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Iara Portela ABORDAGEM DO PACIENTE COM TIREOIDOPATIAS FISIOLOGIA DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: → Pulsos ocorrendo entre 22h e 4h. → A Secreção de TSH é Pulsátil, Ritmo Circadiano. → A maior parte dos Hormônios fica ligada a Proteína (> 99,5%). → Menor parte fica Livre na Circulação: Fração Ativa destes Hormônios. → TSH, é o Melhor Indicador de Alterações Discretas na Função Tireoidiana. → A Tireoide produz 20% do T3 Circulante: Maior Afinidade pelo Receptor (4 a 10 Vezes Maior). → Proteínas Transportadoras: Globulina Ligadora de Tiroxina (TBG), Transtirretina, Albumina. → 80% do T3 Circulante vem da Conversão Periférica de T4 em T3: Ação das Enzimas Deiodinases. · Deiodinase Tipo 1: Converte T4 da Circulação Sistêmica em T3 (Fígado), é o mais Ativo. · Deiodinase Tipo 2: Presente no Hipotálamo e Hipófise, converte T4 em T3 Localmente. · Deiodinase Tipo 3: Inativa a T4 em T3 Reverso (rT3), que é um Hormônio Inativo. → O T4 é o principal Hormônio liberado pela Tireoide: Menor Afinidade pelo Receptor dos Hormônios Tireoidianos. → Pequenas Alterações de HT Livres (T3 e T4) provocam Grandes Alterações nos Valores Séricos de TSH (Relação Logarítmica). REGULAÇÃO DA FUNÇÃO TIREOIDIANA: - O TSH age em seu Receptor nas Células Foliculares da Tireoide, estimulando todas as etapas de Síntese dos Hormônios Tireoidianos. - Hipotálamo produz Hormônio liberador de Tireotrofina (TRH), que chega à Adeno-Hipófise e Estimula a Secreção de Hormônio Tireoestimulante (TSH), que por sua vez chega na Tireoide e Estimula a Produção dos Hormônios Tireoidianos (T3 e T4). EIXO HIPOTALO-HIPÓFISE-TIREOIDE: → TRH (Hipófise Anterior), Inibe: · AgRP. · Gastrina. · Dopamina. · Bradicinina. · Somatostatina. · Colecistoquinina. → TRH (Hipófise Anterior), Estimula: · Leptina. · Alfa-MSH. · Angiotensina 2. → TSH (Glândula Tireóide), Inibe: · GH. · IL-6. · Jejum. · TNF-Alfa. · Estradiol. · Dopamina. · Desnutrição. · Somatostatina. · Glicocorticóides. → TSH (Glândula Tireóide), Estimula: · Frio. INTERPRETAÇÃO DOS TESTES DE FUNÇÃO TIREOIDIANA: ULTRASSONOGRAFIA DE TIREOIDE: - Bordas. - Vascularização. - Textura do Parênquima. - Avaliar o Tamanho da Tireoide. - Presença / Ausência de Nódulos. CINTILOGRAFIA DA TIREOIDE: - Captação Maior: Hipercaptante. - Captação Menor: Hipocaptante. - Captação Normal em 24h (RAIU/24h): 8% a 35%. - Imagens da Glândula após Administração de Radiofármacos (Tc99m, iodo-131 ou iodo-123). - A Captação Normal da Glândula Tireoide é semelhante á das Glândulas Salivares Submandibulares. HIPOTIREOIDISMO: Fatores de Risco: → Deficiência na Produção ou Ação dos Hormônios Tireoidianos, assim, havendo um alentecimento Generalizado dos Processos Metabólicos. DIAGNÓSTICO: - 2/3 dos pacientes podem apresentar Ganho Ponderal. - Em Geral é Modesto e Consequente a Retenção Hídrica. - A Obesidade não faz parte do Quadro do Hipotireoidismo. SINAIS E