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Gabarito das Autoatividades
FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA
(PEDAGOGIA)
2011/1
Módulo III
3UNIASSELVI
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA
UNIDADE 1
TÓPICO 1
Agora que você descobriu a importância de Saussure na sistematização da 
Linguística Moderna, convido você para aprofundar as seguintes questões:
1 Pesquise a definição de Linguística e comente de modo pormenorizado 
seu campo de investigação.
R.: A Linguística é o estudo científico da língua entendida como sistema que 
permite a comunicação entre os seres humanos. Esse sistema linguístico 
que possibilita a comunicação entre as pessoas pode ser estudado em seus 
variados níveis, tais como: fonologia, fonética, morfologia, sintaxe, semântica 
e pragmática, com metodologias específicas para cada um desses níveis. 
Note que esses níveis que formam o sistema linguístico são estudados 
separadamente por questões metodológicas. Na verdade, a língua é 
processada globalmente, embora o processo aquisitivo da linguagem mostre 
que os componentes fonológicos e morfológicos, mesmo os mais iniciais, 
são revestidos de significação e permitem a compreensão da mensagem 
entre emissor e receptor. É só verificar como os bebês se comunicam com 
seus pais.
2 O que significa estudar a língua do ponto de vista da Linguística e da 
Gramática Normativa? Quais são as diferenças que existem entre essas 
duas áreas, na análise da língua?
R.: Essa questão procura esclarecer os critérios que regem as funções ou o 
papel do linguista e do gramático que atuam como profissionais ou cientistas 
da língua. O linguista tenta explicar determinados usos linguísticos e as 
causas que provocam, por exemplo, determinadas mudanças na língua, 
independente de o gramático “querer ou não querer”. O linguista está 
interessado em verificar como determinados usos linguísticos passam a fazer 
parte do cotidiano das pessoas, mesmo que não sejam aqueles usados pela 
elite. Por sua vez, o gramático formula os padrões de correção dos usos 
gramaticais e concebe a língua como normas prescritas aos falantes, normas 
rígidas de uso dessa língua. Desse modo, a língua é vista como o conjunto 
de regras do seu funcionamento e que devem ser observadas pelo falante. 
Como podemos ver, os gramáticos apresentam o funcionamento de uma 
determinada língua, formalizando ou descrevendo suas regras nos tradicionais 
manuais de Gramática de Língua Portuguesa. Já a Linguística é descritiva 
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e não prescritiva, pois o que os linguistas procuram fazer é interpretar os 
dados da experiência linguística dos falantes e dos fatos linguísticos das 
comunidades de fala.
3 Como a Linguística avalia a questão do “certo” e do “errado” em relação 
aos usos linguísticos orais (a fala das pessoas)?
R.: O linguista procura, a partir dos fatos linguísticos gerados pelos falantes, 
apresentar explicações que esclareçam sua origem e pertinência. Não cabe 
ao linguista julgar se os usos linguísticos recorrentes nas comunidades de 
fala são corretos ou errados. Os usos linguísticos estabelecem-se no nosso 
cotidiano por critérios que fogem da alçada do professor de Língua Portuguesa 
ou do linguista. A língua reflete aspectos psicológicos e socioculturais de seus 
falantes, inseridos num determinado contexto social, histórico e econômico. 
A língua não é estática, mas dinâmica, e está em constante pressão que é 
exercida pelos usuários, em nível externo ou interno. 
TÓPICO 2
1 Pesquise o conceito de signo linguístico e formule uma definição.
R.: O signo linguístico é uma entidade psíquica formada por duas faces: o 
conceito e a imagem acústica. A imagem acústica é a impressão psíquica 
desse som, ou, em outros termos, é o significante. O conceito é o significado. 
Desse modo, o signo une um conceito a uma imagem acústica (significante), 
que é a parte física ou material do signo.
2 Conceitue o que é signo cultural e natural e exemplifique. 
R.: O signo natural é produzido por indícios físicos como a fumaça, a trovoada, 
as nuvens escuras, os rastros, o som, o cheiro, a luz etc. Também podemos 
ter signos em forma de sintomas fisiológicos, como a pulsação, a contração, a 
dor, a febre, a fome, o suor etc. Os signos culturais ou convencionais envolvem 
a existência de uma cultura já estabelecida, da qual eles são o resultado e a 
expressão, o produto e o instrumento a um só tempo. Esses signos podem 
apresentar-se em forma de ícone, símbolo ou signo. É importante notar 
que o signo cultural é criado para alguma finalidade de comunicação ou de 
significação. Os signos naturais são gerados pela própria natureza, sem a 
intervenção criadora do homem. 
