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Polimerização de Resinas Compostas

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Polimerização é a reação química que dá origem aos polímeros. As unidades estruturais que dão origem aos polímeros 
são denominadas monômeros. O processo de polimerização é a transformação de monômeros em polímeros. É na 
matriz orgânica das resinas compostas que ocorre o processo de polimerização. Existem vários tipos de matrizes 
orgânicas, o mais utilizado é o Bis-GMA. A polimerização química ocorre em uma reação base mais catalisador. O 
agente iniciador é o peróxido de benzoíla e o ativador é uma amina terciaria. Na polimerização física, temos uma pasta 
única, onde o iniciador é um fotoativador mais uma amina ativadora e são ativados por luz. Polimerização dual ocorre 
quando há os dois sistemas de ativação. 
De uma forma geral, ocorre através da indução (com um ativador, há uma quebra do iniciador, quebrando a molécula, 
formando dois radicais livres, dando uma reação em cadeia). Depois ocorre a propagação: A liberação de radicais 
livres, faz com que as duplas ligações de carbono sejam quebradas, liberando mais radicais livres, que proporcionam 
a propagação do processo de polimerização. Terminação: à medida que o material vai se tornando mais rígido, dificulta 
a ocorrência da reação química responsável pela polimerização (radical livre não ataca mais a dupla) e a terminação 
acaba por acabar com esse processo, fazendo os polímeros. 
 
FOTOINICIADOR: 
A canforoquinona é a mais utilizada, ela e excitada pela luz visível de cor azul (400nm e 550nm), com o pico de absorção 
na faixa de 468nm. Tem como defeito possuir uma cor amarelada. Existem vários fotoiniciadores, cada fotoiniciador é 
o ideal para um determinado pico de luz. As unidades fotoativadoras atuais emitem radiação de um espectro visível. 
 
