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Processo de Hospitalização de Crianças e Adolescentes (1)

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Processo de Hospitalização: 
O enfrentamento da hospitalização para a criança pode 
proporcionar dificuldades, visto que o hospital e ́ um lugar 
que provoca sentimento de tristeza por causa da própria 
sintomatologia da doença, afastamento da família, da 
rotina diária, bem como aos procedimentos invasivos, que 
são dolorosos. 
Influências familiares na promoção da saúde 
infantil: 
Uma família pode ser definida como uma instituição em 
que os indivíduos se relacionam por compromissos 
biológicos ou permanentes, representam gerações e gêneros 
semelhantes ou diferentes, participam em papéis que 
envolvem a socialização mútua, a criação e o compromisso 
emocional. 
 
 
 Consiste em indivíduos, cada qual com um status 
e uma posição socialmente reconhecidos, que 
interagem entre si de uma maneira regular e 
recorrente de acordo com o estatuto socialmente 
sancionado. 
 
 
 
 
 
Forças e estilo de dinâmica familiar: 
 Qualidade das relações e interações entre os 
membros da família. 
 São recursos que os enfermeiros podem usar para 
atender as necessidades da família. 
Qualidades das famílias fortalecidas: 
 
Estressores e reações da família da criança 
hospitalizada: 
Reações dos pais: 
 Sensação de desamparo 
 Questionamento da capacidade pessoal de 
aceitação da internação 
 Necessidade de receber informações 
 Lidar com o medo 
 Enfrentar a incerteza 
 Procurar estabelecer a confiança dos cuidadores 
Reações dos irmãos: 
Fatores que afetam as reações dos irmãos: 
 Serem mais jovens e experimentar muitas 
mudanças. 
 Serem cuidados fora de casa por cuidadores que 
não são parentes. 
 Receberem poucas informações sobre seu irmão 
doente. 
Hospitalização da Criança e do Adolescente 
 
O conhecimento de 
enfermagem e a 
sensibilidade com a qual 
o profissional avalia um 
lar determinarão os tipos 
de intervenção 
apropriados para apoiar 
os membros da família 
Perda de membros 
Os papéis devem ser 
redistribuídos 
Divórcio 
Nascimento 
Morte 
Encarceramento 
 Perceber que os pais os tratariam de maneira 
diferente em comparação ao período anterior à 
hospitalização do irmão. 
 Solidão 
 Medo 
 Preocupação 
 Raiva 
 Culpa 
 Ressentimento 
 Ciúme 
Alteração no papel familiar: 
As funções familiares podem ser alteradas de maneiras 
diferentes: 
 Pais: Atenção especializada e intensificada à 
criança doente. 
 Irmãos: Rejeição 
 Carga exclusivamente sobre crianças doentes. 
 Incapacidades de percepção da recuperação da 
criança doente. 
 Perda do status da criança doente dentro da 
família ou grupo social. 
 
 As crianças podem reagir ao estresse da 
hospitalização antes da admissão, durante a 
hospitalização ou após a alta. 
 No nível de ansiedade, é mais importante o 
conceito de doença do que a idade e maturidade da 
criança. 
Fatores de risco individuais. 
Fatores de risco que aumentam a vulnerabilidade da 
criança aos estresses da hospitalização: 
 Temperamento “difícil”. 
 Falta de ajuste entre a criança e os pais. 
 Idade (especialmente entre 6 meses e 5 anos). 
 Sexo masculino. 
 Inteligência abaixo da média. 
 Estresses múltiplos e contínuos 
 
Efeitos benéficos da hospitalização: 
 Recuperação da saúde. 
 Oportunidade para dominarem o estresse e 
sentirem-se competentes na sua capacidade de 
enfrentamento. 
 Novas experiências de socialização 
 
Estratégias de enfermagem: 
 Prevenção ou minimização da separação. 
 Promoção da liberdade de movimento. 
 Manutenção da rotina da criança. 
 Promoção da compreensão. 
 Prevenção ou minimização do medo da lesão 
corporal. 
 Proporcionar atividades apropriadas para o 
desenvolvimento. 
 Maximizar os benefícios potenciais da 
hospitalização. 
Cuidados Centrado na Família 
Apoiar os membros da família: 
 Ouvir 
 Favorecer a religião 
 Aceitação de valores culturais, socioeconômicos e 
étnicos 
 Ajudar a aceitar seus próprios sentimentos 
 Preparar os irmãos para as visitas 
Estimular a participação dos pais: 
 Prevenir ou minimizar a separação 
 Delegar cuidados com a criança 
 Não esquecer das necessidades humanas básicas 
dos pais 
Fornecer informações: 
 Doença, seu tratamento, prognóstico e cuidados 
domiciliares 
 Reações físicas e emocionais da criança diante da 
doença e hospitalização 
 Prováveis reações emocionais dos membros da 
família à crise 
Preparar para a alta e cuidados domiciliares: 
 Avaliação da família e ambiente condições físicas, 
financeiras e emocionais? 
Comunicação com as famílias 
Para realizar a avaliação da criança é necessário: 
 Interpretar as informações fornecidas pela criança 
(verbal e não verbal). 
 Obter informação dos pais. 
 A própria observação da enfermeira sobre o 
comportamento da criança. 
 A interpretação da relação afetiva criança/pais. 
 
