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CRIAÇÃO E PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA IMPRESSA AULA 2 Prof. Márcio B. Lacerda 2 CONVERSA INICIAL Como estamos, nesta disciplina, falando de produção impressa na publicidade, vamos agora focar nossa atenção no suporte, ou seja, no papel. Várias peças publicitárias – sejam elas veiculadas em revistas, jornais, outdoors (folhetos, folders, panfletos, encartes etc.), seja em pontos de venda (PDVs) – merecem uma observância maior quanto ao tipo de papel a ser utilizado, em que situação, e a quem se destina (P.A.). Levando isso consideração, vamos discutir nos próximos temas como a publicidade utiliza o papel enquanto suporte da mensagem publicitária. Claro que, para isso, o aluno deverá ter uma base sobre as características de cada meio citado, como os aspectos relacionados tanto ao público-alvo da peça quanto ao mercado. Não vamos nos ater no momento a orçamentos, mas daremos início a discussões que nos levarão a esse tópico. Para tal, é importante ter uma base mais sólida de como o suporte papel deve ser utilizado no contexto publicitário e, assim poder, como profissional, oferecer a melhor opção para seus anunciantes; afinal, o sucesso da peça gráfica depende também do tipo de papel em que ela é impressa. CONTEXTUALIZANDO A criação de peças gráficas é um processo e, como tal, prevê etapas. Vamos então começar abordando um dos primeiros procedimentos que devem ser adotados em um projeto gráfico, que é a escolha do papel da peça a ser criada. Mesmo que durante o processo de criação ou produção gráfica tenha que se mudar ou adaptar o projeto, é interessante desde o princípio deixar determinado com que papel vai se trabalhar. Para isso, é necessário ter um conhecimento sobre os tipos de papéis disponíveis no mercado em que se atua, porém com foco naqueles mais utilizados na publicidade. Além desse conhecimento sobre os tipos de papel é preciso também conhecer as suas características, pois assim se terá mais certeza da escolha levando em consideração os objetivos de comunicação da peça, e o de mercado do cliente, respectivamente. 3 Concomitantemente com a escolha do papel, é importante escolher o formato da peça. Existem muitas opções de formato, mas o grande objetivo é aliar a questão estética da peça com a questão da forma, ou seja, como será apresentada para o cliente. Outra situação que se apresenta no dia a dia do profissional publicitário ou designer gráfico é alinhar a escolha do papel em relação à sua utilização, pois cada meio merece uma opção apropriada às suas características enquanto suporte para peças publicitárias. TEMA 1 – ESCOLHENDO O PAPEL A escolha do papel é uma etapa bastante importante dentro de um projeto gráfico. Dentre as inúmeras opções que existem no mercado, um profissional deve conhecer as especificações da maioria delas, ou pelo menos daqueles papéis mais usuais na área de promoção de vendas e publicidade. Ao escolher o papel para uma peça gráfica, o designer ou publicitário deve levar em consideração algumas premissas determinantes. A primeira delas que vamos abordar se refere ao valor subjetivo do papel, isto é, o quanto de valor que o uso de determinado papel vai agregar à peça em questão. De acordo com o objetivo do projeto, esse papel deverá ser mais sofisticado, mais simples, texturizado, colorido etc., e essas características irão pontuar o resultado obtido. É sempre interessante ter em mãos um mostruário de papéis de vários fornecedores para poder encontrar o papel certo para o projeto certo; em muitos casos, um papel que apresenta uma variação de preço maior pode compensar se o trabalho requerer mais sofisticação, mais “glamour“ ou um estilo moderno. Já em projetos que geralmente demandam altas tiragens, podemos utilizar um papel mais simples, por conta dos custos ou porque o público-alvo não perceberá tanto o tipo de papel escolhido, ou ainda porque o produto não tem grandes diferenciais que justifiquem o uso de um papel mais sofisticado, por exemplo. Os papéis texturizados, muitos deles mais rústicos, também falam, comunicam alguma coisa para os leitores. A seguir uma tabela com alguns exemplos: 4 Tabela 1: exemplos de papéis texturizados Fonte: adaptado de http://www.vsppapeis.com.br 5 Outra questão é a disponibilidade do mercado, ou seja, a não ser alguns tipos mais utilizados, como o offset e o couchê (ou couché) L2, muitos papéis são difíceis de encontrar, por isso é sempre recomendado entrar em contato com a gráfica ou com o fornecedor para se certificar que o papel está disponível. Alguns dos tipos de papel texturizados colocados na tabela como exemplo já foram descontinuados por seus fabricantes, o que torna difícil encontrá-los. Além da questão subjetiva dos papéis como agregadores de valor e da disponibilidade no mercado, devemos levar em conta, inclusive, a construção do papel: se ele é, por exemplo, revestido (como o papel-couchê), e a pasta que forma sua massa (se é colorida, por exemplo). Essas são questões que, infelizmente, muitas vezes são deixadas de lado, porém fazem uma grande diferença em termos de custo do projeto. Aliás, o custo do papel também