SINTOMAS: - Anemia. - Astenia. - Sonolência. - Bradicardia. - Edema Facial. - Voz Arrastada. - Intolerância ao Frio. - Hiporreflexia Profunda. - Pele Seca e Descamativa. TRATAMENTO: - Em Jejum (30 min a 60 min). - Dose de 1,6 mg/kg a 1,8 mg/kg. - Levotiroxina em uma Dose Única Diária (Ex: Puran T4, Levoid, etc). - Monitoramento no Hipotireoidismo Central: Níveis de T4 Livre pelo TSH. - Resposta ao Tratamento no Hipotireoidismo Primário: TSH e T4 Livre após 6 semanas. HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO: - Efeito Wolff Chaikoff. - ↑ TSH e TRH, ↓ T4 e T3. - O problema está na Tireoide. - Agenesia e Ectopia Tireoidianas. - Doença de Graves em Estágio Final. - Tireoidite de Hashimoto (Autoimune). - Mau Funcionamento da Própria Tireoide. - Radioterapia Externa de Cabeça e Pescoço. - 95% do Total de Casos, é Hipotireoidismo Primário: · Endêmico em Regiões com Deficiência de Iodo. · Prevalência de 2% nas Mulheres e 0,10% a 0,25% em Homens. - Hipotireoidismo Central tem Prevalência estimada de 0,005%. - Hipotireoidismo Congênito ocorre em 1:4000 a 1:5000 Recém Nascidos. - Doenças Infiltrativas (Amiloidose, Hemocromatose, Sarcoidose). - Fármacos (Antitireoidianos, Iodo, Lítio, Amiodarona, Contrastes Radiológicos, etc). DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - ↑ TSH e ↓ T4 Livre: · Anti-TPO e Anti-TG: Tireoidite de Hashimoto. · Hipotireoidismo Subclínico: ↑ TSH e T4 Livre Normal. NEM TODO HASHIMOTO TEM HIPOTIREOIDISMO. HIPOTIREOIDISMO CENTRAL: - ↓ ou Normal TSH e TRH, ↓ T4 e T3. - O problema está no Hipotálamo ou na Hipófise. - Pedir Exame de Imagem (Ressonância, Tomografia). SECUNDÁRIO: - Causa Hipofisária (Deficiência de TSH). - Processo Neoplásico, Inflamatório, Infiltrativo, Isquêmico ou Traumático que comprometa a Capacidade Secretória da Hipófise Anterior e/ou do Hipotálamo. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - Ressonância de Sela Turca. - ↓ ou Normal TSH e ↓ T4 Livre. TERCIÁRIO: - Deficiência Hipotalâmico do TRH. - Processo Neoplásico, Inflamatório, Infiltrativo, Isquêmico ou Traumático que comprometa a Capacidade Secretória da Hipófise Anterior e/ou do Hipotálamo. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - RNM de Sela Turca. - ↓ ou Normal TSH e ↓ T4 Livre. BÓCIO: - Ausência de Bócio: · Hipotireoidismo Central. · Aplasia/Hipoplasia ou Ectopia da Glândula. - Aumento do Volume da Tireoide: · Tireoidite de Hashimoto. · Grave Deficiência de Iodo. HIPOTIREOIDISMO NA INFÂNCIA: - Cretinismo: · Baixa Estatura. · Característico Inchaço da Face e das Mãos. · Hipotireoidismo Congênito + Retardo Mental. - Período Neonatal. - Rastreada através do ″Teste do Pezinho”. - Retardo Mental Irreversível se Não Tratado Precoce. - Icterícia Fisiológica, Choro Rouco, Constipação Intestinal, Sonolência, Hérnia Umbilical, Atraso da Maturação Óssea. COMA MIXEDEMATOSO: - Complicação Grave, com Mortalidade Elevada (> 60%). - Evento Precipitante (Infecção, Exposição ao