3 Descreva de que modo Saussure (1916) explica a arbitrariedade do signo. 
Por que dizemos que o signo linguístico é arbitrário?
R.: O signo é considerado arbitrário por resultar da associação de um 
significante a um significado. Assim, a ideia de “pé” não está ligada por 
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nenhuma relação à cadeia de sons [p] + [e] que lhe serve de significante; 
podia ser representada por qualquer outra. Podemos verificar isso ao 
observarmos as diferenças entre as línguas e a própria existência de línguas 
diferentes: o significado “rua” tem como significante os fonemas [‘Rua] de um 
lado da fronteira e [‘kalʎe] do outro. Saussure nos dá o exemplo da palavra 
francesa “boeuf” (boi) que tem por significante “b-õ-f” de um lado da fronteira 
franco-germânica e “o-k-s” (ochs) do outro. No entanto, ambas as palavras 
apresentam a mesma significação que nós temos do animal representado 
que é “boi”.
4 Interprete a seguinte afirmação: “Os signos linguísticos funcionam por 
meio de um sistema de oposições mútuas”.
R.: O significado das palavras “caça” e “taça” deve-se à diferença dos fonemas 
/c/ e /t/. Essa diferença é suficiente para gerar uma oposição que permite 
que se distingam dois significados. Esse processo fica mais claro quando 
verificamos como funcionam as relações sintagmáticas e paradigmáticas. Em 
“mar”, por exemplo, podemos gerar a partir da substituição do primeiro fonema 
“m” que forma a palavra “mar”, outras palavras tais como: “par”, “lar”, “bar”. 
 
TÓPICO 3
1 Leia atentamente os textos do Tópico 3 e conceitue os seguintes termos:
 
a) Multidisciplinaridade: na multidisciplinaridade (ou pluridisciplinaridade), 
várias disciplinas analisam um dado objeto, sem que haja ligação necessária 
entre essas abordagens disciplinares.
b) Interdisciplinaridade: a interdisciplinaridade pressupõe uma convergência, 
uma complementaridade, o que significa, de um lado, a transferência de 
conceitos teóricos e de metodologias e, de outro, a combinação de áreas. Com 
frequência, a interdisciplinaridade dá origem a novos campos do saber, que 
tendem a disciplinarizar-se. A bioquímica, unindo biologia e química, estuda 
os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. A sociobiologia 
é a tentativa de explicar biologicamente os comportamentos sociais. Em 
resumo, a interdisciplinaridade visa criar um “objeto novo” que não pertença 
a ninguém.
c) Transdisciplinaridade: o prefixo “trans” diz respeito àquilo que está ao 
mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além 
de qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo, para o qual 
uma das condições fundamentais é a unidade do conhecimento.
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d) Pluridisciplinaridade: tem o mesmo significado de multidisciplinaridade. 
São várias disciplinas que analisam um dado objeto, sem que haja ligação 
necessária entre essas abordagens disciplinares. A pluridisciplinaridade 
diz respeito ao estudo de um objeto de uma mesma e única disciplina por 
várias disciplinas ao mesmo tempo. Por exemplo,um quadro de Giotto pode 
ser estudado pela ótica da história da arte, em conjunto com a da física, da 
química, da história das religiões, da história da Europa e da Geometria. 
TOPICO 4
1 A partir da leitura do tópico, formule um conceito de Psicolinguística.
R.: A Psicolinguística nasce do encontro de dois campos científicos: a 
Psicologia e a Linguística. Sendo assim, ela reúne os fundamentos empíricos 
da Psicologia e da Linguística para estudar os processos mentais que 
subjazem à aquisição e ao uso da língua(gem).
2 Explique/comente qual é a relação da Psicolinguística com a Aquisição da 
Linguagem?
R.: Como a Linguística abarca o estudo da língua e esta é desenvolvida no 
cérebro, era necessário desenvolver metodologias que explicassem o modo 
como era processada a língua. Dentre muitos temas que podem ser objeto 
de estudo da Psicolinguística, uma dessas áreas que ganhou fortíssimo 
interesse foi a aquisição da língua. As justificativas devem-se a uma série de 
fatores, tais como: a aquisição da língua materna, a aprendizagem de línguas 
estrangeiras, a necessidade de elaboração de métodos que proporcionassem 
a aprendizagem de línguas. É por isso que a Psicolinguística fez com que 
a área da aquisição da linguagem se desenvolvesse tanto, a tal ponto de 
constituir uma área praticamente autônoma de estudos nos dias atuais. 