é um fator importante na escolha, haja vista que, dependendo da tiragem, um projeto pode se tornar inviável financeiramente. Conforme explica Villas-Boas (2010), “(...) quanto maior for a tiragem, maior o custo relativo do papel. Em pequenas tiragens, muitas vezes a diferença de preço compensa o uso de um papel mais caro, pelo valor subjetivo que será agregado”. Em contrapartida, quando vamos orçar um material no sistema de impressão offset (que veremos a seguir), o custo relativo do papel é menor do que o custo relativo do esforço de impressão (setup da impressora, por exemplo), fazendo com que muitas vezes uma tiragem de 20.000 unidades tenha um preço muito parecido com o de uma tiragem de 25.000 unidades. Neste caso, estamos falando de um aumento na ordem de 25% na tiragem do material. Portanto, o custo do papel é sim um fator crucial na confecção de materiais gráficos em publicidade, e o profissional que se dedica a essa área deve estar atento tanto às tendências de mercado, como ao preço dos papéis geralmente usados nas gráficas, que, diga-se de passagem, praticam preços muito semelhantes na maioria das vezes. Isso se dá pelo fato de elas estarem continuamente renovando seus estoques de papéis, haja vista que papel é um artigo volumoso, perecível e frágil e, com isso, se torna mais difícil de estocar. Por fim, existem algumas restrições técnicas que impedem que um determinado projeto vá em frente porque alguns sistemas de impressão não permitem o uso de certos papéis. Mesmo no caso do sistema offset (que 6 veremos mais adiante), que aceita vários tipos de papéis, ainda assim temos algumas restrições. (...) alguns processos não permitem o uso de determinados tipos de papel. Mesmo no caso do offset [o sistema de impressão] – processo que aceita uma enorme variedade de papéis para a impressão –, há diferenças de qualidade de acordo com as propriedades de cada tipo. Na dúvida consulte a gráfica. (Villas-Boas, 2010, grifo nosso) O ideal é entrar em contato com a gráfica para se informar a respeito antes de tomar uma decisão sobre que papel utilizar em um projeto gráfico. Esse contato é imprescindível, na realidade, em todas as fases do processo, como veremos mais adiante. Contudo, pontualmente nas questões que envolvem a escolha do papel, a parceria entre a agência ou o profissional e a gráfica é primordial para tornar o projeto viável, rápido e producente. Links <http://blog.wedologos.com.br/papel-para-panfletos/> <http://logoslogotipos.com.pt/escolhapapelpartei/> <http://logoslogotipos.com.pt/escolhapapelparteii/> <http://chocoladesign.com/tipos-de-papeis-e-suas-aplicacoes>Saiba mais Leia o artigo disponível no site a seguir: <http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?option=com_content&vi ew=article&id=5843:tudo-comeca-com-um-bom-projeto&catid=38:producao- grafica&Itemid=184> Curiosidade O livro Uma breve história do livro, de Israel Foguel, traz curiosidades acerca desse objeto que mudou o mundo. Para ler um trecho, acesse: <http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-do-papel.html> Vídeos Assista a vídeos sobre os temas desenvolvidos até aqui: <https://www.youtube.com/watch?v=tCvggaXxZtU> 7 <https://www.youtube.com/watch?v=KtwEa1ivvro> Temas de pesquisa O futuro da produção gráfica, um desafio profissional. Acesse: <http://www.guiadografico.com.br/artigos/o-futuro-da-producao-grafica- um-desafio-profissional>. As principais fábricas de papel e celulose no Brasil. TEMA 2 – CARACTERÍSTICAS DOS PAPÉIS Desde que a humanidade precisou “imprimir” suas imagens – e algum tempo depois suas palavras – em um suporte móvel, surgiram opções como as peles dos animais e, mais tarde, o papel. O papel como conhecemos atualmente em muito se difere daquele que a humanidade conhecia há pelo menos uns 200 anos. Na realidade, nas últimas décadas principalmente, houve um crescimento muito grande na tecnologia de fabricação de papel, mas sua essência ancestral continua a mesma, como demonstra Antonio Celso Collaro (2012): O papel é um composto de fibras vegetais entrelaçadas e sobrepostas que pode ser produzido manualmente ou por meio de máquinas. As fibras são divididas, selecionadas e maceradas em uma solução aquosa, tratada com produtos químicos e aditivos. Depois de misturadas, são depositadas em esteiras para escorrimento da água e secagem, formando uma folha delgada, homogênea e plana, com peso e espessura uniformes. Temos nessa citação de Collaro um perfeito resumo da definição de papel que nos remete basicamente às suas características. Além do mais, como a eficiência de um produto gráfico está diretamente ligada à escolha do papel, o profissional de publicidade deve ter o conhecimento sobre as características dos papéis que eventualmente deseje utilizar em um projeto. No mundo inteiro, temos basicamente três processos de fabricação do papel: o da pasta mecânica, da pasta semiquímica e da pasta química. A pasta, nesse caso, é o resultado do manuseio da celulose que dará origem ao papel, e o tipo de pasta utilizada vai determinar não só o tipo, mas também as características do papal produzido. Portanto, como dissemos, basicamente temos a pasta com que é feita