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Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 Habilidades Clínicas IV 
 Anamnese Ginecológica 
Como a anamnese em ginecologia aborda assuntos 
íntimos ligados à saúde da mulher, deve-se realizá-la de 
forma cordial e atenciosa, evitando constrangimentos 
que poderiam comprometer a qualidade das 
informações. Deve-se ter a compreensão de que muitas 
pacientes chegam à consulta com receio do exame ou 
com preocupações acerca do diagnóstico que possa ser 
feito. Compreender sua ansiedade e procurar estabelecer 
um diálogo que a tranquilize e a permita ouvir com 
calma os seus sintomas e questionamentos é 
fundamental para o atendimento e reforçará o 
estabelecimento de uma boa relação médico-paciente 
que já inicia no primeiro momento de cada consulta. 
○ Roteiro de anamnese 
Identificação 
→ Nome completo 
→ Nome da mãe 
→ Idade e data de nascimento 
→ Raça/etnia 
→ Estado civil 
→ Religião 
→ Escolaridade 
→ Endereço 
→ Naturalidade e procedência 
→ Profissão e ocupação 
Queixa principal e duração 
→ Motivo da consulta e o tempo de duração. 
Lembrar de transcrever com as palavras da paciente! 
Queixas mais frequentes em: 
Adolescente: alterações disfuncionais do ciclo 
menstrual, contracepção/gravidez indesejada. 
Adulta: gravidez/infertilidade, infecções genitais e 
sangramentos anormais. 
Idosa: alterações relacionadas à menopausa e neoplasias. 
História da doença atual 
→ Início 
→ Frequência 
→ Periodicidade 
→ Intensidade 
→ Fator desencadeante 
→ Fatores de melhora e de piora 
→ Condições associadas 
→ Irradiação 
Se a paciente não relatar, questionar: 
Alterações do ciclo ou fluxo menstrual, hemorragias fora 
do período menstrual, corrimentos genitais, dor, ardor e 
prurido genital, alterações mamárias, perturbações 
miccionais e alteração de hábitos intestinais. 
Interrogatório sintomatológico 
Particular atenção merecem os sintomas urinários e os 
sintomas relativos ao hábito intestinal, pois muitas 
vezes motivam sintomas no baixo ventre e no abdome, e, 
nesse caso, é importante estabelecer se há patologia 
ginecológica associada ou não. Da mesma forma, 
sintomas relacionados à coluna, ao aparelho locomotor e 
aos membros inferiores também são úteis, pois 
eventualmente podem estar associados à dor pélvica. 
Informações gerais sobre bem-estar, apetite, humor e 
qualidade do sono são relevantes, assim como sintomas 
nos demais sistemas, como sistema nervoso central, 
circulatório, respiratório, digestório, endócrino, 
osteoarticular, pele e fâneros. 
Antecedentes patológicos 
→ Traumas/acidentes 
→ Doenças graves 
→ Cirurgias 
→ Alergias 
→ Medicamento em uso 
→ Imunização 
Antecedentes ginecológicos 
→ Puberdade 
→ Menarca 
→ Se menopausada, perguntar a idade da 
menopausa 
→ Ciclo menstrual 
→ Fluxo menstrual 
→ TPM 
→ DUM 
→ Se na menacme: avaliar intervalo, duração e 
quantidade. * absorvente cheio - aprox. 15 ml/ 
pouco sangue - aprox. 5 ml. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
→ Dismenorréia 
→ Síndrome pré-menstrual 
→ Contraceptivos (presente e passado) 
Antecedentes sexuais 
→ Sexarca 
→ Orientação sexual 
→ Número de parceiros 
→ Relações sexuais não seguras 
→ Práticas sexuais variadas 
→ Sinusiorragia, dispareunia 
→ Libido, orgasmo 
→ ISTs 
Antecedentes obstétricos 
→ Número de gestações, partos e abortos (G/P/A) 
→ Avaliar realização prévia de pré-natal 
→ Complicações na gestação/parto 
→ Via de parto 
→ Data do último parto 
→ Intervalo interpartal 
→ Antecedente de curetagem 
→ Puerpério 
→ Amamentação 
Antecedentes familiares 
→ Pais e irmãos vivos? 
→ Óbitos na família 
→ Parentes doentes 
Hábitos de vida 
→ Alimentação saudável 
→ Atividade física 
→ Uso de drogas, tipo, quantidade e frequência 
Condições socioeconômicas e culturais 
→ Condições de moradia 
→ Saneamento básico 
→ Relacionamento familiar 
→ Mora com quem? 
 
Nomenclatura da ginecologia 
Menarca - primeira menstruação. Acontece em média 
entre 11 e 14 anos, podendo ocorrer entre 9 e 16 anos. 
Menacme – período reprodutivo da mulher. Sucede a 
menarca e antecede a menopausa. 
Climatério – transição entre o ciclo reprodutivo 
(menacme) e o não reprodutivo (senilidade). 
Menopausa – última menstruação. Ocorre entre 45 e 55 
anos e o diagnóstico é retrospectivo, após 12 meses sem 
menstruação. 
Menorragia – Hemorragia uterina regular, porém 
prolongada (>7 dias) e/ou excessiva (>80ml). 
Metrorragia – Hemorragia uterina irregular. 
Menometrorragia – Hemorragia uterina irregular 
excessiva e prolongada. 
Polimenorréia - Hemorragia uterina regular com 
intervalo <21 dias. 
Oligomenorreia - Hemorragia uterina regular com 
intervalo >35 dias. 
Amenorreia – ausência de menstruação por um período 
≥ 6 meses num a m ul her nã o men opáusica. 
 
 
 Exame físico ginecológico 
Embora o foco do exame seja relacionado aos aspectos 
ginecológicos, ele deve iniciar por uma avaliação geral 
que inclua peso, altura, observação do estado geral da 
paciente, ectoscopia (pele e distribuição de pêlos), 
pressão arterial, palpação da tireóide, ausculta cardíaca e 
pulmonar e avaliação das extremidades. A paciente deve 
ser orientada sobre a necessidade da realização de exame 
físico ginecológico anual e sobre como o exame será 
feito. 
 
 
 
○ Exame físico geral 
Um exame geral completo é tão importante em 
ginecologia como em qualquer outro ramo da medicina. 
Embora o exame ginecológico seja dirigido 
naturalmente para a mama e órgãos pélvicos e 
abdominais, ele deve incluir uma observação geral do 
organismo. 
 
○ Exame ginecológico 
O exame satisfatório dos órgãos genitais depende da 
colaboração da paciente e do cuidado do médico em 
demonstrar segurança em sua abordagem no exame. 
Todos os passos do exame deverão ser comunicados 
previamente, em linguagem acessível ao paciente. 
A posição ginecológica ou de litotomia é a preferida 
para a realização do exame ginecológico. Coloca-se a 
paciente em decúbito dorsal, com as nádegas na borda 
da mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas, 
sobre o abdômen, amplamente abduzidas. 
O exame dos órgãos genitais deve ser feito numa 
seqüência lógica: 
a. órgãos genitais externos- vulva 
b. órgãos genitais internos- vagina, útero, trompas e 
ovários 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
○ Inspeção dos órgãos genitais externos 
O exame da vulva e do períneo deve ser realizado de 
forma sistemática, abrangendo a área desde o 
monte púbico até o ânus. Os linfonodos inguinais 
também devem ser palpados, pois tanto as 
neoplasias como as infecções podem afetá-los. 
Observa-se pele e trofismo vulvar, eventuais alterações 
como eritema e outras mudanças na coloração da pele, 
lacerações perineais, secreções e lesões, aspecto do 
hímen e carúnculas himenais, pequenos lábios e clitóris. 
Prolapsos urogenitais podem ser investigados, 
pedindo-se que a paciente faça esforço (manobra 
de Valsalva). 
 
As glândulas vestibulares (glândulas de Bartholin) 
normalmente não são vistas nem 
identificadas à palpação. A uretra também deve ser 
observada quanto à eventual presença de 
secreções que podem indicar infecções ou a alterações 
de coloração ou irregularidade da superfície 
associadas ao prolapso uretral. 
 
Vulva - implantação dos pêlos, aspecto da fenda vulvar, 
umidade, secreções, hiperemias, ulcerações, distrofias, 
neoplasias, dermatopatias, distopias e malformações. 
Períneo e uretra - secreções, prolapso uretral, integridade 
e cicatrizes. 
Ânus - hemorróidas, plicomas, fissuras, prolapso da 
muc osa e malform ações. 
 
 
 
 
 
Candidíase 
Mancha ou placa hiperemiada com maceração do tecido 
ou erosões superficiais e descamação na periferia da 
lesão; prurido vulvar intenso, associado ou não a 
corrimento vaginal. 
 
Dermatite Seborreica 
Lesão eritematosa difusa e simétrica com fina descamação 
em cima da base eritematosa; prurido vulvar; associa-se à 
produção aumentadade sebo; acomete outros locais. 
 
Líquen Plano Vulvar 
Pápulas ou placas eritematosas descamativas e, 
eventualmente, erosivas; prurido crônico; não aumenta 
risco de câncer. 
Principal localização: lábios menores □ pode evoluir com 
fusão. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
Líquen escleroso e atrófico (LEA) 
Pápulas branco-nacaradas, opacas □ aspecto 
apergaminado; região anogenital; atrofia importante - 
formato em “8”; prurido, irritação local, disúria, 
dispauremia, fissuras e dor; doença crônica e benigna; 
fatores imunológicos; pode evoluir para lesão 
maligna. 
 
