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Direito Civil I

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Direito Civil 
Resumo 
INTRODUÇÃO E CONCEITOS RELEVANTES 
 
DIREITO, MORAL E PODER: Não devem se confundir. 
- O Direito é o regulador da conduta humana a partir de uma forma exteriorizada, 
concreta, efetiva, e fixa deveres jurídicos e obrigações, ao passo em que autoriza a prática 
de certos atos. Além disso, prescreve consequências jurídicas para a prática de certos atos 
(sanções) 
- A moral está relacionada com a intenção prévia, envolve o Direito, porém, é mais ampla 
que o direito, em que sua atuação ocorre no foro íntimo. 
DIREITO E PODER se entrelaçam, mas não se confunde- muitas vezes o Direito carece 
de ser aplicado mediante a coercibilidade, imposição. 
 
DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO: 
Direito Subjetivo: é a autorização concedida pela norma para que um sujeito possa 
praticar esta ou aquela conduta, ou ainda possa exigir do estado que tal conduta seja 
observada. 
Direito Objetivo: É a própria lei. 
O.B.S: É possível compreender que o Direito objetivo e subjetivo existem um na 
dependência do outro, pois na falta de um o outro perde seu sentido. 
 
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO: Tem origem no Direito Romano, em que o público 
seria aquele que concerne as “coisas do Estado” e o privado à “utilidade das pessoas”. Na 
atualidade, este critério, de origem romana, é insuficiente. 
Direito Público: Constitucional, administrativo, tributário, penal, processual, 
internacional, ambiental, previdenciário. 
Direito Privado: Civil, empresarial, consumidor, trabalho, agrário, marítimo, 
aeronáutico. 
- O ordenamento é um corpo único, dividido apenas por necessidades didáticas, portanto, 
o Direito Público e o privado devem ser vistos a partir de tal visão. 
 
ÔNUS- É a faculdade conferida a um sujeito de direito para praticar esta ou aquela 
conduta, cuja inação pode ensejar efeito jurídico desfavorável ao referido titular da 
aludida faculdade. 
 
OBRIGAÇÃO- É a relação jurídica na qual pessoas físicas ou jurídicas estabelecem 
entre si, de condutas denominadas por prestações, que encerram um dar, um fazer ou um 
não fazer, cujo inadimplemento enseja a possibilidade de utilização do patrimônio do 
inadimplente para garantir crédito – OBRIGAÇÕES DECORREM DA VONTADE. 
 
FONTES DO DIREITO: São o fundamento de validade da norma num sistema jurídico 
puro, a CF é uma fonte jurídica geral, formal, a partir da qual todo o ordenamento jurídico 
brota. 
1- Fontes formais: São a analogia, o costume e os princípios gerais do Direito. 
Podem ser ESTATAIS E NÃO ESTATAIS, em que as estatais se originam do 
poder público e as não estatais são aquelas típicas dos usos e costumes, da 
doutrina, dos contratos e negócios jurídicos. 
2- Fontes Materiais: São a influência de aspectos religiosos, sociais, culturais e 
diversos outros. 
 
LEI 
A Lei é manifestação do Direito e não fonte do mesmo, é aquilo que o legislativo 
produz no exercício de sua atividade finalística. As leis são gerais e impessoais, são 
imperativas, autorizativas da reparação, de trato deferido no tempo e estatais. 
A lei é pedagógica (nader), por impor uma condura. 
 
Classificação das leis: 
 
1- Quanto a imperatividade: 
- COGENTES, IMPERATIVAS OU DE ORDEM PÚBLICA: Disciplinam 
assuntos indisponíveis, irrenunciáveis, inalienáveis, intransacionáveis, 
incompensáveis, incessíveis, intransmissíveis e imprescritíveis- de modo que a 
sua inobservância acarreta a nulidade absoluta do ato. 
a) mandamentais 
b) proibitivas 
 
-NÃO COGENTE, IMPERATIVA-RELATIVA OU DISPOSITIVA: Estas 
leis apresentam ao particular opções de condutas permitidas pelo ordenamento 
jurídico, sob pena de, em havendo omissão do sujeito titular desta faculdade, ter-
se-á como efeito jurídico a aplicação supletiva da norma. Nestas leis, a expressão 
salvo em sentido contrário bem a identifica. 
a) permissivas 
b) supletivas 
 
