Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONFEREÊNCIA 3 Relembrar os conceitos hemodinâmicos como: pressão, fluxo, velocidade e resistência. • Pressão sanguínea – é a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso. • Fluxo – é a quantidade de sangue que passa por um determinado porto da circulação durante determinado intervalo de tempo. Podendo der laminar: sangue flui de forma estável ou turbulenta: causado por intensidade de fluxo elevado, obstruções no vaso, passagem de sangue por ângulos estreitos ou superfícies ásperas. Isso aumenta muito a resistência do vaso ao fluxo. • Resistência – é o impedimento ao fluxo de sangue pelo vaso • Condutância – é a medida do fluxo sanguíneo por um vaso sob uma dada diferença de pressão. Pequenas variações do diâmetro do vaso podem causar grande variação da condutância. Compreender a circulação dos seguintes órgãos: coração, cérebro, território esplâncnico, musculatura esquelética e pele. Devemos lembrar que embora a circulação periférica, o coração e a circulação pulmonar estejam colocados em série, os vários territórios da circulação sistêmica se comportam como um sistema em paralelo, de tal forma que a modificação da resistência em um desses territórios influência diretamente na resistência vascular periférica total e também no fluxo para os outros territórios. CIRCULAÇÃO CORONARIANA A circulação coronariana é responsável pelo aporte sanguíneo ao miocárdio. Sua principal peculiaridade é a influência do ciclo cardíaco sobre o fluxo nessas artérias, já que, durante a sístole, a contração miocárdica causa importante compressão extravascular, agindo como fator indutor de resistência vascular. Sendo assim, é fácil imaginar que o ventrículo esquerdo sofre muito mais os efeitos da contração miocárdica, já que este trabalha sob pressão mais elevada. Durante a sístole, a pressão intracavitária do ventrículo esquerdo se eleva drasticamente, causando importante compressão extravascular nas artérias que o irrigam. No momento em que se inicia o período de ejeção, essa compressão é tão grande que faz com que seja abolido o gradiente pressórico entre a aorta e coronárias, diminuindo o fluxo (teoricamente o fluxo é igual à zero no exato momento em que se inicia a ejeção). Porém, ao passo que o sangue é ejetado, ocorre aumento da pressão aórtica, criando um gradiente favorável ao fluxo coronariano. Sendo assim, é durante a diástole que ocorre o maior fluxo pelas coronárias que irrigam o ventrículo esquerdo, isso porque, durante essa fase, o miocárdio esta em fase de relaxamento, diminuindo CONFEREÊNCIA 3 progressivamente a compressão extravascular, enquanto a pressão aórtica ainda se encontra elevada. No VD, entretanto, a perfusão ocorre principalmente durante a sístole, já que nessa fase a pressão aórtica é alta e a compressora extravascular é pequena, uma vez que essa cavidade trabalha sob regimes de baixa pressão. Os mecanismos de controle local de fluxo mais importantes na circulação coronariana são o tônus miogênico e a regulação metabólica. Vale ainda ressaltar que a taxa de extração de O2 pelo miocárdio é quase máxima, mesmo em situações com fluxo normal. Dessa forma, qualquer alteração que cause redução de fluxo limitará a oferta de O2 para as células, podendo levar a necrose, caso não seja rapidamente corrigida. CIRCULÇÃO CEREBRAL A circulação cerebral é feita por ramos do chamado polígono de Willis. Esse polígono é formado por ramos das artérias carótidas internas e basilares, criando anastomoses virtuais, que não há, em situações normais, mistura de sangue estes. A extensa rede capilar que irriga o cérebro forma uma importante bateria entre o sangue e o interstício – barreira hemato- encefálica. A formação dessa barreira se deve, em parte, a mudanças estruturais, com a presença de tight junctions e desmossomos entre as células endoteliais e a uma membrana basal relativamente amis densa. O conhecimento dessa barreira tem utilidade clínica, já que, por exemplo, alguns