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Recurso especial ofensa art. 274 CPC

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1 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO III 
2ª CÂMARA RESERVADA DE DIREITO EMPRESARIAL 
DES. RELATOR: MAURÍCIO PESSOA 
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº: 2037823-76.2020.8.26.0000/50000 
 
ERIVELTO RODRIGUES, através de seu advogado 
nos autos do RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto em face de 
ANDERSON CICOTOSTE e outros, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, 
alicercado no artigo 105, inciso III, alínea “a” e “c”da Constituição Federal, bem como 
com supedâneo no Artigo 1.029 e seguintes do Código de Processo Civil, onde vem 
interpor o presente RECURSO ESPECIAL em razão do v. Acórdão de fls. do recurso 
em espécie, onde, para tanto, apresenta as Razões acostadas. 
 
Desta sorte, demonstrada a negativa da vigência e 
contrariedade à Lei Federal, assim como o dissenso pretoriano sobre o tema, requer, 
pois, por fim, que essa E. Presidência conheça e admita este recurso, com a 
consequente remessa dos autos ao E. Superior Tribunal de Justiça. 
 
Outrossim, ex vi legis, solicita que Vossa 
Excelência determine, de logo, que os Recorridos respondam, querendo, no prazo de 
15 dias, sobre os termos da presente, de acordo com o art. 1.030 do Código de 
Processo Civil. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
São Paulo, 06 de julho de 2020. 
 
 
VALTER RAIMUNDO DA COSTA JÚNIOR 
OAB/SP 108.337 
Costa Jr 
 advogados e 
 associados 
 
Rua Santa Luzia, 48, Cj. 64 
Liberdade 
CEP 01513-030 SP/SP 
(11) 3105.5868/ 3106.6812/ 3106.7104 
costajradv@costajradv.com.br 
 
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AO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL 
 
 
Recurso de Agravo de Instrumento nº: 2037823-76.2020.8.26.0000/50000 
Recorrente: ERIVELTO RODRIGUES 
Recorrido: ANDERSON CICOTOSTE e outros 
 
 
 Colendo Superior Tribunal de Justiça 
 Colenda Turma 
 Nobres Ministros 
 
PRELIMINARMENTE 
DA TEMPESTIVIDADE DO PRESENTE RECURSO ESPECIAL 
 
Inicialmente insta mencionar que o presente 
Recurso é tempestivo, posto que o v. acórdão de fls.584/591, foi objeto de embargos 
de declaração, o que interrompeu o prazo recursal. 
 
Ainda, conforme certidão de fls. 14 a decisão que 
decidiu os embargos de declaração, veiculou no DJE no dia 18/06/2020 (quinta-feira), 
considerada publicada em 19/06/2020 (sexta-feira), iniciando-se a contagem do prazo 
no dia útil subsequente em 22/06/2020 (segunda-feira). 
 
Portanto, o prazo final para interposição do 
presente recurso é de 10/07/2020 (sexta-feira). 
 
Considerando que nos termos do artigo 219 do 
CPC os prazos processuais serão contados em dias úteis. 
 
 Por quanto, à luz do que rege o artigo 1.003 do 
Código de Processo Civil, temos como plenamente tempestivo o presente Recurso 
Especial, quando interposto nesta data. 
 
 
 
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DA ADMISSIBILIDADE E DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO 
 
DA NEGATIVA DE VIGÊNCIA DE LEI FEDERAL E DA INTERPRETAÇÃO 
DIVERGENTE ao SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
 Dispõe o artigo 105, inciso III, aliena “a” e “c” da 
Carta Magna que cabe ao Colendo Superior Tribunal de Justiça julgar, mediante 
Recurso Especial, nas causas em que a decisão contrarie tratado ou lei federal, ou 
negar-lhes vigência. Nesta linha, o presente recurso não busca reexame de provas 
nem da situação fática tratada no v. Acordão recorrido. Cuida unicamente de 
questão de direito, qual seja, a negativa de vigência pelo V. Acórdão ora debatido aos 
dispositivos de lei federal e dissídio jurisprudencial. 
 
No presente caso, o V. Acordão recorrido 
contrariou a interpretação dada pelo superior Tribunal de Justiça ao artigo 1015 
do Código de Processo Civil, e por via de consequencia negou vigência ao 
Artigo 274, paragrafo unico do CPC do mesmo Diploma Legal, ao deixar de 
conhecer do recurso de agravo de instrumento, bem como ao manter a decisão do 
Nobre Magistrado “a quo” que declarou a revelia do recorrente. 
 
DO PRECORRIDA QUESTIONAMENTO DA MATÉRIA 
 
Nota-se que a matéria foi devidamente 
prequestionada pelo V. Acórdão recorrido, conforme se depreende dos seguintes 
trechos: 
 
É o relatório. 
A R. decisão recorrida, proferida pela Dra. Daniela Nudeliman 
Guiguet Leal, MMª Juíza de Direito da 2ª Vara Cível do Foro de 
Barueri, assim se enuncia: 
“Aos 06 de fevereiro de 2020, nesta Cidade e Comarca de 
Barueri, Estado de São Paulo, na Sala de Audiências do 
Juízo da 2ª Vara Cível, sob a presidência da Meritíssima 
Juíza de Direito da Vara, Dra. Daniela Nudeliman Guiguet 
Leal, comigo Escrevente de seu cargo, abaixo assinado, foi 
aberta a audiência de Instrução, Debates e Julgamento 
nos autos da ação e entre as partes supra referidas. 
Abertas, com as formalidades legais, e apregoadas as 
partes, compareceram o requerente, Anderson Cicotoste, 
acompanhado e de sua patrona, Dra. Daiane Rocha, OAB 
339626/SP, o patrono do requerido Erivelto Rodrigues, Dr. 
Valter Raimundo da Costa Júnior OAB/SP 108.337, o 
requerido Nivaldo José Moreira, acompanhado de sua 
testemunha Marcelo Rodrigo Ribeiro e de seu patrono, Dr. 
Bruno Leandro Ornelas Canada, OAB/SP 365.692, e o 
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requerido Massuo Uemura, acompanhado de seu patrono, 
Rafael Luvizuti de Moura Castro, OAB 108337/SP. Ausente 
o requerido Erivelto Rodrigues. ABERTA A AUDIÊNCIA. 
Iniciados os trabalhos, considero o corréu Erivelto intimado 
para depoimento pessoal, nos termos do art. 274, 
parágrafo único do CPC, vez que ao parece se se mudou 
sem comunicar este Juízo. Assim, desnecessária nova 
intimação sendo o mesmo considerado ausente no 
depoimento pessoal. A conciliação foi infrutífera. Em 
instrução foram tomados os depoimentos pessoais do 
autor e dos réus, Nivaldo e Massuo. O registroda prova 
oral foi realizado mediante gravação digital (audiovisual), 
cujos termos de depoimentos seguem em frente e fazem 
parte integrante desta. O arquivo digital será arquivado em 
local próprio da Serventia, ficando facultada a retirada 
pelas partes para cópia na sala da OAB local, mediante 
certidão de retirada e devolução. Pelo patrono do corréu 
Massuo foi requerido a devolução de prazo para 
apresentar contestação, pois a carta de citação foi 
encaminhada para endereço da ex-esposa. O réu Nivaldo 
desistiu da inquirição da testemunha Marcelo. Pela MMª. 
Juíza foi dito: Homologo a desistência da testemunha. 
Defiro a devolução de prazo de 15 dias para o corréu 
Massuo apresentar contestação a contar da presente data, 
tendo em vista que a citação se deu em endereço da ex-
esposa. Mantenho o rateio dos honorários periciais, nos 
termos da decisão de fls. 360/361. Até porque o vencido 
arcará com a sucumbência. Assim, providencie o corréu 
Erivelto o recolhimento de sua quota parte, no prazo de 15 
dias, nos termos da decisão de fls. 360/361. Os autos 
tramitam digitalmente, razão pela qual ausente as 
assinaturas das partes e advogados presentes.NADA 
MAIS” (fls. 533/534 dos autos originários). 
 
