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RESUMO NEUROLOGIA - AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO

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Audição e Equilíbrio
A audição é a capacidade de
perceber os sons.
A orelha é uma maravilha da
engenharia porque seus receptores
sensitivos permitem a transdução de
vibrações sonoras com amplitudes
tão pequenas quanto o diâmetro de um
átomo de ouro (0,3 nm) em sinais
elétricos mil vezes mais
rapidamente do que os
fotorreceptores podem responder à
luz.
● A orelha também possui
receptores para o equilíbrio, o
sentido que ajuda você a manter
seu equilíbrio e se orientar no
espaço.
ANATOMIA DA ORELHA
A orelha é dividida em três
regiões principais:
1) A orelha externa, que coleta
as ondas sonoras e as direciona para
dentro;
2) A orelha média, que conduz as
vibrações sonoras para a janela do
vestíbulo (oval);
3)A orelha interna, que
armazena os receptores para a
audição e para o equilíbrio.
ORELHA EXTERNA
A orelha externa é formada pela
orelha (pavilhão auricular), pelo
meato acústico externo e pela
membrana timpânica.
● A orelha é uma aba de cartilagem
elástica com formato
semelhante à extremidade de
uma corneta e recoberta por
pele.
○ A sua margem é a hélice; a
parte inferior é o lóbulo.
○ Ligamentos e músculos
ligam a orelha à cabeça.
● O meato acústico externo é um
tubo curvado com cerca de 2,5 cm
de comprimento que se encontra
no temporal e leva à membrana
timpânica.
○ Próximo a sua abertura
externa, o meato acústico
externo contém alguns
pelos e glândulas
sudoríparas
especializadas chamadas
de glândulas ceruminosas,
que secretam cera de
ouvido ou cerume.
○ A combinação entre pelos e
cerume ajuda a evitar a
entrada de poeira e de
objetos estranhos na
orelha.
○ O cerume também evita
danos à pele delicada do
meato acústico externo que
podem ser causados pela
água e por insetos.
○ O cerume em geral
desidrata e desprende-se
do meato acústico.
■ Entretanto, algumas
pessoas produzem
muito cerume, que
pode se tornar
compactado e
amortecer os sons.
■ O tratamento do
cerume impactado é a
irrigação periódica
da orelha ou a
remoção da cera com
um instrumento rombo
pelo
otorrinolaringologis
ta.
● A membrana timpânica ou
tímpano é uma divisão fina e
semi transparente entre o meato
acústico externo e a orelha
média.
○ A membrana timpânica é
coberta por epiderme e
revestida por um epitélio
cúbico simples.
ORELHA MÉDIA
A orelha média é uma pequena
cavidade, cheia de ar e revestida por
epitélio, situada na parte petrosa do
temporal.
● Ela é separada da orelha
externa pela membrana
timpânica e da orelha interna
por uma divisão óssea fina que
contém duas pequenas
aberturas: a janela do
vestíbulo (oval) e a janela da
cóclea (redonda).
● Estendendo-se através da
orelha média e ligada a ela
através de ligamentos
encontram-se os três menores
ossos do corpo, os ossículos da
audição, que são conectados por
articulações sinoviais.
Os ossos, nomeados por causa de
seus formatos, são o martelo, a
bigorna e o estribo.
● O “cabo” do martelo se liga à
face interna da membrana
timpânica.
● A “cabeça” do martelo é
articulada ao corpo da bigorna.
● A bigorna, o osso do meio na
série, se articula com a cabeça
do estribo.
● A base do estribo se encaixa na
janela do vestíbulo (oval).
● Diretamente abaixo dessa
janela encontra-se outra
abertura, a janela da cóclea
(redonda), que é encapsulada por
uma membrana chamada de
membrana timpânica
secundária.
Além dos ligamentos, dois
pequenos músculos esqueléticos
também se ligam aos ossículos.