UNIDADES DE FOTOATIVAÇÃO: 
Lâmpadas halógenas de quartzo e tungstênio (essa luz compreende um espectro amplo e é emitida em 
comprimentos de onda entre 350 e 700nm. Vantagens: têm uma boa efetividade para todos os comprimentos de 
onda. Desvantagens: espectro contínuo e largo (necessidade de filtros); altas temperaturas e alto nível de ruído 
(necessidade de sistema de ventilação); vida útil pequena. 
Diodos emissores de luz: 1ª geração: eram muito fracos, sendo necessários maior densidade de potência (100-
15mW/cm2); 2ª geração: densidade de potência entre 300 a 1.100mW/cm2, espectro entre 450 a 590nm, ou seja, 
ainda espectro muito reduzido, somente para canforoquinona. A 3ª geração com potência até 1100 e tem diferentes 
diodos com espectro de 375 a 510nm e pega vários iniciadores nesses espectros, e não só a canforoquinona. 
Vantagens: vida útil maior; não provoca aquecimento; baixo consumo de energia; equipamentos compactos sem 
filtros ou sistema de refrigeração. Desvantagens: baixa potência em algumas gerações; estreito intervalo de emissão 
espectral (440-490nm). Tais desvantagens atualmente já foram superadas pela 3ºgeração, porém possuem como 
desvantagem o alto custo. 
INTENSIDADE DE LUZ OU DENSIDADE DE POTÊNCIA: 
É medida em quantidade de energia por área de superfície (mW/cm2). Quanto maior a intensidade da luz (densidade 
da potência) e quanto maior o tempo de fotoativação, maior o grau de conversão das resinas fotoativas (sempre tem 
limite). Deve ser suficiente para ativar o fotoiniciador presente no material e produzir um número aceitável de radicais 
livres que possam levar a uma adequada polimerização. A potência é diferente do comprimento de onda, pois é a 
quantidade do fóton, não a qualidade do fóton. Dependendo da intensidade da luz e da quantidade de energia 
necessária para polimerizar a resina, o tempo de fotoativação é diferente. 
DENSIDADE DE ENERGIA (J/cm2): é a energia disponível para polimerização, calculada multiplicando a intensidade de 
luz (mW/cm²) pelo tempo (em segundos), resultando na unidade de J/cm². Energia ideal para uma polimerização 
adequada: Se uma resina que necessita de 8J/cm2 como energia, para sua ativação pode ser alcançada por diferentes 
combinações de potência de aparelhos versus tempo de ativação como: aparelhos com 400mW/cm2 necessitam de 
20 segundos, enquanto que os de 200, necessitam de 40 segundos. 
CONTRAÇÃO E TENSÃO DE POLIMERIZAÇÃO: 
A área de polimerização é caracterizada pela aproximação das moléculas de monômeros e, consequentemente, por 
uma redução no volume do material. A contração da resina composta ocorre pela substituição das forças de van de 
Waals por ligações covalentes simples, tais contrações podem gerar uma interface entre o dente e a restauração ou 
dor ou desconforto durante a mastigação quando nas paredes de fundo ou até mesmo quebra da estrutura dentária. 
Para se reduzir as tensões, deve-se colocar pequenos incrementos. Quando é maior a tensão (colocada em grandes 
incrementos), pode soltar nas paredes proximais e no centro. Então, o interesse é de diminuir a tensão de 
polimerização e diminuir as ações deletérias da contração (tem a contração, mas ela não gera altas tensões). Sabe-se 
que: quanto maior o volume de resina, maior a contração; quanto mais rápida a polimerização, maior a tensão; quanto 
mais paredes unidas, maior a tensão. Baseado nisso, foram desenvolvidas estratégias: redução do fator C de cada 
incremento (fator de configuração de cada incremento). Se pega as paredes aderidas e divide-se pelo número de 
paredes livres (também chamado de fator de configuração cavitária. O de uma classe 1 é igual a 5). Outra estratégia 
seria reduzir os volumes de incrementos e outra se faz a modulação da polimerização nas fases pré-gel e pós gel. 
ESTRATÉGIA 1 - REDUÇÃO DO FATOR DE CONVIGURAÇÃO CAVITÁRIA OU FATOR C DE CADA INCREMENTO: se 
utilizarmos incrementos unindo apenas duas superfícies, reduziremos o fator C de cada incremento, o que dissipara 
as tensões, evitando que elas acumulem-se, então ao final da restauração, o volume da resina será tão menor, que a 
tensão de polimerização provavelmente será insuficiente para causar prejuízos à restauração e/ou ao dente. 
ESTRATÉGIA 2 - REDUÇÃO DO VOLUME DE CADA INCREMENTO DE RESINA: se quanto maior o volume de resina, maior 
a tensão, podemos diminuir a tensão pelo fracionamento da quantidade de resina composta inserida em cada 
incremento 
ESTRATÉGIA 3 – MODULAÇÃO DA POLIMERIZAÇÃO NAS FASES PRÉ-GEL E PÓS-GEL: quando a resina está em estado 
plástico-viscoso, com baixa rigidez, é capaz de dissipar a tensão de polimerização (pré-gel). Quando a rigidez aumenta 
a dissipação de tensões é dificultada. Logo, reações de polimerização mais lentas proporcionam organização mais 
uniforme dos polímeros e uma melhor dissipação de tensão, então através de técnicas conseguimos manter a fase 
pré-gel maior e diminuir a tensão, como a polimerização feita de forma gradual e com o fotopolimerizador separado 
da resina por estrutura dentária, pois além de reduzir a intensidade da luz (contribui para uma polimerização mais 
gradual), faz com que a polimerização tenha início na interface dente-restauração (de dentro pra fora, não de fora pra 
dentro. 
 
Conceito de resinas de uso direto: resinas são formadas por uma matriz interposta a partículas de carga. Elas podem 
ser classificadas quanto ao tamanho das partículas (macropartículas, micropartículas, nanopartículas e híbridas e 
micro-híbridas: quanto menor mais estético, mas menos resistente, por isso eles criam a híbrida), quanto a viscosidade 
(viscosidade convencional, baixa viscosidade – flow e resinas de alta viscosidade) e de acordo com o sistema de 
polimerização (química, física ou dual)

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