o papel, bem como a adição de outras fibras 8 vegetais, como o algodão, e de outras substâncias químicas que irão caracterizar o papel. O papel produzido a partir da pasta mecânica geralmente é um papel de custo mais baixo que absorve mais tinta, tem uma opacidade maior e uma espessura maior também (veremos essas propriedades a seguir). Outras características desse tipo de papel consistem no fato deste ter menor resistência e menor brilho, além de tender, com o passar do tempo, a ficar amarelado e quebradiço. Por sua vez, o papel que é gerado com a pasta semiquímica tem fibras mais rígidas e é utilizado normalmente em embalagens. Em relação aos papelões, quando necessitam de impressão, devem ser utilizados procedimentos mais específicos, como a flexografia (um sistema de impressão que veremos mais adiante). Há autores que defendem que os papelões ou os papéis desse tipo deveriam ser classificados como semimecânicos por conta do processo ser mais mecânico do que químico. Já o papel produzido a partir da pasta química, que é o mais utilizado, é um papel mais caro, porque “É resultante da extração de praticamente toda a lignina e a hemicelulose da madeira (diferentemente dos outros processos), por meio da ação de variados (e potentes) agentes químicos e refino de fibras” (Collaro, 2012). Nesse tipo de processo, ainda são utilizados agentes branqueadores para retirada de todo o material remanescente da separação das fibras e dos agentes químicos. Uma vez identificada a pasta com que é feito o papel, partimos para outras características igualmente importantes, como, por exemplo, o revestimento. O revestimento é uma característica da maioria dos papéis utilizados em publicidade. Vale a pena lembrar que os papéis em geral podem ser com ou sem revestimento. Ele é aplicado para garantir melhor impressão e apresentação da peça publicitária para o público-alvo, e o mais conhecido deles é o papel-couchê. Aqui cabe uma observação: há uma confusão sobre o termo “couchê”, pois existe o papel, assim como o processo de revestimento que leva o mesmo nome. É muito comum – inclusive entre técnicos da indústria gráfica – generalizar os revestimentos como se fossem sinônimos de couché e confundir o revestimento couché com o papel de tipo couché. Essas imprecisões são originárias principalmente pela má compreensão da terminologia em inglês, que não se utiliza 9 do termo couché, mas sim do termo genérico coated (em português, revestido). (Collaro, 2012) A gramatura é outra característica essencial dos papéis e talvez a mais conhecida. Ela é expressa em gramas por metro quadrado e pode ser baixa, média e alta. Temos também a espessura do papel, medida em mícrons, que corresponde à milionésima parte de um metro. Os papéis de baixa gramatura não excedem 60 g/m² e são indicados para impressões de um lado somente devido à sua opacidade (item a seguir). Por sua vez, os de média gramatura têm entre 60 g/m² e 130 g/m² e são mais comuns em revistas, folders e livros (em que se utiliza bastante o papel offset). E os papéis de alta gramatura são aqueles acima de 130 g/m² e são mais utilizados em capas, embalagens, alguns folders e catálogos. Por seu turno, a opacidade se refere ao nível de transparência do papel, que é determinada pela sua gramatura e pelo grau de branqueamento da pasta com que esse é feito. Temos ainda o grau de colagem, que tem como objetivo uma diminuição da umidade do papel. Nesse caso, é adicionada uma cola – ou na pasta ou na superfície do papel – ocasionando uma maior ou menor opacidade. Outra característica dos papéis é a lisura ou textura, que diz respeito à superfície do papel. Ou seja, aquilo que interfere na nitidez e na vivacidade da impressão, o que é bastante importante na publicidade. A alcalinidade também caracteriza os papéis e é o que determina sua vida útil, pois a acidez (alcalinidade) do papel que vai de pH 0, mais ácido, até pH 14, mais alcalino, pode determinar a existência dele em até 300 anos. Já alvura e cor são o nível de brancura do papel. Claro que brancura se refere ao nível de branco do papel quando este não é colorido na pasta ou na superfície. Ademais, temos como característica dos papéis a direção das fibras, que facilita o corte e determina como o papel “quebra”. Elas podem ser transversais ou longitudinais, que são mais indicadas na impressão offset, visto que diminuem a possibilidade de rasgos durante o processo. 10 E, por fim, temos o formato do papel ou formato de fábrica, que influencia diretamente no aproveitamento da resma de papel quando esta é utilizada para produzir impressos publicitários. Veja a tabela: Tabela 2: exemplos de papéis texturizados FORMATO DE FÁBRICA LARGURA x ALTURA (cm) AA 76 x 112 BB 66 x 96 AMERICANO (AM) 87 x 114 AMERICANÃO (AM+) 89 x 117 64 cm x 88 cm 64 x 88 CARTOLINAS 50 x 65 e 55 x 73 PAPELÃO E ALGUNS CARTÕES 80 x 100 Fonte: Adaptado de Villas-Boas, 2010. Link <http://chocoladesign.com/escolhendo-um-bom-papel-para-impressao> Saiba mais <http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?option=com_content&vi ew=article&id=5170:boas-praticas-no-manuseio-dos- pap%C3%A9is&catid=113:digitec> Curiosidade Em2015, a Kantar IBOPE Media divulgou uma lista das maiores agências de publicidade do Brasil. Confira em: <http://www.bluebus.com.br/a-lista-das-50- maiores-agencias-de-publicidade-do-brasil-de-acordo-com-o-investimento-dos- anunciantes/> Vídeo Assista a um vídeo sobre o que vimos até aqui no seguinte link: <https://www.youtube.com/watch?v=2IgOhSAqPTA> Temas de pesquisa Como a alcalinidade do papel interfere no processo de impressão? Fórmula para calcular a gramatura do papel. 