 
Vitiligo 
Manchas hipocrômicas, bem delimitadas, sem sintomas 
associados; geralmente está presente em outras 
localizações extragenitais; problema cosmético. 
 
 
Aglutinação ou Aderência Labial 
Sinéquia de pequenos lábios; processo inflamatório crônico 
associado à falta de estrogênios estão associados à 
aderência dos pequenos lábios. 
 
 
Herpes Simples 
Pródromos: prurido, queimação e formigamento; 
Vesículas dolorosas que rapidamente rompem; ulceração □ 
Crosta; sintomas sistêmicos: febre, cefaléia, mal-estar 
(geralmente na primoinfecção); lesões genitais - HSV-2. 
 
Sífilis Primária (Treponema pallidum) 
Cancro duro – úlcera clássica, isolada, firme ao toque, com 
bordas arredondadas, levemente elevadas e uma base 
íntegra não infectada; pode ocorrer secreção 
serosa; indolor. 
 
 
Cancro Mole (Haemophilus ducrei) 
Pápula eritematosa que evolui para pústula e sofre 
ulceração em 48hs; úlceras dolorosas com bordas 
irregulares, com limites eritematoso, sem enduração; 
base avermelhadas e granular; recobertas com material 
purulento com odor fétido; fúrcula vulvar, vestíbulo, 
clitóris e grandes lábios; linfadenopatia inguinal móvel uni 
ou bilateral. 
 
 
 
Donovanose (Klebsiella granulomatis) 
Nódulos inflamatórios indolores que progridem para 
úlceras altamente vascularizadas, avermelhadas e carnudas, 
(sangram com facilidade ao contato); cicatrizes 
semelhantes a quelóides; é uma DST. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
Linfogranuloma Venéreo (LGV) (Chlamydia 
trachomatis (L1, L2 e L3) 
Infecção divide-se em três fases: 
○ Vesícula ou pápula pequena; 
○ Linfadenopatia inguinal ou femoral – “BULBÃO” □ 
drenagem espontânea; 
○ Fase crônica: prurido retal e descarga mucóide pelas 
úlceras retais, obstrução linfática, fibrose de reto, 
sangramento retal, estenose de uretra e da vagina. 
○ É uma DST 
 
 
Cistos do ducto de Bartolin 
Dor, calor, rubor e presença área de flutuação ou de 
drenagem de secreção purulenta. 
 
 
Condiloma acuminado 
HPV (papilomavírus) - DST 
Verrugas em vulva, períneo, perianal, vagina e útero; 
coloração variada; aspecto de couve-flor. 
 
Neoplasia Intraepitelial Vulvar 
Lesões elevadas, de superfície áspera, com margens bem 
demarcadas; pode ser subdividido em duas categorias: 
verrucoso e basalóide; geralmente associa-se a infecção 
crônica pelo HPV diagnóstico: Biópsia. 
 
 
Câncer de vulva 
Nódulo vermelho, rosa ou branco, de superfície áspera 
ou rugosa, na vulva; ardência, dor ou coceira na 
área genital; sangramento fora do período menstrual; 
principal: carcinoma escamocelular (CEC). 
 
 
 
 
 
 
 
○ Inspeção dos órgãos genitais internos 
Exame especular 
É realizado através de um instrumento denominado 
espéculo. Os espéculos são constituídos de duas valvas 
iguais; quando fechados, 
as valvas se justapõem, apresentando-se como uma peça 
única. Os espéculos articulados são os mais utilizados, 
podendo ser metálicos ou de plástico, descartáveis, 
apresentando quatro tamanhos: mínimo (espéculo de 
virgem), pequeno (nº 1), médio (nº 2) ou grande (nº 
3). Deve-se escolher sempre o menor espéculo que 
possibilite o exame adequado, de forma a não provocar 
desconforto na paciente. 
O espéculo é introduzido fechado. Apóia-se o espéculo 
sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo (para evitar lesão 
uretral), e faz-se sua introdução lentamente; antes de ser 
completamente colocado na vagina, quando estiver em 
meio caminho, deve ser rodado, ficando as valvas 
paralelas às paredes anterior e posterior; posição que 
ocupará no exame. A extremidade do aparelho será 
orientada para baixo e para trás, na direção do cóccix, 
enquanto é aberto. Na abertura do espéculo, a mão 
esquerda segura e firma a valva anterior do mesmo, para 
que a mão direita possa, girando a borboleta para o 
sentido horário, abri-lo e expor o colo uterino. 
O colo é então inspecionado, avaliando forma, 
tamanho, posição, superfície, coloração, orifício 
externo, muco cervical e zona de transição; pacientes 
nulíparas geralmente têm o orifício externo puntiforme 
ao passo que nas que já tiveram parto vaginal este 
apresenta-se em forma de fenda; mulheres na pós 
menopausa tem o colo atrófico, e nas mais idosas pode 
ser difícil identificá-lo. A inspeção deve avaliar paredes 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
vaginais, rugas vaginais, presença de “manchas”, 
lesões vegetantes, lacerações, etc. 
 
 
 
 
Além da inspeção da vagina e do colo do útero, esse 
exame permite coleta de secreção vaginal, endocervical, 
células para citopatológico (CP) de colo uterino, 
colposcopia, entre outros. 
Flora vaginal bacteriana normal: lactobacilos, que 
mantém o Ph vaginal entre 3,8 e 4,2; 
Secreção vaginal fisiológica sofre influências 
hormonais, orgânicas e psíquicas. constituída de 
secreção sebácea, esfoliação vaginal e cervical e 
secreção das glândulas de Bartholin e Skene. 
 
 
 
 
Teste de Whiff 
Coleta do material vaginal: aplicação de 1 a 2 gotas de 
KOH a 10%; 
Teste positivo: odor de peixe, associado a vaginose 
bacteriana. 
*Situações especiais 
Nas mulheres grávidas, não há inconvenientes em 
realizar o exame, caso seja necessário realizar a coleta 
citológica, esta deve ser feita preferencialmente apenas 
com a espátula de Ayre; 
Nas mulheres após a menopausa, em decorrência do 
déficit de estrogênio, a visualização da JEC pode ser 
prejudicada pela atrofia: creme de estrogênios 
conjugados 0,5g ou Creme de estriol 1%, durante 21 
dias, coleta após 5 a 7 dias da parada do uso. 
Ectopia cervical 
No período de atividade menstrual, fase reprodutiva da 
mulher, geralmente, a JEC situa-se no nível do orifício 
externo ou para fora deste, caracterizando ectopia ou 
eversão. Logo, a ectopia é uma situação fisiológica, não 
demandando intervenções. 
Cistos de Naboth 
Oriunda da obstrução dos ductos excretores das 
glândulas endocervicais subjacentes; 
Sem significado patológico. 
Pólipos cervicais 
São projeções da mucosa do canal do colo uterino, 
podendo levar a sangramento vaginal fora do período 
menstrual e principalmente após relação sexual; 
Quando localizados externamente, são visualizados no 
momento do exame; 
São benignos na maioria dos casos. 
Coleta citopatológico 
O rastreamento deve ser realizado a partir de 25 anos 
em todas as mulheres que iniciaram atividade sexual, a 
cada três anos, se os dois primeiros exames anuais 
forem normais. Os exames devem seguir até os 64 anos 
de idade; 
A coleta da amostra deve ser pelo menos cinco dias 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
após o término da menstruação. No entanto, caso seja 
esta a única oportunidade e a mulher esteja 
menstruada, podem-se adicionar gotas de ácido 
acético a 2% à solução fixadora, buscando melhorar a 
qualidade da amostra. 
 
 
 
Teste do ácido acético 
Aplicação de Ácido Acético a 3 a 5%; 
Desidratação das células escamosas displásicas, em 
30 a 60 segundos; 
Positivo: alteração acetobranca (reflexo à luz do 
material nuclear das células displásicas, que 
adquirem coloração esbranquiçada); 
Intensidade e duração do efeito diretamente 
relacionadas com a gravidade da lesão. 
 
 
 
Teste de Schiller 
É feita através da deposição da solução de Lugol 
(iodo-iodetada) no colo uterino, que provoca uma 
coloração marrom acaju nas células que contêm 
glicogênio,como é o caso das células das camadas 
superficiais do epitélio que recobre o colo e a vagina. A 
intensidade da coloração é proporcional à quantidade de 
glicogênio contido nas células. Assim, o iodo cora 
fracamente as regiões de epitélio atrófico e não cora a 
mucosa glandular que não contém glicogênio. As zonas 
que apresentam modificações patológicas não adquirem 
coloração, sendo chamadas iodo-negativas ou Teste de 
Schiller positivo. Ao contrário, quando o colo 
apresenta-se totalmente corado pelo iodo teremos colo 
iodo positivo ou Teste de Schiller negativo. 
Antes da colocação da solução de Lugol deve-se retirar 
secreções que eventualmente recubram o colo, as quais 
provocariam falsos resultados iodo negativos ou Schiller 
positivo. 
 