3 Explique/comente o tipo de contribuição que a Psicolinguística proporciona 
para o pedagogo?
R.: A Psicolinguística contribui para as explicações sobre o processamento 
da linguagem, ao investigar a predisposição biopsicológica do ser humano 
à cognição e ao aprendizado de uma língua. Quanto às contribuições para 
o trabalho do pedagogo, estas são múltiplas. Destacamos algumas dessas 
contribuições: 
- estudos aprofundados sobre o desenvolvimento da linguagem e de 
metodologias desde a idade precoce para desenvolver a alfabetização;
- a compreensão do funcionamento do cérebro para entender os processos 
aquisitivos da leitura e da escrita; 
-conhecer os mecanismos que desencadeiam a disfunção da leitura 
(dislexia).
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4 Leia/reflita/pesquise e formule uma interpretação para o parágrafo que 
segue: 
 “A Psicolinguística entrou numa fase cognitivista porque passou a 
considerar também os fatores semânticos e pragmático-discursivos, 
antes deixados à margem”.
R.: A abordagem cognitivista rejeitou a centralidade e a independência da 
gramática, sustentando não somente que a capacidade cognitiva descrita 
pelos estudos da gramática sobre a competência é apenas uma das 
manifestações da linguagem humana, mas também que não é mais importante 
que outros sistemas cognitivos ou comportamentais envolvidos na aquisição 
e uso da linguagem. Da fase comportamentalista, baseada na tese “estímulo-
resposta-reforço” formulada por Skinner, passando pelo modelo de Chomsky 
que propõe a existência de um “falante-ouvinte nativo ideal”, defendendo a 
tese inatista dos universais linguísticos e, mais recentemente, considerando as 
teorias que levam em conta os processos mentais mediados pela linguagem 
verbal, as pesquisas experimentais têm contribuído com conhecimentos que 
permitem novas concepções metodológicas, sobretudo no que diz respeito à 
orientação de procedimentos para desenvolver de forma mais eficaz aquelas 
habilidades imprescindíveis à inserção dos indivíduos na cultura letrada.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Explique/comente as diversas concepções de aquisição da linguagem. 
R.: As principais concepções epistemológicas acerca da aquisição da lin-
guagem são basicamente três. A primeira é chamada de empirista, e teve no 
behaviorismo a explicação de como ocorrem os processos de aprendizagem. 
Segundo essa corrente, a aprendizagem é resultado do estímulo fornecido 
pelo meio ambiente, traduzido em determinadas respostas. A segunda cor-
rente é inspirada no racionalismo e apresenta a tese de que a linguagem é 
inata. O inatismo permeia os trabalhos de Chomsky, conseguindo enorme 
repercussão quanto à explicação de como a criança adquire efetivamente 
a linguagem. A terceira corrente baseia-se no cognitivismo, traduzido pelos 
diversos interacionismos inspirados em Piaget e/ou Vygotsky. A abordagem 
conexionista inspira-se em modelos matemáticos e serve-se das redes neu-
rais como suporte para a implementação de programas de aprendizagem. A 
simulação da aprendizagem leva em conta a exposição a insumos ou dados 
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do sujeito que aprende. A aprendizagem é resultado do treino para equili-
brar os pesos até que as redes respondam adequadamente aos resultados 
esperados. 
2 Sintetize os principais fatores propostos por Scliar-Cabral (1991) quanto 
ao desenvolvimento da linguagem. 
R.: Há consenso entre os defensores das diversas correntes psicolinguísticas 
de que a aquisição da linguagem leva em conta três fatores fundamentais, a 
saber: o inatismo, a maturação e o ambiente. Esses três fatores devem ocorrer 
de modo concomitante e de forma equilibrada para proporcionar o desenvol-
vimento da linguagem. Um dos fatores que contribui para o desenvolvimento 
da linguagem refere-se ao ambiente ou meio social. A criança inserida em 
um determinado contexto social será portadora daquela variedade linguística 
que poderá não ser aquela que a sociedade mais valoriza. É nesse momento 
que a escola deve saber propor alternativas que contribuam para o pleno 
desenvolvimento da criança, independente de sua procedência social. 
3 O que é período crítico?
R.: O período crítico ou sensível é o tempo no qual é possível estabelecer 
uma relação entre um estado de desenvolvimento do organismo e os efeitos 
vinculados à presença ou à ausência de um determinado tipo de experiência. 