2- Quanto à intensidade da sanção prevista: 
-MAIS QUE PERFEITAS: Prescrevem duas sanções para hipóteses de infração 
a norma. 
-PERFEITAS: Prescrevem uma só sanção para o caso de ser violada, por 
exemplo a nulidade do ato e nada mais. 
-MENOS QUE PERFEITAS: Não prescrevem nenhum tipo de invalidade do 
ato, mas apenas um efeito jurídico de conduta humana específica. 
-IMPERFEITAS: Não contemplam nenhuma consequência jurídica para a 
hipótese de desrespeito a ela. 
 
3- Quanto à natureza jurídica: 
MATERIAIS E SUBSTANTIVAS: Dizem respeito ao Direito material. 
PROCESSUAIS OU ADJETIVAS: Referem-se ao rito, ao procedimento, ao 
processo. 
 
4- Quanto à hierarquia: 
CONSTITUCIONAIS: Estão no topo da Pirâmide hierárquica, pela qualidade 
jurídica dos bens que tutelam, disciplinam. Pois se referem aos direitos 
fundamentais, dignidade humana, à organização do Estado, à república e etc. 
COMPLEMENTARES: Nos termos dos Arts. 59 e 69 da Constituição Federal 
de 1988, existem normas que servem para disciplinar matérias diferenciadas. (não 
há hierarquia entre leis ordinárias e complementares, apenas formas de aprovação 
diferentes) 
ORDINÁRIAS: Constituem a produção cotidiana das assembleias legislativas, 
das Câmaras de vereadores e do Congresso nacional. Emanam do Legislativo. 
DELEGADAS: Brotam do executivo, quando este de maneira extraordinária, 
exerce uma atividade atípica. 
MEDIDAS PROVISÓRIAS: Nos termos do Art. 84, inciso xxvi da CF/98, o 
presidente está autorizado em casos de relevância e urgência a editar medidas 
provisórias. 
 
OBS- Não há hierarquia entre lei complementar e decreto autônomo, quando este 
for validamente editado. 
 
5- Quanto ao alcance: 
GERAIS: Toda e qualquer norma destinada a aplicar, de maneira integral, um 
dado sistema de relações jurídicas (ex. Código penal, Código Civil) 
ESPECIAIS: São leis que objetivam regular uma específica situação jurídica (ex. 
Lei de defesa do consumidor) 
 
Postulados: São modelos de raciocínio que visam a aplicação da norma. 
 
Direito Civil pode ser conceituado como o complexo de normas, princípios e 
regras que disciplinam as relações privadas desde antes do nascimento até depois da 
morte. 
OBJETO: Tem como objeto o regramento da vida humana, acompanhando a existência 
humana em todos os seus momentos (direito Comum), constitui ramo do direito privado. 
Contempla os Direitos Patrimoniais (obrigações, responsabilidade civil, contratos e etc) 
e Direitos Existenciais (família, vida, estado civil, etc) 
 
PRINCÍPIOS DE ETICIDADE, SOCIABILIDADE E OPERABILIDADE: 
 
ETICIDADE: consiste em um dever jurídico de condução das relações civis de forma 
proba, impondo um agir segundo os valores sociais e morais relevantes, fincados na boa-
fé e equidade. Manifesta-se pela boa-fé objetiva nas relações patrimoniais, e pela 
socioafetividade nas relações existenciais. 
 
1- A boa-fé nas relações patrimoniais: A boa-fé subjetiva revela um estado 
psicológico, a boa-fé objetiva revela uma norma de conduta esperada pela 
comunidade. A boa-fé objetiva possui três funções interpretativa com eticidade, 
que impõe ao operador do direito a leitura das relações patrimoniais calcado na 
ética; integrativa com deveres anexos, papel de cooperação, traz a existência no 
contrato de certas obrigações; e a restritiva ou limitadora. O 
DESCUMPRIMENTO DE UM DEVER ANEXO É DENOMINADO DE 
VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO OU ADIMPLEMENTO FRACO. 
 