● O músculo tensor do tímpano,
que é inervado pelo ramo
mandibular do nervo trigêmeo
(V), limita o movimento e
aumenta a tensão da membrana
timpânica, evitando danos à
orelha interna por causa de
barulhos muito altos.
● O músculo estapédio, que é
inervado pelo nervo facial (NC
VII) é o menor músculo
esquelético do corpo humano. Ao
evitar grandes vibrações no
estribo decorrentes de sons
altos, ele protege a janela do
vestíbulo (oval), mas também
diminui a sensibilidade
auditiva.
○ Por esse motivo, a
paralisia do músculo
estapédio está associada à
hiperacusia, que é uma
audição anormalmente
sensível.
○ Como demora uma fração de
segundo para que os
músculos tensor do
tímpano e estapédio se
contraiam, eles podem
proteger a orelha interna
de sons altos prolongados,
mas não de sons curtos,
como o de um tiro.
A parede anterior da orelha
média contém uma abertura que leva
diretamente para a tuba auditiva,
conhecida também pelo epônimo
trompa de Eustáquio.
● A tuba auditiva, contendo osso e
cartilagem elástica, conecta a
orelha média com a parte nasal
da faringe ou nasofaringe
(porção superior da garganta).
● Ela normalmente encontra-se
fechada em sua extremidade
medial (faríngea).
● Durante a deglutição e ao
bocejar, ela se abre, permitindo
que o ar entre ou saia da orelha
média até que a pressão nela
seja igual à pressão
atmosférica.
○ A maioria das pessoas já
experimentou a sensação
de estalo na orelha quando
as pressões se igualam.
Quando as pressões estão
balanceadas, a membrana timpânica
vibra livremente conforme as ondas
sonoras chegam nela.
● Se a pressão não estiver
equilibrada, podem ocorrer dor
intensa, prejuízo auditivo,
zumbido nas orelhas e vertigem.
● A tuba auditiva também é uma
rota para patógenos que saem do
nariz e da garganta para a
orelha média, causando o tipo
mais comum de infecção
auditiva.
ORELHA INTERNA
A orelha interna também é chamada de
labirinto por causa de sua série
complicada de canais.
● Estruturalmente, ela é formada
por duas divisões principais:
○ Um labirinto ósseo externo
que encapsula um
labirinto membranáceo
interno.
○ É como se fossem balões
longos colocados dentro de
um tubo rígido.
● O labirinto ósseo é formado por
uma série de cavidades na parte
petrosa do temporal divididas
em três áreas:
1) Os canais semicirculares.
2) O vestíbulo.
3) A cóclea.
● O labirinto ósseo é revestido
por periósteo e contém a
perilinfa.
○ Esse líquido, que é
quimicamente semelhante
ao líquido cerebrospinal,
reveste o labirinto
membranáceo, uma série de
sacos e tubos epiteliais
dentro do labirinto ósseo
que têm o mesmo formato
geral do labirinto ósseo,
abrigando os receptores
para a audição e o
equilíbrio.
● O labirinto membranáceo
epitelial contém a endolinfa.
○ O nível de íons potássio
(K+) na endolinfa é
incomumente alto para um
líquido extracelular e os
íons potássio desempenham
um papel na geração dos
sinais auditivos.
O vestíbulo é a parte central oval do
labirinto ósseo.
● O labirinto membranáceo no
vestíbulo é formado por dois
sacos: utrículo e sáculo, que
são conectados por um pequeno
ducto.
● Projetando-se superior e
posteriormente ao vestíbulo
encontram-se três canais
semicirculares ósseos, cada um
deles localizado em ângulos
aproximadamente retos um em
relação aos outros dois.
○ Com base em suas posições,
eles são nomeados como
canais semicirculares
anterior, posterior e
lateral.
■ Os canais
semicirculares
anterior e posterior
são orientados
verticalmente; o
canal lateral é
orientado
horizontalmente.
Em uma extremidade de cada
canal encontra-se um alargamento
redondo chamado de ampola.