11 TEMA 3 – TIPOS DE PAPEL Além de compreender as características dos papéis, o publicitário ou profissional de design gráfico deve também estar ciente dos tipos de papéis que existem e de suas classificações. Isso vai torná-lo mais apto a escolher o papel com que vai trabalhar ou sugerir para um cliente. Esse conhecimento habilita o profissional a fazer sempre escolhas conscientes sobre os papéis de um projeto. Existe no mercado uma infinidade de papéis e classificá-los é uma tarefa bastante difícil devido ao próprio mercado, em que podemos observar, em escala mundial, diferentes classificações segundo diferentes critérios. No Brasil, por exemplo, temos uma classificação híbrida que mistura nomenclaturas europeias e norte-americanas. Assim, primeiramente devemos distinguir os dois principais tipos de papéis: os papelões e os cartões (ou papéis-cartão), e os papéis “de fato”, porque entre eles existem diferenças na formação químico-física. Estes papéis “de fato” se dividem em quatro grupos que veremos a seguir. Os papéis sanitários ou industriais são aqueles que geralmente são usados como insumos para produtos industriais. São papéis para forrar caixas, embalar alimentos, e para uso na indústria de forma geral. Além disso, compõem os grandes volumes de papel comprados pelas gráficas para imprimir os materiais dos seus clientes. Figura 1: papel tissue Os papéis Kraft são em quase sua totalidade utilizados na confecção de caixas, envelopes, embalagens, rolos etc. Eles são formados por um tipo de pasta chamada sulfato, que é o mesmo que pasta Kraft, daí o nome do papel. 12 Figura 2: papel kraft Temos também os papéis para escrever e imprimir e o papel imprensa. Os papéis imprensa são aqueles entendidos como os usados na impressão de jornais, mas que podem ser utilizados para outros fins. Aqui cabe uma observação: o papel imprensa tem certas peculiaridades, entre elas um enorme mercado próprio. Por isso ele é classificado à parte dos papéis para imprimir e escrever. Dentre os papéis-imprensa podemos encontrar o ULWN, o SLWN, o standard, o colorido e o improved (veja a tabela abaixo). Alguns destes são mais difíceis de encontrar no mercado brasileiro. TABELA 3: Principais tipos de papel utilizados na impressão industrial *utilização inexistente ou rara no Brasil IMPRENSA ULWN* SLWN* STANDARD COLORIDO IMPROVED NÃO REVESTIDOS UWC (pasta mecânica) FOSCOS JORNAL MONOLÚCIDO DE TERCEIRA ACETINADOS SUPERCALANDRADO-B SUPERCALANDRADO-A MONOLÚCIDO DE SEGUNDA ACETINADO DE SEGUNDA UWF (pasta química) ACETINADOS MONOLÚCIDO DE PRIMEIRA ACETINADO DE PRIMEIRA ILUSTRAÇÃO APERGAMINHADOS BÍBLIA OFFSET RECICLADO SUPERBONDE BOUFFANT* OFFSET REVESTIDOS CWC (pasta mecânica) MFP* MFC* FCO* ULWC* LWC MWC HWC* CWF (pasta química) OFFSET PIGMENTADO COUCHÉ MÁQUINA COUCHÉ COUCHÉ DUPLA CAMADA COUCHÉ TRIPLA CAMADA* Fonte: Adaptado de Villas-Boas, 2010. 13 Entre os papéis não revestidos mais utilizados temos os papéis UWC (uncoated wood-containing), que são produzidos a partir de pasta mecânica, e os papéis UWF (uncoated wood-free), que são produzidos a partir de pasta química. Os UWC são papéis mais rústicos de pasta mecânica, e o mais conhecido deles é o papel-jornal, que é fosco. São muito parecidos com o papel- imprensa, porém com uma gramatura maior e vêm em folhas e não em bobinas. Já os acetinados UWC são aqueles que têm alto grau de calandragem1 (processo de acabamento do papel em sua fabricação) e são utilizados em revistas por terem um grau de alvura e lisura considerável. São exemplos os papéis supercalandrados tipos A e B. Os papéis UWF de pasta química são bastante difundidos e se destacam por sua alvura e acabamento. Dividem-se ainda em: acetinados (como o monolúcido de primeira e o papel-ilustração) e apergaminhados, como o papel-bíblia, o Superbonde, o Bouffant, o offset e o offset reciclado. Entre os papéis revestidos de pasta mecânica destacam-se os papéis CWC (coated wood-containing), como os MFP (machine finished pigmented), MFC (machine finished coated), FCO (film coated offset), ULWC (ultra-light weight coated), LWC (light weight coated), MWC (medium weight coated) e o HWC (heavyweight coated). E entre os papéis de pasta química temos os CWF (coated wood-free), como: offset pigmentado, couchê de máquina, couchê, couchês L1 e L2, couchê mate, couchê semibrilho e o couchê de dupla ou tripla camada. Esses últimos são os mais utilizados em publicidade, na impressão de folders, materiais promocionais, revistas, catálogos etc. O papel-cartão, que foi citado anteriormente, pertence a uma classe à parte, sendo considerado um suporte diferente dos papéis para imprimir e escrever, tanto por sua composição quanto pelo processo de fabricação e pela variedade de usos. Os papéis-cartão mais comercializados e/ou mais utilizados são o cartão dúplex e o tríplex, um com duas e outro com três camadas, respectivamente. As camadas do papel-cartão dúplex são formadas por uma de pasta química, branca, lisa e acetinada, ao passo que outra é formada por pasta mecânica e aparas. No caso de tríplex, há uma camada de um papel calandrado. O tríplex é mais utilizado em capas de livros e em embalagens mais sofisticadas. 