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PARTICIPAÇÃO POLÍTICA 
 A política é o canal pelo qual a população busca melhorias para a comunidade, além 
disso, é responsável pela garantia dos direitos da comunidade e os rumos a serem traçados para 
resolução de problemas sociais. Por isso, a participação política é fundamental em um país 
verdadeiramente democrático, pois além de escolher os representantes em períodos eleitorais a 
população deve fiscalizar esses políticos eleitos para assegurar que os interesses da sociedade 
estão sendo atendidos. 
 Uma sociedade politizada é caracterizada por uma população presente na cena política 
de um país. O povo deve participar através de mecanismos como fiscalização, o 
acompanhamento do poder publico e o engajamento em causas coletivas e sociais. Para isso, é 
importante e necessário a organização e articulação da sociedade através de sindicatos de 
moradores e de categorias profissionais, através de movimentos sociais em defesa de uma causa 
ou direitos e até mesmo com a participação e envolvimento político partidário. A organização, 
coesão e articulação do povo possibilita uma maior chance de conquistas de direitos e melhorias 
para toda a coletividade e consequentemente para o indivíduo. 
 Sob essa perspectiva os estudos de Giacomo Sani (citado em Bobbio - "Dicionário de 
Política") definem três níveis básicos de participação política. O primeiro, participação de 
presença, trata-se da forma menos intensa de participação, pois engloba comportamentos 
tipicamente passivos, como, por exemplo, a participação em reuniões, ou meramente 
receptivos, como a exposição a mensagens e propagandas políticas. O segundo é designado de 
ativação e está relacionada com atividades voluntárias que os indivíduos desenvolvem dentro 
ou fora de uma organização política, podendo abranger participação em campanhas eleitorais, 
propaganda e militância partidária, além de participação em manifestações públicas. O terceiro 
nível de participação política será representado pelo termo decisão. Trata-se da situação em que 
o indivíduo contribui direta ou indiretamente para uma decisão política, elegendo um 
representante político (delegação de poderes) ou se candidatando a um cargo governamental 
(legislativo ou executivo). 
 
CIDADANIA 
 A cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos 
na Constituição de um país, por parte dos seus respectivos cidadãos e ela pode ser exercida de 
duas formas: passiva ou ativa. 
 Na cidadania passiva o individuo é caracterizado como individualista pois é neutro, 
omisso e conivente com as decisões políticas e somente se mobiliza quando tais ações o afetam 
diretamente ou atentam seus direitos, “Este é o governado preferido dos governantes pela 
ausência de contestação, pois, não há participação efetiva nos encaminhamentos dos negócios 
da vida pública.”. 
 Por outro lado, na cidadania ativa o cidadão participa, se compromete e se envolve em 
todos os assuntos da comunidade, há um compromisso de participar com a voz e o voto em tudo 
o que acontece e demanda uma mudança. As comunidades com preponderância de cidadãos 
ativos tendem a funcionar melhor do que as que estão voltadas para o individual, simplesmente 
pelo fato de promoverem a solidariedade e de preocupar-se com o próximo. 
 
CONTROLE SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: CONSELHOS SOCIAIS 
 Controle social é uma forma de compartilhamento de poder de decisão entre Estado e 
sociedade sobre as políticas, um instrumento e uma expressão da democracia e da cidadania. 
Trata-se da capacidade que a sociedade tem de intervir nas políticas públicas. Esta intervenção 
ocorre quando a sociedade interage com o Estado na definição de prioridades e na elaboração 
dos planos de ação do município, do estado ou do governo federal através de conselhos, órgãos 
colegiados, permanentes e deliberativos, responsáveis pela formulação, fiscalização, promoção 
e defesa das políticas públicas. É nos espaços dos conselhos que se concretiza a participação 
social preconizada na Constituição Federal (O artigo 204 da Constituição Federal estabelece 
em seu inciso II que uma das suas diretrizes é a “participação da população, por meio de 
organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os 
níveis”). 
 A participação da sociedade debatendo em suas organizações, dialogando com o Estado 
e realizando o controle social é muito importante para garantir que as políticas atendam, de fato, 
às necessidades prioritárias da população, para melhorar os níveis de oferta e de qualidade dos 
serviços e para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. A participação ampla da sociedade 
no controle social fortalece as políticas públicas, tornando-as mais adequadas às necessidades 
da coletividade e ao interesse público, e mais eficientes.

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