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Semiologia Neurológica Anamnese 1- Identificação: Nome Idade Sexo Estado civil Cor Profissão Naturalidade Residência atual e anterior Religião 2- Queixa principal 3- História da doença atual (HDA) Ordem cronológica Exames, tratamentos da doença atual Confirmar história ao final do relato Análise de um sintoma: localização, início (súbito ou gradativo), fator desencadeante; duração; localização, intensidade, frequência; fatores de melhora e de piora; relação com outras queixas; evolução; situação atual. Medicamentos em uso, exames complementares, doenças crônicas relevantes para o caso. 4- Revisão dos Sistemas Sintomas gerais: febre, alteração de peso, sudorese, calafrios, edema, cãibras. Cabeça: cefaleia, traumatismo, tontura, vertigem, desmaio, convulsões, alopecia, tumorações. Olhos Ouvidos Sistema nervoso: desmaios, convulsões, paralisia, parestesias, perda de sensibilidade, tremores, automatismos, amnésia, disfonia, disartria, dislalia, distúrbios da marcha. 5- Antecedentes pessoais fisiológicos – APF Gestação e nascimento 6- Antecedentes pessoais patológicos – APP Doenças da infância Doenças em geral Internações e cirurgias Traumatismos Alergias Imunizações 7- Antecedentes familiares – AF “Seus pais são vivos?” Estado de saúde dos pais, irmãos, filhos Óbitos na família 8- Hábitos e condições socio-econômicas e culturais – HVCSEC Trabalho Moradia Alimentação Higiene Padrões de sono Relacionamentos Uso de drogas e álcool Animais de estimação Exame físico Estado mental Aspecto geral e comportamento Fala e linguagem Humor Pensamentos e percepções Cognição, incluindo memória, atenção, informação e vocabulário, cálculos, raciocínio abstrato,bem como capacidade construcional Sinais vitais: PA FC FR Marcha Caminhar pelo espaço; caminhar na ponta dos pés e calcanhares; um pé na frente do outro em linha reta. Marcha ebriosa: “marcha de um bêbado”; Marcha vestibular: desvia para o lado da lesão; Marcha talonante: passos altos, com arremesso do pé para diante, bate com força no solo; Marcha anserina ou miopática: oscilação exagerada do quadril; Marcha hemiparética: arrasta a parte anterior e lateral do pé, descrevendo um arco no solo; Marcha em tesoura (paraparética): espasticidade importante dos adutores das coxas, provocando adução exagerada dos membros inferiores, de modo que os joelhos podem-se cruzar a cada passo; Marcha escarvante: levantam acentuadamente a coxa e estendem a perna, arremessando o pé para frente, a fim de que os artelhos não arrastem no solo Marcha parkinsoniana: postura encurvada, joelhos flexionados; Marcha dispráxica: caminha como se os pés estivessem colados no chão; Astasia-abasia Talâmica: queda contralateral à lesão; Marcha hipercinética (coreica): grotesca e dançante; Marcha funcional ou conversiva (não orgânica): na ponta dos pés Tônus Grau de contração de um músculo durante o estado de repouso Observação da postura e movimentação passiva de suas articulações Realizar todos os movimentos possíveis de todas as articulações Escala modificada de Ashworth: Grau Característica do tônus 0 Tônus muscular normal 1 Leve aumento do tônus explicitado por tensão momentânea ou por mínima resistência no final da ADM, quando o segmento afetado é movimentado em flexão ou extensão. 