antibióticos não são permeáveis. O fluxo sanguíneo cerebral é finamente controlado, já que o tecido é altamente sensível à hipóxia e, por estar contido em uma estrutura rígida, à hipertensão. Deve ser ressaltado o importante papel do líquido cefalorraquidiano (LCR) no controle da pressão venosa. O LCR, pela ação da gravidade, faz com que o canal raquimedular tenha pressão negativa dentro da cavidade craniana e pressão positiva nas partes mais baixas, semelhante ao que ocorre com intravenosa, impedindo o colapso venoso no crânio e a distensão venosa no segmento inferior da coluna vertebral, além de fazer com que o gradiente de pressão intravascular seja o mesmo em qualquer ponto do segmento. O barorreflexo e a isquemia local aguem muito mais indiretamente, através do controle da pressão artéria sistêmica, do que diretamente sobre os vasos cerebrais. Entretanto, o controle metabólico, principalmente no que diz respeito aos níveis de O2 e mais ainda de CO2, é essencial na regulação local do fluxo cerebral devido ao metabolismo estritamente aeróbico do cérebro. CIRCULAÇÃO ESPLÂNCNICA CONFEREÊNCIA 3 Essa circulação inclui o fluxo sanguíneo a través do próprio intestino e os fluxos sanguíneos através do baço, pâncreas e fígado. Todo o sangue que passa pelo intestino, baço e pâncreas fluem imediatamente para o fígado por meio da veia porta. Embora no repouso 25% do débito cardíaco se direciona para o leito esplâncnico, apenas cerca de 20% do O2 é extraído pelos tecidos perfundidos, de tal forma que reduções de fluxo para este local não causam comprometimento da oferta de O2. A redistribuição de fluxo faz com que 1.5 de sangue se torne disponível para outros territórios. O órgão que dependem da circulação esplâncnica funcionam como um sistema em paralelo, sendo que a drenagem venosa do TGI, baço e pâncreas (70%) se direciona, via veia porta, para o fígado. Portanto, o fígado recebe diretamente 30% do fluxo esplâncnico e, indiretamente, os outros 70%. A drenagem do fígado é feita por veias que confluem e formam as veias hepáticas, que drenam para a veia caba inferior. Dentre os principais mecanismos regulatórios do fluxo sanguíneo esplâncnico poder citar os efeitos neurais e metabólicos clássicos, além do controle humoral por peptídeos como VIP, GIP, colecistocinina, gastrina e glucagon, todos vasodilatadores. CIRCULAÇÃO DO MÚSC. ESQUELÉTICO A musculatura esquelética corresponde a cerca de 40% da massa corporal, dependendo do sexo, idade, nível de atividade física. Embora seja estruturalmente uniforme, a densidade capilar varia de acordo com o tipo de fibra (vermelha ou branca), sendo que muitos formam shunts AV funcionais. No repouso, mesmo com apenas cerca de 1% da superfície capilar esteja disponível para a troca e o tecido apresente baixo consumo de O2, cerca de 25% do débito cardíaco se direciona para a musculatura esquelética. Durante o exercício físico, no entanto, a superfície capilar pode aumentar drasticamente, aumentando o fluxo e a oferta de O2 e nutrientes para um tecido que, nesse momentos, apresenta maior demanda metabólica. Além disso, a musculatura esquelética pode otimizar a taxa de extração de O2, conferindo a este tecido uma alta capacidade de “reserva”. Vale lembrar que, durante o exercício físico, há o aumento do débito cardíaco (descarga simpática e aumento do retorno venoso) e redistribuição para a musculatura esquelética. Sendo assim, além do aumento proporcional no débito cardíaco (podendo chegar a 90% do débito), há o aumento do volume absoluto que é bombeado. Outro fator importante durante o exercício (ciclo de contração-relaxamento) é o aumento dogradiente pressórico artério- venoso, aumentando o fluxo nos capilares da região ativa. Isso ocorre já que, com a contração, há “represamento” transitório do sangue arterial e aumento do retorno venoso. No relaxamento subsequente, em decorrência do retorno venoso prévio, há queda abrupta da pressão venosa somada CONFEREÊNCIA 3 ao aumento