 O recurso é incognoscível. 
 O cabimento do agravo de instrumento é limitado ao rol do artigo 
1.015 do Código de Processo Civil. Nele não está compreendida a 
decisão proferida em audiência de instrução, debates e julgamentos. 
 Não se ignora o posicionamento externado pelo Superior 
Tribunal de Justiça em sede de recursos repetitivos (REsp nº 
1.696.396 e REsp nº 1.740.520), quando, embora tenha afastado o 
caráter exemplificativo do rol contido no art. 1.015 do Código de 
Processo Civil, assentou a possibilidade de mitigação da aludida 
taxatividade. 
 Ocorre que, como bem ressaltado naquele julgamento, para que 
a taxatividade seja mitigada (e não deliberadamente ignorada), faz-
se necessária a verificação da "(...) urgência decorrente da 
inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação", aqui 
inocorrente, até porque em momento algum demonstrada pelo 
recorrente. 
 Tem-se, assim, que a decisão recorrida é ato judicial dotado de 
recorribilidade mediata ou diferida que, não se pode aqui deixar de 
considerar, não viola o direito do recorrente e nem a 
instrumentalidade ou utilidade do processo. 
 Apesar disso, há no processado peculiaridades que chamam a 
atenção, as quais são aqui observadas sem que se constituam 
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fundamento para um provimento jurisdicional de mérito sobre a 
controvérsia. 
 Observa-se nos autos da ação de origem a existência de 
diversos endereços apresentados como domicílio do recorrente, o 
que, a rigor, parece fragilizar sua pretensão de ver reconhecida a 
nulidade de sua intimação pessoal. 
 O recorrente fora citado em seu endereço comercial, em abril de 
2019, na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior nº 110, conjunto 
73 (fls. 68 dos autos originários), nesta Capital. 
Ao contestar a ação, em 17 de maio de 2019, o recorrente informou 
residir na Alameda Rouxinol nº 10, Morada dos Pássaros, Aldeia da 
Serra, Barueri (fls. 80/88). Ato contínuo, juntou aos autos instrumento 
de procuração, também datado de 17 de maio de 2019, no qual 
declarou ser domiciliado na Avenida Franca nº 238, Tamboré, 
Barueri (fls. 90). 
 A decisão saneadora de fls. 360/361 designou audiência de 
instrução, debates e julgamento a realizar-se no dia 06 de fevereiro 
de 2020, com determinação de intimação pessoal do recorrente para 
comparecimento ao ato. 
 Ciente da data designada (fls. 362), o advogado do recorrente 
peticionou nos autos (fls. 373/376), ocasião em que apresentou os 
quesitos periciais e se comprometeu a “levar testemunha à 
audiência, independentemente de intimação” (fls. 376). 
 O mandado de intimação remetido ao endereço declinado pelo 
recorrente em sua peça defensiva (Alameda Rouxinol nº 10, Morada 
dos Pássaros, Aldeia da Serra, Barueri), retornou negativo, com a 
informação de que “ERIVELTO RODRIGUES mudou-se, sendo 
desconhecido seu endereço atual” (fls. 515). 
Aberta a audiência, na qual compareceu o advogado do recorrente, o 
D. Juízo de origem, constatando que, aparentemente, o corréu 
Erivelto “mudou-se sem comunicar este Juízo” (fls. 533), considerou-
o ausente no depoimento pessoal. 
Pois bem! 
O parágrafo único do artigo 385 do Código de Processo Civil impõe a 
penalidade de confesso à parte que, pessoalmente intimada para 
prestar depoimento pessoal, não comparecer à audiência. 
Aqui, o D. Juízo de origem indeferiu o pedido de redesignação de 
audiência “por não vislumbrar qualquer prejuízo as partes a 
realização de audiência, antes da conclusão do laudo pericial” (fls. 
525), o que parece infirmar a verossimilhança do direito em que se 
assenta a pretensão recursal, na medida em que a instrução do 
processo prossegue, independentemente dos efeitos da 
eventual falta do depoimento pessoal (confissão), os quais não 
são constitutivos da revelia, como quer fazer crer o recorrente. 
Ademais, o advogado do recorrente estava ciente de todo o 
processado, inclusive do retorno negativo do mandado de intimação, 
sem, contudo, apresentar qualquer manifestação no momento 
oportuno, o que parece evidenciar a ocorrência de “nulidade de 
algibeira”. 
A estratégia de permanecer silente, reservando a nulidade para ser 
alegada em um momento posterior, já foi rechaçada pelo Superior 
Tribunal de Justiça que, repita-se, denominou a manobra de 
"nulidade de algibeira", conforme se verifica a seguir: 
“AUSÊNCIA DE OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC. LITIGÂNCIA 
DE MÁ-FÉ. INDENIZAÇÃO DO ART. 18, § 2º, DO CPC. EXIGÊNCIA 
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DE DEMONSTRAÇÃO DE DOLO E DOS PREJUÍZOS. NULIDADE 
DE INTIMAÇÃO. INEXISTÊNCIA. 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. LIMITES DA LIDE. COISA 
JULGADA. ART. 610 DO CPC. 3. Sem que haja prejuízo processual, 
não há nulidade na intimação realizada em nome de advogado que 
recebeu poderes apenas como estagiário. Deficiência na intimação 
não pode ser guardada como nulidade de algibeira, a ser 
utilizada quando interessar à parte supostamente prejudicada. 4. 
Não é lícito incluir na condenação, em sede de liquidação, valores 
não postulados na inicial e não mencionados na sentença liquidanda, 
sob pena de ofensa ao Art. 610 do CPC” (REsp nº 756.885/RJ, 
Terceira Turma, Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, j. Em 
14/08/2007 grifos acrescidos). 
 Sem maiores digressões quanto à controvérsia recursal 
propriamente dita, porquanto aqui desnecessárias e diferida a 
recorribilidadedaquela, não se conhece do recurso. 
O não conhecimento do recurso está fundamentado em questão 
insuperável a dispensar a possibilidade de saneamento do vício 
(CPC, par. ún., art. 932 c.c. art. 932, inc. III). 
Ante o exposto, NÃO SE CONHECE do recurso. 
MAURÍCIO PESSOA Relator 
 