As partes do labirinto
membranáceo que se encontram dentro
dos canais semicirculares ósseos são
chamados de ductos semicirculares.
● Essas estruturas se conectam ao
utrículo do vestíbulo.
O nervo vestibular, parte do
nervo vestibulococlear (VIII)
consiste nos nervos ampular,
utricular e sacular.
● Esses nervos contêm neurônios
sensitivos de primeira ordem e
neurônios motores que formam
sinapses com os receptores de
equilíbrio.
● Os neurônios sensitivos de
primeira ordem carregam a
informação sensorial
proveniente dos receptores e os
neurônios motores carregam
sinais de retroalimentação
para os receptores,
aparentemente para modificar
sua sensibilidade.
Os corpos celulares dos neurônios
sensitivos encontram-se localizados
nos gânglios vestibulares.
Anteriormente ao vestíbulo
encontra-se a cóclea, um canal
espiral ósseo que lembra a cascade
um caracol e realiza quase três
voltas ao redor de um núcleo ósseo
central chamado de modíolo.
● Cortes histológicos através da
cóclea revelam que ela é
dividida em três canais: o
ducto coclear, a rampa do
vestíbulo e a rampa do tímpano.
○ O ducto coclear é uma
continuação do labirinto
membranáceo em direção à
cóclea; ele é preenchido
por endolinfa.
○ O canal acima do ducto
coclear é a rampa do
vestíbulo, que termina na
janela do vestíbulo (oval).
○ O canal abaixo é a rampa do
tímpano, que termina na
janela da cóclea (redonda).
■ Tanto a rampa do
vestíbulo quanto a
rampa do tímpano são
partes do labirinto
ósseo da cóclea;
portanto, essas
câmaras são
preenchidas por
perilinfa.
● A rampa do vestíbulo e a
rampa do tímpano são
separadas completamente
pelo ducto coclear, exceto
por uma abertura no ápice
da cóclea, o helicotrema.
● A cóclea é adjacente à
parede do vestíbulo, na
qual a rampa do vestíbulo
se abre.
○ A perilinfa no vestíbulo é
contínua com aquela da
rampa do vestíbulo.
A membrana (parede) vestibular
separa o ducto coclear da rampa do
vestíbulo e a lâmina basilar separa
o ducto coclear da rampa do tímpano.
● Localizada sobre a lâmina
basilar encontra-se o órgão
espiral ou órgão de Corti.
○ O órgão espiral é uma
lâmina espiral de células
epiteliais, incluindo
células epiteliais de
sustentação e cerca de
16.000 células ciliadas,
que são os receptores da
audição.
Existem dois grupos de células
ciliadas: as células ciliadas
internas estão organizadas em uma
única fileira, enquanto as células
ciliadas externas estão organizadas
em três fileiras.
● Na porção apical de cada célula
ciliada encontram-se entre 40 e
80 estereocílios, que se
estendem para a endolinfa do
ducto coclear.
● Apesar de seu nome, os
estereocílios são
microvilosidades longas e
semelhantes a pelos
organizadas em várias fileiras
de comprimento graduado.
● Em suas extremidades basais, as
células ciliadas formam
sinapses com os neurônios
sensitivos de primeira ordem e
com os neurônios motores da
parte coclear do nervo
vestibulococlear (VIII).
● Os corpos celulares dos
neurônios sensitivos estão
localizados no gânglio espiral.
● Embora as células ciliadas
externas superem em quantidade
as células ciliadas internas em
uma proporção de três para um,
as células ciliadas internas
formam sinapses com 90 a 95%
dos neurônios sensitivos de
primeira ordem no nervo
coclear, que transmite a
informação auditiva para o
encéfalo.
○ Em comparação, 90% dos
neurônios motores no
nervo coclear formam
sinapses com as células
ciliadas externas.
A membrana tectória é uma
membrana gelatinosa flexível que
cobre as células ciliadas do órgão
espiral.
