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Fisioterapia Esportiva - lesões no esporte

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Lesões agudas traumáticas 
Dor muscular tardia: ocorre principalmente após execução de 
padrão de movimento diferente daquilo que o corpo está acostumado. 
Consiste em desconforto ou dor na musculatura após algumas horas da 
prática de atividade física. A dor comumente surge oito horas após o 
exercício, aumenta de intensidade nas primeiras 24 horas e tem seu 
pico entre as 24 e 72 horas. Após isso, a dor diminui até desaparecer, o 
que ocorre com cinco a sete dias após o exercício. 
 ➥ A musculatura afetada frequentemente apresenta rigidez, 
sensibilidade ao toque, reduzida capacidade de gerar força e diminuição 
da amplitude de movimento. 
As teorias para explicar a DMT são:
Estresse mecânico: dano físico causado pelo aumento da tensão 
na musculatura; 
I.
Estresse metabólico: acúmulo de produtos metabólicos tóxicos 
decorrente do metabolismo elevado;
II.
Dano estrutural aos tecidos: aumento da temperatura muscular e 
controle neuromuscular alterado - espasmos (que causariam dor). 
III.
A intensidade da atividade física é mais importante que a duração, e a 
contração excêntrica é o padrão de ação muscular que gera maior dano 
a musculatura. 
O tratamento ocorre por meio de anti-inflamatórios, analgésicos, 
orientações no treino, recovery e espera.
▫
Ruptura do manguito 
 rotador: Ocorre por movimentos repetitivos e degeneração. 
comumente causa dor (noturna), fraqueza (perda progressiva da força) 
e limitação da amplitude de movimentos (atrofia progressiva dos músculos 
do manguito rotador). Os sintomas aumentam em atividades onde a mão é 
posicionada acima da cabeça. 
 ➥ O tratamento é definido a partir de dois aspectos, quais sintomas 
atuais e o risco de progressão da laceração. O tto conservador se dá por 
repouso, reabilitação, controle dos sintomas e uso dos AINE. São 
realizados exercícios de amplitude de movimento e fortalecimento desde 
que não cause desconforto. O tto cirúrgico envolve o reparo do tendão 
por meio de cirurgia aberta ou artroscópica. 
Ruptura do tendão do bíceps 
 (proximal): comumente ocorre em atividades físicas rigorosas 
ou repetitivas e pode ser de causa traumática ou inflamatória. Ocorre 
diminuição importante da flexão e supinação do cotovelo, acumulação do 
músculo no local (sinal de Popeye), edema local, dor e hematoma 
importante. 
 ➥ Ocorre em esportes de levantamento de peso, arremesso ou 
esportes de contato. O tto conservador e cirúrgico geralmente 
produzem os mesmos resultados. Lesão grave. 
Ruptura do tendão do bíceps 
 (distal): mesmo mecanismo da lesão proximal. As 
manifestações clínicas também se assemelham, diferenciando apenas a 
diminuição da amplitude de movimentos em flexão e extensão apenas 
com o antebraço estendido. Também possui sinal de Popeye e melhor 
prognóstico. O tto pode ser conservador (órtese, crioterapia) ou 
cirúrgico. 
Síndrome compartimental: "elevada pressão dentro do 
compartimento (músculos, nervos e vasos sanguíneos, recobertos 
pela fáscia inflexível) que compromete a circulação capilar das 
estruturas". Pode ser crônica (aumento da pressão durante o 
exercício físico e melhora no repouso) ou aguda (mais grave, se não 
houver descompressão pode ocorrer isquemia e necrose local). 
Atletas que realizam flexão e extensão de maneira recorrente estão 
mais susceptíveis a síndrome. 
 
Causas da lesão 
Aguda: Traumatismo ou laceração de um músculo seguido de 
hemorragia ou inchaço, ou, crônica: crescimento rápido do músculo 
antes que a fáscia possa se expandir (anabolizantes). 
É comum observar, dor desproporcional a lesão e à mobilização 
passiva , parestesia, edema, déficits sensorial e motor, e se não 
tratar, necrose. Obtém-se o diagnóstico por meio da aferição da 
pressão intramuscular e RM, com tratamento cirúrgico (fasciotomia). 
 OBS: o paciente pode não sentir dor em casos de lesão de 
nervo, uso de narcóticos, anestésicos, analgésicos e pacientes 
inconscientes. 