1 A calandragem é “Um método empregado para conferir lisura e brilho superficial ao papel fazendo-o passar entre uma série de rolos metálicos polidos sob pressão”. (Graphos –Glossário de termos técnicos em comunicação gráfica, de Sérgio Rossi filho) 14 Links <http://tiposdepapel.com/papel-kraft/> <http://tiposdepapel.com/papel-offset/> <http://tiposdepapel.com/papel-sulfite-apergaminhado-bond-paper/> <http://www.recicloteca.org.br/?post_type=material-reciclavel&p=72> Saiba mais Leia o texto disponível no site a seguir: <http://portaldacomunicacao.uol.com.br/graficas-livros/18/artigo202293-1.asp> Curiosidade Fique por dentro do que é artesanato com papel Kraft. Acesse: <http://artesanato.culturamix.com/curiosidades/artesanato-com-papel-kraft> Vídeos Assista a vídeos sobre os assuntos desenvolvidos até aqui: <https://www.youtube.com/watch?v=u6KjUmdA_M8> <https://www.youtube.com/watch?v=gDVETENQaYA> <https://www.youtube.com/watch?v=Yj4zsfwT08c> Temas de pesquisa Florestas de remanejo para produção de papéis. A adição de produtos químicos no processo de fabricação de papéis. O uso de papel em peças promocionais de PDV. TEMA 4 – DETERMINAÇÃO DO FORMATO DO IMPRESSO Quando vamos realizar um projeto gráfico, devemos ter bastante atenção com a questão do formato da peça, uma vez que essa característica tem forte influência no resultado final. Nesse contexto, a escolha do formato do papel é crucial para o sucesso do projeto. O profissional da área deve ter um conhecimento prévio das possibilidades disponíveis no mercado em que atua para entregar ao cliente uma peça publicitária que se mostre eficiente em termos de impacto sensorial, mais precisamente visual e tátil. Três aspectos básicos se apresentam. Um deles é o custo que está ligado ao aproveitamento do papel em relação ao “papel de fábrica”, ou seja, à resma 15 do papel (500 folhas). Foi convencionado pelomercado e para fins gráficos que resma corresponde a 500 folhas de papel, entretanto, na realidade a palavra resma é o coletivo de papel. Portanto, pode haver resmas com outras quantidades, como a “resma curta”, de 480 folhas. Na maioria das gráficas trabalha-se com resmas de 500 folhas, e é a partir dessa quantidade e do formato de entrada do papel que se calcula o preço cobrado nos orçamentos de materiais gráficos (além de outros custos). Portanto, é bastante interessante que os profissionais da área acompanhem a evolução do mercado. Como é o caso dos seguintes dados: A produção brasileira de papel, em 2015, totalizou 10,4 milhões de toneladas; 0,4% menor do que no ano anterior. A principal razão desse fraco desempenho foi a retração das vendas domésticas, que ficaram 4,7% abaixo do volume registrado em 2014. Enquanto as produções de papéis de embalagem e de papéis especiais aumentaram, respectivamente, 1,8% e 2,5%, os volumes de produção de tissue, papel-cartão, papel-imprensa e de imprimir e escrever apresentaram retrações de 0,7%, 1,6%, 6,7% e 4,7%. (www.iba.org) Partindo de números como esses, e mais especificamente dos preços praticados pelo mercado, é que as gráficas realizam seus orçamentos. Portanto, é de suma importância em um projeto gráfico considerar o formato do papel de entrada na máquina, pois isso ajuda a evitar desperdícios. Em geral, em um projeto gráfico devemos adaptar o layout ao formato do papel para que os custos da peça não sejam exorbitantes por conta do desperdício. Contudo, concomitantemente, não podemos esquecer outro fator importante na produção de um projeto gráfico: a estética da peça. Esse é outro aspecto que determina o formato que será utilizado. Um exemplo disso são os formatos que foram convencionados no meio de impressão, como os cartões- postais, cartões de visitas, outdoors etc. Temos também o aspecto da usabilidade, que diz respeito a como a peça vai ser recebida pelo leitor/consumidor. Quanto mais ergonomicamente correto no sentido de adequação, melhor o resultado do projeto. Todavia, o que vai determinar realmente na maioria das vezes o formato do papel, é o custo. Ocasionalmente, e sobretudo em tiragens mais baixas, podemos até prescindir do aproveitamento do papel e requerer um formato em desacordo com as tabelas, porém aqui esbarramos em um problema há muito 16 discutido no meio gráfico: a sustentabilidade. Afinal o uso de papel, principalmente seu desperdício, é alvo de severas críticas. Mesmo que as aparas de papéis sejam recicladas, o processo de fabricação onera a natureza também, já que sempre haverá a necessidade de manufatura, e isso gera impactos no meio ambiente natureza. Esse por si só já seria um motivo bastante importante para que os profissionais se preocupassem mais com a questão do aproveitamento do papel; porém, também