O córtex cerebral a partir do nascimento do bebê apresenta um número redu-
zido de conexões entre neurônios, mas multiplicam-se exponencialmente a 
partir da experiência, formando complexos circuitos neurais, cuja plasticidade 
atinge um ponto alto, em momento definido maturacionalmente, após o qual 
é abrupta ou gradativamente reduzida, impedindo ou dificultando o desenvol-
vimento de determinadas habilidades viabilizadas no programa biológico. 
4 Que concepção de período crítico cada abordagem apresenta?
R.: A concepção de linguagem defendida pelos behavioristas é inconsistente 
com a postulação de um período crítico para a aprendizagem da linguagem 
na infância, em comparação com o que ocorre na vida adulta não era uma 
questão colocada quando o behaviorismo dominava os campos de estudo 
da Psicologia e da Linguística. 
Para os gerativistas, o período crítico ou sensível é o tempo no qual é possível 
estabelecer uma relação entre um estado de desenvolvimento do organismo 
e os efeitos vinculados à presença ou à ausência de um determinado tipo de 
experiência. O córtex cerebral a partir do nascimento do bebê apresenta um 
número reduzido de conexões entre neurônios. Contudo, essas conexões 
multiplicam-se exponencialmente a partir da experiência, formando complexos 
circuitos neurais, cuja plasticidade atinge um ponto alto, em momento defini-
do maturacionalmente, após o qual é abrupta ou gradativamente reduzida, 
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impedindo ou dificultando o desenvolvimento de determinadas habilidades 
viabilizadas no programa biológico. 
Para os construtivistas piagetianos, depois da idade em média, ideal (até 
os três, quatro anos), a aquisição da linguagem torna-se cada vez mais di-
fícil, sobretudo pelos problemas emocionais que a vida social determina. A 
ausência da linguagem ainda é confundida com a ausência de inteligência, 
embora Piaget tenha mostrado várias vezes que isso não é verdade. Depois 
do período de especificação dos neurônios, por volta de doze anos, então, 
a dificuldade aumenta muitíssimo. 
Vygotsky crítica osmodelos apresentados, referindo-se à separação que 
é feita quando se estuda a origem e desenvolvimento da fala do estudo da 
origem do pensamento prático na criança. Vygotsky acredita que os signos 
não podem ser estudados isoladamente do uso dos instrumentos. Para ele, 
a fala e o pensamento prático devem ser estudados conjuntamente e atribui 
à atividade simbólica, viabilizada pela fala, uma função organizadora do pen-
samento. O autor assim resume sua posição: com a ajuda da fala, a criança 
aprende a controlar o ambiente e o próprio comportamento. 
Para os conexionistas, os neurônios se especializam à medida que o ser 
humano se desenvolve para aquelas determinadas necessidades a que o 
seu cérebro é submetido. Caso esses neurônios não sejam submetidos a 
essas exigências impostas pelo instinto de sobrevivência e de comunicação, 
vão enfraquecendo ou vão sendo desativados. Se esses neurônios não são 
expostos a um certo input regular, não há possibilidade de gerarem respostas 
num grau de significação. 
 
5 Comente de que modo a escola e os professores podem contribuir para a 
formação de uma política pedagógica que valorize as manifestações linguís-
ticas e culturais dos alunos.
Resposta pessoal. (Socialização de ideias)
TÓPICO 2
1 Por que os linguistas criaram o alfabeto fonético internacional IPA?
R.: Os linguistas criaram o IPA como um instrumento convencionalizado 
que pode ser usado em todo o mundo para descrever as línguas em termos 
fonéticos. 
2 Por que é importante compreender o funcionamento do sistema fonético?
R.: A criação do sistema fonético proporcionou condições de descrever as 
características particulares de fala dos usuários. O sistema fonético demons-
trou que os falantes não falam do mesmo jeito, mesmo que sejam membros 
de uma mesma família. 
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3 Qual é a diferença entre sistema fonológico e sistema fonético? 
R.: Troubetzkoy estabeleceu a distinção entre fonética, ciência que estuda 
os sons da fala sem se preocupar com seu papel na língua à qual pertence, 
e fonologia, ciência que estuda os sons em função de seu conjunto em uma 
determinada língua. A forma sistemática como cada língua organiza os sons 
é o objeto de estudo da fonologia. Cabe à fonologia dedicar-se ao estudo 
dos sistemas de sons, de sua descrição, estrutura e funcionamento. Cabe à 
fonologia analisar a forma das sílabas, morfemas, palavras e frases, como 
se estabelece a relação “mente e língua” de modo que a comunicação se 
processe. Portanto, o sistema fonológico apresenta o conjunto dos fonemas 
que fazem parte da estrutura de determinada língua, enquanto o sistema 
fonético foi criado para descrever de modo minucioso a fala das pessoas. 