Contusão: ocorre em qualquer esporte. O mecanismo de lesão 
mais comum é o trauma direto. Ocorre compressão do tecido mole 
que resulta em sangramento nos tecidos circundantes, gerando a 
equimose. Os sintomas são dor local, edema, hematomas, espasmo ou 
não. 
 ➥ Comumente o tratamento é conservador (repouso, anti-
inflamatórios, crioterapia, alongamento com flexibilidade articular e 
recuperação da força muscular; A cirurgia só ocorre em casos de 
compressões nervosas ou síndrome compartimental.
Contratura: Ocorre após contração muscular (músculo não volta 
ao seu estado/tamanho fisiológico - câimbra). Paciente sofre com 
dor, normalmente 24h após o exercício e o tto é conservador. 
Estiramento muscular e 
 distensão: lesões iguais, mas com intensidades diferentes. 
Quando ocorre no ventre muscular, denomina-se estiramento 
muscular; quando ocorre na região miotendinea, denomina-se 
distensão (mais grave com recuperação mais lenta). 
 ➥ Ocorre alongamento maior que o nível fisiológico e o músculo 
não volta ao seu estado fisiológico (esportes onde há movimento 
contra a resistência ou movimentos rápidos, ex.: futebol). O paciente 
sente dor e percebe edema e em alguns casos, edema. O diagnóstico 
é realizado através de exames por imagem. 
Fratura de colles: lesão ocorre por meio do impacto do corpo 
com o chão com a mão espalmada (reflexo de proteção). Fratura do 
rádio distal. O quadro clínico se dá por intensa dor, limitação da 
amplitude de movimento do punho e dedos, edema, e dificuldade em 
realizar pronação e supinação. Tto conservador (síndrome da 
imobilidade) ou cirúrgico (Osteossintese)
Lesões dos membros superiores nas 
 Página 1 de Fisioterapia Esportiva 
Lesões crônicas atraumáticas 
Síndrome do impacto: Causada por atividades repetitivas 
realizada acima da cabeça ou por esportes de arremesso que poça 
lesionar o lábio glenoidal, cabeça longa do bíceps ou bolsa 
subacromial. Ocorre um estreitamento entre o manguito rotador e 
o acrômio, levando ao impacto. 
 ➥ A lesão está presente em esportes como, tênis, natação, 
golfe e levantamento de peso, ainda, beisebol. O paciente encontra-
se com dor ao rotacionar ou sob pressão e dificuldade de elevar o 
braço. Ainda rubor, calor, edema e rigidez. Tto pode ser 
conservador para controle dos sintomas (repouso, crioterapia e 
anti-inflamatório) e cirúrgico com reparo tendineo (nesses casos, 
após cicatrização o intuito é a restauração de força, amplitude de 
movimento). 
Síndrome do Pronador 
 redondo: aprisionamento do nervo mediano no músculo 
pronador redondo. Por edema, fraturas, luxações, massa tumorais 
ou hipertrofia do músculo pronador. Os sintomas (déficits sensitivos 
e motores (força) no lado flexor do antebraço, dormência, 
parestesia, sensações de alfinetadas/agulhadas no polegar, 
indicador, dedo médio e metade do dedo anular. Além de dor no 
antebraço e diminuição da força do flexor e abdutor do polegar) 
tornam-se mais intensos pela preensão palmar e pronação resistida 
do antebraço. 
 ➥ Esportes que que envolvem supinação e pronação de forma 
repetitiva, tais como, lançamento, remo (canoagem), musculação e 
tênis, podem gerar o acometimento dessa síndrome. O tto pode ser 
conservador (repouso, anti-inflamatórios, mudança nas AVD's) ou 
cirúrgico (descompressão)
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): Trata-se de 
uma degeneração que compromete os tendões extensores do 
antebraço. Causada por microtraumas repetitivos com esforço 
repetitivo dos músculos extensores (extensor radial curto do carpo, 
extensor comum dos dedos, pronador redondo, flexor radial do 
corpo e tríceps). Comum em atividades que envolve extensão 
repetitiva do punho, supinação ou levantamento de peso. 
 ➥ O paciente sente dor na região do epicôndilo lateral que 
irradia para o antebraço, diminuição da força muscular, sensibilidade 
na região e diminuição de amplitude de movimento. Podeexistir dor a 
flexão resistida e extensão completa do cotovelo. O tratamento 
imediato pode ser feito com a técnica RICE: repouso, gelo, 
compressão, elevação. Comumente, opta-se pelo tto conservador. O 
cirúrgico está relacionado a raspagem. 