2- A socioafetividade nas relações extrapatrimoniais: Geradora de confiança, 
relações construídas a partir do afeto 
 
SOCIALIDADE: Traduz a consagração e materialização na órbita civil dos princípios 
do solidarismo social, justiça distributiva e diminuição das desigualdades sociais, a 
mesma é instrumentalizada no Código Civil em três esferas principais: função social do 
contrato (art. 421), Função social da propriedade e função social da posse (art. 1.228) 
OPERABILIDADE: É o terceiro princípio informador do atual Código Civil. Consiste 
no fato de as normas do vigente Código serem de mais fácil acesso, possibilitando que 
uma gama bem maior da sociedade as entenda e utilize mais corriqueiramente, é a 
qualidade de ser operável. Contribui no acesso à justiça.PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL- Disciplina as pessoas, os bens e os fatos 
jurídicos. 
ART 1° AO ART 232 
Das pessoas: é a parte na qual trata a parte Geral do Código Civil de 2002, pessoas 
naturais, pessoas jurídicas e domicílio. 
- Das pessoas naturais: é dividido em três capítulos Personalidade e capacidade, os 
direitos da personalidade e a ausência 
 
Da Personalidade e da Capacidade 
 
1- PERSONALIDADE JURÍDICA: 
O Conceito de personalidade está ligado diretamente ao conceito de pessoa, em que se 
compreende que todo aquele que nasce com vida se torna uma pessoa, ou seja, adquire 
personalidade, ou seja, a personalidade pode ser compreendida como a qualidade de ser 
pessoa. É um conceito básico da ordem jurídica, em que o Ordenamento Jurídico 
brasileiro confere personalidade tanto às pessoas físicas quanto às jurídicas, em que os 
animais não são sujeitos de direito. 
 
Art. 1° “ Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” 
- Os atributos de personalidade são reconhecidos pelo Código Civil em sentido de 
UNIVERSALIDADE ao passo que proclama “toda pessoa” 
 
-O Art. 1° entrosa o conceito de capacidade com o de pessoa, em que se compreende que 
falar que o homem possui capacidade seria o mesmo que afirmar a sua capacidade em ser 
titular de direitos. CAPACIDADE É A MEDIDA DA PERSONALIDADE, POIS PARA 
UNS É PLENA E OUTROS LIMITADA. 
 
2- PERSONALIDADE NATURAL: 
 
Art. 2° “ A personalidade Civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei 
põe a salvo desde a concepção, os direitos do nascituro” 
 
PESSOA FÍSICA: É o ente dotado de estrutura e de complexidade biopsicológica, sendo 
dotado de personalidade jurídica e capacidade de direito. 
Em que momento a pessoa física adquire personalidade? A partir do nascimento com vida 
- O nascimento com vida ocorre no instante em que principia o funcionamento do 
aparelho cardiorrespiratório. 
Ou seja: nascimento + vida = Personalidade da pessoa física 
Perante o Direito brasileiro, qualquer criatura que venha a nascer com vida será uma 
pessoa, sejam quais forem as anomalias e deformidades que apresente. Em que muitas 
vezes é de grande relevância saber se o feto, que morreu durante o parto chegou a respirar, 
para a compreensão de sua personalidade jurídica. 
 
Com isso, o nascituro pode ser instituído herdeiro num testamento. 
NASCITURO: 
“O que está por nascer, mas já concebido no ventre materno” 
 Três teorias que procuram explicar e justificar a situação jurídica do nascituro: 
1- Natalista: Afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento 
com vida. 
2- Concepcionista: Admite que se adquire personalidade antes do nascimento, ou 
seja, desde a concepção, ressalvados os direitos patrimoniais decorrentes de 
herança, legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida. 
3- Da Personalidade condicional: Sustenta que o nascituro é pessoa incondicional, 
pois a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição 
suspensiva, o nascimento com vida. 
OBS: Primeiro norte ao se tratar de nascituro deve estar relacionado à redação do Art. 
2°, a qual afirma que a aquisição de personalidade se dá desde o nascimento com vida, 
colocando a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
CAPACIDADE: Medida Jurídica da personalidade. 
a) Capacidade de Direito: É uma capacidade genérica, adquirida juntamente com a 
personalidade, atributo inerente à condição humana. 
b) Capacidade de fato: É a possibilidade de pessoalmente praticar e exercer os atos 
da vida civil. Um poder de autodeterminação e discernimento, reunindo 
capacidades físicas e psíquicas de compreender as consequências de seus atos. É 
o discernimento, a capacidade de distinguir os lícitos dos ilícitos, direcionando 
sua vida de acordo com seus interesses. 
 