4 O que é fonética e como essa área se subdivide? Resuma brevemente 
cada área da fonética.
R.: A fonética é a ciência que apresenta os métodos para a descrição, 
classificação e transcrição dos sons da fala, principalmente aqueles sons 
utilizados na linguagem humana. A fonética pode subdividir-se em diversas 
áreas, tais como: 
a) Fonética articulatória: área que estuda a produção da fala do ponto de 
vista fisiológico e articulatório. Procura concentrar-se mais no estudo dos 
mecanismos da fonação (emissão) e da audição (recepção) e apoia-se na 
anatomia e na neurologia.
b) Fonética perceptiva: interessa-se pela recepção e integração dos sons 
da linguagem. Refere-se a teorias acústicas de audição, bem como à psico-
logia sensorial e experimental e à psicologia física. Em resumo, a fonética 
perceptiva estuda a percepção da fala.
c) Fonética acústica: o termo acústico provém do grego “akoustikos” e 
concerne à audição. Seu objeto de estudo é a base física da transmissão 
dos sons, ou seja, estuda as propriedades físicas dos sons da fala a partir 
de sua transmissão do falante ao ouvinte. Teve grande impulso com o de-
senvolvimento da eletrônica.
d) Fonética instrumental: estuda as propriedades físicas da fala a partir de 
instrumentos laboratoriais.
TÓPICO 3
1 Explique/descreva quais são os processos psicolinguísticos implicados na 
aprendizagem da leitura.
R.: Os principais processos implicados na leitura são descritos por Scliar-
Cabral e consistem em: 
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a) Motivação: ao decidirmos o que ler, leva-se em conta o tipo de assunto 
que nos interessa: notícias esportivas, políticas, literatura, propagandas.
b) Pré-leitura: trata-se da seleção do esquema mental a fim de atribuirmos 
o sentido adequado às palavras do texto. Por exemplo, a palavra “ponte”, 
para sabermos exatamente de que se trata é preciso verificar o contexto em 
que esta palavra se insere. 
c) Movimento de fixação e sacada para fatiar a frase: quando o indivíduo 
já está alfabetizado não se fixa em letras isoladas apenas, mas processa 
frases completas, delimitadas por marcadores tais como parágrafo, 
maiúsculas, sinais de pontuação e/ou conectivos (conjunções, pronome 
relativo e preposições que separam orações). 
d) Reconhecimento das letras, atribuição dos valores aos grafemas 
e identificação do vocábulo (descodificação): a função dos grafemas 
é distinguir significados e são formados por uma ou mais letras, como o 
grafema “p”, ou “nh”. Reconhecemos as letras porque é possível percebermos 
a combinação de traços verticais, horizontais ou inclinados com metades 
de círculos, em relação a uma linha real ou imaginária: a rotação destas 
combinações permite, ainda, outra grande economia no reconhecimento e 
identificação das letras. 
e) Atribuição do sentido às palavras, às frases e ao texto: chega-se à 
compreensão do texto, articulando as palavras nos diversos níveis (morfos-
sintático, semântico e pragmático) no devido contexto discursivo. 
f) Interpretação do texto: a interpretação do texto depende do cruzamento 
de vários conhecimentos anteriores com o que se apreendeu do texto lido.
g) Retenção: os conhecimentos adquiridos a partir da leitura de um texto 
passam a ser estruturados nas diversas memórias que constituem a cognição 
humana. O entendimento de um texto depende, fundamentalmente, de termos 
algum tipo de conhecimento prévio sobre os assuntos e é medido pela rede 
estruturada de sentidos que a ele se referem.
2 Explique o que é ler pela via fonológica e/ou lexical.
R.: A leitura pela via fonológica, a pronúncia da palavra é construída segmento 
a segmento por meio da aplicação de regras de correspondência grafofonê-
mica. O acesso ao significado é alcançado mais tarde, quando a pronúncia 
da palavra (sua forma fonológica) ativa o sistema semântico. Contudo, pode 
haver leitura sem que haja acesso ao significado. Assim, na via fonológica, 
a pronúncia construída por meio da conversão de segmentos ortográficos 
em fonológicos, e o acesso ao significado, caso ocorra, é alcançado mais 
tarde, pela mediação da forma fonológica da palavra. À medida que o leitor se 
torna mais competente, o processo de conversão de segmentos ortográficos 
em fonológicos torna-se progressivamente mais automático e usa maiores 
sequências de letras como unidades de processamento.