Cuidados paliativos: 
Cuidados Paliativos são uma abordagem que promove a 
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que 
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, 
por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. 
Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor 
e outros problemas de natureza biofísica, psicossocial e 
espiritual. 
Origem claramente influenciada pela medicina paliativa 
em adultos: 
 O impacto emocional causado pela morte de uma 
criança, após doença de longa duração, sobre a 
família e também sobre a equipe assistente, o que 
expressa a expectativa frustrada de uma vida 
longa e saudável, invariavelmente associada a ̀ 
infância; 
 Tradicionalmente, o cuidado aos pacientes, 
especialmente quando estes são crianças ou 
adolescentes, tem como objetivo a cura ou a 
restauração do estado de saúde anterior ao 
agravo; 
 Entretanto, em um significativo número de 
situações, esse objetivo não pode ser alcançado. 
Os princípios básicos que orientam os cuidados 
paliativos pediátricos são: 
 Os cuidados devem ser dirigidos a ̀ criança ou 
adolescente, orientados para a família e baseados 
na parceria. 
 Os cuidados devem ser dirigidos ao alivio dos 
sintomas e a ̀ melhora da qualidade de vida. 
 São elegíveis todas as crianças ou adolescentes 
que sofrem de doenças crônicas, terminais ou que 
ameaçam a sobrevida. 
 Os cuidados devem ser adequados a ̀ criança 
individualmente e a ̀ família de forma integrada. 
 Uma proposta terapêutica com fins curativos não 
se contrapõe a ̀ introdução de cuidados paliativos. 
 Os cuidados paliativos não se destinam a abreviar 
a etapa de final de vida. 
 Os cuidados podem ser coordenados em qualquer 
local (hospital, domicílio) 
 Os cuidados devem ser consistentes com crenças e 
valores da criança ou adolescente e dos familiares. 
 A abordagem por grupo multidisciplinar e ́ 
encorajada. 
 A participação dos pacientes e dos familiares nas 
tomadas de decisões é obrigatória. 
 A assistência ao paciente e a ̀ sua família deve 
estar disponível durante todo o tempo necessário. 
 Determinações expressas de “não ressuscitar” 
não são necessárias. 
 Não é necessário que a expectativa de sobrevida 
seja breve. 
São consideradas condições apropriadas para receber 
cuidados paliativos: 
 Condições para as quais a cura e ́ possível, mas 
pode falhar: câncer avançado, progressivo ou de 
mau prognóstico; cardiopatias congênitas ou 
adquiridas complexas. 
 Condições que requerem tratamento complexo e 
prolongado: HIV/AIDS; Fibrose cística; anemia 
falciforme; insuficiência renal crônica; doenças 
neuromusculares; transplante de órgãos sólidos 
ou de medula óssea. 
 Condições em que o tratamento é apenas paliativo 
desde o diagnóstico: doenças metabólicas 
progressivas; formas graves de osteogênese 
imperfeita. 
 Condições incapacitantes graves e não 
progressivas: paralisia cerebral grave; 
prematuridade extrema; sequelas neurológicas 
graves de infecções; anóxia grave. 
 
Características fortemente alinhadas aos conceitos mais 
modernos de saúde: atenção dirigida a ̀ criança e a ̀ 
família, cuidados flexíveise disponíveis em casa e na 
comunidade, abordagem multidisciplinar e incorporação 
dos valores familiares. Apesar disso, não existem ainda 
instrumentos objetivos de aferição dos resultados da 
aplicação de cuidados paliativos em crianças. 
Papel dos profissionais de saúde: 
Alivio da dor X Sofrimento 
 Humanização do processo de morrer 
 Humanização no processo de finitude da vida 
Aspectos Éticos dos Cuidados Paliativos 
 Todo paciente fora de possibilidade terapêutica tem 
direito a um final de vida digno, sem sofrimento 
e, sempre que possível, cercado pela família, 
respeitando as necessidades espirituais de cada 
um. 
 O término de uma terapia curativa não significa 
o final de um tratamento ativo, mas mudança em 
focos de tratamento. 
Cuidados paliativos englobam e transcendem os cuidados 
de final de vida e auxiliam crianças ou adolescentes e 
suas famílias de modo a viverem plenamente e 
restaurarem sua integridade, ao mesmo tempo que 
enfrentam complexas condições de saúde.