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Físico-Química Experimental Experimento 1 - Calorimetria Termoquímica Docente: Prof. Dr. Norberto Gonçalves Profa. Dra. Lucia Noda Participantes do grupo: Gabriel Valerio RA 113.605 Luiza De Camillis RA 114.476 Lucas Martins e Faria RA 103.693 2021 lucia Caixa de texto 7,9 1. Resumo Neste experimento, realizou-se uma reação de neutralização entre um ácido forte (HCl) e uma base forte (NaOH) a fim de mensurar e avaliar a capacidade calorífica de um calorímetro feito com materiais simples, em condições experimentais não ideais. Comparou-se também a variação de temperatura desta mesma reação, caso houvesse sido realizado utilizando condições ideais (calorímetro não absorvendo calor proveniente da reação). Fez-se também, utilizando o calorímetro, análises a determinação da variação de entalpia da dissolução de sais (cloreto de amônio) em água, com base nas diferenças de temperatura do meio reacional. Por fim, observou-se também a variação de entalpia da reação entre magnésio metálico e ácido clorídrico (HCl), para comparação de valores experimentar e teóricos para esta reação, para validar a informação que trata-se de uma reação exotérmica. 2. Resultados e Discussão 2.1 - Variação de temperatura (ΔT) considerando a capacidade calorífica do calorímetro = 0. 1) Conforme informado, temos que a reação de neutralização do HCl com NaOH tem proporção 1:1. Dos dados fornecidos, sabemos que ao final da reação, a cor ficou rosa, o que é um indicativo de que o pH estava acima de 7, e dessa forma podemos concluir que temos um excesso de NaOH na solução. Portanto, o número de mols da reação será limitado pelo HCl. Como a concentração da solução de HCl é 24,9 ± 0,5 mL, temos um erro relativo de 2%. Devemos considerar este valor para calcular o erro do número de mols da reação, conforme abaixo: nreação = nHCl = 24,9 x 10-3 L x 0,985 mol.L-1 = 0,0245 mol O erro absoluto é dado por: 𝐸𝑟𝑟𝑜 = 0,0245 × 2100 = 0, 0005 Portanto, nreação = 0,0245 ± 0,0005 mol Assim, podemos calcular agora o valor de ΔT, conforme a equação abaixo: qreação = -[(m(sol) x C(sol) x ΔT(sol)) + (C(calorímetro) x ΔT(calorímetro)) lucia Caixa de texto Mencionar resumidamente os resultados lucia Texto digitado 1,0 lucia Realce lucia Texto digitado ? lucia Realce lucia Texto digitado erro relativo lucia Riscado lucia Realce lucia Texto digitado 5,5 Como C(calorímetro) = 0, usando os dados de densidade e calor específico fornecidos na Tabela 1, podemos isolar ΔT de forma que teremos a seguinte relação: ΔT = qreação / -(m(sol) x C(sol)), onde qreação = nreação x ΔHdissolução ΔT = 0,0245 mol x (-57,3 x 103) J.mol-1 / -(1,039 g.mL-1 x 49,9 mL x 3,89 J.g-1.°C-1) ΔT = 6,961 °C Erro: ● ΔH → Tabelado ● Nº mols → 0,0245 mol ± 0,0005 → 2% ● m(sol) = 51,85 ± 1,04 → 2,0% ● C(sol) → Tabelado ● TOTAL = 4,0% → 6,961 x 2,9% = 0,278 Portanto, desta forma, temos que ΔT = 6,961 ± 0,278 °C Considerado o valor médio das temperaturas dos reagentes de (24,0 ± 1,0 °C) e a temperatura final de (29,0 ± 0,5 °C), podemos observar que o ΔTexperimental é menor que o valor teórico calculado. Isso ocorre justamente por termos considerado o valor de C(calorímetro) = 0, pois estamos desprezando a troca de calor do meio reacional e do calorímetro. É necessário monitorar a temperatura do calorímetro e ter conhecimento de seu calor específico para que consigamos aproximar ao máximos os valores de ΔT experimental e teórico. O calorímetro ideal é aquele que tem seu valor de calor específico mais próximo a 0, pois assim, não troca calor com o meio reacional. 2.2 Determinação da capacidade calorífica do calorímetro. Seguindo as considerações feitas no item 1, e usando os dados da Tabela 1, utilizaremos a seguinte equação para determinação da capacidade calorífica do calorímetro: q(calorímetro) = -(q(solução) + q(reação)) = -(ρ.V.C.