. Bolsa escrotal e testículos 
 Volume testicular deve ser avaliado, para isso usa-se o orquidometro. A partir de 4ml, é considerado pré-puberdade. 
 Criptorquidia ou criptorquia: o testículo para em algum ponto da migração do abdome para bolsa escrotal. Pode 
estar, no abdome, no canal inguinal ou sub escrotal. Tratamento xcirurgico, caso não apareça até o 6º mês. 
 Testículo retrátil: Importante diferenciar da criptorquidia, uma vez que o testículo retrátil é fisiológico. O testículo 
está na bolsa escrotal, mas em situações de baixa temperatura o testículo se retrai para bolsa escrotal. 
 Testículo ausente 
 Hidrocele: dilatação do testículo decorrente coleção líquida acumulada na bolsa escrotal, geralmente causada pela 
persistência do conduto peritoneovaginal. Pode ser comunicante (desenvolvida após o nascimento, com volume 
variável com o tempo) ou não comunicante (já presente no nascimento e solução espontânea até o 1º ano de vida). 
Para diferenciar de hérnias inguinais, usar o teste da luminescência. Hérnia inguinal (pode ocorrer menos frequentemente em mulheres) ou inguinoescrotal: Geralmente, acontece pelo 
mecanismo indireto, ou seja, passagem de vísceras abdominais por dentro do canal inguinal até a bolsa escrotal. Pode 
ser classificada em três tipos: redutível (quando a hérnia só surge em situações de aumento da pressão abdominal, 
como no choro e na evacuação), encarcerada (geralmente tem tamanho fixo, mas pode ser reduzida por manobras do 
cirurgião) ou estrangulada (quando a alça encarcerada na bolsa escrotal sore de isquemia). Sempre é recomendado o 
tratamento cirúrgica. 
 Na genitália feminina se examina: monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris, vagina, uretra, região 
perineal e ânus. A genitália feminina da RN é diferente das crianças maiores e adultos, o epitélio vaginal é róseo, os 
pequenos lábios e o clitóris são mais proeminentes e o hímem pode ser redundante, em decorrência da ação do 
estrogênio, sendo ainda mais evidente em prematuras. De acordo com o crescimento da criança, a ausência dessa 
estimulação hormonal torna os pequenos lábios mais atrofiados 
 
 
 
 
PÊNIS EMBUTIDO PÊNIS PALMEADO 
CRIPTORQUIDIA TESTE DA LUMINESCÊNCIA 
MARIA EDUARDA SAMPAIO – TURMA 99 
5 
a. Hímen 
 Tipicamente redundante ou prolapsado na RN, de acordo com o crescimento isso se torna menos evidente 
 Hímen imperfurado: pode acontecer tanto na fase escolar ou na adolescência. Pode evoluir para um prolapso 
himenal, que exige drenagem cirúrgica da secreção vaginal e correção do hímen imperfurado. Na adolescência pós-
puberal, podem surgir sintomas como amenorreia e dor abdominal, pelo acumulo da menstruação dentro da vagina. 
 Hidrocolpos: hidrocolpo congênito é entidade rara que consiste de dilatação cística da vagina devida a obstrução 
desta, mais frequentemente causada por atresia vaginal ou hímen imperfurado, e acúmulo de secreção 
mucóide. 
b. Grandes e pequenos lábios 
 Sinequia de pequenos lábios ou sinéquia vulvar: os pequenos lábios são fundidos, sendo total ou parcial. 
Normalmente se resolve espontaneamente, mas no caso de levar à infecção urinária de repetição pode ser feita 
terapia tópica com corticoide e raramente é necessária intervenção cirúrgica. 
c. Útero e ovários 
 Útero: maior no período neonatal, pode ocorrer sangramento de pequena monta auto-limitado por privação 
hormonal. Dificilmente palpável. 
 Ovários: aumento do volume pode ser palpado como massa (cistos ou tumores – teratomas). 
 
3. Distúrbios da diferenciação sexual 
 Adiar certidão de nascimento até esclarecimento genético 
 Buscar outras anomalias e síndromes. Fazer Ultrassom de abdome, ECO e fundo de 
olho 
 Como descrever? Estruturas penianas = falo, descrevendo o tamanho e características 
morfológicas do falo. A localização do meato uretral em relação ao falo. A presença e 
morfologia da “bolsa escrotal” (fusão labioescrotal) e a presença de gônada palpável e 
sua localização, tamanho e simetria. 
 Na presença de gônada palpável, sugerindo testículos, leva geralmente à diagnósticos 
como: insensibilidade androgênica ou deficiência de 5 alfa redutase. 
 A Síndrome de insensibilidade androgênica (AIS em inglês) ou Síndrome de Morris é uma condição caracterizada pela 
incapacidade parcial ou total da célula para responder aos andrógenos como a testosterona. 
 Quando há ausência de gonodas, sugerindo genitália feminina, leva ao diagnóstico de hiperplasia suprarrenal 
congênita.

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