Ante a contradição apresentada, a recorrente opôs 
embargos de declaração, que foi conhecido e no mérito rejeitado às fls., in verbis: 
 
 É o relatório. 
 A finalidade dos embargos de declaração é a de sanar 
omissão, contradição, obscuridade ou corrigir erro material existente 
no corpo do julgado. 
A Turma Julgadora, ao apreciar as razões da insurgência e os 
elementos constantes dos autos, entendeu por bem, à luz dos 
fundamentos expressos no acórdão recorrido, não conhecer do 
recurso interposto pelo embargante, nos termos da ementa que 
segue transcrita: Agravo de instrumento Ação de dissolução parcial 
de sociedade Decisão proferida em audiência de instrução, debates 
e julgamento que, diante da aparente mudança de endereço do 
corréu, sem comunicar o juízo, o considerou ausente no depoimento 
pessoal Decisão atacada por agravo de instrumento 
Inadmissibilidade Hipótese não prevista no rol taxativo disposto no 
art. 1015 do CPC Urgência ausente Não comprometimento da 
utilidade recursal Recurso não conhecido. A situação trazida pelo 
embargante não caracteriza nenhuma das hipóteses previstas nos 
incisos I, II e III do art. 1.022 do CPC, inexistindo qualquer vício a ser 
sanado, tendo em vista que o acórdão recorrido apreciou de forma 
clara e expressa todos os fundamentos que levaram ao não 
conhecimento do recurso interposto pelo embargante. Ademais, 
diferentemente do que sustenta o embargante, o julgado colegiado 
não padece de contradição. Ensina Daniel Amorim Assumpção 
Neves que a contradição que legitima o ingresso dos embargos de 
declaração diz respeito à existência, no julgado embargado, de 
“proposições inconciliáveis entre si, de forma que a afirmação de 
uma logicamente significará a negação da outra” (Manual de Direito 
Processual Civil, Volume Único, 9ª edição, Editora Juspodivm, 
Salvador: 2017, pág. 1.700). No presente caso, os vícios apontados 
pelo embargante não se enquadram em nenhuma dessas hipóteses. 
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O acórdão recorrido, de modo bastante claro, asseverou que o 
cabimento do agravo de instrumento é limitado ao rol do artigo 1.015 
do Código de Processo Civil e que, nele, não está compreendida a 
decisão proferida em audiência de instrução, debates e julgamentos. 
Acrescentou que, embora não se ignore “o posicionamento 
externado pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de recursos 
repetitivos (REsp nº 1.696.396 e REsp nº 1.740.520), quando, 
embora tenha afastado o caráter exemplificativo do rol contido no art. 
1.015 do Código de Processo Civil, assentou a possibilidade de 
mitigação da aludida taxatividade. Ocorre que, como bem ressaltado 
naquele julgamento, para que a taxatividade seja mitigada (e não 
deliberadamente ignorada), faz-se necessária a verificação da "(...) 
urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no 
recurso de apelação", aqui inocorrente, até porque em momento 
algum demonstrada pelo recorrente” (fls. 588). As supostas 
contradições apontadas não dizem respeito ao conteúdo do julgado 
recorrido, já que não consistem em proposições inconciliáveis entre 
si, mas, sim, em meras alegações de que as conclusões do acórdão 
não se coadunam com o seu posicionamento sobre o tema. 
 É evidente que os embargos de declaração não se prestam 
para isso. Assim, os argumentos expendidos nos embargos de 
declaração revelam a nítida intenção de contrariar a fundamentação 
inserta no acórdão recorrido e, por conseguinte, rediscutir questões 
já analisadas e decididas, tudo a atribuir aos embargos declaratórios 
defesos efeitos infringentes. Os embargos de declaração com efeito 
infringente, como regra, não são admissíveis no processo civil pátrio. 
 O acórdão recorrido não padece de qualquer omissão, 
contradição, obscuridade ou erro material, a revelar que os 
declaratórios em questão não preenchem os pressupostos 
específicos de admissibilidade previstos no artigo 1.022 do Código 
de Processo Civil. Nada há também a ser prequestiondo, até porque 
o artigo 1.025 do Código de Processo Civil é expresso ao proclamar 
o prequestionamento implícito, a tornar despicienda a oposição com 
finalidade prequestionadora, como no caso sob exame. Ante o 
exposto, REJEITAM-SE os embargos de declaração. 
 MAURÍCIO PESSOA Relator 
 
Não obstante o V. Acórdão ora atacado não haver 
mencionado expressamente de todos artigos afrontados, frisando destacar que houve 
enfrentamento da matéria no corpo do acórdão. 
 
Para atendimento do requisito prequestionamento, não se faz 
necessária a menção literal dos dispositivos tidos por violados 
no acordão recorrido, sendo suficiente que a questão federal 
tenha sido apreciada pelo Tribunal de origem. (Agravo regimental 
a que se nega provimento (AGRg no Resp 1088992/DF, Rel. Ministra 
MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 
16/11/2010, DJe 06/12/2010, grifos 
 
PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. NÃO 
OCORRÊNCIA. Para atendimento do requisito 
prequestionamento, não se faz necessária a menção literal dos 
dispositivos tidos por violados no acórdão recorrido, sendo 
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suficiente que a questão federal tenha sido apreciada pelo 
Tribunal de origem. No caso dos autos, contudo, a tese defendida 
no especial não foi examinada pela Corte Estadual. (Agravo 
regimental a que se nega provimento. (AGRg no Resp 1342722/RJ, 
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado 
em 16/11/2010, DJe 06/12/2010, grifos 
 
A Corte Especial deste Tribunal entende não ser 
necessária a menção explicita aos dispositivos legais no texto do acórdão 
recorrido para que seja entendido o requisito de prequestionamento (Resp 
1168814/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
09/11/2010, Dje 17/11/2010, grifos). 
 
 Assim, verificada a ofensa aos dispositivos federais 
e a interpretação divergente da que o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA atribuiu ao 
artigo 1015 do Código de Processo Civil e superado o aspecto do prequestionamento, 
resta evidente o cabimento e admissibilidade do presente Recurso. 
 
DO MÉRITO 
BREVE SINTESE DA DEMANDA 
 
Trata-se de Ação de Dissolução Parcial de 
Sociedade, distribuída sob o nº 1017833-77.2018.8.26.0068, que Anderson Cicotostemove em face da Empresa Novo Administradora de Meios Eletrônicos de Pagamentos 
Ltda., CNPJ sob o nº 10.556.174/0001-99, além dos demais sócios Nivaldo José 
Moreira, Massuo Uemura e o ora Recorrente Erivelto Rodrigues. 
 