Frio, SCA, Cirurgias, Traumas). - Tríade Clássica (Evento Precipitante, Hipotermia, Alteração no Nível de Consciência). - Hipotireoidismo Grave de Longa Duração Não Diagnosticados ou Tratados de Maneira Inadequada. - Outros Sintomas: Bradicardia, Insuficiência Respiratória, Hiponatremia, Hipoglicemia. TRATAMENTO: - Medidas de Suporte + Tratar Fator Precipitante + Aquecimento Corporal + Glicocorticoide + Levotiroxina. SÍNDROME DO EUTIREOIDEO DOENTE: - ↓ ou Normal TSH. - ↓ ou Normal T4 Livre. - Tratar Doença de base. - ↓ T3 Sérico e ↑ T3 Reverso. - Pode ocorrer em vigência de Doenças Sistêmicas Graves. - Mecanismo de Adaptação para limitar a Atividade Metabólica durante a Doença. HIPERTIREOIDISMO: → Hipertireoidismo Primário: - ↓ TSH e TRH, ↑ T4 e T3. - O problema está na Tireoide. → Hipertireoidismo Central: - ↑ TSH e TRH, ↑ T4 e T3. - O problema está na Hipófise. - Pedir Exame de Imagem (Ressonância, Tomografia). EPIDEMIOLOGIA: - Mais Comum no Sexo Feminino. - Idade Média de 30 anos a 60 anos. - Prevalência de Hipertireoidismo de 1,2%. - Principal Etiologia: Doença de Graves (80% dos casos). - Segunda Causa Mais Comum: Bócio Multinodular Tóxico (BMNT) e Adenoma Tóxico. DOENÇA DE GRAVES: - Prevalência de 3% nas Mulheres e 0,5% nos Homens. - Etiologia mais comum de Hipertireoidismo (80% dos casos). - Origem Autoimune, podendo estar associada a outras Doenças Autoimunes. - Quando Não Tratada mostra-se Potencialmente Fatal: Complicações Cardiovasculares. ETIOPATOGENIA: - Fatores Genéticos e Ambientais. DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Manifestações: Efeito Estimulatório dos Hormônios Tireoidianos sobre o Metabolismo e os Tecidos. SINAIS E SINTOMAS: - Insônia. - Fraqueza. - Tremores. - Taquicardia. - Palpitações. - Nervosismo. - Perda de Peso. - Hiperdefecação. - Sudorese Excessiva. - Intolerância ao Calor. - Pele Quente e úmida. BÓCIO: - Caracteristicamente Difuso (Observado em 97% dos casos). - Frêmito e Sopro sobre a Glândula → Aumento do Fluxo Sanguíneo → Exclusivo da Doença. OFTALMOPATIA: - Sinais e Sintomas: · Exoftalmia. · Edema Periorbital. · Retração Palpebral. · Hiperemia Conjuntival. · Edema da Conjuntiva (Quemose). - Em Casos Graves (Alteração no Nervo Óptico): · Homens Idosos e Fumantes, apresentam Maior Risco de Desenvolver Oftalmopatia Grave. - Anticorpos provocam AutoagressãoIntraorbitária. - Pode preceder Hipertireoidismo (20% das vezes), sucedê-lo (40%) ou ser concomitantemente (40%). DERMOPATIA (MIXEDEMA PRÉ-TIBIAL): - Aspecto de Casca de Laranja. - Acomete apenas 5% a 10% dos pacientes com DG. - Espessamento da Pele na Área Pré-Tibial, assim, acumulando de Glicosaminoglicanos. CRISE TIREOTÓXICA (TEMPESTADE TIREOIDIANA): - Condição Grave de Exacerbação Clínica do Hipertireoidismo. - Pacientes Sem Tratamento Adequado, submetidos a Eventos Agudos Precipitantes. - Diagnóstico é Clínico → Escala de Burch e Wartofsky → Temperatura, FC, Fibrilação Atrial e ICC, Disfunção Hepática ou Gastrointestinal, Disfunção de Sistema Nervoso Central, Presença de Fator Precipitante. TRATAMENTO: - Suporte + PTU + Lugol + Propanolol + Hidrocortisona. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - Anticorpos: · TRAb: Mais Específico. · Outros Anticorpos: Anti-TPO e Anti-Tireoglobulina. - TSH Supresso e ↑ T3/T4: · Hipertireoidismo Subclínico: TSH Supresso e T3/T4 Normais. EXAME DE IMAGEM: ULTRASSONOGRAFIA DA TIREOIDE: - Bordas Regulares. - Ausência de Nódulos. - Parênquima Heterogêneo. - Aumento Difuso do Tamanho. - Fluxo Sanguíneo Aumentado ao Doppler. CINTILOGRAFIA DE TIREOIDE: - Captação Aumentada. TRATAMENTO: Drogas Antitireoidianas: - Efeitos Colaterais: · Leves: Urticária, Prurido. · Graves: Agranulocitose e Hepatotoxicidade. - Reduzem a produção de T3 e T4. - Monitoramento com T4 Livre (TSH demora meses para normalizar). - Tempo de Tratamento: 12 meses a 18 meses (Remissão em 30% a 50% dos casos). BETABLOQUEADOREs: - Tratamento Sintomático: · Atenolol, 50 mg a 100 mg. · Palpitações, Taquicardia, Hipertensão, Tremores. · Propanolol, 40 mg/dia a 120 mg/dia, em 2 a 3 tomadas. RADIOIODOTERAPIA: - Tratamento Definitivo e Muito Eficaz. CIRURGIA: - Bócios Volumosos. - Suspeita de Neoplasia Tireoidiana Associada. - Hiperparatireoidismo Primário Associado. - Pacientes que NÃO controlaram a Doença com Tionamidas e que recusem a Radioiodoterapia. ADENOMA TÓXICO E BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO: ETIOPATOGENIA: - Mutação no Gene do Receptor do TSH: Ativação Constitutiva do TSH-R na Ausência do TSH. DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Bócio Nodular. - Sintomas de Tireotoxicose: Menos Intensos do que na Doença de Graves. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: - ↓ TSH e TRH, ↑ T4 e T3. ULTRASSOM DE TIREOIDE: - Presença e Características do(s) Nódulo(s). CINTILOGRAFIA DE TIREOIDE: - Nódulo(s) Hipercaptante(s). TRATAMENTO: RADIOIODOTERAPIA (RIT): - Excelente opção de Tratamento. MEDICAMENTOSO: - Beta Bloqueadores. - Drogas Antitireoidianas. CIRURGIA: - Bócios Volumosos com Sintomas Compressivos. - Hemitireoidectomia ou Tireoidectomia Total. INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL: - Alternativa Efetiva para Cirurgia ou Radioiodoterapia. TIREOIDITES: → TSH é tratado acima de 10. → Sempre repetir os Exames Tireoidianos. TIREOIDITE AGUDA - SUPURATIVA OU INFECCIOSA: · Clínica: · Início Súbito. · Febre, Sudorese, Astenia. · Sinais de Hipertireoidismo são raros. · Sinais Flogísticos em Topografia de Tireóide. · Dor Cervical Unilateral que pode Irradiar para a Mandíbula ou Ouvido Ipsilateral. · USG: Abcesso - PAAF. · ATPO e ATg: Negativos. · Agentes mais Comuns: · Fungos. · Staphylococcus Aureus. · Streptococcus Pyogenes. · Streptococcus Pneumoniae. · Fator de Risco: Imunossupressão. · Etiologia: Bacteriana (70%) dos casos. · Cintilografia (RAIU-24h): Normal ou Reduzida se Inflamação Difusa. · Laboratório: Elevação