● Na realidade, as extremidades
dos estereocílios das células
ciliadas estão em contato com a
membrana tectória enquanto os
corpos das células ciliadas se
encontram sobre a lâmina
basilar.
FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO
Os seguintes eventos estão
envolvidos na audição:
1) O pavilhão direciona as ondas
sonoras para o meato acústico
externo.
2) Quando as ondas sonoras
alcançam a membrana timpânica,
as ondas alternadas de pressão
alta e baixa no ar fazem com que
a membrana timpânica vibre
para frente e para trás.
○ A membrana timpânica
vibra lentamente em
resposta a sons de baixa
frequência (tons baixos) e
rapidamente em resposta a
sons de alta frequência
(tons altos).
3) A área central da membrana
timpânica se conecta ao
martelo, que vibra junto com a
membrana timpânica.
○ Essa vibração é
transmitida do martelo
para a bigorna e, então,
para o estribo.
4) Conforme o estribo se move para
frente e para trás, sua placa
basal em formato oval,
conectada através de um
ligamento à circunferência da
janela do vestíbulo (oval), faz
vibrar essa janela.
○ As vibrações na janela do
vestíbulo (oval) são cerca
de 20 vezes mais vigorosas
do que aquelas na membrana
timpânica porque os
ossículos auditivos
transformam
eficientemente pequenas
vibrações espalhadas por
uma grande área
superficial (a membrana
timpânica) em vibrações
maiores em uma superfície
menor (a janela do
vestíbulo [oval]).
5) O movimento do estribo na
janela do vestíbulo (oval)
provoca ondas de pressão no
líquido da perilinfa da cóclea.
○ Conforme a janela do
vestíbulo (oval) é
empurrada para dentro, ela
empurra a perilinfa na
rampa do vestíbulo.
6) As ondas de pressão são
transmitidas da rampa do
vestíbulo para a rampa do
tímpano e, eventualmente, para
a janela da cóclea (redonda),
fazendo com que ela se projete
para fora na orelha média.
7) As ondas de pressão atravessam
através da perilinfa da rampa
do vestíbulo, passam então para
a membrana vestibular e se
movem para a endolinfa dentro
do ducto coclear.
8) As ondas de pressão na
endolinfa fazem com que as
membranas basilares vibrem,
fazendo com que as células
ciliadas do órgão espiral se
movam contra a membrana
tectória.
○ Isso promove o dobramento
dos estereocílios e leva em
última análise à geração
de impulsos nervosos nos
neurônios de primeira
ordem nas fibras nervosas
cocleares.
9) As ondas sonoras de várias
frequências fazem com que
determinadas regiões da lâmina
basilar vibrem mais
intensamente do que outras.
○ Cada segmento da lâmina
basilar está “afinado”
para um tom em particular.
○ Como a membrana é mais
estreita e mais espessa na
base da cóclea (próxima à
janela do vestíbulo [oval]),
os sons de alta frequência
(com tom alto) induzem
vibrações máximas nessa
região.
○ Na direção do ápice da
cóclea, a lâmina basilar é
mais ampla e mais flexível;
os sons de baixa
frequência (de tom baixo)
causam a vibração máxima
da lâmina basilar naquele
local.
○ A altura do som é
determinada pela
intensidade das ondas
sonoras.
○ Ondas sonoras de alta
intensidade promovem
vibrações maiores na
lâmina basilar,
promovendo maior
frequência de impulsos
nervosos que chegam ao
encéfalo.
○ Sons mais altos também
podem estimular uma
quantidade maior de
células ciliadas.
As células ciliadas promovem a
transdução de vibrações mecânicas
em sinais elétricos.
● Conforme a lâmina basilar
vibra, os feixes de cílios no
ápice das células ciliadas se
dobram para frente e para trás e
deslizam um sobre o outro.
Uma proteína de ligação de
extremidade (tip link) conecta a
extremidade de cada estereocílio a
um canal iônico sensível a estresse
mecânico chamado de canal de
transdução no seu estereocílio
vizinho mais alto.