transitório da pressão artéria, uma vez que, na contração, há aumenta da resistência vascular local. Dessa forma, o gradiente pressórico durante o relaxamento é bastante elevado, aumentado o fluxo. CIRCULAÇÃO CUTÂNEA Sendo o auxílio na termorregulação a principal função da dessa circulação, os mecanismos de controle de fluxo discutidos anteriormente não são muito importantes para estes tecidos, uma vez que apresentam baixa necessidade de O2 e nutrientes. No repouso, apenas – 5-10% do débito cardíaco se direciona para a circulação cutânea. Existem dois tipos de vasculatura, sendo uma com amplo plexo venoso subcutâneo, com fluxo lento, e outra similar, porém associada a um grande número de anastomoses arteriovenosas. Esta última, presente principalmente nas palmas das mãos, nas plantas do pés e na face, tem grande capacidade de troca de calor. O principal determinando no controle de fluxo na circulação cutânea é a temperatura. Reflexos centrais podem promover vasodilatação de duas formas. Em resposta ao aumento de temperatura: • Vasodilatação passiva – levando a diminuição da atividade simpática • Vasodilatação Ativa – aumento da atividade de fibras simpáticas colinérgicas, promovendo aumento da liberação de bradicinina. Além disso, respostas a variações locais de temperatura podem promover vasomoção. No início do exercício físico há vasoconstrição dos vasos cutâneos, a fim de promover redistribuição de fluxo para os músculos esqueléticos ativos. Entretanto, com o prosseguimento do exercício, há geração de calor, desencadeando reflexos centrais que promover a vasodilatação. Analisar o papel das coronárias e suas subdivisões e relacionar ao ciclo cardíaco, ao papel da inervação autonômica e ao metabolismo. A distribuição de fibras nervosas parassimpáticas (vagais), para o sistema coronariano ventricular, não é muito grande, já a inervação simpática é muito mais extensa nos vasos coronariano. As substancias simpáticas (norepinefrina e epinefrina) podem ter efeitos dilatadores ou constritores na parede dos vasos. Os alfas são constritores e os betas dilatadores, os vasos coronarianos epicárdicos têm predominância do alfa, enquanto as artérias intramusculares do beta. Dessa forma a estimulação simpática pode causar ligeira contrição ou dilatação coronariana geral, mas costuma predominar constrição. Em pessoas com efeitos vasoconstritores alfa pouco intensos, podem apresentar isquemia miocárdica vasoespastica, com dor anginosa. Fatores metabólicos: • Consumo de O2 é o principal controlador do fluxo sanguíneo miocárdico. CONFEREÊNCIA 3 • Efeitos direto da estimulação nervosa reduzem o fluxo coronariano, entretanto o controle metabólico dele superará esses efeitos em segundo. Compreender o papel da veia porta e dos sinusoides hepáticos A VEIA PORTA A veia porta hepática (às vezes chamada simplesmente de veia porta) é uma veia porta no corpo humano que drena sangue do sistema digestivo e de suas glândulas associadas. É um dos principais componentes do sistema venoso porta hepático. É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena sangue para o fígado, e não do fígado. O sangue que entra no fígado vindo da veia porta, depois de ser 'limpado' pelo fígado, vai até a veia cava inferior através das veias hepáticas. A veia mesentérica inferior geralmente não se liga diretamente à veia porta hepática, vindo a drenar na veia esplênica. A veia porta se ramifica em diversas veias que se abrem nos sinusóides hepáticos. O sangue é posteriormente reabsorvido para as veias hepáticas e entra na veia cava inferior. É formada pela união da: Veia Esplênica com a Veia Mesentérica Superior e, muitas vezes, se divide em ramos direito e esquerdo antes de entrar no fígado. Na Veia Esplênica, na maioria das vezes, desemboca a Veia Mesentérica Inferior. A VEIA PORTA fornece a vascularização funcional para o fígado. Entender o funcionamento da microcirculação do trato gastrointestinal e o papel do sistema nervoso autônomo sobre esta Simpático e