Aduz, corretamente, que embora constituída e com 
CNPJ ativo, a empresa Novo Administradora de Meios Eletrônicos de Pagamentos 
Ltda. nunca operou efetivamente, bem como o capital da empresa não chegou a ser 
integralizado pelos sócios. 
 
Realiza o autor, portanto, seu legítimo direito de 
retirada de sociedade empresaria, com a extinção do vínculo societário, não exigindo 
apuração de seus haveres na sociedade. 
 
O Recorrente apresentou contestação às fls. 80/88, 
e posteriormente (fls. 89/90) juntou aos autos procuração com seu novo 
domicílio, qual seja, Avenida Franca, nº 238, Residencial Tamboré, na cidade de 
Barueri, CEP: 06458-220, conforme se extrai do documento de fls. 90, concordando 
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com a retirada do autor do quadro societário, requerendo seja declarada a extinção de 
vínculo societário. 
 
Já às fls. 91 dos autos, portanto, posterior a 
apresentação da contestação e da petição de juntada da procuração com novo 
endereço do requerido Erivelto – ora Recorrente, o Douto Julgador “a quo” designou a 
remessa dos autos ao CEJUSC para designação de audiência de conciliação e 
mediação, e consequente intimação dos requeridos, via imprensa. 
 
Posteriormente, às fls. 360/361, foi saneado o feito, 
com a designação de audiência de instrução, debates e julgamento para o dia 
06.02.2020, às 14:00 horas. 
 
Ato contínuo, Doutos Julgadores, foi realizado ato 
ordinatório de fls. 381, com a confecção dos mandados de intimação e cartas 
precatórias para a intimação das partes para a audiência de instrução e julgamento, 
sendo que para o Requerido – ora Recorrente, foi determinada a intimação através de 
Carta Precatória (fls. 383/384) enviada para o endereço Rua Leopoldo Couto de 
Magalhães Junior, nº 110, Cj. 73, Itaim Bibi, São Paulo – SP, CEP: 04542-000. 
 
As fls. 386, foi carreado Mandado de Intimação, 
sendo que para a intimação do requerido Erivelto Rodrigues – ora Recorrente, em seu 
antigo endereço, qual seja, Alameda Rouxinol, nº 10, Morada dos Pássaros, Barueri – 
SP, CEP: 06428-010. 
 
Com base no Mandado de Intimação para endereço 
errôneo (antigo domicilio do requerido Erivelto Rodrigues), foi proferida Certidão de 
Mandado Cumprido Negativo, conforme se extrai das fls. 515 dos autos. 
 
Já às fls. 524/525 (27.01.2020), o Douto Julgador “a 
quo” intimou as partes para se manifestarem sobre as certidões negativas do Oficial 
de Justiça (fls. 515/516) – Certidão de Mandado de Intimação Negativo pela mudança 
de endereço do requerido Erivelto – ora Recorrente. 
 
Em sua manifestação de fls. 526/527, o próprio 
autor constatou a ausência de intimação pessoal do corréu Erivelto para o 
comparecimento na audiência de instrução e julgamento designada, requerendo 
a intimação do requerido em um dos domicílios deste, o que não ocorreu. 
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Desta forma, sem nenhuma manifestação do MM. 
Juízo “a quo” acerca da ausência de intimação válida do requerido, adveio a 
audiência designada para 06.02.2020, com a confecção da decisão agravada às fls. 
533/534. 
 
Assim, sendo decretada revelia do recorrente, sem 
que tenha sido intimado no domicílio indicado junto da procuração (fls. 90), sito na 
Alameda Franca, nº 238, Residencial Tamboré, na cidade e comarca de Barueri – SP, 
CEP: 06458-220, ou ainda daquele endereço que o próprio autor indicou às fls. 
526/527 – sito na Rua Leopoldo Couto Magalhães Junior, nº 110, Cj. 73, Itaim Bibi, 
São Paulo – SP, CEP: 04542-000. 
 
De referida decisão o recorrente interpôs recurso de 
agravo de instrumento, o qual restou não conhecido, por entender que a matéria 
revolvida não esta elencada no rol do artigo 1015 do Código de Processo Civil, dessa 
decisão o recorrente opôs embargos de declaração, sendo os embargos recebidos, 
pois tempestivos e no mérito foi rejeitado, mantendo incólume o v. acórdão. 
 
Intimada a recorrente interpõe o presente Recurso 
Especial, certo de que este Colendo Superior Tribunal de Justiça deve, “data maxima 
venia” reformar o v. acórdão atacado, vez que: 
 
a) Está em afronta ao disposto no Código de Processo Civil, na medida em 
que negou vigencia aos seus artigos 1015, 274, paragrafo unico e artigo 513 
paragrafo segundo inciso II. 
 
PRELIMINARMENTE 
 
DO MÉRITO – RAZÕES DA REFORMA DO VENERANDO ACORDÃO 
a) DA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 1015, DO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL A A INTERPRETAÇÃO DIVERGENTE DA QUE ATRIBUI 
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
 Estabelece o artigo 1015 do Código de Processo 
Civil que: 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
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I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do 
pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos 
embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra 
decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença 
ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no 
processode inventário 
 
 De acordo com o artigo 1.015 do CPC, o agravo 
de instrumento cabe contra decisões interlocutórias que tratem de 12 situações 
específicas. 
 
 Em novembro de 2017, a 4ª Turma do STJ decidiu 
que a lista do dispositivo deve ser ampliada em algumas situações. Naquele caso 
concreto, a decisão foi de autorizar o agravo de instrumento contra alegações de 
incompetência, o que não está previsto no artigo 1.015. 
 
 Em agosto de 2018, a ministra Nancy votou em 
sentido semelhante. Para ela, o dispositivo do CPC deve ter a "taxatividade mitigada". 
Ou seja, o agravo de instrumento deve ser admitido quando for apresentado para 
discutir questões urgentes e de difícil reparação, caso não sejam apreciadas no 
momento em que questionadas. 
 