1+ Leve aumento do tônus explicitrado or tensão abrupta, seguida de mínima resistência em menos da metade da ADM restante 2 Aumento do tônus mais pronunciado durante a maior parte da ADM, mas o segmento afetado é facilmente movimentado 3 Aumento considerável do tônus, tornando o movimento passivo difícil 4 Região afetada permanece rígida em flexão ou extensão Trofismo Inspeção e palpação Força Muscular Resistir aos movimentos do examinador; Pescoço: encostar o queixo no tórax e examinador faz força na testa; Coluna: estender a coluna para que o apêndice xifoide não encoste na maca; Abdome: tenta sentar-se e examinador opõe força sobre a porção superior do tronco; Tórax: pedir para tossir para avaliar fraqueza diafragmática; Ombro e escápula: elevar o ombro contra a resistência. Tentar afastar os braços, com eles estendidos; Cotovelo: braços em posição semifletida. Aplicar força. Pulso: mão supinada e fechada; Quadril: Joelho: flexão da coxa em posição ventral em 50º e 90º e oferece resistência. Em decúbito dorsal: examinador passa o seu braço sob a perna a ser avaliada, repousando a mão sobre a outra perna. Com a mão contralateral, o examinador opõe força sobre a tíbia distal. Tornozelo: pressiona a região dorsal do pé com o paciente fazendo a dorsiflexão. Paciente tenta fazer a inversão contra resistência do examinador, que deve estabilizar a perna Pé: inversão e eversão; Manobras de sensibilização: · Provas de parada e fenômeno de rebote · Prova dos braços estendidos (Mingazzini) · Manobra de Barré MMSS · Manobra de Raimiste · Manobra de rolamento · Mingazzini MMII · Barré MMII · Prova da queda do membro inferiro em abdução. Grau 0 = ausência de contração muscular (paralisia) Grau 1 = presença de contração muscular sem deslocamento de segmento (a contração é perceptível apenas à palpação) Grau 2 = contração muscular com deslocamento de segmento, desde que eliminada a ação da gravidade Grau 3 = movimento ativo contra a ação da gravidade Grau 4 = movimento com capacidade para vencer uma resistência Grau 5 = movimento ativo normal Coordenação e equilíbrio Prova índex-nariz Prova índex-índex Prova calcanhar-joelho Prova artelho-dedo Movimentos rápidos e alternados: tocar a ponta de cada dedo; bater a palma e dorso da mão na coxa Romberg Reflexos Escala de respostas reflexas NINDS Resposta ausente 0 R leve resposta ou após reforço (hipoativo) +1 R normal +2 R aumentado, não necessariamente patológico (vivo) +3 R exaltado com clono +4 R = reflexo R orbicular dos olhos R orbicular dos olhos R de extensão cervical R do bíceps braquial (bicipital) R do tríceps braquial (tricipital) R supinador longo (estilorradial, braquiorradial) R dos pronadores (cúbito-pronador, rádio- pronador) R flexor dos dedos – manobra de Hoffmann R abdominais (abdominais profundos) R patelar e subpatelar R adutor da coxa R aquileu: sempre fazer flexão plantar R cutâneo plantar – sinal de Babinski R primitivos patológicos Sensibilidade Trato espinotalâmico (lateral) · Temperatura · Dor Sistema coluna dorsal-lemnisco medial (posterior) · Vibração · Propriocepção · Tato epicrítico (toque discriminativo) Medial · Tato protopático · Pressão Comparar sempre os dois lados Comparar áreas distais e proximais Durante a avaliação da percepção vibratória e da propriocepção, testam-se primeiro os dedos das mãos e dos pés. Se estiverem normais, pode-se pressupor com segurança que as áreas mais proximais também estarão normais Tátil: com chumaços de algodão ou gaze; Térmica: dois tubos, um quente e um frio; Dolorosa: com instrumentos pontiagudos; Discriminação tátil: distância entre pontos. Estereognosia: reconhecer a forma dos objetos; Vibratória: diapasão sempre em articulações. Iniciar de distal para proximal; Grafestesia: desenhar; Pressão: toque profundo. Comparar mebros; Propriocepção: Demonstre “para cima” e “para baixo” enquanto move o hálux do paciente. A seguir, com o paciente com os olhos fechados, solicite que ele informe se o dedo está sendo mobilizado para cimaou para baixo. Repetir várias vezes Referência JUNIOR, et al. Semiologia Neurológica: Unicamp. 1 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2017
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