● Conforme os estereocílios se
dobram em direção aos
estereocílios mais altos, as
ligações de extremidade (tip
links) disparam os canais de
transdução, abrindo-os.
● Esses canais permitem que
cátions na endolinfa,
principalmente K+, entrem no
citosol da célula ciliada.
● Conforme os cátions entram,
eles produzem um potencial
receptor despolarizante.
● A despolarização se espalha
rapidamente ao longo da
membrana plasmática e abre
canais de Ca2+ dependentes de
voltagem na base das células
ciliadas.
● O influxo de cálcio resultante
promove a exocitose de
vesículas sinápticas contendo
um neurotransmissor, que
provavelmente é o glutamato.
● Conforme mais
neurotransmissores são
liberados, a frequência de
impulsos nervosos nos
neurônios sensitivos de
primeira ordem que formam
sinapses com a base das células
ciliadas aumenta.
● O dobramento dos estereocílios
na direção oposta fecha os
canais de transdução,
permitindo que ocorra
hiperpolarização e reduzindo a
liberação de neurotransmissor
pelas células ciliadas.
● Isso diminui a frequência de
impulsos nervosos nos
neurônios sensitivos.
Além de seu papel na detecção
dos sons, a cóclea possui uma
capacidade surpreendente de
produzir sons.
● Esses sons em geral inaudíveis,
chamados de emissões
otoacústicas, podem ser
captados pela colocação de um
microfone sensível próximo à
membrana timpânica.
● Elas são causadas por vibrações
nas células ciliadas externas
que ocorrem em resposta a ondas
sonoras e a sinais provenientesdos neurônios motores.
● Conforme despolarizam e se
repolarizam, as células
ciliadas externas encurtam e se
estendem rapidamente.
● Esse comportamento vibratório
parece modificar a rigidez da
membrana tectória e
acredita-se que ele aumente o
movimento da lâmina basilar,
amplificando as respostas das
células ciliadas internas.
● Ao mesmo tempo, as vibrações das
células ciliadas externas
promovem uma onda que retorna
em direção ao estribo e deixa a
orelha na forma de emissão
otoacústica.
● A detecção desses sons
produzidos pela orelha interna
é um modo rápido, barato e não
invasivo de examinar
recém-nascidos para a detecção
de problemas de audição.
○ Em bebês surdos, as
emissões otoacústicas não
são produzidas ou são de
amplitude muito reduzida.
VIA AUDITIVA
O dobramento dos estereocílios
das células ciliadas do órgão
espiral promove a liberação de um
neurotransmissor (provavelmente o
glutamato), que gera impulsos
nervosos nos neurônios sensitivos
que inervam as células ciliadas.
Os corpos celulares dos
neurônios sensitivos estão
localizados nos gânglios espirais.
Os impulsos nervosos passam
através dos axônios desses
neurônios, que formam a parte
coclear do nervo vestibulococlear
(VIII).
● Esses axônios formam sinapses
com neurônios nos núcleos
cocleares no bulbo naquele
mesmo lado.
● Alguns dos axônios dos núcleos
cocleares passam por um
cruzamento no bulbo e ascendem
em um trato chamado de lemnisco
lateral no lado oposto e
terminam no colículo inferior
do mesencéfalo.
● Outros axônios dos núcleos
cocleares terminam no núcleo
olivar superior em cada lado da
ponte.
● Diferenças sutis no tempo que
demora para que os impulsos
nervosos provenientes das duas
orelhas cheguem nos núcleos
olivares superiores permitem a
localização da fonte do som.
Axônios dos núcleos olivares
superiores também ascendem no
lemnisco lateral em ambos os lados e
terminam nos colículos inferiores.
● A partir de cada colículo
inferior, os impulsos nervosos
são transmitidos para o núcleo
geniculado medial no tálamo e,
finalmente, para a área
auditiva primária do córtex
cerebral no lobo temporal do
cérebro.
