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Gestão de IPI ASPECTOS ESTRUTURAIS ➔ Hipótese normativas de incidência: É a situação descrita em lei, a qual, uma vez concretizada no mundo dos fatos (mundo real), gera a obrigação de pagar o tributo. Então a hipótese de incidência do IPI é aquela situação descrita na legislação a qual haverá incidência do IPI. As hipóteses de incidência deverão ser analisadas com base em três critérios, quais sejam: • Material (Qual ou O que?) • Espacial (Aonde?) • Temporal (Quando?) a) Critério (aspecto) Material: O legislador estabelece os fatos, atos e atividades econômicas que são relevantes para fins de incidência do tributo em questão. Ou seja, qual ação ou fato é capaz de atrair a incidência do imposto. No caso do IPI, o critério material das hipóteses de incidência é integrado por dois atos ou ações: a.1) Ação de INDUSTRIALIZAÇÃO de um produto; a.2) Ato de promover um negócio com esse produto industrializado que possibilite a transferência de sua propriedade ou posse. a.1) INDUSTRIALIZAÇÃO: Conceito econômico: aquisição de insumos, matéria prima e produtos intermediários por um estabelecimento que transforma tais itens em novos produtos. Por razões arrecadatórias, o legislador utilizou um conceito ampliado de industrialização, não aplicando somente o conceito econômico de industrialização. IMPORTANTE: Para fins de incidência do IPI devem ocorrer ambos os atos acima descritos, ou seja, deve-se observar a INDUSTRIALIZAÇÃO de um produto e este produto deve ser objeto de negócio jurídico translativo de posse ou propriedade (ex: venda, locação, leasing, dação em pagamento). O Decreto nº 7.212/2010 (Regulamento do IPI “RIPI”) estabeleceu o conceito ampliado de industrialização para fins de incidência do IPI, com 5 modalidades de industrialização: ➔ Transformação: É o conceito econômico de industrialização, ou seja, a aquisição de matéria prima, insumos e produtos intermediários e a transformação destes em um novo produto (nova espécie). Exemplo: Transformação de tábuas de madeiras, pregos e vidro (matéria prima e produtos intermediários) em uma mesa (novo produto industrializado). Classificação fiscal: produto novo, nova classificação fiscal. ➔ Beneficiamento: É o aprimoramento, modificação, embelezamento ou alteração de um produto já existente. Ou seja, no beneficiamento há a alteração do funcionamento, da utilização, do acabamento ou da aparência do produto. Exemplo: Galvanização (zincagem, prateação) – é revestir um metal por outro mais nobre. Estamparia Estofamento Blindagem de veículos (atenção a questão do conflito de incidência tributária entre o IPI e ISS, será analisados nas próximas aulas) Classificação fiscal: mantém a classificação fiscal. ➔ Montagem: É a reunião de produtos, peças e partes já existentes resultando em um novo produto. Nesse caso as peças não se transformam em um novo produto, elas apenas são “reunidas”. Exemplo: Montagem de máquinas e montagem automotiva (montadora de veículos). A montagem também traz uma situação de conflito de incidência tributária, já que a lista de serviços da Lei Complementar nº 116/2003 prevê a incidência de ISS, desde que sejam preenchidos determinados requisitos legais, a serem estudados na aula do referido tributo. Classificação fiscal: produto novo, nova classificação fiscal. ✓ Transformação ✓ Beneficiamento ✓ Montagem ✓ Acondicionamento promocional ✓ Recondicionamento ➔ Acondicionamento promocional: É a alteração da embalagem visual do produto com intuito de através da modificação da apresentação deste, favorecer a sua comercialização. Exemplo: Vinho recebido em barril, empresa engarrafa para promover a venda. Kit com sabonete, creme, talco em uma caixa ou estojo. Classificação fiscal: Depende, poderá manter a classificação fiscal ou adquirir nova classificação fiscal. ➔ Recondicionamento: É quando se propicia a renovação de um produto usado ou a renovação em parte deteriorada do produto. Exemplo: Recondicionamento