 
Solução de Iodo (Lugol); 
Células ricas em glicogênio coram e tornam-se 
marrom-escuras: Iodo positivo, Schiller negativo; 
Células desprovidas de glicogênio (células 
glandulares e displásicas) não coram e tornam-se 
mostarda: Iodo negativo. Schiller positivo; 
Áreas de ectopia não se coram. 
 
 
 
 
Toque vaginal 
Com a mão espalmada no hipogástrio, comprime-se a 
parede abdominal enquanto o colo uterino é 
delicadamente elevado pelos dedos que realizam o 
exame vaginal, palpando-se o útero entre as duas mãos. 
Por meio desse exame, é possível avaliar o útero quanto 
ao seu volume, posição, mobilidade, consistência, 
regularidade de superfície e dor à mobilização do colo 
uterino. A seguir, faz-se a palpação bimanual das regiões 
anexiais. Os ovários podem ser palpados na mulher não 
obesa, quando adequadamente relaxada durante o 
exame. As tubas uterinas normalmente não são palpáveis 
ao toque vaginal, mas algumas vezes o exame pode 
revelar aumento das tubas causado por inflamações ou 
acúmulo de líquido em seu interior. 
 
 
Toque retal 
O toque retal não é feito rotineiramente em todas as 
consultas. Ele é útil nas avaliações de pacientes 
com dor ou massa pélvica identificada, suspeita de 
endometriose ou neoplasia, na presença de 
sintomas intestinais ou sangramento ou, ainda, quando 
for considerada a possibilidade de um tumor 
nessa área. 
○ Exame de mamas 
Anamnese 
Queixas comuns 
Nódulo: data da percepção, localização, crescimento, 
relação com o ciclo menstrual ou história de 
traumatismo; 
Dor mamária: data de início, localização, intensidade 
da dor, uso de medicações, relação com ciclo 
menstrual ou traumatismo, relação com esforço físico; 
 
História da Doença Atual 
Derrame Papilar: data do início, cor, espontâneo ou 
provocado, unilateral ou bilateral, acometimento de 
um ou de vários ductos e relação com uso de fármacos; 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
Anormalidades da pele/mamilo e sinais inflamatórios: 
data do início, se agudo ou crônico, localização, saída de 
secreção purulenta, flogose, presença de retração ou 
abaulamento. 
 
Antecedentes 
→ Idade da menarca 
→ DUM / Duração e regularidade dos ciclos / Uso 
de anticonceptivos hormonais 
→ Número de gestações / Número de nascidos 
vivos / Idade da primeira gestação / 
Amamentação 
→ História familiar de ca de mama: número, 
parentesco, idade do diagnóstico e se doença 
bilateral 
→ História de cirurgias e/ou biópsia mamária 
→ Data da menopausa / Uso de terapia de 
reposição hormonal 
 
Exame físico 
Habitualmente, a avaliação das mamas inicia pela 
inspeção estática seguida da inspeção dinâmica, 
palpação das cadeias de linfonodos e palpação das 
mamas com expressão delicada dos mamilos. 
 
Inspeção estática 
Paciente com tronco desnudo, na posição sentada e com 
braços ao longo do corpo é observada para afastar ou 
diagnosticar áreas de hiperemia, edema, inversão de 
mamilos, alteração de volume. Descrever tamanho, 
simetria, abaulamentos/retrações, alterações de pele, 
mamilo e aréola. 
Inspeção dinâmica 
Na posição sentada, com as mãos apoiadas na cintura, a 
paciente é orientada a contrair os músculos peitorais 
com o objetivo de expor possíveis abaulamentos, 
retrações e assimetrias. 
Palpação de linfonodos 
Os linfonodos que podem ser acometidos por metástases 
de câncer de mama sempre devem ser avaliados. 
Inicialmente, palpam-se os linfonodos da cadeia 
supraclavicular, cervical posterior, 
cervical anterior e, por último, da cadeia axilar. 
Descrever o número de linfonodos palpáveis, 
tamanho, consistência e mobilidade. 
Palpação das mamas 
A paciente deve estar na posição supina e com os braços 
apoiados sob a cabeça. A palpação deverá 
seguir movimento circular, abrangendo todos os 
quadrantes, a região retroareolar e o prolongamento 
axilar. A palpação deverá ser feita com as duas mãos 
espalmadas para dar mais precisão ao exame, 
como percepção de adensamentos e nódulos. No fim da 
palpação, pode-se realizar a expressão suave 
dos mamilos para avaliar a presença de derrame papilar 
(expressão papilar para avaliar secreção - coloração, 
lateralidade e número de ductos acometidos). Deve 
avaliar a densidade mamária e descrever os achados: 
tamanho, consistência, mobilidade, alterações de pele 
associadas e localização. 
 
Paciente em decúbito dorsal com as mãos atrás da 
nuca; 
Sentido horário deve ser adotado; 
Técnica de Velpeaux – Iniciado pela mama normal 
com a face palmar dos dedos indo de encontro ao 
gradil costal; 
Técnica de Bllodgood – A palpação deve ser realizada 
com as falanges distais do 2o e 3° dedos, semelhante a 
tocar piano. 
Principais achados 
Mastalgia 
65 a 70% - mastalgia em algum momento; 
Geralmente relacionada ao ciclo estroprogestínico; 
Cíclica X Acíclica; 
Dor extramamária. 
Mastalgia e câncer de mama □ 0,8 a 2%; 
Medicamentos: ACO, ISRS, metildopa, 
ciclosporina e prostaglandinas. 
Avaliação clínica: história clínica - início, duração, 
localização, intensidade, associação com ciclo 
menstrual; sintomas associados (febre, dispnéia etc). 
Abordar estado psicológico (dor psicossomática?) 
Diagnósticos Diferenciais (dor extramamária): 
Avaliar também arcos costais e suas articulações 
(osteocondrite?) 
Lesões de pele – herpes zoster? 
 
Descarga papilar 
Amamnese: provocada x espontânea; natureza da 
descarga (serosa, sanguinolenta ou 
leitosa); associação a um tumor; uni ou bilateralmente; 
relação com a menstruação; pré ou pós-menopausa; 
medicamentos hormonais. 
 
 
 
Descarga suspeita: uniductal/Unilateral; espontânea; 
co lo raçã o: cristalino (água de rocha) ou sanguino lenta. 
 
 
 
Cistos 
Coleção de líquido derivada da unidade ducto lobular 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
terminal; 
Macroscópicos ocorrem em 7% das mulheres; 
Microscópios ocorrem em quase 40% das mulheres. 
Apresentação clínica: comum em mulheres de 35 a 55 
anos de idade; 
Sintomas relacionados à presença de estrogênio:dor em 
geral antes da menstruação); variação no tamanho, 
número e magnitude dos sintomas; ocorrência bilateral, 
aumento da incidência na perimenopausa e responde à 
terapia hormonal. crescimento agudo – dor de início 
súbito; tumor assintomático uniforme, móvel e 
compressível, por vezes acompanha dor espontânea ou 
dor à palpação e, descarga papilar. 
 
Fibroadenomas 
Segunda patologia mais comum; 
Lesões benignas (tecido glandular e fibroso); 
20% múltiplos ; 
Etiologia incerta (influência hormonal); 
Mulheres jovens (15 e 35 anos). 
Tumoração definida, móvel, consistência elástica, 
crescimento lento, geralmente única; 
Em 25% dos casos são impalpáveis; 
Com o envelhecer – surgem elementos atróficos e 
calcificações; 
USG □ sugere (porém confirmação apenas com 
biópsia). 
 
 
Câncer de mama 
Fatores predisponentes: história familiar; alimentação, 
obesidade, álcool; fatores reprodutivos hormonais: 
O risco aumenta com a duração da fase reprodutiva da 
mulher. 
Rastreamento 
Avaliação periódica realizada em pessoas 
assintomáticas com o objetivo de identificar a doença 
em estágioinicial, permitindo a realização precoce do 
tratamento e aumentando, consequentemente, as 
chances de cura. 
Auto-exame mensal e Exame clínico anual: a partir 
dos 35 anos. 
Mamografia: 
Sociedade Brasileira de Mastologia: a partir dos 40 anos, 
anualmente; 
Ministério da Saúde: a partir dos 50 anos, bianualmente. 
Tríplice avaliação 
1. Avaliação clínica – história e exame físico 
2. Exames de imagens – USG, mamografia, RNM 
3. Diagnóstico citológico (PAAF) ou histopatológico 
(core biopsy) 
Sintomas 
 
 
Endurecimento, sulco, erosão de pele, vermelhidão ou 
ardor, fluido desconhecido, buracos, protuberância, veia 
crescente, afundamento do mamilo, assimetria, pele de 
laranja, nódulo interno. 
 