EMENTA 
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. NATUREZA JURÍDICA DO ROL DO 
ART. 1.015 DO CPC/2015. IMPUGNAÇÃO IMEDIATA DE 
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS NÃO PREVISTAS NOS INCISOS 
DO REFERIDO DISPOSITIVO LEGAL. POSSIBILIDADE. 
TAXATIVIDADE MITIGADA. EXCEPCIONALIDADE DA 
IMPUGNAÇÃO FORA DAS HIPÓTESES PREVISTAS EM LEI. 
REQUISITOS. 
1- O propósito do presente recurso especial, processado e julgado 
sob o rito dos recursos repetitivos, é definir a natureza jurídica do rol 
do art. 1.015 do CPC/15 e verificar a possibilidade de sua 
interpretação extensiva, analógica ou exemplificativa, a fim de admitir 
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a interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória 
que verse sobre hipóteses não expressamente previstas nos incisos 
do referido dispositivo legal. 
2- Ao restringir a recorribilidade das decisões interlocutórias 
proferidas na fase de conhecimento do procedimento comum e dos 
procedimentos especiais, exceção feita ao inventário, pretendeu o 
legislador salvaguardar apenas as “situações que, realmente, não 
podem aguardar rediscussão futura em eventual recurso de 
apelação”. 
3- A enunciação, em rol pretensamente exaustivo, das hipóteses em 
que o agravo de instrumento seria cabível revela-se, na esteira da 
majoritária doutrina e jurisprudência, insuficiente e em 
desconformidade com as normas fundamentais do processo civil, na 
medida em que sobrevivem questões urgentes fora da lista do art. 
1.015 do CPC e que tornam inviável a interpretação de que o referido 
rol seria absolutamente taxativo e que deveria ser lido de modo 
restritivo. 
4- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria taxativo, mas 
admitiria interpretações extensivas ou analógicas, mostra-se 
igualmente ineficaz para a conferir ao referido dispositivo uma 
interpretação em sintonia com as normas fundamentais do processo 
civil, seja porque ainda remanescerão hipóteses em que não será 
possível extrair o cabimento do agravo das situações enunciadas no 
rol, seja porque o uso da interpretação extensiva ou da analogia 
pode desnaturar a essência de institutos jurídicos ontologicamente 
distintos. 
5- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria meramente 
exemplificativo, por sua vez, resultaria na repristinação do regime 
recursal das interlocutórias que vigorava no CPC/73 e que fora 
conscientemente modificado pelo legislador do novo CPC, de modo 
que estaria o Poder Judiciário, nessa hipótese, substituindo a 
atividade e a vontade expressamente externada pelo Poder 
Legislativo. 
6- Assim, nos termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015, fixa-se 
a seguinte tese jurídica: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade 
mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento 
quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento 
da questão no recurso de apelação. 
7- Embora não haja risco de as partes que confiaram na absoluta 
taxatividade com interpretação restritiva serem surpreendidas pela 
tese jurídica firmada neste recurso especial repetitivo, eis que 
somente se cogitará de preclusão nas hipóteses em que o recurso 
eventualmente interposto pela parte tenha sido admitido pelo 
Tribunal, estabelece-se neste ato um regime de transição que 
modula os efeitos da presente decisão, a fim de que a tese jurídica 
somente seja aplicável às decisões interlocutórias proferidas após a 
publicação do presente acórdão. 
8- Na hipótese, dá-se provimento em parte ao recurso especial para 
determinar ao TJ/MT que, observados os demais pressupostos de 
admissibilidade, conheça e dê regular prosseguimento ao agravo de 
instrumento no que tange à competência. 
9- Recurso especial conhecido e provido. 
RESP 1.704.520- MT 
RELATORA MINISTRA NANCY ANDRIGHI 
 
 
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 A doutrina tem sustentado que o rol do artigo 1015 
não é taxativo. 
 
 Finalmente, outra parte da doutrina defende que 
não há que se falar em rol taxativo combinado com interpretação restritiva, nem 
tampouco em rol taxativo combinado com interpretação extensiva ou analógica, mas, 
sim, em um rol puramente exemplificativo, de modo que, em determinadas situações, 
a recorribilidade da interlocutória deve ser imediata, ainda que a matéria não conste 
expressamente do rol ou que não seja possível dele extrair a questão por meio de 
interpretação extensiva ou analógica. 
 
 Nesse sentido, sustenta William Santos Ferreira 
que a recorribilidade imediata das decisões interlocutórias deve ser examinada sob a 
ótica da existência de interesse recursal e da eventual inutilidade futura da 
impugnação diferida por meio de apelação em determinadas situações. Diz ele: 
 
 O interesse recursal é representação da utilidade + necessidade, 
em que, na lição de Barbosa Moreira, “o recorrente possa esperar, 
da interposição do recurso, a consecução de um resultado a que 
corresponda situação mais vantajosa, do ponto de vista prático, do 
que a emergente da decisão recorrida” (utilidade) e ainda “que seja 
necessário usar o recurso para alcançar tal vantagem” (necessário). 
 O processualista ainda destaca que na utilidade para sua 
compreensão deve se empregar uma ótica prospectiva e não 
retrospectiva “a ênfase incidirá mais sobre o que possível ao 
recorrente esperar que se decida, no novo julgamento, do que sobre 
o teor daquilo que se decidiu, no julgamento impugnado... daí 
preferirmos aludir à utilidade, como outros aludem, como fórmula 
afim, ao proveito e ao benefício que a futura decisão seja capaz de 
proporcionar ao recorrente”. 
 (...) No sistema processual civil brasileiro, do CPC/2015, optou-
se pela recorribilidade integral das interlocutórias, somente variando 
o recurso, agravo de instrumento ou, residualmente,apelação. 
 Logo, algo que não pode ser esquecido é que para todo recurso 
impõe-se interesse recursal, sendo este não apenas um requisito do 
recurso sem o qual não é admissível, mas também é um direito do 
recorrente em relação ao Estado, uma vez identificada recorribilidade 
em lei, deve ser assegurada a utilidade do julgamento do recurso, 
inclusive em estrita observância do inc. XXXV do art. 5º, da CF/1988. 
 Se não há identificação literal das hipóteses legalmente previstas 
para agravo de instrumento, em primeiro momento, se defenderia a 
apelação, contudo se o seu julgamento futuro será inútil por 
impossibilidade de resultado prático pleno (ex. dano irreparável ou de 
difícil reparação), como no caso de uma perícia inadmitida, em que o 
prédio que seria objeto da perícia diante de uma desapropriação será 
rapidamente demolido, desaparecendo a utilidade de julgamento 
futuro da apelação, não é possível defender-se o cabimento da 
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apelação, porque a lei não pode prever recurso inútil, logo é caso de 
cabimento do agravo de instrumento. 
 Em outras palavras, há uma taxatividade fraca, decorrente da 
própria definição de recorribilidade geral das interlocutórias, mas 
ainda taxatividade, porque o recorrente tem o ônus de demonstrar 
que é necessário o agravo de instrumento em razão da inutilidade de 
interposição e julgamento futuros de apelação. (FERREIRA, William 
Santos. Cabimento do agravo de instrumento e a ótica prospectiva 
da utilidade – O direito ao interesse na recorribilidade de decisões 
interlocutórias in Revista de Processo nº 263, São Paulo: RT, jan. 
2017, p. 193/203). 
 