de pneus ou de baterias. Classificação fiscal: mantém a classificação fiscal. Aspectos legais acerca do conceito de industrialização: • Decreto nº 7.212/2010 (RIPI) Considera-se industrialização as operações de transformação, montagem, beneficiamento, acondicionamento promocional e recondicionamento. • Lei nº 4.502/64: Art. 3º, § único, dispõe que se considera industrialização qualquer operação que resulte na alteração da natureza, funcionamento, utilização, acabamento ou apresentação do produto. MONÓLOGO ÍNTIMO: • Quais atividades promovem a alteração da natureza do produto? - Transformação - Montagem IMPORTANTE: Embalagem para transporte NÃO atrai a incidência de IPI. Exemplo: caixa com papel bolha para proteger produto frágil, a intenção não é promover a venda. EXCEÇÕES: Conserto de máquinas, aparelhos e objetos pertencentes a terceiros, acondicionamento para transporte de produto, manipulação de remédios para venda no varejo e montagem de óculos, com receita médica. • Quais atividades altera o funcionamento, utilização ou acabamento do produto? - Beneficiamento • Quais atividades alteram a apresentação do produto? - Acondicionamento promocional Ora, percebe-se que não consta na Lei nº 4.502/64 a atividade de recondicionamento do produto. Dessa forma, conclui-se que o art. 4º do RIPI amplia o conceito de industrialização, incluindo o recondicionamento (ou renovação). • Código Tributário Nacional (lei complementar): O art. 46, § único do CTN, conceitua produto industrializado como aquele que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade ou o aperfeiçoe para consumo. O CTN não prevê as hipóteses de acondicionamento promocional e recondicionamento. • Constituição Federal: O art. 153 da CF/88 estabelece que a competência para instituir o IPI é da União Federal. Também estabelece o núcleo da materialidade da hipótese de incidência do imposto, qual seja: PRODUTO INDUSTRIALIZADO. Além disso, a CF/88 em seu art. 146, estabelece a competência de LEI COMPLEMENTAR para estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente para definir os respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos tributos. Assim, o CTN, como lei complementar, delimitou o conceito de industrialização, e consequentemente o campo de incidência do IPI IMPORTANTE: O RIPI incorre em ilegalidade ao ampliar o conceito de industrialização, sem fundamento na Lei nº 4.502/64. Diante do exposto, é possível o questionamento judicial da cobrança de IPI em razão de acondicionamento promocional ou recondicionamento. a.2) NEGÓCIO JURÍDICO TRANSLATIVO DE PROPRIEDADE OU POSSE Além de industrializar, o contribuinte precisa realizar negócio que implique na transferência de posse ou propriedade do produto industrializado. Ex: locação, mútuo, dação em pagamento, venda. Exemplos: • A Empresa A vende 10 geladeiras a prazo para a Empresa B. Na 6ª parcela, a empresa B informa que não tem condição de honrar com as demais parcelas e oferece 6 fogões (produzidos pela empresa B) como pagamento. Na entrega de tais fogões será emitida nota fiscal de dação em pagamento com a incidência de IPI. • Na cisão de uma empresa, são originadas duas novas empresas. Então imagine, se a empresa A efetua uma cisão dando origem as empresas B e C. Com a cisão, a empresa A transfere produtos industrializados às empresas B e C que utilizam tais produtos para fins de integralização de capital. Nesse caso também deverá haver a incidência de IPI na transferência. • Estabelecimento Industrial A adquire partes, peças, componentes e acessórios e realiza a montagemde uma máquina. Em seguida, realiza a IMPORTANTE: A Lei nº 4.502/64 também excede sua competência ao incluir o acondicionamento promocional como hipótese de incidência do IPI, uma vez que lei ordinária deve observar os limites da lei complementar. Nessa mesma linha, o RIPI extrapola sua competência não só em relação a Lei nº 4.502/64, mas também em relação ao CTN, ao incluir o recondicionamento. CONCLUSÃO: As únicas hipóteses legítimas (constitucionais e legais) de incidência do IPI são: TRANSFORMAÇÃO MONTAGEM BENEFICIAMENTO As operações de ACONDICIONAMENTO PROMOCIONAL E RECONDICIONAMENTO não encontram abrigo nem na Constituição Federal, nem no CTN. locação da máquina montada. A NF de locação, quando da primeira saída do estabelecimento locador deverá ter a incidência de IPI. Após dois anos, o produto retorna ao estabelecimento locador, que restaura a máquina para ser locada novamente. Nessa hipótese temos o RECONDICIONAMENTO, então na segunda saída haverá a incidência de IPI. Mas como falamos, a cobrança poderá ser questionada em juízo. Atenção: Se o estabelecimento A fizer uma nova locação após dois anos sem proceder a restauração da máquina, não haverá a incidência de IPI. • Mútuo X Comodato O mútuo é o empréstimo de bens fungíveis e o comodato é o empréstimo gratuito de bens infungíveis. No caso do comodato não há incidência de IPI, pois em regra não se trata de produto industrializado. (Ex: comodato de obra de arte). O Estabelecimento A pega emprestado matéria prima com o estabelecimento B e a utiliza para produção de novo produto, e, depois adquire nova matéria prima para devolver ao mutuante. Nesse caso, apesar de não haver industrialização da matéria prima devolvida, haverá a incidência de IPI. • Comprador/Locador adquire móvel desmontado e monta em seu estabelecimento. Nesse caso há incidência de IPI. • Não há incidência de IPI na saída para conserto, nem nas partes e peças próprias para conserto. Exceto se o conserto for no produto industrializado a ser comercializado pelo estabelecimento. b) Critério (aspecto) Espacial: O critério espacial é entender em quais locais irá incidir o tributo. Qualquer lugar do território nacional, exceto, locais em que a legislação expressamente desonere do pagamento do tributo, como Zona Franca de Manaus, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio. c) Critério (aspecto) Temporal: O critério temporal é o fato gerador do tributo, é o momento de incidência do tributo, então devemos nos perguntar “QUANDO esse tributo vai incidir?”. O critério temporal é a saída do estabelecimento que promoveu a industrialização ou é equiparado à industrial. No caso da importação, a saída (fato gerador) ocorre no momento do desembaraço aduaneiro. O art. 36 do RIPI traz situações específicas de fatos gerador. A saída decorre da celebração de um negócio que traduza a transferência da posse ou da propriedade do produto industrializado, e ela poderá ser: ✓ Saída Real: onde há a efetiva saída do produto industrializado do estabelecimento industrial para o novo possuidor/proprietário. Exemplo: venda ✓ Saída Ficta: Situação que sempre estará prevista em Lei. Ocorre quando há a saída física do estabelecimento industrial, mas sem a transferência de posse ou propriedade. Exemplo: Transferência dos produtos industrializados para depósito fechado, para fins de estocar. Nesse caso, o depósito não detém os direitos inerentes a posse a propriedade, ou seja, não podem dispor do bem. Dessa forma, só haverá incidência do IPI quando o produto for vendido/locado, o que implica na efetiva transferência de posse ou propriedade. ➔ Hipótese complementar de incidência do IPI: • IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRALIZADOS DO EXTERIOR: a) Critério material (O QUE?): É o ato de IMPORTAR produto industrializado do exterior. b) Critério Espacial (AONDE?): São as repartições alfandegárias competentes pelo desembaraço aduaneiro. c) Critério temporal (QUANDO?): É o momento do desembaraço aduaneiro dos produtos industrializados no exterior. ➔ Equiparação de estabelecimento à INDUSTRIAL segundo a legislação do IPI: A legislação prevê situações nas quais estabelecimentos que não realizam industrialização, devem ser, obrigatoriamente, equiparados à estabelecimentos industriais para fins de incidência do IPI. a) Estabelecimentos importadores de produtos industrializados de procedência estrangeira