 
 Anamnese Obstétrica 
A anamnese obstétrica deve seguir o mesmo roteiro da 
anamnese ginecológica, porém com acréscimo de 
perguntas direcionadas para gravidez atual, visando a 
identificação de possíveis complicações que 
comprometam a vida da mãe e do feto. Dessa forma, há 
prevenção de futuras patologias. 
História obstétrica atual 
→ Idade gestacional 
→ DUM 
→ DPP 
→ Evolução do puerpério atual 
→ Sangramentos e/ou perda de líquidos 
→ Crescimento abdominal e percepção de 
movimento fetal 
→ Suplementação 
Queixas frequentes: náuseas, vômitos, lombalgia, azia, 
hemorroidas, edema, cãibras, fadiga, constipação, 
mastalgia, tonturas e vertigens. 
○ Diagnóstico de gravidez 
É comum subdividir a descoberta da gravidez pelo 
método clínico em três partes. A primeira é a 
"presunção" o segundo é de "probabilidade" e são os 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
sinais de certeza. Abaixo temos uma tabela sobre cada 
um desses sinais. 
Sintomas de presunção - pouco confiável, explicação 
nas adaptações do organismo à gestação: edema, 
lipotímia, polaciúria, dor suprapúbica, lombalgia, 
sialorréia, náuseas e vômito, alteração no apetite, 
pirose/queimação, constipação, dispnéia, sonolência, 
palpitação/taquicardia. 
Sinais de presunção - pouco confiável, explicação nas 
adaptações do organismo à gestação: melasma, linha 
nigra, aumento do volume abdominal. 
Sinais e sintomas de probabilidade - são as 
manifestações clínicas mais evidentes de gravidez, 
porém sem caracterizar com certeza: 
a. Atraso menstrual sem uso de métodos contraceptivos, 
Aumento do volume uterino; 
b. Sinal de Nobile-Budin: preenchimento dos fundos de 
saco laterais pelo útero globoso; 
c. Sinal de Hegar: diminuição da consistência do 
istmo(amolecimento); 
d. Sinal ou regra de Goodel: amolecimento do colo 
uterino (consistência labial); 
e. Sinal de Piscacek: assimetria uterina no local da 
nidação. 
 
 
Sinais de certeza: 
a. Exame clínico: sinais e sintomas; batimentos 
cardiofetais; palpação de partes fetais no abdome. 
b. Exames laboratoriais: hormônio coriogonadotrófico 
(HCG - fração beta) na urina ou no sangue. 
c. Ultrassonografia - método de excelência; idade 
embrionária e fetal; gestação única ou gemelar; gestação 
tópica ou ectópica; ausculta dos batimentos 
embrionários e fetais; até as 12 semanas: transvaginal, 
depois abdominal. 
○ Pré-natal 
Objetivos básicos da assistência pré-natal: 
→ Orientar os hábitos de vida; 
→ Assistir a gestante psicologicamente; 
→ Preparar a gestante para a maternidade; 
→ Evitar o uso de medicações e de medidas que se 
tornem prejudiciais para o feto; 
→ Tratar os pequenos distúrbios da gravidez; 
→ Realizar prevenção, diagnóstico e tratamento 
das doenças próprias da gravidez ou nela 
intercorrentes. 
Vigilância pré-natal! 
Até 28 semanas: mensal 
28 - 36 semanas: quinzenal 
A partir de 36 semanas: semanal 
 
Nomenclatura na obstetrícia 
Nuligrávida ou nuligesta - mulher que nunca teve filhos. 
Primigrávida ou primigesta - primeira gravidez. 
Multigrávida ou multigesta - mulher que está na segunda 
ou numa das subsequentes gravidez. 
Grávida (gestante) - mulher em gestação. 
Nulípara - mulher que nunca pariu. 
Primípara - mulher que teve seu primeiro parto. 
M ultípara - mulher q ue já pariu mais de um a vez. 
 
○ Data provável do parto (DPP) 
Duração média da gestação: aproximadamente 280 
dias ou 40 semanas a partir da DUM. 
A data provável do parto pode ser calculada por DUM + 
7 dias - 3 meses ou pela regra de Naegele: 40 sem: 
Soma 7 dias ao 1° dia da DUM; 
Soma 9 ao mês da DUM. 
○ Idade Gestacional 
Cálculo: soma o número de dias do intervalo entre a 
DUM e a data da consulta; divide por 7 = semanas de 
gestação. 
 
○ Orientação nutricional 
 
 
○ Preocupações comuns 
Exercícios, higiene pré-natal/asseio corporal, viagens 
aéreas ou automobilísticas, consumo de pescados, 
relações sexuais, cafeína, tintura de cabelo, adoçantes, 
fumo e álcool, vestuário e estrias. 
 
○ Sinais de alerta para interromper o exercício na 
gravidez 
Sangramento vaginal, contrações dolorosas regulares, 
vazamento de líquido amniótico, dispneia antes do 
exercício, tontura, cefaleia, dor no peito, fraqueza 
muscular afetando o equilíbrio, dor ou edema na 
panturrilha. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 Exame obstétrico 
○ Conceitos em obstetrícia 
 
 
○ Avaliação obstétrica 
Pré-natal → anamnese e exame físico, incluindo exame 
físico geral e exame físico específico (AFU, manobras 
de Leopold, BFC, exame das mamas, exame especular + 
toque vaginal e avaliação das contrações uterinas). 
 
Exame obstétrico 
→ Medida da altura de fundo do útero (AFU) 
Ter cuidado: bexiga vazia é o ideal - pode dar diferença 
até 3 cm; atentar para panículo adiposo - altera a real 
AFU. 
É importante para estimar a idade gestacional. 
Avalia o crescimento fetal. 
 
 
Regra de Mac Donald 
IG = A F U x 8/7 
 
→ Manobras de Leopold-Zweifel 
É importante para identificar como o feto se relaciona 
com a mãe, ou seja, estática fetal. 
 
 
Atitude fetal 
Flexão ou extensão 
 
 
Situação 
Longitudinal, transverso ou oblíquo 
 
 
Apresentação 
Cefálica, côrmica ou pélvica 
 
 
 
 
Variedade de posição 
 
 
 
1º tempo: o examinador se coloca ao lado direito da 
paciente e, de frente para ela e com as duas mãos 
encurvadas, delimita o fundo do útero e observa qual o 
pólo fetal o ocupa. 
2º tempo: visa determinar a posição fetal, ou seja, para 
qual dos lados o dorso fetal está posicionado. 
Deslizam-se as mãos em direção ao pólo inferior. 
3º tempo: Visa explorar a mobilidade da apresentação 
localizada no estreito superior da bacia. Apreende-se o 
pólo entre o polegar e o dedo indicador imprimindo-lhes 
movimentos de lateralidade para verificar a penetração 
da apresentação e confirmar o outro pólo, comparando 
com o identificado previamente no fundo uterino. 
4º tempo: visa confirmar a penetração da apresentação. 
O examinador deve voltar as suas costas para a paciente 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
e com a ponta dos dedos, exercer pressão em direção ao 
eixo da entrada pélvica. 
 
 
 
→ Ausculta do BCF 
Deve ser auscultado no encontro do dorso com o pólo 
cefálico. 
 
 
 
 
→ Exame das mamas 
Avaliação do Complexo Aréolo Papilar 
 
 
Cuidado: não estigmatizar. Todas são capazes de 
amamentar. 
 
→ Toque vaginal 
. Avaliar consistência/ elasticidade 
. Dilatação – 0 a 10 cm 
 
 
. Apagamento – diminuição progressiva da espessura do 
colo (em porcentagem) 
 
 
. Identificar obstáculos no trajeto 
. Avaliação da altura da apresentação 
Plano DeLee é o mais empregado. 
 
 
Plano de Hodge divide-se em quatro planos, porém não 
tem boa aceitação. 
Primeiro plano = delimitado pela borda superior do 
púbis e promontório do sacro; 
Segundo plano = vai da borda inferior do pube ao meio 
da segunda vértebra do saco; 
Terceiro plano = espinhas ciáticas (plano “0” de DeLee); 
Quarto plano = ponta do cóccix. 
 
 
. Índice de BISHOP 
> ou = 9 – Favorável a indução com ocitócitos; 
Entre 5 e 8 – Intermediário; 
< 5 – Desfavorável a Ocitócitos, iniciar preparo comcolo (Misoprostol) 
 
 
→ Avaliação das contrações uterinas (tocometria) 
. Tônus uterino: corresponde a pressão miometrial ao 
repouso, podendo se referir também ao menor valor 
registrado entre duas contrações. Geralmente 10 
mmHg. 
. Frequência: número de contrações (aumento 
sustentado da pressão miometrial) dentro do período 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
convencional de 10 minutos. 
. Intensidade: corresponde a pressão máxima uterina 
durante uma contração, acima do tônus uterino. Em 
torno de 40 mmHg. 
. Duração: período em segundos que vai do início até o 
fim das contrações. 
 
Contrações de Braxton-Hicks 
Incoordenadas, longos intervalos e de baixa intensidade. 
Vão se tornando mais coordenadas e frequentes com a 
aproximação do parto. 
 
Quando considerar trabalho de parto? 
. 2 a 3 contrações em 10 minutos 
. Intensidade entre 30 e 40 mmHg 
. Duração entre 30 e 40 segundos 
 
Período expulsivo 
. 5 a 6 contrações em 10 minutos 
. Intensidade entre 50 e 60 mmHg 
. D uração entre 60 e 80 seg undos 
 
 Mecanismo de parto 
São movimentos executados pelo feto, impulsionado 
pela contratilidade uterina e pelos músculos da parede 
abdominal, através do canal de parto. 
 