do PCR e VSH, Leucocitose com desvio a Esquerda. · TTO: Antibioticoterapia guiado pela Bacterioscopia da PAAF (Cobre GRAM Negativos). TIREOIDITE SUBAGUDA - GRANULOMATOSA OU DE QUERVAIN OU SUBAGUDA DOLOROSA OU DE CÉLULAS GIGANTES: · Clínica: · Dolorosa Aguda + Hipertireoidismo (Toxemia; Febre de até 40 graus; Dor na Região da Tireoide que se agrava com a Tosse e Deglutição; e que Irradia para o Pescoço, Mandíbula, Garganta e Ouvidos). · Eutiroidismo → Hipotireoidismo → Eutireoidismo. · Etiologia: Viral. · Agentes mais Comuns: · Influenza. · Adenovírus. · Enterovírus. · ATPO e ATg: Geralmente Negativos. · Fator de Risco: Genético (HLA-Bw35). · USG: Áreas Hipoecóicas Irregulares e Mal Definidas. · TTO: AINES > Glicocorticóides > Cirurgia em Casos Extremos. · Cintilografia (RAIU-24h): Captação muito baixa (Geralmente < 1% e sempre < 5%). · Laboratório: Elevação do PCR e Super Elevação do VSH (> 50), Leucocitose Normal ou Aumentada (Às custas do Aumento dos Linfócitos). TIREOIDITE LINFOCÍTICA SUBAGUDA: · Clínica: · Hipertireoidismo (Sem Toxemia ou Sintomas Sistêmicos). · Eutiroidismo → Hipotireoidismo → Eutireoidismo. · Laboratório: PCR e VSH normais. · ATPO e ATg: Geralmente Positivos. · Cintilografia (RAIU-24h): Captação baixa. · Fator de Risco: Outras Doenças Autoimunes ou História Familiar. · Etiologia: Autoimune, ´´Forma Subaguda da Tireoidite de Hashimoto´´. · TTO: Geralmente não se faz necessário, apenas em casos de Hipotireoidismo Definitivo se faz LT4. TIREOIDITE PÓS-PARTO: · Clínica: · Hipertireoidismo Transitório apenas (Tireotoxicose). · Hipotireoidismo Transitório apenas. · Hipertireoidismo Transitório → Hipotireoidismo Transitório. · Laboratório: PCR e VSH normais. · ATPO (85%) e/ou ATg: Geralmente Positivos. · Fator de Risco: Outras Doenças Autoimunes ou História Familiar, Presença de ATPO no 1 Trimestre de Gestação (Risco de 33%-50%). · Etiologia: Autoimune, Similar a Tireoidite Linfocítica Subaguda, porém ocorre logo após a Gestação. · TTO: Geralmente não se faz necessário, apenas em casos de Hipertireoidismo (Betabloqueador até Normalizar a Função Tireoidiana). · Prognóstico: Incidência de Hipotireoidismo permanente de 30%-50% em 9 anos. Especialmente naquelas com TSH > 20. Aumento de ATPO e Hipoecogenicidade ao USG. QUALQUER NÍVEL DE TSH ACIMA DE 4, TEM QUE SER TRATADO. TIREOIDITE DE HASHIMOTO (CRÔNICO): · Laboratório: · ATPO (80%-99%) e ATg (até 60%), geralmente Positivos. · É comum o achado de Hipotireoidismo Subclínico (Aumento do TSH e T4L Normal), tendem a evoluir para Hipotireoidismo Franco. · Fator de Risco: Outras Doenças Autoimunes ou História Familiar, Idade Avançada, Sexo Feminino, Deficiência de Selênio, Deficiencia de Vitamina D. · Etiologia: Autoimune, também chamada de Tireoidite Linfocítica Crônica. · TTO: Reposição com Levotiroxina nos pacientes com Critérios Clássicos de Tratamento, Hipotireoidismo Franco e TSH > 10, por exemplo. · Prevalência: 0,3:1000 a 1,5:1000 