Epicondilite medial (cotovelo de golfista): patologia 
que se assemelha ao cotovelo tenista, mas com dor e inflamação na 
região medial do cotovelo. As causas estão relacionadas ao 
traumatismo diretos ou estresse repetitivo dos músculos e tendões 
flexores do punho. 
Síndrome compressiva do 
 nervo ulnar alta: Compressão do nervo ulnar ocorre 
principalmente a nível do cotovelo. Em atletas que sofrem com 
estresse em valgo, como arremessadores. Os principais sintomas 
são, parestesia na face ulnar da mão e hiperestesia na face medial do 
cotovelo, intensificado em atividades onde é necessário força e prono-
supinação do antebraço. 
 A síndrome do nervo ulnar pode ser classificada de 3 formas: 
Leve: parestesia intermitente, fraqueza subjetiva e perda de 
coordenação;
▫
Moderada: parestesia intermitente, fraqueza da pinça e 
apreensão, dificuldade em cruzar os dedos;
▫
Grave: parestesia intermitente, atrofia muscular dos intrínsecos 
e da pinça e apreensão e impossibilidade de cruzar os dedos. 
▫
O tto pode ser conservador (órtese em extensão de uso noturno); ou 
cirúrgico (descompressão ou epicondilectomia medial).
Síndrome do túnel do
 carpo: resulta de uma inflamação dos tendões e bainhas sinoviais 
dentro do túnel do carpo (localizado na face anterior do punho, onde o 
assoalho é formado pelos ossos do carpo e o teto é formado pelo 
ligamento transversal do carpo) que induz a compressão do nervo 
mediano. Comumente presente em atletas que realizam a flexão e 
extensão do punho de forma repetitiva, tais como, ciclistas, esportes de 
lançamento, ginastas olímpicas e atividades que usam raquetes. 
 ➥ A compressão tem como resultado déficits motores 
(fraqueza) e sensitivos (parestesia - formigamento, dormência) sobre a 
palma da mão, polegar, indicador e dedo médio. Classifica-se em três 
fases:
Leve: sinais objetivos e transitórios;▫
Moderada: sintomas constantes (parestesia e hipoestesia), 
inchaço e dor. 
▫
Grave: hipotrofia, diminuição da ADM e alteração na sensibilidade▫
O tto pode ser conservador (imobilização, repouso, controle dos 
sintomas) ou cirúrgico (descompressão)
Lesões dos membros inferiores nas atividades 
Lesões agudas
A mecanismo de lesão, quadro clínico, diagnóstico e tratamento da DMT, 
síndrome compartimental, contratura, contusões e estiramento nos 
membros inferiores ocorrem da mesma forma nos membros 
superiores. 
Rupturas ou distensões 
 musculares: presente principalmente em esportes com alto índice 
de competitividade e nos membros inferiores. A ruptura ocorre 
comumente na região miotendínea em músculos biarticulares durante a 
contração excêntrica, após o músculo ser estirado além do fisiológico.
 Ocorre com frequência nos músculos adutores (praticantes de futebol) 
e produz dor medial na virilha e coxa que se intensifica na adução 
 Página 2 de Fisioterapia Esportiva 
resistida, edema e possíveis deformidades. O diagnóstico é clínico 
com auxílio de exames por imagens (RM). O tratamento prevê 
repouso , compressão na região afetada e crioterapia. Pode-se 
realizar o uso de anti-inflamatórios para reduzir os sinais de 
inflamação. 
Pubalgia: também chamada de osteíte do púbis, trata-se de um 
processo inflamatório na sínfise púbica. Normalmente é resultado 
de um desequilíbrio muscular, estresse repetitivo ou de uma lesão 
não tratada por forças de cisalhamento. Jogadores de futebol, 
hóquei, corredores e atletas de esporte que envolve corrida, chute 
ou movimentos laterais rápidos. 
 O paciente possui dor na inserção dos adutores ou abdome 
inferior e se intensifica com os movimentos esportivos. A dor pode 
interferir nas atividades de vida diária e irradiar para o abdome e 
virilha. O tto pela fisioterapia visa reestabelecer a força das 
cadeias musculares e seu equilíbrio, principalmente dos abdominais. 
V
 Página 3 de Fisioterapia Esportiva

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