 
Fases do mecanismo do parto 
→ Insinuação 
É a passagem da maior circunferência (maior diâmetro 
transverso) da apresentação através do anel do estreito 
superior; 
Plano “0” de DeLee: ponto mais baixo da apresentação; 
Flexão da cabeça. 
→ Descida 
Flexão completa: passivo, apresenta o menor diâmetro 
cefálico (subocciptobregmático - 9,5 cm); 
Fletido: palpação fontanela lambdóide; 
Passagem do feto por todo o canal de parto só termina 
com a expulsão total do feto. 
. Rotação interna da cabeça: circunferência máxima da 
cabeça fetal no Plano “0” de DeLee 
. Insinuação das espáduas no estreito superior da bacia: 
ombros no estreito superior da bacia 
 
 
→ Desprendimento 
A nuca apoia-se na arcada púbica (OP) e a cabeça oscila 
em torno desse ponto. 
Início: cabeça fetal ao nível do períneo; 
Fim: fontanela posterior na sínfise púbica. 
 
 
Tempo acessórios: 
- Rotação externa da cabeça (restituição): 
. Cabeça retorna a posição ântero-posterior; 
. Não requer intervenção do obstetra. 
- Rotação interna das espáduas 
- Desprendimento das espáduas: 
. Desprendimento do ombro anterior e depois o 
posterior; 
. Requer leve tração para o sentido posterior. 
 
Manobra de Ritgen 
Evitar traumatismo perineal; 
Durante a expulsão do polo cefálico, os dedos de uma 
das mãos apoiam o períneo enquanto a outra mão faz 
leve pressão sobre a cabeça para controlar a velocidade 
de coroamento. 
 
 
○ Períodos clínicos do parto 
Medidas e procedimentos adotados no acompanhamento 
de uma paciente em trabalho de parto. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
○ Diagnóstico do Trabalho de Parto 
- >= 3 cm de dilatação + 2-3 contrações/10 min 
eficientes; 
- 2 contrações/15 min + dois sinais: 
. Apagamento cervical; 
. >= 3 cm de dilatação; 
. Ruptura espontânea das membranas. 
 
○ Preparo da paciente: 
. Identificação 
. DUM - IG 
. PA - AFU - BCF - Tônus uterino 
. Toque vaginal: descida e variedade de 
posição da apresentação; dilatação cervical 
. Abertura do Partograma 
 
○ Período premunitório 
. Primeiro período: Dilatação Cervical: nas primípara 
afina e depois abre e nas multíparas afina e abre ao 
mesmo tempo. 
 
 
O período de dilatação (fase ativa do parto), se inicia no 
final da fase latente e termina quando o colo uterino está 
totalmente dilatado. 
Nas primíparas o trabalho de parto é mais demorado 
(10-12h) e nas multíparas é mais rápido (6-8h). 
 
Práticas não recomendadas: 
Enteróclise; 
Tricotomia; 
Ingestão de alimentos sólidos. 
Amniotomia; 
Ocit ocin a; 
. Segundo período: Expulsão Fetal; 
Manejo ativo do trabalho de parto 
Assepsia 
Manobras: Ritgen e Kristeller 
 
 
Episiotomia:bloqueio do Pudendo; 
Episiorrafia em planos: muscular; mucosa; pele. 
 
 
. Terceiro período: Dequitação Placentária; 
Baudelocque-Schultze: implantação fúndica; saída da 
placenta e depois do 
coágulo; 
Baudelocque-Ducan: implantação lateral; saída do 
coágulo e depois a placenta. 
 
 
. Quarto período: 1° hora pós-parto. 
Período de Greenberg; 
Miotamponagem - contração uterina para controle do 
sangramento; 
Trombotamponagem - aumento de fibrinogênio; 
Contração uterina fixa: globo de segurança de Pinard - 
parada da contração uterina. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
Início: 30 a 36 semanas; 
Descida do fundo uterino; 
Braxton-Hicks - espaçadas, não-rítmicas e indolores; 
Tampão mucoso; 
Pr eparo fisiológico do colo u te rino - am o lecimento. 
 
 
 Partograma 
É representação gráfica do trabalho de parto; 
Método simples e de baixo custo; 
Auxilia na tomada de decisões; 
Divide-se em: período de dilatação (preparatória e 
dilatação propriamente dita); período expulsivo. 
 
 
 
Fase latente 
Acompanhamento ambulatorial; 
Período entre o início do trabalho de parto e a fase 
ativa do trabalho de parto; 
Pode durar mais de 20 horas; 
Conduta expectante; 
Apresentam contrações, que provocam o amolecimento 
e apagamento do colo uterino, com velocidade de 
dilatação ainda lento (<1,2 cm/h). 
 
Fase ativa 
Trabalho de parto propriamente dito (2/3 contrações 
em 10 minutos, com dilatação mínima de 3 cm, MS 
2001). 
A fase ativa é dividida em 3 períodos: 
1. Fase de aceleração (dilatação inicial, com duração de 
cerca de 1 hora). 
2. Fase de inclinação máxima (dilatação linear e rápida). 
3. Fase de desaceleração (dilatação em velocidade 
constante). 
 
Interpretação do partograma 
. Marcação da dilatação do colo uterino em cm. 
. Altura e a variedade de posição da apresentação. 
. 2 linhas diagonais a da esquerda “linha de alerta” e a da 
direita “linha de ação”. 
. Hora do exame. 
. Frequência cardíaca fetal. 
. Contrações uterinas. 
. Estado da bolsa. 
. Administração de medicamentos. 
. Procedimentos efetuados durante o parto. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. As marcações são iniciadas na fase ativa do trabalho de 
parto (3 cm). 
. Anota-se a hora em que os registros foram iniciados. 
. A taxa normal de dilatação do colo varia em torno de 
1,2 a 1,5cm/h. 
. Na representação da apresentação, observamos uma 
esfera, visto que 95% das gestantes em trabalho de 
parto o feto encontra-se em apresentação cefálica. 
. Na apresentação fletida, o mais corriqueiro é 
desenharmos 3 linhas confluentes, com 2 linhas 
representando as suturas lambdoides e 1 linha 
representando a sutura sagital. 
. Nos casos de deflexão em primeiro grau, o bregma 
passa a ser atingível e representamos com o desenho de 
um losango. 
 
Dilatação cervical é registrada com um triângulo, no 
ponto correspondente do gráfico. 
Na hora imediatamente seguinte traça-se a linha de 
alerta. 
Em paralelo 4 horas após, a linha de ação. 
O padrão das contrações uterinas e dos batimentos 
cardíacos fetais, a infusão de líquidos e drogas, e o 
us o de analg esia dev em ser d evidamente re gistrados. 
○ Distocias 
 
 
 
Fase ativa prolongada: velocidade menor que 1cm/h; 
ultrapassa a linha de alerta e, às vezes, a linha de ação; 
geralmente decorrente de contrações uterinas 
ineficientes. 
Correção: manobras de verticalização; ocitocina; ruptura 
da bolsa amniótica. 
 
 
 
Parada secundária da dilatação: dilatação cervical 
permanece a mesma durante duas horas ou mais; 
ultrapassa a linha de alerta e, por vezes, a linha de ação; 
associação frequente com sofrimento fetal ; 
Causa principal: desproporção céfalo-pélvica relativa ou 
absoluta; 
Correção: manobras de verticalização; ocitocina; 
ruptura da bolsa amniótica. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
Parto precipitado (taquitócico): expulsão do fetoocorrem num período de 4 horas ou menos; 
Padrão da contratilidade uterina: taquissistolia e 
hiperssistolia; pode ocorrer o sofrimento fetal; 
lacerações do trajeto também são mais frequentes; 
Pode ser iatrogênico – administração excessiva de 
ocitocina; 
 
 
 
Período pélvico prolongado: descida progressiva da 
apresentação, porém excessivamente lenta; dilatação 
completa do colo uterino e demora na descida; 
contratilidade uterina deficiente. 
Correção: manobras de verticalização; ocitocina; ruptura 
da bolsa amniótica; fórceps. 
 
 
 
Parada secundária da descida: diagnosticada por dois 
toques sucessivos, com intervalo de 1 hora ou mais, 
desde que a dilatação do colo uterino esteja completa; 
Causa mais frequente: desproporção céfalo-pélvica 
relativa ou absoluta; 
Desproporção relativa – pode-se tentar fórceps de 
tração ou rotação; 
 
 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 Genitália masculina 
○ Principais patologias associadas a idade 
Recém-nascido: ambiguidade sexual, hidrocele, edema 
escrotal (hérnias), criptorquias e distrofias penianas; 
Infância: quadros infecciosos (balanopostites - infecções 
da glande e do prepúcio) e obstrução do fluxo sanguíneo 
testicular (torção do cordão espermático); 
Puberdade e adulto jovem: processos infecciosos (ISTs) 
e tumores testiculares; 
Após 40 anos: priapismo, hidrocele secundária, 
prostatovesiculite, câncer peniano e doença de Peyronie; 
Após 60 anos: hiperplasia nodular benigna; 
Aos 70-80 anos: carcinoma de próstata e bexiga. 
 
○ Principais patologias associadas a profissão 
Carcinoma escrotal: exposição a piche e alcatrão; 
Distúrbios espermatogênicos: exposição a radiações 
ionizantes e ambientes com temperaturas elevadas. 
 
Distúrbios miccionais e sexuais, isoladamente ou de 
maneira combinada 
 
Dor 
Dor referida; disúria; dor testicular e/ou dor em bolsa 
escrotal (litíase renal); dor na região perineal ou sacral 
(prostatite); dor em região inguinal (epididimite aguda); 
dor lombossacra (câncer de próstata com metástase e 
prostatites). 
 