Parassimpático agem antagonicamente, raramente exclusiva ou sinergisticamente; trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral (equilíbrio). Compreender o papel da pressão intracraniana (PIC) relacionando com a pressão arterial média O conteúdo intracraniano é composto de tecido cerebral (80%), liquor (10%) e sangue (10%). A manutenção da PIC em seus valores normais depende da preservação do volume intracraniano. Qualquer situação que provoque o aumento de volume de um componente intracraniano obriga à diminuição dos outros componentes, para que não ocorra aumento da PIC. O processo de compensação frequentemente ocorre às custas da diminuição do volume de líquor e sangue, uma vez que a massa cerebral é menos compressível. Cerca de 30% da capacidade de diminuição do volume intracraniano é representada pelo líquor, que pode ser deslocado para o espaço espinhal subaracnóideo ou absorvido pelas granulações aracnoides. Quando se esgotam os mecanismos de compensação, como consequência ocorre o aumento da PIC. http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_digestivo http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_venoso_porta_hep%C3%A1tico http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_venoso_porta_hep%C3%A1tico http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava_inferior http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Veias_hep%C3%A1ticas&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_mesent%C3%A9rica_inferior http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_mesent%C3%A9rica_inferior http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sinus%C3%B3ides_hep%C3%A1ticos&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_espl%C3%AAnica http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_mesent%C3%A9rica_superior http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado CONFEREÊNCIA 3 A elevação da PIC, por sua vez, pode provocar a diminuição da perfusão tecidual, levando a agravamento do dano celular por isquemia, tendo como consequência a morte encefálica. Um mecanismo adicional de controle do aumento da PIC em lactentes é o crescimento do perímetro cefálico, o que não os protege do desenvolvimento agudo de HIC. A pressão intracraniana varia com a idade, sendo 8 a 10 mmHg considerados valores normais para lactentes, e valores de PIC inferiores a 15 mmHg considerados normais para crianças maiores ou adultos. Hipertensão intracraniana foi definida como PIC acima de 20 mmHg, que persiste por mais de 20 min em adultos. O Fluxo Sanguíneo Cerebral guarda relação com a pressão de perfusão cerebral e responde a variações da pressão arterial média (PAM), pressão parcial de gás carbônico arterial (paCO2) e pressão parcial de oxigênio arterial (paO2). Queda na paO2 provoca vasodilatação progressiva, podendo ocorrer um aumento de até 300% no FSC, quando a paO2 atinge 25 mmHg. O gás carbônico provoca vasodilatação cerebral. Para cada mmHg diminuído na paCO2, corresponde um decréscimo de 3% no FSC. As respostas às alterações na paCO2 ocorrem de forma rápida, sendo atingido o ponto de equilíbrio em poucos minutos. O FSC é também controlado pelo metabolismo regional, sendo tanto maior o FSC quanto maior o metabolismo de determinada área. Entender o papel dos seios venosos Os seios venosos da dura-matersão corredores venosos com paredes finas e rígidas, tendo escassas válvulas e são localizados no interior de canais ósseos do crânio. Anatomicamente são divididos em um sistema espinhal, que realiza a drenagem da medula espinhal; e outro sistema cranial, que drena o encéfalo e algumas regiões extracranianas. Possuem importância anátomo-clinica e cirúrgica, pois carreiam sangue venoso para veias maxilares, jugulares internas e para os plexos venosos vertebrais. • Analisar a microcirculação cutânea e a ação do sistema nervoso autônoma sobre esta A pele contém essencialmente dois tipos de vasos de resistência: as arteríolas e as anastomoses arteriovenosas. As