que derem saída a esses produtos em decorrência de negócios, por eles promovidos, e que sejam capazes de transferir a posse ou propriedade. (art. 4º, I da Lei 4,502/64 e art. 9, I do RIPI) Exemplo: Importador que compra produto industrializado no exterior para revender ou locar no Brasil. O IPI será recolhido quando da revenda no produto no Brasil. STF julgou constitucional essa disposição (tema 906). RESUMO: 1) Aspecto material (O QUE?): INDUSTRIALIZAÇÃO + NEGÓCIO TRANSLATIVO DE POSSE OU PROPRIEDADE 2) Aspecto Espacial (AONDE?) TODO o território NACIONAL, EXCETO ZFM, Amazônia Ocidental e ALC. 3) Aspecto Temporal (Quando?) → FATO GERADOR SAÍDA do estabelecimento do produto INDUSTRIALIZADO em decorrência de NEGÓCIO translativo de POSSE ou PROPRIEDADE b) Os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos industrializados importados por outro estabelecimento da mesma firma (art. 9, II do RIPI). Exemplo: situação em que a Empresa A importa o produto e faz o desembaraço no Brasil. Todavia, faz a remessa diretamente para o estabelecimento atacadista ou varejista da propriedade da própria empresa A. Nesse caso haverá IPI na revenda do estabelecimento atacadista ou varejista para os consumidores. c) As filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos industrializados ou importados por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo. Exemplo: Empresa A procede a industrialização ou importação de produto industrializado do exterior e, em seguida faz a transferência para a Empresa B (filial da empresa A). Nesse caso, a empresa B se equipara a industrial e na revenda haverá incidência de IPI. d) Os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a prévia remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos Exemplo: Industrialização por encomenda. Empresa A fornece matéria prima, produtos intermediários etc à Empresa B que procede a industrialização do produto. Haverá incidência de IPI na saída do produto da empresa B para a empresa A. e) Estabelecimentos industriais revendedores de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens para outros estabelecimentos industriais ou estabelecimentos comerciais que os destinem a uma comercialização subsequente, no estado no qual se encontrem ou noutro resultante de um posterior processo de industrialização. Estabelecimento industrial que revende matéria prima, produtos intermediários e materiais de embalagens para outros estabelecimentos industriais ou comerciais, que realizam a revenda ou proceder a industrialização do produto. No caso de o estabelecimento industrial revender matérias primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem a outro estabelecimento industrial que produz novo produto e os incorporam ao ativo imobilizado ou passou a utiliza-lo no dia a dia operacional, o estabelecimento industrial não será equiparado à industrial. Ou seja, se o estabelecimento industrial revender os referidos bens de produção e o estabelecimento industrial comprador NÃO der continuidadea circulação dos itens/produto industrializado, este será classificado como estabelecimento comercial, não devendo lançar o IPI na NFE. Então cabe ao estabelecimento industrial fazer o estorno do IPI lançado na compra da matéria prima ou do produto intermediário vendido. Como saber? Perguntar a área de vendas ou a empresa compradora. Exemplo: Empresa industrial A vende embalagem que adquiriu para industrial B que irá produzir utilizá-la para colocar seu produto. Nesse caso haverá a incidência de IPI. Ainda, a legislação prevê situações em que a equiparação à industrial é facultativa, são esses os casos: f) Estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção para outros estabelecimentos industriais ou revendedores; O que são bens de produção? São bens, produtos ou materiais utilizados na produção de outros, como por exemplo, matéria prima, produtos intermediários, máquinas e equipamentos, ferramentas etc. g) Cooperativas de produtos de álcool que