Hematúria 
Micro-hematúria; macro-hematúria; hematúria inicial 
tem origem na próstata ou uretra (estenoses); hematúria 
terminal dolorosa (hiperplasia prostática benigna, 
processo neoplásico da bexiga); hematúria total: lesão 
acima da bexiga. 
Causas mais comuns: litíase e as infecções do trato 
urinário; 
 
Alterações miccionais 
Ardência (prostatite); incontinência urinária (perda 
contínua), jato urinário fraco, lento e fino em crianças -> 
fimose, estenose de meato uretral ou válvula da uretra 
posterior; hesitação, esforço para urinar e diminuição da 
força e do calibre do jato urinário -> uropatias 
obstrutivas infravesicais; disfunções vesicoesfincterianas 
(bexiga neurogênica); 
 
Retenção urinária 
Incapacidade de esvaziar, parcialmente ou 
completamente, a bexiga; 
Completa: incapaz de eliminar quantidades mínimas; 
Globo vesical na palpação abdominal. 
 
Priapismo 
Ereção persistente, prolongada e dolorosa. 
 
Hemospermia 
Presença de sangue no esperma. 
Corrimento uretral 
Presença de secreção que sai pelo meato da uretra; 
uretrite e prostatite. 
Gonocócico: abundante, espesso, e amarelo ou 
cinza-acastanhado. 
Não gonorréicos podem ter aspecto similar, mas 
frequentemente são ralos, mucóides, e escassos. 
 
Distúrbios sexuais 
Disfunção erétil; ejaculação precoce; ausência de 
ejaculação; anorgasmia; dispareunia. 
 
○ Exame físico 
Órgão Externos e Região Inguinal: 
→ Inspeção; 
→ Palpação: 
. Retrair completamente o prepúcio para visualização 
completa da glande e do sulco balanoprepucial; 
. Localização, diâmetro e aspecto do meato uretral 
externo; 
. Superfície dorsal do corpo peniano. 
 
Pápulas perláceas do pênis 
Encontradas em mais de 30% de adultos jovens 
pós-púberes; 
Mais comuns em homens não circuncidados; 
Podem ser confundidas com os condilomas acuminados; 
Não é necessário nenhum tratamento, apenas 
acompanhamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame da bolsa escrotal: 
→ Inspeção: formato, tamanho, características da 
pele e os aspectos vasculares; 
→ Palpação: massas escrotais. 
Exame dos Testículos: 
Em condições normais, o testículo esquerdo situa-se 
mais baixo que o direito; 
→ Palpação: comparando com o lado oposto; 
consistência (elástica), formato (ovóide), 
contornos (regulares) e tamanhos. 
Exame dos Epidídimos: 
→ Inspeção: da cabeça, corpo e cauda; cordão 
espermático até o anel inguinal externo. 
→ Palpação: endurecimento implica em infecção 
(tumores primários são raros) avaliação de 
hérnia inguinal: Manobra de Valsalva. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
Hidrocele: acúmulo de líquido peritesticular. 
 
 
 
 
 
 
Varicocele: alargamento das veias escrotais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos Internos: 
→ Toque retal 
. Exploração digital do reto; 
. Posicionamento do paciente: posição de Sims ou lateral 
esquerda; posição genupeitoral; posição de decúbito 
supino. 
 
 
. Lubrificação abundante, introdução digital suave 
. Palpação: expõe-se o ânus com dedo indicador direito 
sobre a margem anal e faz-se uma compressão 
continuada e firme para baixo, com o intuito de relaxar o 
esfíncter externo; faz-se movimentos rotatórios, lenta e 
suavemente; 
 
Delimitação do toque retal 
 
Parede anterior: próstata, vesículas seminais e fundo de 
saco vesicorretal; 
Parede lateral esquerda; 
Parede lateral direita; 
Parede posterior: sacro e Cóccix. 
Para cima: até onde alcançar o dedo. 
Próstata: 
. Tamanho: 1 polpa digital / 1 cm-> 10 g 
aproximadamente. 
. Formato: coração, pirâmide invertida, maçã, pera. 
. Consistência (elástica, comparável à da região tenar 
quando a mão está aberta) 
. Superfície; 
. Contorno; 
. Sulco mediano; 
. Mobilidade. 
 
Hiperplasia prostática benigna 
. Homens > 50 anos; 
. Quando não tratada, pode levar à retenção urinária, 
hidronefrose e insuficiência renal; 
. No toque retal: próstata aumentada, consistência 
elástica, não dolorosa e, em vários casos, o sulco 
mediano está ausente (apagado). 
 
 
Sintomas de Armazenamento: aumento da frequência 
urinária (polaciúria), noctúria, urgência/incontinência 
urinária e enurese noturna. 
Sintomas de Esvaziamento: jato fraco, bífido ou 
intermitente, hesitação, esforço miccional e gotejamento 
terminal. 
Sintomas Pós-miccionais: tenesmo vesical (sensação de 
esvaziamento incompleto) e gotejamento pós-miccional. 
 
 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câncer de próstata 
. 95% são adenocarcinomas; 
. Fatores de risco: idade, raça negra e história familiar, 
ISTs, dieta rica em gorduras e baixos níveis de 
testosterona; 
. Complicações mais comuns: metástases ósseas, 
linfonodos, pulmão e hepáticas, sintomas obstrutivos, 
hematúria, insuficiência renal, paraplegia e 
manifestações neurológicas; 
→ Exame físico: 
Linfonodos palpáveis; 
Toque Retal: 
Próstata endurecida; 
Nódulo palpável. 
 
 
Rastreamento de Câncer de Próstata: 
. Através da dosagem do Antígenos Específico da 
Próstata (PSA); 
. INCA (MS) não recomenda o rastreamento (não há 
evidência científica de que o rastreamento do Câncer 
de Próstata traga mais benefícios que riscos); 
. Diagnóstico precoce: alteração na frequência e padrões 
urinários; hematúria visível; disfunção erétil. 
 
Sociedade Brasileira de Urologia: 
. Homens a partir de 50 anos devem procurar um 
profissional especializado, para avaliação 
individualizada. 
. Pacientes de raça negra ou com parentes de primeiro 
grau com câncer de próstata devem começar aos 45 
anos. 
. Rastreamento após discussão de riscos e potenciais 
benefícios, em decisão compartilhada com o paciente; 
. Após 75 anos, poderá ser realizado apenas para 
aqueles com expectativa de vida acima de10 anos. 
 
 Intoxicaiões exógenas 
Conjunto de efeitos nocivos representados por 
manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o 
desequilíbrio orgânico produzido pela interação de um 
ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico. 
→ 50% são de baixo risco; 
→ Intoxicações mais comuns: tentativas de 
suicídio, uso de drogas ilícitas e abuso de álcool; 
→ É comum a associação de substâncias. 
 
Qualquer doença ou evento que, por lei, deve ser 
comunicado às autoridades de saúde pública. Os dados 
permitem a monitorização e previsão de possíveis surtos. 
A ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos 
de saúde pública, doenças e agravos listados, de acordo 
com a portaria vigente (PRC n° 4, de 28 de setembro de 
2017, Anexo 1 do Anexo V (Origem: PRT MS/GM 
204/2016, Anexo 1), e/ou a notificação de surto, são de 
comunicação obrigatória à autoridade de saúde, 
realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou 
responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos 
ou privados. É facultado a estados e municípios incluir 
ou tros problem as de saúde imp orta ntes em sua região . 
Em crianças até 4 anos: produtos químicos de uso 
doméstico, medicamentos ou plantas tóxicas 
Adolescentes (15 a 19 anos): álcool e drogas ilícitas 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
Adultos: tentativa de suicídio 
Idosos: atentar para dificuldade de metabolização (IRC) 
 
Atendimento inicial 
○ Considerar como potencialmente grave - Reavaliação 
periódica 
○ Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) 
○ Exame físico breve 
○ Estabilização do paciente 
Exame físico breve 
Responsividade: alerta, irritável, não responde 
○ C: FC, ritmo, PA, pele (cor, hidratação, temperatura), 
mucosa (ressecamento, salivação excessiva), sudorese, 
tempo de enchimento capilar (TEC) 
* Acesso venoso 
○ A: vias aéreas (aspiração, via aérea definitiva) 
○ B: respiração (taqui/bradipnéia, asculta) 
* Oximetria de pulso (administrar O2 de Sat <94%) 
○ D: Estado neurológico: pupilar, nível de consciência, 
convulsão 
 
 
 
Diagnóstico 
○ História da exposição 
5Ws 
. Who? 
Obter o histórico de doenças, medicações em uso, 
tentativas de suicídio anteriores, ocupação, acesso a 
substâncias, uso de drogas e gravidez. 
. What? 
Procurar saber qual foi a substância utilizada e a 
quantidade. Sempre que possível, solicitar para os 
acompanhantes trazerem os frascos ou embalagens e 
questionar se pode ser um produto clandestino. 
. When? 
Verificar qual foi o horário da exposição e por quanto 
tempo a substância foi utilizada, nos casos de 
exposições repetidas. Questionar se houve algum 
sintoma prévio à exposição. 
. Where? 
Saber onde ocorreu a exposição e se foram 
encontrados frascos, embalagens, seringas ou cartelas 
de comprimidos próximos ao paciente. Verificar quais 
medicamentos são utilizados pelos familiares ou pelas 
pessoas onde o indivíduo foi encontrado. Também é 
útil saber se foi encontrada alguma carta ou nota de 
despedida em casos de tentativa de suicídio. 
. Why? 
Identificar a circunstância da exposição, já que é de 
extrema importância saber se foi tentativa de suicídio, 
homicídio, acidente, abuso de drogas e outras. 
○ Exame físico 
○ Exames complementares 
○ Exames toxicológicos 
Identificação de síndrome tóxica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de investigação (9 passos) 
I. Dados gerais 
II. Notificação individual 
III. Dados de residência 
IV. Antecedentes epidemiológicos 
V. Dados da exposição 
VI. Dados do atendimento 
VII. Conclusão do caso 
VIII. Informações complementares e observações 
IX. Investigador 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 Exame físico nas intoxicaiões exógenas 
. Estado geral (Priorizar achados que possa revelar uma 
das síndromes autonômicas); 
. Observar odores característicos (álcool, odor de alho 
- organofosforados); 
. Avaliação cutânea: sudorese, secura de mucosas, 
vermelhidão, palidez, cianose, desidratação, edema; 
Temperatura: hipo ou hipertemia; 
. Alteração de pupilas: miose, midríase, anisocoria, 
alterações de reflexo pupilar. 
 