 Na mesma linha de raciocínio, leciona José 
Rogério Cruz e Tucci que há situações que, a despeito de não catalogadas no rol do 
art. 1.015 do CPC/15, necessitam obrigatoriamente ser examinadas de imediato, 
especialmente as questões de ordem pública, as nulidades absolutas e aquelas que 
conduzem à extinção do processo, sob pena de ofensa ao princípio da razoável 
duração do processo e ao devido processo legal. (TUCCI, José Rogério Cruz e. 
Ampliação do cabimento do recurso de agravo de instrumento in Portal Consultor 
Jurídico, 18/07/2017. Acesso realizado em 07/06/2018). 
 
 Ademais, Gabriel Araújo Gonzalez, em recente 
monografia, leciona que a mens legis subjacente à adoção de um rol fechado de 
cabimento do recurso de agravo está vinculada ao fato de que vislumbrou o legislador 
certas situações em que a apelação foi reconhecida como um recurso inapto para 
adequadamente tutelar o direito violado, mas que, a despeito disso, a enunciação de 
hipóteses no art. 1.015 do CPC/15 contrariou essa mesma premissa fundamental ao 
deixar de fora outras tantas situações em que a recorribilidade diferida seria 
igualmente inapta para tutelar adequadamente esse direito (GONZALEZ, Gabriel 
Araújo. A recorribilidade das decisões interlocutórias no Código de Processo Civil de 
2015. Salvador: Juspodivm, 2016. p. 364/375). 
 
 Em síntese, são essas as conflitantes posições 
doutrinárias e aparentemente indissolúveis divergências jurisprudenciais que se 
pretende pacificar a partir do presente recurso e que serão mais bem discutidas 
adiante, tendo como base o estudo da vasta doutrina que se propôs a examinar o 
tema e dos julgados proferidos acerca do assunto, e que permitem, desde logo, extrair 
algumas conclusões preliminares: 
 
(i) A controvérsia limita-se, essencialmente, à recorribilidade das 
interlocutórias na fase de conhecimento do procedimento comum e 
dos procedimentos especiais, exceto o processo de inventário, em 
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virtude do que dispõe o art. 1.015, parágrafo único, do CPC, que 
prevê ampla recorribilidade das interlocutórias na fase de liquidação 
ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no 
processo de inventário. 
(ii) A majoritária doutrina se posicionou no sentido de que o legislador 
foi infeliz ao adotar um rol pretensamente exaustivo das hipóteses de 
cabimento do recurso de agravo de instrumento na fase de 
conhecimento do procedimento comum, retornando, ao menos em 
parte, ao criticado modelo recursal do CPC/39. 
(iii) O rol do art. 1.015 do CPC, como aprovado e em vigor, é 
insuficiente, pois deixa de abarcar uma série de questões urgentes e 
que demandariam reexame imediato pelo Tribunal. 
(iv) Deve haver uma via processual sempre aberta para que tais 
questões sejam desde logo reexaminadas quando a sua apreciação 
diferida puder causar prejuízo às partes decorrente da inutilidade 
futura da impugnação apenas no recurso de apelação. 
(v) O mandado de segurança, tão frequentemente utilizado na 
vigência do CPC/39 como sucedâneo recursal e que foi 
paulatinamente reduzido pelo CPC/73, não é o meio processual mais 
adequado para que se provoque o reexame da questão ventilada em 
decisão interlocutória pelo Tribunal. 
(vi) Qualquer que seja a interpretação a ser dada por esta Corte, 
haverá benefícios e prejuízos, aspectos positivos e negativos, 
tratando-se de uma verdadeira “escolha de Sofia”. 
(vii) Se, porventura, o posicionamento desta Corte se firmar no 
sentido de que também é cabível o agravo de instrumento fora das 
hipóteses listadas no art. 1.015 do CPC, será preciso promover a 
modulação dos efeitos da presente decisão ou estabelecer uma 
regra de transição, a fim de proteger às partes que, confiando na 
absoluta taxatividade do rol e na interpretação restritiva das 
hipóteses de cabimento do agravo, deixaram de impugnar decisões 
interlocutórias não compreendidas no art. 1.015 do CPC. 
 
 
 No caso em tela foi interposto o recurso de agravo de 
instrumento diante da decisão da MM Juíza de Primeiro Grau que decretou a revelia 
do réu, não intimado pessoalmente para a audiência, sob a alegação que o mesmo 
mudou e não informou seu endereço, porém o endereço comercial, e o endereço novo 
já haviam sido acostados dos autos e era de conhecimento do MM Juízo quanto da 
intimação. 
 
 Não é possível admitir que as partes devem aguardar um 
julgamento e todos os seus efeitos para poder alegar a nulidade que antecipadamente 
se vislumbra. 
 
 Diante do exposto, demonstrada a controvérsia da 
matéria e a “taxatividade mitigada" demonstrada no artigo 1015 do Código de 
Processo Civil, patente esta o conhecimento do Agravo de instrumento que deve ser 
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admitido quando for apresentado para discutir questões urgentes e de difícil 
reparação, caso não sejam apreciadas no momento em que questionadas. 
 
b) DA VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO ARTIGO 274, PARAGRAFO 
ÚNICO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
 
 Estabelece o artigo 274 do Código de Processo 
Civil que: 
 
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão 
feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e 
aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em 
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria 
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao 
endereço constante dos autos, ainda que não recebidas 
pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou 
definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os 
prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da 
correspondência no primitivo endereço. 
 
A R. Decisão do E. Tribunal de Justiça de São 
Paulo, ao acatar a decisão de primeira instancia negou vigência ao disposto no 
referido dispositivo. 
 
Consta do V. Acórdão que: 
 
 O recorrente fora citado em seu endereço comercial, em abril de 
2019, na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior nº 110, conjunto 
73 (fls. 68 dos autos originários), nesta Capital. 
Ao contestar a ação, em 17 de maio de 2019, o recorrente informou 
residir na Alameda Rouxinol nº 10, Morada dos Pássaros, Aldeia da 
Serra, Barueri (fls. 80/88). Ato contínuo, juntou aos autos instrumento 
de procuração, também datado de 17 de maio de 2019, no qual 
declarou ser domiciliado na Avenida Franca nº 238, Tamboré, 
Barueri (fls. 90). 
 A decisão saneadora de fls. 360/361 designou audiência de 
instrução, debates e julgamento a realizar-se no dia 06 de fevereiro 
de 2020, com determinação de intimação pessoal do recorrente para 
comparecimento ao ato. 
 Ciente da data designada (fls. 362), o advogado do recorrente 
peticionou nos autos (fls. 373/376), ocasião em que apresentou os 
quesitos periciais e se comprometeu a “levar testemunha à 
audiência, independentemente de intimação” (fls. 376). 
 O mandado de intimação remetido ao endereço declinado pelo 
recorrente em sua peça defensiva (Alameda Rouxinol nº 10, Morada 
dos Pássaros, Aldeia da Serra, Barueri), retornou negativo, com a 
informação de que “ERIVELTO RODRIGUES mudou-se, sendo 
desconhecido seu endereço atual” (fls. 515). 
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Importante frisar que o endereço da contestação ao 
era seu único endereço, tanto é que a citação se deu na Rua Leopoldo Couto de 
Magalhães. 
 