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A leitura pela via lexical faz o processamento ideovisual direto, isto é, leitura 
não mediada pela falta ou imagem auditiva das palavras, e funciona melhor 
com palavras muito comuns, não importando se são regulares ou não do ponto 
de vista grafofonêmico. A via fonológica faz a decodificação grafofonêmica, 
isto é, leitura mediada pela fala, e funciona melhor com itens grafofonicamente 
regulares, não importando se são palavras grofofonicamente irregulares. O 
objetivo das duas vias é fazer acesso ao léxico, uma espécie de dicionário 
mental ilustrado que permite compreender o que está escrito. 
TÓPICO 4
1 Visite uma escola de sua comunidade e entreviste a(s) professora(s) 
alfabetizadora(s) sobre o seu jeito deensinar. A partir da entrevista, elabore 
um texto de duas páginas, sobre os princípios fundamentais que são ne-
cessários para que a criança aprenda a ler e escrever de maneira eficaz. 
Depois de terminada a tarefa, socialize os resultados do seu trabalho com 
seus colegas.
R.: Resposta pessoal.
2 Ao ler o Tópico 4, elabore um texto enfatizando quais aspectos são funda-
mentais para que ocorra a aprendizagem da leitura e quais são essenciais 
para que ocorra a aprendizagem da escrita.
R.: Sabe-se que a aprendizagem da leitura e da escrita ocorre, normalmente, 
mediante a instrução explícita do código alfabético, durante o processo de 
alfabetização. Para os construtivistas, essa é a abordagem que vigora oficial-
mente no Brasil. A aprendizagem da leitura dá-se pela via lexical. Isso significa 
dizer que o método implicado é o global, isto é, leva-se em conta a palavra. 
Para aqueles que defendem a metodologia fônica, a aprendizagem da leitura 
dá-se pela ênfase na relação grafema (letra) e fonema (som). Os defensores 
da metodologia fônica insistem que a leitura ocorre, de fato, quando o aprendiz 
descobre o princípio fonético-alfabético. Ou seja, a metodologia centra-se no 
ensino das relações entre grafema (letra) e fonema (som). Na verdade, as 
metodologias de alfabetização são muito difusas, e se o profissional é bem 
preparado, sabe tirar proveitos de ambas as abordagens. Agora, o fato é que 
no Brasil, os resultados em relação à alfabetização das crianças são críticos, 
pois temos crianças que atingem a quarta série e não sabem ler. 
Frith defende que há três estratégias básicas para se lidar com a palavra es-
crita, que evoluem à medida que a criança passa por três etapas da aquisição 
da leitura e escrita. A primeira estratégia é a logográfica, que se desenvolve 
na fase “logográfica” por meio de pistas não alfabéticas (cores, formato da 
palavra). A segunda estratégia é a fonológica, que se desenvolve na fase 
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alfabética. Esta estratégia implica analisar a palavra em seus componentes 
mínimos (grafemas e fonemas) e utilizar para a codificação e decodificação 
regras de correspondência entre grafemas e fonemas. Finalmente, a criança 
utiliza a estratégia lexical, que se desenvolve na fase ortográfica e implica na 
construção de unidades de reconhecimento nos níveis lexical e morfêmico. 
Scliar-Cabral enumera os principais princípios psicolinguísticos da escrita. 
a) Marcas diacríticas: são os diversos acentos (agudo, circunflexo, cedilha) 
que utilizamos para grafar a palavra; 
b) Lugares segmentais: são os lugares que correspondem aos sons (fone-
mas). Na palavra “nascer”, o grafema “sc” corresponde ao fonema / s /; 
c) Regras grafotáticas: são as regras que determinam as combinações 
possíveis dos grafemas (letras) no sistema alfabético e os valores decor-
rentes dos contextos que os cercam e as posições possíveis e vedadas que 
podem ocupar. A sequência “t” e “r” numa palavra é possível, já o contrário 
não é possível;
d) Pré-leitura: trata-se do processo por meio do qual acionamos esquemas 
ou roteiros cognitivos para atribuir com adequação o sentido possível às pa-
lavras utilizadas num dado texto. Por exemplo, a palavra “rede” pode ativar 
sentidos diferentes se, ao lermos um texto, tivermos acionado os esquemas 
“Taça Davis”, “A pesca na Ilha”, “Corrupção nos Bancos privados” ou “Sesta 
na varanda”. 