 
. Alterações da consciência: agitação, sedação, 
confusão mental, alucinação, delírio, desorientação; 
. Anormalidades neurológicas: convulsões, síncope, 
alteração de reflexos, alteração de tônus muscular, 
fasciculações, movimentos anormais; 
. Alterações cardiovasculares: bradicardia, taquicardia, 
hipertensão, hipotensão, arritmias; 
. Anormalidades respiratórias: bradipnéia ou taquipneia, 
presença de ruídos adventícios pulmonares; 
. Achados do aparelho digestivo: sialorréia, vômitos, 
hematêmese, diarreia, rigidez abdominal, aumento ou 
diminuição de ruídos hidroaéreos. 
 
 
 
Intoxicação alcoólica 
. Droga de abuso mais comum no mundo. 
○ 50 a 150 mg/dL: verborragia, reflexos diminuídos, 
visão borrada, excitação ou depressão. 
○ 150 a 300 mg/dL: ataxia, confusão, hipoglicemia, 
logorréia. 
○ 300 a 500 mg/dL: incoordenação acentuada, torpor, 
hipotermia, hipoglicemia (convulsão), distúrbios 
hidroeletrolíticos e ácido-básicos. 
○ > 500mg/dL: coma, falência respiratória/circulatória, 
óbito. 
. Tiamina - previamente a administração de glicose → 
encefalopatia de Wernicke (distúrbios oculares, ataxia, 
confusão e óbito); 
. Administrar glicose, se hipoglicemia. 
Intoxicação por agrotóxicos 
Organofosforados 
. Compostos estimulantes do SNC; 
. Lentificando o fechamento dos canais de sódio 
voltagem-dependentes; 
. Absorvidos por via oral, transdérmica ou inalatória 
. Convulsões - principal ameaça; 
. Náuseas e vômitos, hiperestesias e parestesias em face, 
língua e extremidades, cefaléia, tonturas, mioclonias, 
agitação e confusão; 
. Sem exame laboratorial para identificação; 
. Colestiramina substitui o carvão ativado. 
Piretróide 
. Inseticidas; 
. Praticamente inabsorvíveis pela pele; 
. Quando ingeridos, podem levar a parestesias, náuseas e 
vômitos, tonturas e fasciculações; 
. Lavagem gástrica e carvão ativado são suficientes. 
 
Intoxicação por depressores do SNC 
Benzodiazepínicos (midazolam, diazepam) 
. Efeito sedativo, hipnótico e ansiolítico; 
. Sintomas comuns: taxia, fala empastada e sonolência; 
. Raramente → coma e depressão respiratória; 
. Flumazenil - administração lenta!! 
 
Barbitúricos (fenobarbital) 
. Principal uso: anticonvulsivante; 
. Progressão limitada pela quantia ingerida; 
. No início: fala empastada, ataxia, cefaléia, nistagmo e 
confusão mental; 
. Progressão: vários graus de coma, com perda total de 
reflexos; 
. Depressão miocárdica + depressão medular → choque; 
. Principal causa de morte; 
. Protocolo de Briggs: mudança do pH da urina - 
hidratação! 
 
Antidepressivos tricíclicos 
* 1a geração: amitriptilina, imipramina 
. Efeito depressor na fibra miocárdica + diminuição na 
resistência vascular periférica → hipotensão; 
. Sintomas anticolinérgicos; 
. As convulsões ocorrem precocemente e têm curto 
período de duração, mas são potencialmente letais. 
* 2a geração: inibidores seletivos da recaptação da 
serotonina (fluoxetina, sertralina) 
. Efeito sedativo; 
. Ausência de efeitos anticolinérgicos. 
 
Neurolépticos (clorpromazina, haloperidol) 
. Efeito inibitório em receptores dopaminérgicos, 
colinérgicos, alfa 1 e alfa 2 adrenérgicos, 
histaminérgicos e serotoninérgicos; 
. Cardíacos - hipotensão, depressão miocárdica, 
prolongamento dos intervalos PR, QRS e QT, alterações 
inespecíficas de onda T e segmento ST, taquiarrítmias 
ventriculares e supraventriculares); 
. Gastrointestinais - boca seca, redução da motilidade e 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
secreção, pseudo-obstrução; 
. Genitourinárias - retenção urinária, priapismo; 
. Midríase ou miose; 
. SNC - acatisia, distonia, confusão e alterações de 
memória, hipo ou hipertermia, parkinsonismo, 
diminuição do limiar convulsivo, sonolência e coma; 
. Os níveis séricos não se correlacionam com a 
gravidade do quadro clínico. 
 
Intoxicaçãode raticidas 
Cumarínicos 
. Únicos raticidas atualmente comercializados; 
. Inibidores competitivos da Vitamina K; 
. Assintomática por 12 a 24 h → alterações da 
coagulação com sangramento em qualquer sítio; 
. Tempo de pró-trombina diário; 
. Iniciar tratamento com Vitamina K (manter por 24 a 
48h após normalização do TP) + lavagem gástrica → 
Colestiramina. 
 
Intoxicação por derivados do petróleo 
Gasolina e querosene 
. Absorção importante por inalação e baixa por via 
digestiva; 
. Quadro clínico: tosse, dificuldade respiratória, 
confusão mental; taquicardia, náuseas, vômitos; 
. Maior risco: pneumonite química por aspiração; 
. Não fazer esvaziamento gástrico devido alto risco de 
aspiração e baixa toxicidade sistêmica. 
 
Metanol 
. Líquido volátil, inflamável; 
. Solvente de tintas, vernizes, combustível, aditivos de 
gasolina, anticongelantes em radiadores, líquido de 
freios de veículos, fabricação de bebidas clandestinas; 
. Intoxicação crônica: distúrbios visuais + acidose 
metabólica + história de exposição ao metanol; 
. Intoxicação aguda: costuma ser fatal; 
. Antídoto específico: etanol (álcool etílico) EV ou VO. 
 
Benzeno 
. Intoxicação crônica: sintomas inespecíficos como 
anorexia, nervosismo, tonturas, fadiga, letargia, 
alucinações, parestesias, lesões dermatológicas, 
discrasias sanguíneas com plaquetopenia, leucemia, 
aplasia de medula; 
. Ingesta de pequenas quantidades (5 a 10ml): repouso 
gástrico; 
. Ingesta maior de 1ml/Kg/peso corporal – lavagem 
gástrica cuidadosa com intubação endotraqueal para 
prevenir aspiração + administrar catárticos salinos; 
. Bem absorvido por via oral e pulmonar e pouco por via 
dérmica; 
. Intoxicação aguda: euforia, cefaléia, tonturas, ataxia, 
confusão mental e coma (associação com hipertonia 
muscular e hiperreflexia nos casos graves); 
. Principais riscos: Pneumonite química (por aspiração)/ 
queimação da mucosa oral, náuseas, vômitos, salivação, 
gastrite hemorrágica (por ingestão). 
Tolueno 
. Solvente em tintas, vernizes, removedores, 
desengraxantes; 
. Mesmo em baixas concentrações ambientais produz 
fadiga, fraqueza e confusão mental; 
. Irritante da mucosa respiratória e ocular; 
. A ingestão pode causar irritação da boca, faringe, 
vômitos e diarréia; 
. Intoxicação crônica: pode levar a desmielinização 
difusa do SNC, miopatia e dano renal. 
 
Asfalto 
. Mistura complexa de hidrocarbonetos; 
. Considerado de baixa toxicidade devido alta 
viscosidade, baixa volatilidade e insolubilidade em meio 
aquoso; 
. Inalação/Exposição: vapores e fumos são irritantes para 
olhos, trato respiratório e pele; 
. Ingestão: “mascar” pedaços de asfalto pode resultar em 
risco mecânico, se deglutido; 
. Resfriamento imediato da pele ou áreas atingidas, com 
água fria corrente, durante 20min; 
. Não tentar remover partículas; 
. Não usar solventes; 
. Podem ser usados produtos contendo glicerina ou 
lanolina; antibióticos tópicos. 
 