COMEÇO DA PERSONALIDADE NATURAL 
- Ocorre nascimento a partir do momento em que a criança é separada do ventre da mãe, 
para nascer com vida há a necessidade de respirar 
 
DAS INCAPACIDADES: 
 Alguém é incapaz quando não possui a capacidade de fato, em que a pessoa possui 
restrições ao exercício pessoal dos atos da vida civil. A incapacidade não atinge nem a 
capacidade de direito nem a personalidade, pois estas são inerentes à pessoa e impassíveis 
de mitigação. No Código Civil as incapacidades decorrem de um critério objetivo 
(cronológico), ou de um fator subjetivo (psicológico ou psíquico) A incapacidade pode 
ser absoluta ou relativa. 
 
A) Incapacidade absoluta 
 
Art. 3° São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. 
 
Considera que o ser humano até atingir essa idade não tem discernimento suficiente para 
dirigir sua vida e seus negócios, portanto, deve ser representado por seus pais ou tutores 
 
B) Incapacidade relativa 
Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade; 
IV - Os pródigos. 
 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial 
- A incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que 
assistido por seu representante legal, sob pena de anulabilidade. Certos atos, porém, 
podem praticar sem a assistência de seu representante legal, como ser testemunha, 
aceitar mandato, fazer testamento, exercer empregos públicos para os quais não for 
exigida maioridade, casar. 
IV- É o indivíduo que, por ser portador de um defeito de personalidade, gasta 
imoderadamente, dissipando o seu patrimônio com o risco de reduzir-se à miséria. 
 
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE 
Art. 5° A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
 
Tornando-se pessoa apta para as atividades da vida civil que não exigirem limite especial, 
como as de natureza política. 
 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, 
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - Pelo casamento; 
III - Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
Emancipação: aquisição da capacidade civil antes da idade legal. 
1. Emancipação voluntária: É a concedida pelos pais se o menor tiver 16 anos 
completos. A emancipação voluntária decorre de ato unilateral dos pais, reconhecendo 
ter seu filho maturidade necessária para reger sua pessoa e seus bens e não necessitar mais 
da proteção que Estado oferece ao incapaz. Tal espécie de emancipação só não produz, 
segundo a jurisprudência, o efeito de isentar os pais da obrigação de indenizar as vítimas 
dos atos ilícitos praticados ilícitos praticados pelo menor emancipado, para evitar 
emancipações maliciosas. A EMANCIPAÇÃO EM QUALQUER DE SUAS FORMAS 
É IRREVOGÁVEL. 
 
2. Emancipação judicial: A única hipótese de emancipação judicial, que depende de 
sentença do juiz, é a do menor sob tutela que já completou 16 anos de idade. 
 
3. Emancipação legal: Decorre de determinados acontecimentos a que a lei atribui esse 
efeito. Como o CASAMENTO, se a sociedade conjugal logo depois se dissolver pela 
viuvez ou pela separação judicial, não retornará ele à condição de incapaz. O casamento 
nulo, entretanto, não produz nenhum efeito. Proclamada a nulidade, ou anulabilidade, o 
emancipado retorna à situação de incapaz, salvo se o contraiu de boa-fé 
-A idade mínima para o casamento do homem e da mulher é 16anoa, com autorização dos 
representantes legais, excepcionalmente, será permitido o casamento dequem não 
alcançou a idade núbil, mediante suprimento judicial de idade. EXERCÍCIO DE 
EMPREGO PÚBLICO EFETIVO, se o próprio poder público reconhece no indivíduo 
a maturidade para representa-lo, ainda que numa área pequena de sua atividade, 
incompreensível seria continuar trata-lo como incapaz. A COLAÇÃO DE GRAU EM 
CURSO DE ENSINO SUPERIOR, e o estabelecimento civil ou comercial, ou a 
existência de relação de emprego, desde que, em função deles o menor com 16 anos tenha 
economia própria. 
 