● Como muitos axônios auditivos
cruzam o bulbo, trocando de
lado, enquanto outros
permanecem no mesmo lado, as
áreas auditivas primárias
direita e esquerda recebem
impulsos nervosos de ambas as
orelhas.
FISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO
Existem dois tipos de
equilíbrio.
● O equilíbrio estático se refere
à manutenção da posição do
corpo (principalmente a cabeça)
em relação à força da gravidade.
○ Os movimentos corporais
que estimulam os
receptores do equilíbrio
estático incluem girar a
cabeça e a aceleração e a
desaceleração lineares,
como experimentado
quando o corpo é movido
dentro de um elevador ou
em um carro que acelera ou
desacelera.
● O equilíbrio dinâmico é a
manutenção da posição corporal
(principalmente da cabeça) em
resposta a movimentos súbitos
como a aceleração ou a
desaceleração rotacionais.
Coletivamente, os órgãos
receptores para o equilíbrio são
chamados de aparelho vestibular:
que incluem o sáculo, o utrículo e os
ductos semicirculares.
ÓRGÃOS OTOLÍTICOS | SÁCULO E
UTRÍCULO
As paredes tanto do utrículo
quanto do sáculo contêm uma região
pequena e espessa chamada de mácula.
● As duas máculas, que são
perpendiculares uma à outra,
são os receptores do equilíbrio
estático.
○ Elas fornecem informação
sensorial a respeito da
posição da cabeça no
espaço e são essenciais
para a manutenção da
postura e do equilíbrio
adequados.
● As máculas também detectam
aceleração e desaceleração
lineares – por exemplo, as
sensações que você percebe
enquanto está dentro de um
elevador ou de um carro que
acelera ou desacelera.
As máculas são formadas por
dois tipos de células: as células
ciliadas, que são os receptores
sensitivos, e as células de
sustentação.
● As células ciliadas possuem em
sua superfície entre 40 e 80
estereocílios (que são na
realidade microvilosidades) de
altura gradual, além de um
cinocílio, um cílio
convencional ancorado
firmemente em seu corpo basal e
que se estende além do
estereocílio mais longo.
● Assim como na cóclea, os
estereocílios estão conectados
pelas ligações de extremidade.
● Coletivamente, os estereocílios
e os cinocílios são chamados de
feixe piloso.
Espalhadas entre as células
ciliadas encontram-se as células de
sustentação colunares que
provavelmente secretam a camada
espessa e gelatinosa de
glicoproteínas, chamada de membrana
dos estatocônios, que se encontra
sobre as células ciliadas.
● Uma camada de cristais densos
de carbonato de cálcio,
chamados de estatocônios, se
estende sobre toda a superfície
dessa membrana.
● Como a membrana dos
estatocônios se encontra em
cima da mácula, se você
inclinar a cabeça para frente, a
membrana (juntamente com os
estatocônios) é tracionada pela
gravidade.
○ Ela desliza “para baixo”
sobre as células ciliadas
na direção dos feixes
pilosos que se dobraram.
○ Entretanto, se você está
sentado ereto em um carro
que acelera subitamente, a
membrana dos estatocônios
fica para trás em relação
ao movimento da cabeça,
puxa os feixes pilosos,
fazendo com que eles se
dobrem em outra direção.
○ O dobramento dos feixes
pilosos em uma direção
estica as ligações de
extremidade, que
tracionam os canais de
transdução, produzindo
potenciais receptores
despolarizantes; o
dobramento na direção
oposta fecha os canais de
transdução e produz a
hiperpolarização.
● Conforme as células ciliadas
despolarizam e repolarizam,
elas liberam um
neurotransmissor em uma taxa
mais rápida ou mais lenta.
○ As células ciliadas formam
sinapses com neurônios
sensitivos de primeira
ordem na parte vestibular
do nervo vestibulococlear
(VIII).