anastomoses AV desviam o sangue das arteríolas para as vênulas e plexos venosos; assim, elas passam ao largo do leito capilar. Essas anastomoses são encontradas nas pontas dos dedos, nas palmas das mãos, nos dedos dos pés, nas solas dos pés, nas orelhas, no nariz e nos lábios. As anastomoses AV não estão sob controle metabólico e não apresentam hiperemia reativa ou autorregulação do fluxo sanguíneo. Assim, a regulação do fluxo sanguíneo por esses canais anastomosados é governada principalmente pelo sistema nervoso, em resposta à ativação reflexa pelos receptores de temperatura ou pelos centros CONFEREÊNCIA 3 mais superiores do sistema nervoso central. A estimulação das fibras nervosas simpáticas induz à vasoconstrição, e a secção dos nervos simpáticos produz vasodilatação. Fibras nervosas vasodilatadoras parassimpáticas não inervam os vasos sanguíneos cutâneos. Entretanto, a estimulação das glândulas sudoríparas inervadas por fibras colinérgicas simpáticas dilata os vasos de resistência da pele. O suor contém uma enzima que quebra uma proteína (calidina) no fluido tecidual para produzir a bradicinina, polipeptídio com potentes propriedades vasodilatadoras. A bradicinina, formada localmente, dilata as arteríolas e aumenta o fluxo sanguíneo pela pele. A função primária da pele é a de manter o ambiente interno constante e proteger o corpo de variações adversas. A temperatura ambiente é uma das variáveis externas mais importantes com as quais o corpo deve lidar. A exposição ao frio promove vasoconstrição generalizada, produzida especialmente nas mãos e nos pés. Essa resposta é comandada e mediada pelo sistema nervoso. Relacionar as consequências de alterações na pressão arterial média sobre o funcionamento desses órgãos A alteração da pressão, a longo prazo, resulta em infartos e derrames. Os rins são outras partes prejudicadas, pois, ao cumprirem sua missão de filtrar o sangue, acabam sobrecarregados pelo excesso de pressão. Nem mesmo os olhos escapam da ação negativa da doença, afetando a retina e levando a problemas de visão. Mais um risco extra entre quem sofre com a hipertensão é o de sangramento durante uma cirurgia. Cérebro: Se a pressão alta atingir algum vaso do cérebro, existe grande chance de acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame. No caso de muitos pequenos AVCs seguidos pode ocorrer demência de múltiplos infartos – pessoas que têm o problema geralmente sofrem de hipertensão arterial ou diabetes, patologias conhecidas por lesar vasos sanguíneos cerebrais. Olhos: A retina, camada bastante vascularizada que reveste o olho internamente, é responsável pela visão. A hipertensão pode obstruir ou romper os vasos da área, destruindo as células da retina, podendo ocasionar problemas de visão, até mesmo cegueira. Coração: O aumento da pressão arterial faz o coração trabalhar mais para bombear o sangue. Por ser um músculo, quanto mais força o órgão faz, maior fica. Esse aumento de tamanho dificulta a distribuição de oxigênio e de nutrientes. Se um dos vasos do coração ficar comprometido devido à hipertensão, a circulação no local é prejudicada e pode ocorrer infarto (morte do músculo). O maior esforço exigido do músculo cardíaco também pode levar à insuficiência cardíaca, que resulta em falta de ar e inchaço nos tecidos. CONFEREÊNCIA 3 Rins: Esses órgãos estão repletos de vasos sanguíneos. Se a pressão se eleva, os vasos podem se danificar e diminuir o fluxo de sangue no local, causando a atrofia dos rins. A força do sangue também alarga os pequenos poros dos rins e permite que algumas proteínas saiam pela urina, comprometendo a função dos órgãos gradativamente. Isso pode desencadear insuficiência ou paralisia renal e gerar a necessidade de diálise (procedimento feito por meio de aparelhos que substituem os rins). Ossos: A perda da função renal desencadeada pela hipertensão faz com que mais cálcio seja excretado na urina, o que pode resultar na fraqueza dos ossos, manifestada por dores e