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL 
 
Art. 6° A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto 
aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 
MORTE REAL: Responsável pelo término da existência da pessoa natural, sua prova 
faz-se pelo atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida. A morte real 
ocorre com o diagnóstico de paralisação de atividade encefálica, extingue a capacidade e 
dissolve tudo, não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações. 
 
MORTE PRESUMIDA: Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a 
lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. A declaração de ausência, o ausente 
desapareceu de seu domicílio sem dar notícia de paradeiro e sem deixar um representante, 
produz efeitos patrimoniais. 
 
Art. 7° Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado 
até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá 
ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar 
a data provável do falecimento. 
 
MORTE SIMUTÂNEA OU COMORIÊNCIA: Dois ou mais indivíduos falecerem na 
mesma ocasião, não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro, presume-se 
simultaneamente mortos 
 
Art. 8° Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. 
 
MORTE CIVIL: Pessoas vivas tratadas como mortas, herdeiro afastado de herança. 
 
Registro Civil público (mais informações na Lei 6.05/73) 
 
Art. 9 o Serão registrados em registro público: 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, 
a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; 
 
OBS.: toda ação que produza efeitos no âmbito jurídico deverá ser levada à registro 
público 
Modos de individualização: 
Nome: 
Integra a personalidade, individualiza a pessoa não só durante a sua vida como também 
após a sua morte, e indica a sua procedência familiar. 
ASPECTO PÚBLICO: O Estado tem interesse em que a pessoa seja perfeita e 
corretamente identificadas na sociedade. 
ASPECTO INDIVIDUAL: Direito ao nome. 
Elementos do nome: prenome + sobrenome = nome 
IMUTABILIDADE DO NOME 
I. Retificação do prenome: Artigo 58 da lei dos registros públicos, retificação 
em caso de erros gráficos e Artigo 55 proíbe nomes que possam expor a pessoa 
ao ridículo 
A lei permite o acréscimo de apelidos, caso venham a ser de conhecimento público, ao 
nome. Também pode haver mudanças no prenome em casos de adoção. 
 
MUDANÇAS NO SOBRENOME: Pode ser modificado desde que motivadamente 
justificado (STF) 
 O nome completo pode também sofrer alterações no casamento e na separação 
judicial e divórcio, na adoção, no reconhecimento de filho, na união estável e no 
transexualismo. 
 Pode haver a partilha dos sobrenomes durante o casamento, igualdade, como 
também a substituição. 
 O cônjuge perde o direito de conservar o sobrenome do outro se o casamento for 
declarado nulo, divórcio não faz perder o nome acrescido. 
 
Dos Direitos da Personalidade 
Art. 11 a 20 
Os Direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana e inalienáveis. São divididos 
em duas categorias, os INATOS, como a vida e a integridade física e moral, e os 
ADQUIRIDOS, que decorrem de status individual e existem na extensão da disciplina 
que lhes foi conferida pelo direito positivo. 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
 Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: Acarretam à indisponibilidade. São 
direitos que não podem ser transferidos ou renunciados. 
 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e 
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida 
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou 
colateral até o quarto grau. 
 
O respeito à dignidade da pessoa humana se encontra em primeiro plano, entre os 
fundamentos constitucionais pelos quais se orienta o ordenamento jurídico brasileiro na 
defesa dos Direitos da personalidade. 
 
OS ATOS DE DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os 
bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, 
na forma estabelecida em lei especial. 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do 
próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer 
tempo. 
 
O direito à integridade compreende a proteção jurídica à vida, ao próprio corpo vivo ou 
morto, que na sua totalidade, quer em relação a tecidos, órgãos e partes suscetíveis de 
separação e individualização, quer ainda ao direito de alguém submeter-se ou não a exame 
e tratamento médico. 
Princípio do consenso afirmativo. 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
A regra obriga os médicos, nos casos mais graves, a não atuarem sem prévia autorização 
do paciente, que tem a prerrogativa de se recusar a se submeter a um tratamento perigoso. 
A sua finalidade é proteger a inviolabilidade do corpo humano. 
 