Naftalina 
. Rápida absorção oral, sendo também absorvida via 
inalatória ou dérmica; 
. Dose letal estimada em humanos: 1-2 gramas (cada 
“bolinha” íntegra pode conter 2 – 3g); 
. Quadro clínico: Irritação gastrointestinal, sudorese, 
irritação do trato urinário, hiper-excitabilidade, letargia, 
convulsões, coma; 
. Lavagem gástrica com água morna + carvão ativado 
e/ou catárticos salinos. 
 
Petróleo 
* Curto prazo 
. Inalação: dificuldades de respiração, pneumonite 
química, dor de cabeça, náusea, confusão mental; 
. Contato dérmico: vermelhidão, coceira, ressecamento, 
inchaço; 
. Ingestão: dores abdominais, vômito e diarréia. 
* Longo prazo 
. Dano nos pulmões, fígado, rins e sistema nervoso 
supressão do sistema imune, alterações hormonais, 
infertilidade, desordens do sistema circulatório e câncer. 
 
 
Recomendações: não entrar em contato direto com a 
substância ou com a areia/água contaminadas; em caso 
de contato: lavar com água e sabão; não usar solventes; 
pode usar óleo de cozinha, produtos a base de glicerina 
ou lanolina. 
 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exame Físico: intoxicaião por animal peionhento 
 
Notificação compulsória: a ocorrência de suspeita ou 
confirmação de eventos de saúde pública, doenças e 
agravos listados, de acordo com a portaria vigente (PRC 
n° 4, de 28 de setembro de 2017, Anexo 1 do Anexo V 
(Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1), e/ou a 
notificação de surto, são de comunicação obrigatória à 
autoridade de saúde, realizada pelos médicos, 
profissionais de saúde ou responsáveis pelos 
estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. É 
facultado a estados e municípios incluir outros 
proble m as de saúd e im portantes em sua região. 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
Atendimento inicial 
○ Considerar como potencialmente grave - Reavaliação 
periódica 
○ Exame físico breve 
○ Estabilização do paciente 
Diagnóstico 
○ História da exposição (5Ws) 
○ Exame físico 
 
Acidentes com ofídico 
- Gênero das serpentes de interesse médico 
 
 
. Óbitos: índice nacional de aproximadamente 0,5%, 
maior em acidentes crotálicos; 
. Quanto maior o tempo de picada e o atendimento 
médico, maior o risco de complicações: 40% têm 
intervalo de até 6h: após 6h do evento maior mortalidade 
e complicações; 
. A faixa etária mais atingida é entre 15-29 anos, com 
prevalência no sexo masculino 70%; 
. Locais de picadura: 70% pés e pernas; 15% mãos e 
antebraços; 
. A maioria dos acidentados não fazia uso de 
equipamentos de proteção individual como luvas e 
botas. 
 
Abordagem ao paciente: 
1° Passo: diferenciar: Peçonhenta x Não-peçonhenta. 
 
 
2° Passo: reconhecer o animal: descrição do 
paciente/acompanhante; visualização do animal; 
epidemiologia do local; sinais clínicos (repercussão local 
e/ou sistêmica). 
 
 
 
Tipos de Veneno: 
 
 
 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evitar: 
. Torniquete- garroteamento reduz a perfusão, e 
aumenta a concentração do veneno em uma região, 
contribuindo para maior destruição tecidual. 
. Sucção- contaminação do local com flora bucal 
humana e aumentando isquemia. 
. Incisão – aumenta a via de acesso dos microrganismos 
ao tecido, aumentando risco de infecção, destruição 
tissular e sangramento local. 
. Substâncias sobre o local da picada – contaminação do 
local. 
 
 
 
 
Acidentes com escorpião 
Os principais agentes de importância médica são: Tytus 
serrulatus, responsável por acidentes de maior 
gravidade (crianças), T. bahiensis e T. stigmurus. 
. No Sudeste, a sazonalidade é semelhante à dos 
acidentes ofídicos, ocorrendo a maioria dos casos nos 
meses quentes e chuvosos. 
. Local da picada: membros superiores, 65% mão e 
antebraço. 
. Evolução dos casos: Maioria são benignos Letalidade 
em 0,58%, com óbitos principalmente por T. 
serrulatus em menores de 14 anos. 
. A ação do veneno: neurotóxica: dor local e 
manifestações clínicas de efeitos simpáticos ou 
parassimpáticos; miotóxica: rabdomiólise. 
 
Abordagem ao Paciente: 
1° Passo: Reconhecer o animal: descrição do 
paciente/acompanhante; visualização do animal; 
epidemiologia local; sinais clínicos (repercussão local 
e/ou sistêmica). 
 
 
 
 
Ações do veneno: 
- Liberação de catecolaminas e acetilcolina; 
- Efeitos simpáticos ou parassimpáticos. 
- Quadro clínico: os acidentes por Tityus serrulatus são 
mais graves; dor local, pode ser acompanhada por 
parestesias. 
- Manifestações sistêmicas: 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
➢ Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa; 
digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia e, mais 
raramente, dor abdominal e diarréia; 
➢ Cardiovasculares: arritmias cardíacas, 
hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência 
cardíaca congestivae choque; 
➢ Respiratórias: taquipnéia, dispnéia e edema 
pulmonar agudo; 
➢ Neurológicas: agitação, sonolência, confusão 
mental, hipertonia e tremores. 
Glicose(↑), Amilase(↑), Hemograma(leucocitose com 
neutrofilia), hipopotassemia 
e hiponatremia. A CPK e CPK-MB (↑) nos casos graves. 
 
. O encontro de sinais e sintomas mencionados impõe 
a suspeita diagnóstica de escorpionismo, mesmo na 
ausência de história de picada e independente do 
encontro do escorpião. 
. A gravidade depende de fatores, como a espécie e 
tamanho do escorpião, a quantidade de veneno 
inoculado, a massa corporal do acidentado e a 
sensibilidade do paciente ao veneno. 
. Influem na evolução o diagnóstico precoce, o tempo 
decorrido entre a picada e a administração do soro e a 
manutenção das funções vitais. 
. Os óbitos estão relacionados a complicações como 
edema pulmonar agudo e choque. 
 
 
 
 
 
Acidentes com aranhas 
. Terceiro tipo mais comum de acidente por animal 
peçonhento; 
. Menor letalidade; 
. O aparelho inoculador de veneno nas aranhas são as 
quelíceras, localizadas na região anterior do 
cefalotórax. 
 
Abordagem ao Paciente: 
1° Passo: Reconhecer o animal: descrição do 
paciente/acompanhante; visualização do animal; 
epidemiologia local; sinais clínicos (repercussão local 
e/ou sistêmica). 
 
 
 
 
 
Aranha marrom – Loxosceles spp.: 
Sintomas: dor discreta, inchaço e lesão da pele. Necrose, 
febre, vômitos, tontura e cefaléia 
Complicações: risco de amputação do membro 
(necrose), anemia e falência renal. 
 
Bruna Cantarelli - 4º período 
 
 
 
Aranha Armadeira – Phoneutria spp.: 
. Sintomas: dor forte irradiada pelo membro, inchaço, 
sudorese, vômitos, hipertensão e arritmias. 
. Complicações: insuficiência cardíaca, convulsões, 
edema pulmonar e coma. 
 
 
 
Aranha Viúva Negra – Latrodectus spp.: 
. Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro. Dor 
por todo corpo, agitação, contrações musculares e 
sudorese. 
. Complicações: pressão alta, taquicardia, retenção 
urinária e choque. 
 
 
Acidentes com abelhas 
. Quanto ao padrão de utilização do aparelho de 
ferroar, os Aculeata podem ser divididos em dois 
grupos: 
. As que possuem autonomia, geralmente injetam 
maior quantidade de veneno e morrem após a ferroada 
pela perda do aparelho de ferroar e parte das 
estruturas do abdome. 
. Nas espécies sem autotomia, o aparelho de ferroar 
pode ser utilizado várias vezes. 
 
 
Abordagem ao Paciente: 
1° Passo: Reconhecer o animal: descrição do 
paciente/acompanhante; visualização do animal; 
epidemiologia local; sinais clínicos (repercussão local 
e/ou sistêmica). 
 
 
. As abelhas africanizadas adaptaram-se ao clima da 
região tropical brasileira, ocorrendo atualmente em 
todo o país. Os enxames se instalam nos mais 
variados locais, tais como, muros, bueiros, ocos de 
árvores, postes, pneus velhos, telhados, caixas de luz. 
 
Ação do veneno: 
. Mistura complexa de substâncias químicas com 
atividades tóxicas como: enzimas hialuronidases e 
fosfolipases, peptídeos ativos como melitina e a 
apamina, aminas como histamina e serotonina entre 
outras. A fosfolipase A2, o principal alérgeno, e a 
melitina representam aproximadamente 75% dos 
constituintes químicos do veneno. 
. São agentes bloqueadores neuromusculares. Podendo 
provocar paralisia respiratória, possuem poderosa 
ação destrutiva sobre membranas biológicas. 
 
Quadro clínico: 
. As reações desencadeadas pela picada de abelhas são 
variáveis de acordo com o local e o número de 
ferroadas, as características e o passado alérgico do 
indivíduo atingido. 
. Crianças, idosos e portadores de doença 
cardiorespiratórias, e história de atopia – maior 
risco de anafilaxia. 
Bruna Cantarelli - 4º período

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