existe a questão econômica: o impacto financeiro de uma escolha errada ou não pensada previamente é altamente significativo no orçamento do projeto. Considerar o formato do papel de entrada na definição das dimensões da lâmina ou das páginas leva a um menor desperdício de papel e, portanto, a um custo menor de produção. Muitos designers ignoram esta regra básica, encarecendo barbaramente os trabalhos devido a um ou dois centímetros a mais no formato do projeto, sem qualquer justificativa. (Villas-Boas, 2010) Vamos dar um exemplo dessa realidade. Às vezes um ou dois centímetros em um projeto podem fazer uma diferença muito grande no orçamento. Vejamos na Figura 3 duas situações: vamos levar em consideração que o papel de entrada da máquina será o 2B, cujo tamanho mais comum é de 66 cm x 96 cm. Figura 3: utilização de papel Fonte: Adaptado de Villas-Boas, 2010, p. 140. Temos aqui dois tamanhos de cartazes, o da figura 01 tem 32 cm x 46 cm, enquanto que o da figura 02 tem 34 cm x 46 cm, ou seja, há uma diferença de 2 centímetros no lado menor da peça. Podemos notar que no exemplo da figura 01 poderíamos imprimir quatro cartazes por lâmina, ao passo que no exemplo da figura 02, apenas dois, ou seja, a metade. Essa diferença de dois centímetros não seria determinante em termos de receptividade por parte do consumidor em 17 relação à peça, mas traria um considerável aumento no custo de produção e, por consequência, no orçamento do projeto, porque seria nada mais do que o dobro de gastos em papel, impressão e tempo. Veja uma tabela completa para o aproveitamento de papel em uma folha de entrada de 66 cm x 96 cm (2B): Tabela 4: Tabela de formatos Fonte: http://4.bp.blogspot.com/- XKD4IRtLy_0/TbtFy44RuhI/AAAAAAAAACg/McgUBx2Lb50/s1600/tabela_formatos_66 x96.jpg 18 Link <http://designontherocks.blog.br/a-importancia-do-formato-no-design-grafico- 2/> Saiba mais <http://tiposdepapel.com/producao-de-papel-custos-e-consequencias/> Curiosidade Leia um post sobre os “primeiros trabalhos” de um profissional: <http://designontherocks.blog.br/inspiracao-de-cardapios-para-cafeterias/> Vídeo Veja agora um vídeo sobre nossos estudos: <https://www.youtube.com/watch?v=r_ZWIKgFXbU> Temas de pesquisa Os principais formatos de papéis utilizados na publicidade. O formato da peça influencia o consumidor em relação ao produto? Formato de papéis e a sustentabilidade. TEMA 5 – CADA MEIO UMA ESCOLHA Existe uma infinidade de possibilidades para criar uma peça gráfica, e por isso o profissional deve ter bem claras as características de cada meio para que seu projeto seja efetivo. A percepção do leitor/consumidor é bastante influenciada pelo tipo de papel da peça e, portanto, não só o conteúdo conta, mas também a apresentação da peça no que tange ao papel. Nesse caso, podemos citar de uma forma adaptada o pensador, escritor e comunicólogo canadense Marshall McLuhan, quando ele fala que “o meio é a mensagem”. De fato, o meio carrega consigo uma determinada mensagem, ou seja, o sentido que o leitor dá a um texto impresso depende em parte do tipo de suporte em que ele é estabelecido. Nas palavras do autor: Este fato apenas serve para destacar o ponto de que “o meio é a mensagem”, porque é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas. O conteúdo ou usos desses meios são tão diversos quão 19 ineficazes na estruturação da forma das associações humanas. Na verdade, não deixa de ser bastante típico que o “conteúdo” de qualquer meio nos cegue para a natureza desse mesmo meio. (McLuhan, 2005) Assim como há uma infinidade de possibilidades de criação, existem também diversos meios impressos que servem de suporte de mensagens publicitárias. Vamos aqui citar apenas alguns diante da enorme gama de meios. Os tabloides, que geralmente são publicações setoriais, assim como boletins ou encartes de jornais, comumente utilizam papéis mais baratos, sem revestimento e com gramaturas mais baixas. Tabloide também se refere a um formato de jornal, diferente do standard (do inglês “padrão”) , que é outro formato possível. Neste caso, o mais usual é o papel-imprensa ou papel-jornal. O que queremos dizer aqui é que usualmente são produzidos com papéis mais acessíveis, mais simples, mas isso não é uma regra, haja vista que existem tabloides diferenciados que carregam consigo o objetivo de impactar também pelo tipo de papel utilizado. Os jornais nos quais se utiliza o chamado papel-jornal, e que na realidade se enquadra na classificação de papel-imprensa, apresentam um papel mais simples, com grande opacidade, o que interfere diretamente na leitura e na quantidade de tinta utilizada. Por ser um meio de maior circulação e visto que seu papel acaba sendo utilizado para outros fins, economicamente é mais viável, como dissemos, o uso de papéis mais simples, sem revestimento. Além disso, há a questão da cultura do papel-jornal,isto é: a maioria das pessoas estranharia um jornal diário com papel couchê, por exemplo. Seria como se quiséssemos sofisticar a mensagem, e talvez nesse intento se perdesse a credibilidade da notícia. O contrário se dá com as revistas. Nas revistas, na maioria dos casos observamos papéis mais sofisticados e revestidos tipo couchê, e em alguns casos também observamos acabamentos e texturas variados. O uso desse tipo de papel tem a ver diretamente com a questão da durabilidade e da percepção de qualidade da informação. Claro que há diversos tipos de revistas para diferentes públicos-alvo, porém, geralmente em revistas de maior circulação e de circulação nacional, o papel é mais apurado. Contudo, não somente o papel tipo couchê é utilizado nesses casos; o offset também é largamente utilizado. Na tabela ao final deste tema podemos consultar outros exemplos. 