fraturas. • Associar alterações fisiológicas a patologias como angina, infarto do miocárdio, angiogênese, hipertrofia, choque, hipertensão intracraniana, cirrose hepática, e isquemia/gangrena. Angina: A angina (ou angina pectoris) se manifesta com uma forte dor torácica causada pela falta de oxigênio no coração. Muitas vezes vem acompanhada de uma sensação de aperto e queimação, que se prolonga um pouco acima do tórax e pode se espalhar para os braços, costas e pescoço. Trata-se de um conjunto de sintomas provocados pela limitação da irrigação e baixo suprimento de oxigênio ao músculo cardíaco. Essa insuficiência ocorre em razão do estreitamento das artérias que levam sangue ao órgão. A evolução do caso de angina pode provocar um infarto. Infarto do miocárdio: ataque cardíaco é na realidade se referindo a um coágulo que interrompe o suprimento sanguíneo para uma parte do coração, criando uma condição conhecida como Isquemia. Em termos médicos, um ataque cardíaco é chamado de infarto do miocárdio (IM), referindo-se a uma área do músculo cardíaco que está morrendo por falta de suprimento sanguíneo. Angiogênese: é o processo pelo qual novos vasos sanguíneos se desenvolvem, sobretudo após o nascimento. Em crianças, o crescimento de vasos sanguíneos é necessário para o desenvolvimento normal. Em adultos, a angiogênese ocorre durante a cicatrização de um ferimento e no crescimento do revestimento uterino após a menstruação. A angiogênese também ocorre com a prática regular de exercícios, aumentando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e para os músculos esqueléticos. O crescimento de tumores malignos é um estado patológico que requer angiogênese. Quando as células cancerígenas invadem os tecidos e se multiplicam, elas instruem o tecido hospedeiro a desenvolver novos vasos sanguíneos para “alimentar” o tumor em crescimento. Sem esses novos vasos, as células do interior de uma massa tumoral seriam incapazes de obter oxigênio e CONFEREÊNCIA 3 nutrientes adequadamente, e morreriam. A partir dos estudos de vasos sanguíneos normais e células tumorais, os cientistas descobriram que a angiogênese é controlada por um balanço entre citocinas angiogênicas e antiangiogênicas. Um número de fatores de crescimento relacionados, incluindo o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) e o fator de crescimento de fibroblastos (FGF), promovem angiogênese. Esses fatores são mitógenos, ou seja, eles promovem mitose ou divisão celular. Eles são geralmente produzidos por células musculares lisas e pericitos. Em contrapartida, a doença cardíaca coronariana, também conhecida como doença arterial coronariana, é uma condição na qual o fluxo sanguíneo para o miocárdio é diminuído pela deposição de gordura, o qual diminui o lúmen das artérias coronárias. Em alguns indivíduos, novos vasos sanguíneos desenvolvem-se espontaneamente e formam a circulação colateral, que supre o fluxo através da artéria parcialmente bloqueada.Cirrose hepática: sintomas - mãos vermelhas (eritema palmar), já que fígado deixa de metabolizar hormônios que contraem os vasos, então eles se dilatam e causam essa vermelhidão; urina escura (aumento de bilirrubinas); branco do olho fica amarelo, dilatações vasculares, ascite (barriga d’água); pontas dos dedos em forma de relógio, ginecomastia, já que os hormônios femininos deixam de ser eliminados. OBS: pelo fígado passa o todo o sangue do aparelho digestivo, e quando ele endurece causa varizes impedindo o fluxo sanguíneo, onde essas varizes podem se romper e causar hemorragia. Gangrena: é causada pela morte dos tecidos devido à falta do fluxo sanguíneo (isquemia). Isto pode ser causado pelas doenças a longo prazo que conduzem para danificar aos vasos sanguíneos como o diabetes ou devido a ferimento do vaso sanguíneo como nas queimaduras ou os ferimentos que levam a umas infecções mais profundas do tecido. Estas infecções fazem com que a peça inche acima a condução à oclusão de vasos sanguíneos.
Compartilhar