Direito ao nome 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja 
intenção difamatória. 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá 
ao nome. 
Direito ao nome pertence ao gênero da integridade moral, pois todo indivíduo tem o 
direito à identidade pessoal. 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, 
ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser 
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para 
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
A parte lesada pelo uso não autorizado de sua palavra ou voz, ou de seus escritos, bem 
como de sua imagem,pode obter ordem judicial interditando esse uso e condenando o 
infrator a reparar os prejuízos causados. 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do 
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma. A seu requerimento e sem prejuízo da indenização que 
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para 
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
 
Estado da pessoa 
-Surge após e registro, constitui a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis 
a produzir efeitos jurídicos. É uma situação jurídica resultante de certas qualidades 
inerentes à pessoa. 
 
TRÊS ORDENS DE ESTADO: Individual ou físico, familiar e político. 
 
INDIVIDUAL: É o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo e etc, exerce influência 
sobre a capacidade civil. 
 
FAMILIAR: É o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimônio (solteiro, 
casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco, por consanguinidade ou afinidade (pai, filho, 
irmão, sogro). 
 
POLÍTICO: É a qualidade que advém da posição do indivíduo na sociedade política, 
podendo ser nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro. 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 
 
INDIVISIBILIDADE: não é possível possuir mais de um estado, uno e indivisível. A 
dupla nacionalidade é uma exceção à regra. 
 
INDISPONIBILIDADE: É inalienável e irrenunciável 
 
IMPRESCRITIBILIDADE: O estado é elemento integrante da personalidade, nasce com 
a pessoa e com ela desaparece. 
 
Da Ausência 
 
 Da Curadoria dos Bens do Ausente 
 Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem dar notícia de seu 
paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os 
bens. 
 Art. 6° CC, declaração de ausência. 
 Proteção em relação ao patrimônio do ausente e dos seus herdeiros. 
 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não 
houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, 
o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará 
a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
 
Fase de curadoria dos bens do ausente- desaparecimento transitório. 
Também será este nomeado quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não 
possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. 
Nomeação – arrecadação – edital 
 
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente 
deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou 
se os seus poderes forem insuficientes. 
 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme 
as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores 
e curadores. 
 
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de 
fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo 
curador. 
 
§ 1 o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos 
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o 
cargo. 
 
§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 
 
§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. 
 
Da Sucessão Provisória 
Passado um ano: direitos sucessórios – herdeiros – sucessão provisória. 
 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou 
representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados 
requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
 
Com a abertura da sucessão provisória o ausente se torna incapaz. 
 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram 
interessados: 
 
I - O cônjuge não separado judicialmente; 
 
II - Os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
 
III – Os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; 
 
IV - Os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá 
efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe 
em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e 
partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
 
§ 1 o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão 
provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente. 
 
§ 2 o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até 
trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão 
provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida 
nos arts. 1.819 a 1.823. 
 
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão 
dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos 
garantidos pela União. 
 
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias 
da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões 
respectivos. 
 
§ 1 o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia 
exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a 
administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste 
essa garantia. 
 
§ 2 o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade 
de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do 
ausente. 
 
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, 
ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. 
 
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa 
e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as 
que de futuro àquele forem movidas. 
 
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do 
ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os 
outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, 
segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, 
e prestar anualmente contas ao juiz competente. 
 
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária 
e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. 
 
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta 
de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe 
tocaria. 
 
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do 
ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que 
o eram àquele tempo. 
 
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida 
a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, 
ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a 
entrega dos bens a seu dono. 
 
Da Sucessão Definitiva 
Ainda há proteção ao ausente 
 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura 
da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o 
levantamento das cauções prestadas. 
 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente 
conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão 
definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão 
só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou 
o preçoque os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens 
alienados depois daquele tempo. 
 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, 
e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão 
ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas 
circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território 
federal. 
 