A decisão proferida pelo MM Juízo “a quo” é nula 
de pleno direito. 
 
O recorrente informou ao MM Juízo tacitamente 
quando anexou procuração com outro endereço digo: “ALAMEDA FRANCA”. 
 
A presença do advogado em audiência não exclui a 
dever de intimação pessoal da parte para o depoimento pessoal. 
 
Verifica-se dos autos que o recorrente às fls. 80/88 
apresentou contestação, e posteriormente (fls. 89/90) juntou aos autos procuração 
com seu novo domicílio, qual seja, Avenida Franca, nº 238, Residencial Tamboré, na 
cidade de Barueri, CEP: 06458-220, conforme se extrai do documento de fls. 90. 
 
Destarte que as fls. 91 dos autos principais, ato 
posterior a apresentação da defesa e da petição de juntada da procuração com novo 
endereço do Embargante Erivelto, o MM. Juiz “a quo” designou a remessa dos autos 
ao CEJUSC para designação de audiência de conciliação e mediação, e consequente 
intimação dos requeridos, via imprensa. 
 
Ocorre que posteriormente, às fls. 360/361, foi 
saneado o feito, com a designação de audiência de instrução, debates e julgamento 
para o dia 06.02.2020, às 14h00min horas. 
 
Ato contínuo, Doutos Julgadores, foi realizado ato 
ordinatório de fls. 381, com a confecção dos mandados de intimação e cartas 
precatórias para a intimação das partes para a audiência de instrução e julgamento, 
sendo que para o Embargante, foi determinada a intimação através de Carta 
Precatória (fls. 383/384) para o endereço Rua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, 
nº 110, Cj. 73, Itaim Bibi, São Paulo – SP, CEP: 04542-000, através de Oficial de 
Justiça. 
 
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fls. 624
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Assim, se analisarmos o Mandado de Intimação 
carreado às fls. 386, temos que expedido o competente mandado para a intimação do 
Embargante, em seu antigo endereço, qual seja, Alameda Rouxinol, nº 10, Morada 
dos Pássaros, Barueri – SP, CEP: 06428-010. 
 
Dessa forma, com base no Mandado de Intimação 
para endereço errôneo (antigo domicilio do embargante), foi proferida Certidão de 
Mandado Cumprido Negativo, conforme se extrai das fls. 515 dos autos: 
 
Já às fls. 524/525 (27.01.2020), o Douto Julgador “a 
quo” intimou as partes para se manifestarem sobre as certidões negativas do Oficial 
de Justiça (fls. 515/516). 
 
Ocorre que o próprio autor Recorrido constatou, 
em sua manifestação de fls. 526/527, a ausência de intimação pessoal do corréu 
Erivelto para o comparecimento na audiência de instrução e julgamento 
designada, requerendo a intimação do requerido em um dos domicílios deste, o que 
não ocorreu. 
 
Sendo assim, em que pese o entendimento 
contrário, melhor razão não há, senão, a nulidade de todos os atos processuais 
praticados na presente demanda, devolvendo-se todos os eventuais prazos 
processuais, incluindo-se a própria decisão constante do Termo de Audiência carreado 
às fls. 533/534. 
 
Desta feita, imperioso se faz o reconhecimento da 
negativa da prestação jurisdicional diante da conduta omissiva do MM. Juiz “a quo”, 
que expediu Carta de Intimação para endereço diverso do constante da procuração de 
fls. 90, ou ainda, diverso daquele indicado pela parte autora às fls. 526/527, tornando 
de rigor seja reconhecida a nulidade de todos os atos praticados, especialmente a 
decretação da revelia do Embargante Erivelto Rodrigues. 
 
NobresJulgadores, a nulidade por falta de 
intimação do embargante é clara, vez que não foi intimado para comparecimento 
pessoal na audiência de instrução e julgamento designada para 06.02.2020, devendo, 
pois, ser imediatamente anulada, vez que conforme comprovado, não houve a 
intimação pessoal do embargante, o que gera grave cerceamento do direito de 
defesa e do devido processo legal pela nulidade absoluta, que prejudicou de forma 
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demasiada o embargante, seja pelo FLAGRANTE CERCEAMENTO DO DIREITO DE 
DEFESA, CAUSANDO A NULIDADE ABSOLUTA DE TODOS OS AUTOS 
PROCESSUAIS PRATICADOS, ou ainda, PELA DECRETAÇÃO DA REVELIA o que 
se requer. 
 
Certo é que, com a falta de intimação do recorrente 
para comparecimento pessoal na audiência de instrução e julgamento, teve este muito 
prejuízo, não podendo sequer fazer suas declarações quanto ao objeto da presente 
demanda, incluindo possíveis manifestações, questionamentos e impugnações das 
questões apresentadas em audiência. 
 
Eminentes Julgadores, como dito alhures, 
comprovadamente o embargante não foi intimado pessoalmente para comparecer à 
audiência de instrução e julgamento designada, o que ocasionou grave cerceamento 
do direito à ampla defesa e ao contraditório, que deve ser tutelado. 
 
Sabe-se que em atenção à Súmula 134 do C. STJ, 
importante se faz esclarecermos a diferença entre citação e intimação, ou seja, 
citação - é o ato pelo qual se transmite ao demandado a ciência da propositura da 
demanda, tornando-o parte no processo - e intimação – é um ato de informação 
para agir, ou seja, uma notícia dada à parte para que tome alguma providência no 
processo, in casu, comparecer pessoalmente a audiência de instrução e 
julgamento. 
 
Destarte que a citação contém, via de regra, uma 
intimação, na medida em que abre ao citado prazo para praticar determinado ato 
processual (contestar, por exemplo). Entretanto, a citação ocorre apenas uma vez, no 
início do processo, enquanto a intimação é ato reiterado até o término do feito, 
tendo como principal papel informar a parte sobre conduta a ser tomada na demanda. 
 
Tais esclarecimentos servem para elucidar que em 
momento algum o Embargante foi intimado para tomar ciência dos atos processuais 
praticados pelo MM. Juízo, levando ao imenso prejuízo causado aos peticionantes. 
 
Ora, Excelências, se o próprio MM. Juízo “a quo” 
determinou a intimação do requerido para o comparecimento pessoal para sua oitiva, 
e, tendo o competente mandado de intimação sido expedido para endereço distinto do 
domicílio do embargante, conforme constatado pela parte autora (fls. 526/527), 
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portanto, não tendo o embargante sido intimado pessoalmente para comparecimento 
em audiência e mesmo assim o MM. juiz “a quo“ decretou a sua revelia, data vênia, 
resta flagrante a violação ao devido processo legal, contraditório e a ampla defesa. 
 