ΔT + nreação.ΔHdissolução) q(calorímetro) = -(1,039 g.mL-1 x 51,84 mL x 3,89 J.g-1.°C-1 x 5,0 °C + 0,0245 mol x (-57,3 x 103) J.mol-1) q(calorímetro) = -(1008,40 J - 1403,85 J) = 395,45 J Erro: ● qreação = n.ΔH → 2% ● m(sol) = ρ.V = 51,85 ± 1,0 → 1,92% ● C(sol) → 0% (tabelado) ● ΔT = 5,0 ± 1,5 °C → 30% ● TOTAL = 33,92% → 395,45 x 0,3392 = 134,14 lucia Realce lucia Texto digitado Verificar qual é a concentração da solução de NaCl resultante para saber qual o calor específico da solução (ver Tabela 1 do roteiro) lucia Realce lucia Caixa de texto Como encontrou ? lucia Realce lucia Caixa de texto A afirmação não está correta. O correto é: O calorímetro ideal é aquele que não troca calor com o meio externo. A capacidade calorífica do calorímetro ideal não precisa ser igual a zero. lucia Realce lucia Caixa de texto Não está correto. Não é preciso aproximar o DT experimental do DT teórico (que considera Ccalor = 0); o que é preciso é saber o valor da Ccalor. lucia Lápis lucia Lápis lucia Realce lucia Realce lucia Caixa de texto Como encontrou este erro ? lucia Lápis lucia Lápis Portanto, desta forma, temos que q(calorímetro) = 395,45 ± 134,14 J Para calcular a capacidade calorífica (C), temos: C = q(calorímetro) / ΔT = (395,45 J / 5,0 °C) = 79,09 J.°C-1 Erro: ● q(calorímetro) → 33,92% ● ΔT → 30% ● TOTAL = 63,92% → 79,09 x 0,6392 = 50,55 Portanto, desta forma, temos que C = 79,09 ± 50,55 J.°C-1 O erro neste é caso é muito alto, e é causado devido ao erro de ΔT, que é de 30% como foi mostrado anteriormente, e deve ser considerado duas vezes, sendo a primeira ao calcular o q(calorímetro) e a segunda ao calcular a capacidade calorífica C. 2.4. Determinação do ΔH de dissolução de NH4Cl Nesta etapa, utilizou-se massa suficiente do sal NH4Cl para obtenção de 100 mL de solução aquosa 1,0 mol/L de sal. O procedimento consistiu em adicionar 25 mL de H2O com temperatura conhecida no calorímetro e depois o sal e leve agitação. A temperatura final foi obtida após estabilização. Abaixo a tabela 01 com os valores experimentais e o ciclo termoquímico com os valores teóricos. lucia Caixa de texto Verificar o número de casas decimais de C e do erro correspondente. Calculando experimentalmente: Calor específico do NH4Cl: c = 4.189 - 43.63 x 10-3p + 429.9 x 10-6 P2 Volume da solução = 25,2 Massa de NH4Cl = 1,383 Densidade = 1,02 g/mL Massa da solução = 1,02 g/mL x 25,2 mL Massa da solução = 25,7 g 25,7 g de solução ----- 100% 1,383 g de NH4Cl ------ x x = 5,38% de NH4Cl x = p = porcentagem de NH4Cl, sendo assim: Calor específico do NH4Cl: c = 4.189 - 43.63 x 10-3p + 429.9 x 10-6 P2 c = 4,189 - 43,63 x 10-3 (5,38) + 429.9 x 10-6 (5,38)2 c = 3,96 J.°C-1 Sal MM (g/mol) Massa utilizada (g) Nº de mols Vol. de H2O utilizado (mL) Temp. inicial (ºC) Temp. final (ºC) ΔT (ºC) Massa do sistema (g) NH4Cl 53,49 1,383 0,025 25,2 23,9 22,5 -1,4 25,7 Tabela 01: Valor experimentais utilizados no experimento Com base nas informações contidas na tabela 01 e no roteiro experimental é possível calcular o ΔH dissolução usando a equação: Sendo assim, ΔHdissolução = 10,1 KJ/mol lucia Texto digitado es Abaixo na tabela 02 a comparação dos valores experimentais e teóricos: Sal ΔH teórico (kJ.mol-1) ΔH Experimental (kJ.mol-1) NH4Cl 35 10,1 Tabela 02: Comparação de ΔH de dissolução experimental e teórico do NH4Cl A diferença entre os valores se da pela perda de calor durante o processo entre o calorímetro e o meio e possíveis erros experimentais com relação ao manuseio dos reagentes como solubilização incompleta do sal. Como o erro do Ccalorímetro é alto, o erro de cálculo de ΔH experimental também é alto, e por isso, tivemos uma diferença entre o valor teórico e o experimental. 