20 No que aqui consideramos “mídia exterior”, temos os outdoors (folha sulfite de alta gramatura). A característica mais marcante do papel utilizado nesse meio é a durabilidade, pois, como podemos imaginar, esse papel estará sujeito às intempéries e à ação do tempo. Portanto, o uso de gramaturas maiores é quase imprescindível. Há ainda os folders, que geralmente são produzidos em couchê com ou sem brilho, de média gramatura, prevendo dobras. Esse tipo de material é bastante flexível em relação ao tipo de papel, sofrendo variações em termos de gramatura e formato, mas em geral são peças que se destinam à promoção de algum bem ou serviço e, por isso, carregam consigo a necessidade do uso de papéis especiais, com texturas diversas e acabamentos mais sofisticados. Existem ainda as embalagens, que usam muito o papel Kraft e que têm alto nível de absorção de tinta, levando os projetos a terem menos cores. Ademais, há os catálogos, que são peças mais parecidas com folders e revistas e que, dependendo do caso, utilizam papéis e acabamentos bem mais sofisticados. Tabela 5: Tipos de papéis e suas aplicações OFFSET Papel com bastante cola, superfície uniforme livre de felpas e penugem e preparado para resistir o máximo possível à ação da umidade – o que é de extrema importância nos papéis para a impressão em offset. Sua aplicação é na impressão para miolo, livros infantis, infantojuvenis, médicos, revistas em geral, folhetos e todo serviço a quatro cores (CMYK). PÓLEN Papel com um toque rústico e artesanal. Offset/policromia. É usado em papel para miolo, guarda-livros e livros de arte. PÓLEN BOLD Papel com opacidade e espessura elevada. Offset/policromia. É usado em livros quando necessário papéis mais espessos, sem aumento do peso do livro. PÓLEN SOFT Papel com tonalidade natural, ideal para uma leitura mais prolongada e agradável. Suas aplicações são em livros instrumentais, ensaios e obras gerais. ALTA ALVURA Papel offset, com alta lisura, brancura e opacidade. Produzido pelo processo soft calender on- machine; oferece a melhor qualidade de impressão e definições de imagens. COUCHÊ BRILHO Papel com uma ou ambas as faces recobertas por uma fina camada de substâncias minerais, que lhe dão aspecto cerrado e brilhante, e muito próprio para a impressão de imagens e em especial de retículas finas. COUCHÊ FOSCO Papel com revestimento e fosco nos dois lados. Suas aplicações são em impressão de livros em geral, catálogos e livros de arte. COUCHÊ L1 Papel com revestimento couchê brilhante em um lado. Para impressão a quatro cores. Este tipo de papel é utilizado principalmente para a confecção de rótulos. COUCHÊ L2 Papel com revestimento couchê brilhante nos dois lados. Para impressão a quatro cores. Sua aplicação ocorre em livros, revistas, catálogos e encartes. (continua) 21 (continuação Tabela 5) OPALINE Apresenta excelente rigidez (carteado), alvura, lisura, espessura uniforme. Sua aplicação se dá em cartões de visita, convites e diplomas. VERGÊ Apresenta como característica principal uma textura ondulada, aparência artesanal, formação de folhas homogêneas, resistência das cores à luz, controle colorimétrico e é adequado para impressão: offset, tipografia, relevo etc. Aplicado em papéis de carta, envelopes, catálogos, capas, trabalhos publicitários, cartões de visita, formulários contínuos, mala-direta, para miolo e guarda de livros. COLOR PLUS Apresenta colorido na massa, boa lisura para impressão, sem dupla face, resistência das cores à luz, estabilidade dimensional, controle colorimétrico e continuidade das cores. Aplicado em trabalhos publicitários, papel para carta, envelopes, convites, catálogos, blocos, capas, folhetos, cartões de visita, mala-direta e formulários contínuos. CARTOLINA É um intermediário entre o papel e o papelão. É fabricada diretamente na máquina, ou obtida pela colagem e prensagem de várias outras folhas. Aplicação em pastas, fichas, cartões e é de uso escolar. CARTÃO DUPLEX Cartão com duas camadas de celulose branca, miolo de celulose pré-branqueada e cobertura couchê em um dos lados. Aplicação em capas de livros em geral, embalagens para produtos alimentícios, cosméticos, impressos publicitários e pastas. CARTÃO TRIPLEX Cartão com três camadas, duas com celulose pré-branqueada e a terceira de celulose branca com cobertura couchê. Aplicação em capas de livros em geral, cartuchos em geral (para produtos farmacêuticos, alimentícios, higiênicos), embalagens de disco, embalagens para eletroeletrônicos, embalagens para brinquedos, vestuários, displays e laminações em micro- ondulado. PAPEL-JORNAL Produto à base de pasta mecânica