Assim, há toda evidência de que o MM. Juízo “a 
quo”, deixou de observar que o embargante não havia sido intimado para o 
comparecimento pessoal à audiência de instrução e julgamento, não podendo o 
comparecimento do causídico na audiência suprir a irregularidade absoluta, porquanto 
não foi intimado para prestar depoimento pessoal na audiência de instrução e 
julgamento designada, tornando a anulação da decretação da revelia do embargante. 
 
Ora, não poderia o Douto Magistrado “a quo” ter 
reconhecido os efeitos da revelia sem antes proceder à intimação pessoal da parte em 
seu domicílio correto, portanto, não alterando o entendimento de que a parte não pode 
ter o seu direito de defesa constrangido por erro exclusivo do Poder Judiciário, 
especialmente quando a nulidade é insanável, como no caso dos autos, onde o 
embargante não foi intimado pessoalmente para comparecer e prestar depoimento na 
audiência de instrução e julgamento designada. 
 
Assim, em casos como o presente, a Jurisprudência 
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem recomendado que antes que se 
reconheçam os efeitos da revelia, o Julgador proceda a intimação pessoal da parte. 
 
 
 
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Ademais, Eminentes Julgadores, nos termos do 
artigo 274, parágrafo único do CPC, somente presume-se válida a intimação dirigida 
ao endereço fornecido nos autos, se inexistir atualização do endereço declarado, o 
que, data venia, não é o caso dos autos, vez que o requerido apresentou a atualização 
de seu endereço (procuração de fls. 90), bem como o próprio autor confirmou a 
ausência de intimação da parte requerida (fls. 526/527). 
 
Dessa forma, necessária a intimação do requerido 
por carta com aviso de recebimento, nos termos do artigo 513, §2º, II, do CPC, vez 
que foi expedido Mandado de Intimação para endereço diverso daquele em que o 
recorrente havia sido citado para tomar ciência do processo, e igualmente diverso 
daquele indicado às fls. 90 (procuração), restando configurada a nulidade de 
intimação, devendo, pois, ser anulada a R. decisão proferida nos Termos de 
Audiência (fls. 533/534) ora agravada, com a consequente restituição com o retorno 
dos autos à origem, para que retome a marcha processual com a consequente 
intimação pessoal do requerido Erivelto Rodrigues em seu domicílio. 
 
Como dito, o então embargante Erivelto Rodrigues 
foi citado dos termos do processo no endereço da Rua Leopoldo Couto de Magalhães 
Junior, nº 110, Cj. 73, Itaim Bibi, São Paulo – SP, CEP: 04542-000, conforme juntada 
do Aviso de Recebimento (fls. 68), endereço que o requerido reconhece como um de 
seus domicílios (comercial). 
 
Já às fls. 90, o requerido apresentou novo domicílio 
(residencial), sito a Alameda Franca, nº 238, Residencial Tamboré, cidade e comarca 
de Barueri – SP, CEP: 06458-220,endereço que o embargante reconhece como um 
de seus domicílios. 
 
Ocorre que, no requerimento de intimação pessoal 
do embargante para comparecer e prestar depoimento na audiência de instrução e 
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julgamento designada, a ilustre serventia forneceu endereço distinto daquele em que o 
requerido havia sido citado para apresentar defesa. 
 
E foi para o antigo endereço do embargante que o 
Sr. Oficial de Justiça dirigiu-se, qual seja, Alameda Rouxinol, nº 10, Morada dos 
Pássaros, Barueri – SP, CEP: 06428-010, in verbis: 
 
 
Com base no Mandado de Intimação para endereço 
errôneo (antigo domicilio do embargante Erivelto Rodrigues), foi proferida Certidão de 
Mandado Cumprido Negativo, conforme se extrai das fls. 515 dos autos. 
 
Desta forma, com todas as vênias possíveis, nos 
termos do artigo 274, parágrafo único do CPC, é válida a citação ou intimação, quando 
enviada ao endereço constante dos autos, não tendo o citando comunicado a sua 
mudança. 
Contudo, a situação dos autos é distinta: a carta 
precatória não foi confeccionada e cumprida pelo Oficial de Justiça para o endereço 
até então constante dos autos, e no qual o executado tinha sido citado na fase de 
conhecimento, mas para outro endereço, tendo sido devolvida por terceiros, que 
informaram ao Oficial de Justiça a mudança de endereço do requerido, já constante 
dos autos ás fls. 90. 
 
Ademais, convém salientar que a Constituição 
Federal, em seu artigo 5°, inciso LIV prescreve que: “LIV – Ninguém será privado da 
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. 
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Conforme se verifica nos autos, data vênia, não 
houve intimação ou notificação ao peticionante para comparecer e prestar depoimento 
na audiência designada, e mesmo assim teve decretada a sua revelia, sendo tal 
medida um verdadeiro ato abusivo e contrário aos princípios do devido processo legal. 
 
Desta forma, o peticionante não pode ser compelido 
em razão de qualquer decisão que não respeitou o devido processo legal que 
compreende o contraditório e a ampla defesa. 
 
Nessas circunstâncias, nada resta senão 
reconhecer a nulidade da intimação do requerido, com o consequente retorno dos 
autos a origem, para que seja redesignada audiência para instrução e julgamento e 
consequente oitiva do embargante, o que se requer. 
 
Assim, data máxima vênia, se digne em reconhecer a 
nulidade de intimação do recorrente, afastando a revelia decretada pelo MM Juizo de 
primeiro grau, determinando o refazimento do ato, conforme fundamentação supra, no qual 
estará sendo feita a mais lidima Justiça. 
 
DO REQUERIMENTO 
 
 Por todo o exposto, tratando-se de materia de 
direito requer seja CONHECIDO E PROVIDO O PRESENTE RECURSO ESPECIAL 
reconhecendo a violação da lei federal nos artigos 1015 e 274 paragrafo único do 
Código de Processo Civil, e da interpretação divergente daquela atribuida pelo C. 
Superior Tribunal de Justiça no que tange a taxatividade mitigada do artigo 1015 do 
Código de Processo Civil, reformando com isso integralmente o V. Acórdão recorrido, 
para o fim de seja reconhecida a nulidade da decisão de decretou a revelia do 
recorrente, e ainda determine o refazimento do ato, designando dia e hora para a 
oitiva do recorrente, nos termos da fundamentação retro, fazendo-se assim, será 
aplicado o melhor direito e consequentemente teremos a mais inarredável e salutar 
JUSTIÇA. 
 
Requer-se, por fim, que as intimações pela 
imprensa oficial conste, necessariamente, por parte da RECORRENTE, o nome do 
patrono VALTER RAIMUNDO DA COSTA JUNIOR, OAB/SP 108.337, sob pena de 
nulidade, prodecendo-se as anotações de praxe na contracapa dos autos. 
São Paulo, 09 de julho de 2020. 
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