Das Pessoas Jurídicas 
Necessidade de se agrupar para atingir uma finalidade, para atingir uma finalidade, para 
alcançar um objetivo ou ideal comum, participação da vida jurídica como sujeitos de 
direitos. 
EXISTEM DUAS TEORIAS AFIRMATIVAS QUE PROCURAM EXPLICAR 
ESSE FENÔMENO 
TEORIAS DA FICÇÃO e TEORIAS DA REALIDADE (que é a abordada no CC) 
 
Pessoa Jurídica consiste num conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade 
jurídica própria e constituído na forma da lei, para a consecução de fins comuns. 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito 
privado. 
 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
 
I - a União; 
 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 
III - os Municípios; 
 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 
11.107, de 2005) 
 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código. 
 
Classificação da pessoa jurídica: Pode se classificar de acordo com a nacionalidade, 
estrutura interna e função. 
QUANTO À NACIONALIDADE: Pode ser nacional ou estrangeira 
QUANTO À ESTRUTURA INTERNA: Pode ser corporação (caracterizada por seu 
aspecto pessoal) e pode ser fundação (patrimônio personalizado e destinado a 
determinado fim) 
-As corporações dividem-se em associações e sociedades, estas podem ser simples e 
empresárias. 
-As associações não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, 
desportivos ou recreativos 
-As fundações constituem um acervo de bens, que recebe personalidade para a realização 
de fins determinados 
QUANTO À FUNÇÃO (ou órbita da sua atuação: De direito público (interno ou externo) 
e de Direito privado. 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis 
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado 
direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa 
ou dolo. 
Ref. Art. 37, parágrafo 6º CF 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 
12.441, de 2011) (Vigência) 
 
§ 1 o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento 
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes 
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu 
funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
 
§ 2 o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às 
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela 
Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
 
§ 3 o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em 
lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, 
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
Quatro requisitos para a constituição da pessoa jurídica: Vontade humana criadora, 
elaboração de atos constitutivos 
O impulso volutivo, coletivo nas associações e sociedades e individual nas fundações, 
formaliza-se no ato constitutivo, como já dito, que pode ser estatuto ou contrato social, 
conforme a espécie de pessoa jurídica a ser criada. 
 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro. 
 
Art. 46. O registro declarará: 
 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando 
houver; 
 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse 
caso. 
 
É necessário respeitar tais dados para a criação da pessoa jurídica. 
 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites 
de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
 
Os direitos e deveres das pessoas jurídicas decorrem dos atos de seus diretores no âmbito 
dos poderes que lhes são concedidos no ato constitutivo. 
 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere 
este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, 
simulação ou fraude. 
 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento 
de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
 
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, 
instituidores ou administradores. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento 
lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de 
estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, renda e inovação 
em benefício de todos. 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta 
ou indiretamente pelo abuso. 
 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa 
jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de 
qualquer natureza. 
 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por 
 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do 
administrador ou vice-versa; II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas 
contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão 
das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que 
trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica. 
 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade amera expansão ou a alteração da finalidade 
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. 
 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para 
seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
 
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua 
dissolução. 
 
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às 
demais pessoas jurídicas de direito privado. 
 
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa 
jurídica. 
 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
 
DAS ASSOCIAÇÕES 
 
As associações são pessoas jurídicas de Direito privado constituídas de pessoas que 
reúnem seus esforços para a realização de fins não econômicos, aspecto pessoal. Não há 
entre os membros da associação direitos e obrigações recíprocos. Deve ser vedado que 
tais atividades tenham fins lucrativos. 
 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econômicos. 
 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
 
III - os direitos e deveres dos associados; 
 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais. 
 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário. 
 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio 
da associação, a transferência daquela não importará, de per si , na atribuição da 
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do 
estatuto. 
 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que 
lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos 
na lei ou no estatuto. 
 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: 
 
I – destituir os administradores; 
 
II – alterar o estatuto. 
 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo 
é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo 
quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. 
A interpretação literal do Art. 59 poderia inviabilizar atividades de associações com 
grande número de participantes, como os clubes de futebol, por exemplo, que não 
conseguirão reunir milhares de associados para votar. 
 
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, 
garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois 
de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único 
do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, 
ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
 
§ 1 o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, 
podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em 
restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao 
patrimônio da associação. 
 
§ 2 o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, 
em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o 
que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito 
Federal ou da União. 
 