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Grave dez ou quinze minutos de uma entrevista veiculada em rádio ou 
televisão em que interagem dois ou mais interlocutores e verifique que usos 
pronominais predominam durante a conversação: 
a) Tu ou você.
b) Nós ou a gente.
Observação: transcreva as palavras exatamente como são pronunciadas 
pelos locutores. Não altere ou corrija, pois, se assim proceder, o trabalho 
não terá sentido. 
Depois de feito o inventário, veja que pronomes predominaram durante a 
conversação. Segundo os estudos realizados por linguistas, apenas na capital, 
Porto Alegre, predomina o uso do pronome “tu”, enquanto nas outras capitais 
brasileiras predomina o pronome você. Depois de realizado o trabalho de 
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transcrição e levantamento das ocorrências, compartilhe os resultados com 
seus colegas. 
Analise o paradigma verbal tradicional e verifique quais pessoas verbais 
estão em competição com as formas verbais novas. Exemplo: O pronome 
nós compete com o pronome a gente. 
Resposta pessoal. (socialização de ideias)
2 Quais são os tipos de variantes linguísticas (fonológica, morfológica ou 
lexical) que você observa na sua comunidade? Faça uma lista de palavras 
(variantes) e coloque ao lado a sua significação. 
NOTA
Veja alguns exemplos para você entender o que é variante.
a) Tábua (forma padrão) e “tauba” (forma não padrão).
b) Bambu (forma padrão) e “mambu” (forma não padrão).
c) Menos (forma padrão) e “menas” (forma não padrão).
Agora, continue você:
d) __________________________________________________________
e) __________________________________________________________
f) __________________________________________________________
g) __________________________________________________________
h) __________________________________________________________
Resposta pessoal (a orientação do procedimento já está descrita na 
atividade). 
TÓPICO 2
1 Por que a gramática normativa ou tradicional sofre tantas críticas, sobretudo 
daqueles professores que têm boa base em Linguística?
R.: O desenvolvimento de práticas de ensino em língua exige que os 
professores estejam conscientes de que os falantes praticam as mais 
diferentes variedades, sejam geográficas ou socioculturais, além de considerar 
que o Brasil, em determinadas regiões, tem forte presença de descendentes 
italianos e alemães. 
A Gramática Normativa é bastante criticada por enfatizar demasiadamente 
um conceito de língua uniforme ou homogêneo. A Gramática Normativa ou 
Tradicional concebe a língua não como um conjunto de variedades, mas 
como um conjunto de regras ou normas fixas que devem ser seguidas pelos 
falantes. Por isso, os gramáticos normativos avaliam que os usuários da língua 
que não seguirem as normas prescritas cometem “erros”. Os professores 
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que apresentam boa base linguística trabalham com conceitos mais flexíveis 
e entendem a língua como um conjunto de variedades. Entendem que os 
falantes levam em conta os contextos de comunicação e que de acordo com 
cada contexto, o falante vai adequar um tipo de expressão verbal. Se estiver 
em casa, por exemplo, usará um nível coloquial; se estiver numa conferência, 
o nível se aproximará do uso padrão ou culto. 
2 Quais são as características da modalidade oral e da modalidade 
escrita? 
R.: A modalidade oral é a expressão verbal aprendida de modo espontâneo, 
ao natural, a partir do nascimento. Se observarmos atentamente, o discurso 
oral é bastante repetitivo. Quando a criança inicia a aprendizagem da escrita 
é comum que produza construções gráficas que violam a ortografia padrão. 
Isso se deve ao fato de que a fala é percebida como um continuum, ou seja, 
os espaços entre as palavras não são percebidos, dando a impressão de que 
a produção da fala forma um todo indivisível. A modalidade escrita é mais 
estruturada e quando resolvemos escrever qualquer tipo de texto, evitamos 
as repetições (né, daí, tipo, então). É por isso que redigimos o texto diversas 
vezes, até considerá-lo razoável. A modalidade oral tem uma característica 
que é fundamental na comunicação, que é a prosódia (entonação) durante 
as interações comunicativas. 
3 Elabore uma definição de norma padrão.
R.: A variedade padrão escrita do português do Brasil é um conjunto 
sistemático de formas e construções da língua portuguesa, empregadas 
em comum por escritores e jornalistas. Existeuma linguagem padrão que é 
utilizada em textos jornalísticos e técnicos (como revistas semanais, jornais, 
livros didáticos e científicos), linguagem essa que apresenta uma grande 
uniformidade gramatical, e mesmo estilística, em todo o Brasil. Para resumir, 
a norma culta diz respeito à variedade utilizada pelas pessoas que têm mais 
proximidade com a modalidade escrita e, portanto, possuem uma fala mais 
próxima das regras de tal modalidade.