de alto rendimento, com opacidade e alvura adequadas. É fabricado em rolos para prensas rotativas, ou em folhas lisas para a impressão comum em prensas planas. A superfície pode, ainda, variar de ásperas, a alisadas e a acetinadas. Aplicação em tiragens de jornais, folhetos, livros, revistas, material promocional, blocos e talões em geral. PAPEL KRAFT Papel muito resistente, em geral de cor parda-escura, e feito com pastas de madeira tratada pelo sulfato de sódio (Kraft = “força”). É usado para embrulho, sacos e sacolas. PAPÉIS RECICLADOS Esses papéis são reciclados, constituindo-se de 50% de papéis aparas (sobra de papel), sem impressão. O restante varia de 20-50% de papéis impressos reciclados pós-consumidos, variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Além de alguns mais específicos, que são reciclados em 100%, outros se utilizam de anilinas em processo exclusivo de fabricação. Todos os papéis oferecem uma variedade muito grande de cores e textura, proporcionando ao usuário um resultado diferenciado dos papéis frequentemente utilizados. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot-stamping, relevo seco, obras de arte, impressão em jato de tinta e impressão a laser. LWC Apresenta camada lisa e brilhante dos dois lados. Papel utilizado principalmente para impressão rotativa, na produção de tabloides de ofertas, folhetos em geral e miolo de revistas. Fonte: Adaptado de <http://www.margraf.com.br>. Link <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-1401-1.pdf> 22 Saiba mais <https://somuchmidia.wordpress.com/2012/04/11/o-que-e-midia-impressa/> Curiosidade Leia um texto sobre as primeiras revistas que chegaram ao Brasil: <http://www.revistas.com.br/historia-da-revista.html> Vídeo Assista a um vídeo sobre o tema desenvolvido aqui: <https://www.youtube.com/watch?v=HDsquOYliBA> Temas de pesquisa Papéis mais resistentes para mídia exterior. Os meios impressos perderam espaço para a internet e as redes sociais? O uso de papel oriundo de ambientes domesticados (remanejo) garante a ecossustentabilidade do processo? TROCANDO IDEIAS Fórum 1 As pessoas ainda são impactadas por meios impressos, como folders, filipetas, folhetos e encartes? Que perfil de pessoa consome mais esse tipo de mídia? Fórum 2 Você concordacom a tese de que a tendência é a extinção do uso de papel na publicidade? NA PRÁTICA Digamos que você tenha um projeto para criar uma peça publicitária impressa, mais precisamente um folder. Esse folder seria parte de uma campanha maior que se destina a um público-alvo elitizado, e teria uma tiragem baixa (5.000 unidades). Protocolo de resolução: Que papel escolher? Como justificar a escolha? E qual o formato da peça? Protocolo de resposta: Como se trata de um público-alvo mais elitizado, o ideal seria utilizar um papel revestido (provavelmente um couchê fosco) com uma 23 gramatura de 180 g/m² ou 220 g/m² (característica que facilitaria a dobradura e/ou a vincagem). Poderíamos utilizar, inclusive, um papel diferente, claro que dependendo da disponibilidade do mercado e da verba do cliente. Com relação ao formato, dependeria muito do tipo de produto, do mercado e da arte criada, porém um formato 12 (2) (16 cm x 33 cm com mancha de impressão de 15 cm x 32 cm) seria interessante. Também seria possível criar a peça com um acabamento especial. O importante é garantir que a peça atinja o P.A. de forma eficiente. SÍNTESE Nesta rota de Criação e Produção Publicitária Impressa vimos qual a relevância do papel como suporte na criação de peças gráficas de uma forma geral, mais especificamente na publicidade. Todavia, é importante salientar também que, quanto mais conhecimento técnico sobre as chamadas artes gráficas o publicitário tiver, mais facilitado será o trabalho da agência e da própria gráfica, fato que acaba por deixar o processo mais ágil, rápido e eficiente. É uma prática que demonstra o profissionalismo tanto do publicitário como da agência, que se traduz em eficiência, e que, por sua vez, é o que proporciona credibilidade perante o cliente/anunciante. Nesse processo, não só a relação entre agência e anunciante é levada em consideração, mas também a relação entre agência e gráfica, afinal o que se pretende é a manutenção da qualidade para o anunciante. Agora, como dissemos, é de suma importância que o profissional de publicidade conheça o universo dos papéis e as suas características, assim como é essencial que ele conheça os processos que produzem as peças, ou seja, os sistemas de impressão, assunto dos nossos próximos temas. REFERÊNCIAS COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores. Relatório Anual 2016. Disponível em: <http://iba.org/images/shared/Biblioteca/IBA_RelatorioAnual2016_.pdf>. Acesso em: 20 out. 2016. 24 MARGRAF. Texto institucional. Disponível em: <http://www.margraf.com.br/blog/tipos-de-papel-e-aplicacoes/>. Acesso em: 20 out. 2016. McLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem (Understanding Media). Tradução de Décio Pignatari. São Paulo: Cultrix, 2005. VILLAS-BOAS, A. Produção gráfica para designers. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.
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