DAS FUNDAÇÕES 
Fundações podem ser particulares ou públicas, são instituídas pelo Estado, pertencendo 
seus bens ao patrimônio público, com destinação especial, regendo-se por normas 
próprias de Direito Administrativo. 
2 ELEMENTOS: PATRIMÔNIO E FIM 
Quatro fases: Ato de dotação ou instituição, Elaboração do estatuto, aprovação do 
estatuto, e o seu devido registro civil 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação 
dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
 
III – educação; 
 
IV – saúde; 
 
V – segurança alimentar e nutricional; 
 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável. 
 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos; 
 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
 
IX – atividades religiosas; e 
 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados 
serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação 
que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é 
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, 
e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo 
ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto 
da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade 
competente, com recurso ao juiz. 
 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, 
ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério 
Público. 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
 
§ 1 º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 
13.151, de 2015) 
 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada 
um deles, ao respectivo Ministério Público. 
 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a 
fundação; 
 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 
13.151, de 2015) 
 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério 
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, 
em dez dias. 
 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, 
ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer 
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, 
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Desconsideração da personalidade Jurídica. 
Tal teoria permite que o juiz, em casos de fraude e má fé, desconsidere o princípio de que 
as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e os efeitos dessa 
autonomia, para atingir e vincular os bens particulares dos sócios à satisfação das dívidas 
da sociedade. 
 
Responsabilidade das pessoas jurídicas 
A responsabilidade jurídica por danos em geral pode ser penal e civil. É importante 
observar, para fins de judicialização, com quem se vincula a pessoa no momento do ato. 
 
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO: 
 
No âmbito civil a responsabilidade jurídica pode ser contratual e extracontratual, sendo 
para esse fim equiparada à pessoa natural. 
 Na órbita contratual essa responsabilidade, de caráter patrimonial, emerge do Art. 
389 do CC. 
 Também o Código de Defesa do Consumidor Responsabiliza de forma objetiva 
as pessoas jurídicas pelo fato e por vício do produto e do serviço. 
No campo extracontratual a responsabilidade delitual ou aquiliana, provém dos artigos 
186 187 e 927, bem como dos artigos 932, III, e 933 do Código Civil que reprimem a 
prática de Atos ilícitos e estabelecem para o seu autor a obrigação de reparar o prejuízo 
causado em pondo a todos indiretamente o dever de não lesar a outrem. 
 Toda pessoa jurídica de direito privado tenha ou não fins lucrativos, responde 
pelos danos causados a terceiros. Qualquer que seja a sua natureza e os seus fins 
sobreleva a preocupação em não deixar o dano e ressarcido, responde, assim, a 
pessoa jurídica civilmente pelos atos de seus dirigentes ou administradores bem 
como de seus empregados ou pressupostos que nessa qualidade causem danos a 
outrem 
 A responsabilidade das pessoas jurídicas por atos de seus administradores, quer 
se trate de sociedades, quer de associações, só emerge se o autor da ação 
demonstrar a culpa da pessoa jurídica. 
 
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO: 
 A responsabilidade Civil é objetiva, na modalidade do Risco administrativo, assim 
a vítima não tem mais o ônus de provar culpa ou dolo do funcionário, mas se 
admite a inversão do ônus da prova. 
 O estado exonerar-se da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da 
vítima e força maior ou fato exclusivo de terceiro. 
 Distinção entre caso fortuito e força maior, porque se a força maior decorre de um 
fator externo estranho ao serviço o caso fortuito provém de seu mal 
funcionamento de uma causa interna inerente ao próprio serviço admite-se. Por 
conseguinte a exclusão da responsabilidade no caso de força maior subsistindo, 
entretanto no caso fortuito por estar incluído neste último risco do serviço. 
RESPONSABILIDADE POR ATOS OMISSIVOS: Cabe ação contra o Estado mesmo 
quando não se identifique o funcionário causador do dano, especialmente na hipótese de 
omissão da administração. Estes casos são chamados de “Culpa anônima”. 
 
Extinção da pessoa jurídica 
A extinção pode ser: 
 Convencional: por deliberação de seus membros, 
 Legal: em razão de motivo determinante na lei, 
 Administrativa: quando as pessoas jurídicas dependem de autorização de poder 
público e esta é cassada.

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