4 Em que contextos de comunicação observamos o uso da norma culta? 
R.: Os contextos que demonstram o uso da norma culta são restritos, mas são 
percebidos, por exemplo, durante um júri em que os advogados de defesa e 
de acusação usam um discurso técnico e especializado; durante entrevistas 
com cientistas que respondem a perguntas de entrevistadores; a leitura de um 
discurso por autoridades etc. Os contextos são diversos e podem ser informais 
ou formais. Uma cerimônia de posse pode ser bastante formal. Os fatores 
que caracterizam a formalidade ou a informalidade são diversos: a natureza 
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do evento (aniversário, celebração litúrgica, inauguração, formatura), tipo de 
pessoas envolvidas (mais ou menos escolarizadas, crianças ou jovens, jovens 
ou velhos etc.). Observe a programação da televisão: você vai deparar-se 
com programas formais (telejornalismo ou entrevistas em estúdios, que são 
bem formais) ou informais (shows, entrevistas espontâneas na rua). 
5 Por que é importante que a escola ensine aos alunos a norma padrão e 
também a norma culta?
R.: A escola é uma instância de formação especializada e precisa saber 
trabalhar os níveis linguísticos de forma adequada. Para isso, é necessário 
que o próprio professor preste atenção à sua expressão linguística, que deve 
ser adequada. Professores que se expressam mal em nível linguístico prestam 
um desserviço à aprendizagem da Língua Portuguesa. A escola deve ensinar 
ao educando, independentemente da série que ele esteja frequentando, o uso 
da língua formal (padrão e culto), pois isso lhe possibilitará a sua inserção no 
mundo competitivo do trabalho. Há empresas que quando contratam pessoas 
precisam capacitá-las porque na escola ou na universidade não foi feito o 
que se devia fazer. A escola é o lugar privilegiado para as aprendizagens de 
alto padrão técnico, científico e linguístico. 
TÓPICO 3
1 Diga e descreva quais são as principais categorias de erros que o aprendiz 
pode produzir durante o processo de aprendizagem da escrita.
R.: A palavra “erro” vem entre aspas para mostrar que a criança, ao aprender 
a ler e escrever, produz construções que “violam” o sistema ortográfico oficial 
por algum tempo. A alfabetização é um processo lento e progressivo, mas que 
ao final da primeira série, a grande maioria das crianças já domina a leitura. A 
escrita é um trabalho contínuo e durante as séries iniciais será consolidada. Os 
educadores que atuam com crianças nas séries iniciais vão deparar-se com 
construções gráficas que podem ser assim categorizadas: erros ortográficos, 
erros fonéticos, erros de segmentação, erros de regularização, erros de 
discriminação visual-auditiva, ou ocorrência em que a variação está implicada. 
Note bem: alguns autores, quando se trata de aprendizagem da língua, 
preferem usar no lugar de “erro” a palavra “desvio” ou “inadequação”. 
2 Há um determinado tipo de erro que pode ser sintoma de disfunção de 
leitura ou de dislexia. Verifique com cuidado quais são essas ocorrências e 
responda as seguintes questões:
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a) Qual é essa categoria de erros?
R.: A categoria desses desvios é chamada de “discriminação visual-auditiva”. 
Esses erros ou desvios acontecem em situações em que ocorre a troca de 
certas letras, tais como o “t” (tente) pelo “d” (dente), ou “v” (voi) pelo “f” (foi). 
São desvios de ordem visual-auditiva e que podem ser indícios de disfunção 
de leitura (dislexia). 
b) Que tipos de erros são esses e como podem ser remediados? 
 R.: Como já frisamos na primeira resposta, esses erros conotam indícios de 
desvios em nível de “discriminação visual-auditiva”. Esses erros precisam 
ser analisados com cuidado e critério. Deve-se levar em conta se a criança 
já está alfabetizada para então, sim, verificar se esses desvios podem 
ser enquadrados numa situação de disfunção de leitura. Caso haja essa 
recorrência, o educador deve adotar medidas de remediação que podem 
ser tomadas em conjunto com profissionais como o orientador educacional, 
o fonoaudiólogo ou o psicopedagogo. Existem programas de “remediação”, 
conforme descrito no texto, que contribuem imensamente para a sua 
recuperação.

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