vendam o produto recebido simbolicamente de seus associados. ➔ Consequências normativa: Trata-se das consequências decorrentes da ocorrência da hipótese de incidência do IPI, ou seja, a criação da relação jurídico tributária. A consequência normativa é integrada por dois critérios: • Pessoal (QUEM?) • Quantitativo (QUANTO?) a) Critério (aspecto) Pessoal: Trata-se do sujeito passivo (quem paga) e sujeito ativo (quem recebe) da relação tributária. O sujeito ativo é a União, o poder tributante competente por instituir, arrecadar e fiscalizar o IPI. O sujeito passivo poderá ser: (i) estabelecimento industrial; (ii) estabelecimento equiparado a industrial; ou (iii) importador. IMPORTANTE: Há incidência de IPI na importação de veículo por pessoa física para uso próprio. Decisão do STF no RE nº 723.651. b) Critério (aspecto) Quantitativo: Trata-se do valor do IPI que é obtido através da aplicação de uma alíquota sobre determinada base de incidência. SUSPENSÃO DO IPI (art. 43 e seguintes RIPI) A suspensão do imposto significa que o tributo não será lançado na nota fiscal. Cabe ao gestor de tributos conhecer as acepções da suspensão tributária, para identificar as consequências da utilização de cada uma delas. São 4 acepções possíveis para a suspensão: (i) Suspensão com acepção de inocorrência condicionada do fato gerador; (ii) Suspensão como deslocamento da ocorrência do fato gerador; (iii) Suspensão como isenção condicionada do fato gerado; (iv) Suspensão decorrente de medidas similares existentes na legislação tributária; ✓ PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Planejamento tributário é a atividade/ técnica gerencial que busca a redução, isenção ou postergação do ônus tributário. O RIPI, em seu art. 43, X, autoriza uma situação de planejamento tributário legal, que consiste na possibilidade de suspensão do IPI na hipótese de transferências dos produtos industrializados de estabelecimento matriz para a filial atacadista. “Art. 43 Poderão sair com suspensão do imposto: (...) X - os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um estabelecimento industrial ou equiparado a industrial para outro da mesma firma;” SEMPRE É MAIS VANTAJOSO UTILIZAR A SUSPENSÃO? A adoção contínua da suspensão do IPI pela empresa não será sempre uma vantagem para empresa, cabendo ao gestor de tributos analisar qual a melhor alternativa diante do caso em concreto. Em outras palavras, cabe ao gestor tributário identificar se é melhor para o estabelecimento industrial poderá optar por: (i) suspender o IPI na transferência entre estabelecimentos, sem o lançamento deste na NFE. Em regra, a suspensão do IPI deve ser adotada nos períodos fiscais nos quais no período anterior houve o recolhimento deste imposto, ou seja, tinha-se saldo devedor do IPI. Então se você tem saldo devedor de IPI, ou seja, IPI a pagar, é mais vantajoso usar a suspensão, uma vez que, utilizando a suspensão você não aumentará seu débito, logo, não terá mais IPI a recolher. (ii) lançar o IPI na NFE de transferência entre o seu estabelecimento e a filial atacadista; Por outro lado, se houve saldo credor de IPI no período anterior, em geral não é vantajoso adotar a figura suspensiva, porque lançando o IPI haverá a neutralização de saldo escritural. Se a empresa acumula saldo credor, não é muito interessante a suspensão, porque ela vai ficar represando crédito. Dessa forma, é melhor sair com débito de IPI a fim de utilizar seu saldo credor, ir abatendo aos poucos. Atenção: A adoção de um procedimento fiscal no início de um período fiscal deve permanecer até o fim deste período fiscal. EXEMPLO: Qual acepção tributária a ser utilizada na transferência de produto industrializado entre matriz e filial com a suspensão do IPI? Na transferência do estabelecimento matriz para a filial, utiliza-se a acepção (ii), no qual há a transferência da propriedade do produto para outro estabelecimento, mas o fato gerador é “deslocado”. Isso porque o fato gerador ocorreu, mas