○ Esses neurônios disparam
impulsos em um ritmo lento
ou rápido, dependendo da
quantidade de
neurotransmissor
presente.
○ Neurônios motores também
formam sinapses com as
células ciliadas e com os
neurônios sensitivos.
Evidentemente, os neurônios
motores regulam a sensibilidade das
células ciliadas e dos neurônios
sensitivos.
DUCTOS SEMICIRCULARES
Os três ductos semicirculares
agem sobre o equilíbrio dinâmico. Os
ductos se encontram em ângulos retos
um em relação aos outros em três
planos: os dois ductos verticais são
os ductos semicirculares anterior e
posterior e o ducto horizontal é o
ducto semicircular lateral.
● Esse posicionamento permite a
detecção da aceleração e da
desaceleração rotacionais.
● Na ampola, a parte dilatada de
cada ducto, encontra-se uma
pequena elevação chamada de
crista.
○ Cada crista contém um
grupo de células ciliadas
e de células de
sustentação.
○ Recobrindo a crista
encontra-se uma massa de
material gelatinoso
chamada de cúpula.
○ Quando você move sua
cabeça, os ductos
semicirculares vinculados
e as células ciliadas se
movem concomitantemente.
○ Entretanto, a endolinfa
dentro da ampola não está
vinculada e fica para trás.
○ Conforme as células
ciliadas se movendo sofrem
atrito contra a endolinfa
estacionária, os ramos
ciliares se dobram.
○ O dobramento dos ramos
ciliares produz
potenciais receptores.
○ Por sua vez, os potenciais
receptores causam
impulsos nervosos que
passam pela parte
vestibular do nervo
vestibulococlear (VIII).
VIAS DOS EQUILIBRIO
A curvatura dos feixes pilosos
das células ciliadas nos ductos
semicirculares, no utrículo ou no
sáculo promove a liberação de um
neurotransmissor (provavelmente
glutamato), gerando impulsos
nervosos nos neurônios sensitivos
que inervam as células ciliadas.
● Os corpos celulares dos
neurônios sensitivos estão
localizados nos gânglios
vestibulares.
● Impulsos nervosos são
transportados pelos axônios
desses neurônios, que formam a
parte vestibular do nervo
vestibulococlear (VIII).
● A maior parte desses axônios
forma sinapses com os
neurônios sensitivos nos
núcleos vestibulares, os
principais centros de
integração com o equilíbrio,
localizadosno bulbo e na ponte.
Os núcleos vestibulares também
recebem informações dos olhos e dos
proprioceptores, especialmente os
localizados nos músculos do pescoço
e dos membros, que indicam a posição
da cabeça e dos membros.
● Os axônios restantes entram no
cerebelo através dos
pedúnculos cerebelares
inferiores.
Vias bidirecionais conectam o
cerebelo e os núcleos vestibulares.
● Os núcleos vestibulares
integram informações
provenientes dos receptores
vestibulares, visuais e
somáticos e enviam comandos
para:
1) os núcleos dos nervos cranianos –
oculomotor (III), troclear (IV) e
abducente (VI) – que controlam os
movimentos coordenados dos olhos e
da cabeça, ajudando a manter o foco
no campo visual.
2) os núcleos dos nervos acessórios
(XI), que ajudam a controlar os
movimentos da cabeça e do pescoço
para a manutenção do equilíbrio;
3) o trato vestibulospinal, que
transmite impulsos para a medula
espinal para a manutenção do tônus
muscular nos músculos esqueléticos,
ajudando a manter o equilíbrio; e
4) o núcleo ventral posterior do
tálamo e, então, para a área
vestibular no lobo parietal do
córtex cerebral (que é parte da área
somatossensorial primária; que nos
fornece a percepção consciente da
posição e dos movimentos da cabeça e
dos membros.
TORTORA, Gerard J.Princípios de
anatomia e fisiologia. Bryan
Derrickson; tradução Ana Cavalcanti
C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. il.

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