2.5. Cálculo de ΔH da reação entre Magnésio metálico e HCl A reação balanceada da Parte 4 é: Mg(s) + 2 HCl(aq) → MgCl2 (aq) + H2(g) Conforme os dados observados experimentalmente, esta é uma reação exotérmica devido ao aumento de temperatura. É possível calcular o valor de de entalpia teórico a partir das entalpias de formação dos compostos apresentados na reação balanceada: ΔHteórico = ΔHf produtos - ΔHfreagentes ΔHteórico = [ΔHf MgCl2 + ΔHf H2] - [2. ΔHf HCl + ΔHf Mg(s)] OBS: a entalpia de formação de H2 e Mg(s) é igual a 0, logo: ΔHteórico = ΔHf MgCl2 - 2. ΔHf HCl ΔHteórico = -796,9 kJ.mol-1 - [2 x (-167,2 kJ.mol-1)] ΔHteórico = -462,5 kJ.mol-1 lucia Realce lucia Caixa de texto Este fator em princípio não pode ser avaliado neste experimento. Agora, para calcular o ΔHteórico devemos utilizar o valor de densidade da solução de NH4Cl. Neste caso, iremos utilizar um valor aproximado ao valor de densidade da água, 1,0 g.mL-1. Desta forma, agora devemos calcular o número de mols de Mg utilizados na reação: nMg = m/MM = 0,102 / 24,3 = 4,198 x 10-3 mol Agora, é possível calcular o valor de ΔHteórico a partir da equação: qreação = -(qsolução + qcalorímetro) nMg.ΔHteórico = -(m.c.ΔT + CΔT) 4,198 x 10-3 mol x ΔHteórico = -(100 g x 3,96 J.g-1°C-1 x 4°C + 79,09 J.°C-1 x 4°C) ΔHteórico = -(1584 J + 316,36J) / 4,198 x 10-3 mol ΔHteórico = - 452,7 kJ.mol-1 Erro: ● mMg = 4,198 ± 0,04 ⟶ 0,98% ● c = 2,05% ● ΔT = 4,0 ± 1,0 ⟶ 25% ● Ccalorímetro ⟶ 63,92% ● TOTAL: 91,95% ⟶ 452,7 kJ.mol-1 x 0,9195 = 413,08 kJ.mol-1 ΔHteórico = - 452,7 ± 413,08 kJ.mol-1 3. Conclusão Tem-se como objetivo da primeira parte do experimento a determinação da capacidade calorífica do calorímetro, através de uma reação entre um ácido e uma base (reação de neutralização). Conclui-se que, para o calorímetro em questão, precisa-se de 79,09 J.°C-1 , ou seja, 79,09 J para aumentar a temperatura da solução em 1 grau. Na segunda parte do experimento, calculou-se o ΔH da dissolução do NH4Cl, sendo de 10,1 kJ/mol como sendo o valor experimental, e comparou-se com 35 kJ/mol referente ao valor teórico para esta reação. Portanto, pode-se caracterizar esta reação como endotérmica. Esta diferença entre os valores pode ser explicada pela absorção de calor que lucia Caixa de texto É DHexperimental ! lucia Riscado lucia Realce lucia Riscado lucia Riscado lucia Riscado lucia Riscado lucia Realce lucia Realce lucia Realce lucia Realce lucia Realce lucia Riscado lucia Realce lucia Realce lucia Caixa de texto A absorção de calor pelo calorímetro está computada no termo qcalorímetro lucia Texto digitado 1,4 ocorre no processo interno do calorímetro, assim como erros experimentais, como a manuseio dos reagentes e equipamentos. Finalizando o experimento, com a reação entre Mg e HCl no calorímetro, foi possível observar que neste caso a reação é exotérmica. Da mesma forma que foi observado no tópico anterior, há uma diferença entre os valores teóricos e experimentais, isto se dá provavelmente pelo uso do calorímetro não convencional, e também imprecisões relacionadas com o manuseio de reagentes e equipamentos. Porém, o maior erro propagado entre os cálculos realizados foi o da variação de temperatura nos experimentos, por apresentar um valor muito baixo quando comparado ao seu erro absoluto, gerando um erro percentual muito alto que se propagou nos cálculos realizados posteriormente. 4. Referências UNIFESP. Roteiro De Experimentos – Termoquímica. Unidade Curricular: Físico-Química Experimental, p. 1-6, 2021; ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente; Tradução de Ricardo B. De Alencastro. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BROWN, Theodore L., LEMAY, H. Eugene Jr; Bursten, Bruce E., BURDGE, Julia R. Química La Ciencia Central. 9ª ed. México: Pearson Education, 2004; lucia Realce lucia Lápis lucia Caixa de texto Muito boa observação ! lucia Realce
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