habitantes, predomina no Sexo Feminino (5-20x) com Pico de Incidência entre 40 a 60 anos. TIREOIDITE RIEDEL: · TTO: · Casos Leves ou Iniciais: Glicocorticóides, Tamoxifeno ou Metotrexato. · Casos Graves (Suspeita de Malignidade ou Compressão - Cirúrgia). · Clínica: · Hipotireoidismo. · Sintomas Compressivos: Esôfago (Disfagia), Traqueia (Dispneia), Rouquidão. · Bócio de Consistência Endurecidas, Crescimento Cervical Indolor com Progressão de poucas semanas a vários anos. · Diagnóstico: · Biópsia a Céu Aberto: Escolha. · RAIU 24h: Normal ou Mostrar as áreas de Hipocaptação. · PAAF: Não Elucidativa, Déficit de Execução pela rigidez do tecido. · Fator de Risco: Fibrose das Glândulas Salivares, Lacrimais, Mediastinal, Retoperitonite, Colangite Esclerosante. · Etiologia: Desconhecida, sendo a Tireoidite mais rara. · Prevalência: 0,05% em pacientes submetidos de Tireoidectomia. NÓDULOS TIREOIDEANOS: EPIDEMIOLOGIA: · À US → 19% a 68%. · Indivíduos com Maior Risco: Idosos. Mulheres. Com História de Exposição à Radiação. Oriundos de Regiões com Deficiência de Iodo. · Prevalência de Nódulos Malignos: · 07% a 15% em Adultos. · Até 26% em Crianças. · Á Palpação → 1% em Homens e 5% em Mulheres. · Necrópsia (30% a 50%): 80% em indivíduos na 9 Década de Vida. · Incidência Anual Estimada (EUA) → 300 mil novos Nódulos Tireoidianos. · Em 20% a 48% dos pacientes com um Nódulo Palpável → Nódulos Tireoidianos adicional à US. HISTÓRIA CLÍNICA x RISCO DE MALIGNIDADE: · Sexo: · Nódulos → 8x mais comum em Mulheres. · Risco de Malignidade → 2x a 3x maior no Sexo Masculino. · Idade: · Câncer de Tireoide → Mais comum em Crianças e Idosos.· Sintomas Locais: · Sugestivos de Malignidade, mas também vistos em Lesões Benignas. · Doenças Associadas: · Doença de Graves (Afasta o Risco de Malignidade). · Tireoidite de Hashimoto. · História Familiar: · MEN-2. · Câncer de Tireoide. · Polipose Adenomatosa Familiar. · Outros Fatores: · Raio X Externa Cervical (Infância e Adolescência). BÓCIO: · Qualquer aumento da Glândula Tireoidiana. CLASSIFICAÇÃO: · Nodular. · Uninodular: · Tóxico (Doença de Plummer). · Atóxico. · Difuso: (Doença de Graves). · Multinodular: · Tóxico. · Atóxico. ULTRASSONOGRAFIA DE TIREOIDE: CARACTERÍSTICAS DOS NÓDULOS QUANTO À ECOGENICIDADE: · Isoecóicos: Amplitude de Ecos igual à do Parênquima Tireoidiano Normal. · Hipoecóicos: Amplitude de Ecos < á do Parênquima Tireoidiano Normal, MAIOR RISCO DE MALIGNIDADE. Mais Escuro, Com Microcalcificações, Formato Irregular. O CISTO TIREOIDIANO É BENIGNO, INDEPENDENTE DO TAMANHO., SÓ HÁ INTERVENÇÃO SE HOUVER SINTOMAS DE OBSTRUÇÃO (DISFAGIA, DISPNEIA, GLÓBULOS) OU SE FOR MUITO VOLUMOSO > 4 CM, ONDE SERÁ FEITO PAAF E SERÁ COLOCADO ÁLCOOL 70 NA MAIORIA DAS VEZES. TAMBÉM PODE-SE FAZER UMA RADIOABLAÇÃO. NÃO SE FAZ PAAF. SE FAZ O PAAF SE O NÓDULO FOR >= 2 cm, OU SEM PAAF. SE FAZ O PAAF SE O NÓDULO FOR >= 1,5 cm. SE FAZ O PAAF SE O NÓDULO FOR >= 1 cm. SE FAZ O PAAF SE O NÓDULO FOR >= 1 cm. · Hiperecóicos: Amplitude de Ecos igual > à do Parênquima Tireoidiano Normal (Tem mais Líquido - Colóide). Mais Claro. DOPPLER COLORIDO: · Classificação De Chammas: · I = Ausência de Vascularização. · II = Vascularização Periférica. · III = Vascularização Periférica ≥ Central. · IV = Vascularização Periférica ≤ Central. · V = Vascularização Central. · Quanto mais Central, maior o Risco de Malignidade. CLASSIFICAÇÃO CITOPAROLOGICA DO SISTEMA BETHESDA: · Classificação De Chamma: SISTEMA TIRADS DE CLASSIFICAÇÃO DOS NÓDULOS: · Atribuição de pontos a cada uma das características incluídas no Sistema de Classificação ATA. · Há uma atribuição de maior pontuação a características consideradas com Maior suspeita de malignidade. CÂNCER DE TIREOIDE: PAPILÍFERO: → Corresponde a 80% dos Cânceres de Tireoide. → Prognóstico: Bom → Marcador de Seguimento Tireoglobulina. → Disseminação Linfonodal > Sanguínea → Lesões Multicêntricas: · 5% Metástase a Distância. · 25% com Metástases Cervicais. · 20% com Invasão Tireoidiana ao Dx. → Fazem parte do Grupo de Carcinomas Diferenciados de Tireoide (CDT). → Ocorrem em qualquer Faixa Etária, porém predominam entre a 3 e 5 Décadas de vida. → Crescimento Lento com Baixo Grau de Progressão → Raramente Leva ao óbito em pacientes com < 40 anos a 45 anos. FOLICULAR: → Marcador de Seguimento: Tireoglobulina. → Corresponde a 10% a 15% dos Cânceres de Tireoide. → Fazem parte do Grupo de Carcinomas Diferenciados de Tireoide (CDT). → Prognóstico: A Idade é o Fator mais importante → Extremos de Idade, Pior Prognóstico. → Disseminação Sanguínea > Linfonodal → Podem abrir o quadro com Sintomas Iniciais a Metástase a Distância. → Ocorrem em Faixas Etárias mais avançadas (Pico na 5 Década de Vida) e em Regiões com Deficiência de Iodo. → Crescimento Lento com Baixo Grau de Progressão → Raramente Leva ao óbito em pacientes com < 40 anos a 45 anos. MEDULAR: → Diagnóstico: · PAAF: Sensibilidade Baixa. · Dosagem de Calcitonina Sérica: · < 10 pg/ml: Praticamente Excluem. · > 100 pg/ml: Altamente Sugestivos. → Podem se apresentar de duas formas: · Familiar: 20% a 25% · Esporádico: 75% a 80%. → Marcador de Seguimento: Calcitonina. → Genética: Mutações Ativadoras Protoncogene RET. → Originados das Células QUE (Produzem Calcitonina) ou Parafoliculares. → Tumor Neuroendócrino pode secretar outras Substâncias Aminoativas: ACTH, VIP, TRH, CRH, POMC, CEA, Encordina, Somatostatina, Prostaglandinas. ANAPLÁSICO OU INDIFERENCIADO: → Prognóstico: Péssimo. → Mais Prevalente em Áreas com Deficiência de Iodo. → Diagnóstico: PAAF ou Core Biópsia (Fragmento de Tireoide). → Tipo Mais Grave e Menos comum das Neoplasias Malignas da Tireóide (1% a 3%). → 3 Mulheres : 1 Homem, e Maior Prevalência em Idosos (Pico entre 65 anos e 70 anos). → 50% desses Tumores surgem de uma Lesão Benigna ou de um Carcinomas Diferenciados de Tireoide (CDT) de Longa Duração.
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