o tributo só será cobrado quando da venda pelo estabelecimento filial. No entendimento do professor, na hipótese de transferência não se tem a hipótese de materialidade de incidência do IPI, já que não há negócio jurídico efetivo. A propriedade continua sendo das empresas do grupo. Então teríamos uma acepção de “ausência de hipótese de materialidade do IPI” Os tribunais Superiores, por sua vez, entendem que na transferência entre estabelecimento matriz e filial não há a ocorrência do fato gerador, portanto, aplicam a acepção (i). CASOS PRÁTICOS Para análise de casos prático, o professor cita dois métodos de análise de operações empresariais: (i) Subsunção Tributária: Aquele que o gestor de tributo obtém todos os dados e especificidades da operação a ser realizada, para em seguida adequá-la a legislação pertinente. Adapta-se o fato econômico à norma. (método utilizado pelo professor e pela maioria dos gestores tributários) (ii) Subjunção Tributária: O gestor parte da norma para adequá-la ao fato econômico. 1) Questão 1 Empresa X, por meio de seu estabelecimento industrial situado no Estado de São Paulo, realizada, no mercado atacadista, vendas dos produtos por ele industrializados “A”, “B”, “C” e “D”. Cada um dos referidos produtos é industrializado em várias espécies. Para tanto, adquire, no mercado interno diversas matérias-primas, produtos intermediários e outros insumos que são empregados nas aludidas industrializações. Várias espécies dos produtos “A” e “B” são vendidas para empresas comerciais que as destinarão a posteriores revendas no mercado atacadista. Adicionalmente, cabe observar que algumas dessas espécies de produtos (“A” e “B”) também são vendidas para empresas industriais, na condição de matérias primas ou, alternativamente, como insumos que serão consumidos nas suas correspondentes industrializações. Cumpre observar que os respectivos estabelecimentos das empresas comerciais compradoras, bem como os estabelecimentos das empresas industriais adquirentes, estão todos situados no território nacional. As espécies de produtos “A” e “B” são vendidas por valores unitários diversos, considerando as características das respectivas vendas, e são tributadas pelo IPI. As alíquotas do IPI são as que constam na TIPI, conforme o grau de essencialidade das espécies desses produtos e, portanto, variáveis, mas, todas superiores a zero. Nesse contexto operacional, cumpre ainda salientar que, em face da atual legislação do IPI, a empresa X mantém elos de interdependência fiscal com diversas empresas compradoras das várias espécies dos produtos “A” e “B”. Tais elos de interdependência fiscal decorrem das seguintes situações societárias: ▪ A empresa vendedora X qualifica-se societariamente como uma controladora e as empresas compradoras qualificam-se como suas subsidiáriasintegrais ou controladas; ou ▪ A empresa vendedora X possui investimento no capital social das empresas compradoras, ou, vice-versa, que as qualificam como societariamente coligadas. No que concerne às espécies dos produtos “C” e “D”, obtidas pelo estabelecimento industrial da empresa X para posteriores vendas no mercado nacional, deve-se considerar os seguintes aspectos operacionais: Essas espécies dos produtos “C” e “D” serão vendidas para empresas comerciais que as destinarão a posteriores revendas no mercado atacadista. Ademais, ressalta-se que as referidas espécies de produtos também serão vendidas para empresas industriais, na condição de produtos intermediário que serão utilizados nas industrializações de produtos acabados a serem comercializados no mercado nacional. Ressalta-se que os respectivos estabelecimentos das empresas comerciais, bem como os estabelecimentos das empresas industriais, estão situados no estado de São Paulo, enquanto outros estão domiciliados em outros Estados da Federação. As espécies dos produtos “C” e “D” são vendidas por valores unitários diversos, considerando as características das respectivas vendas, sendo tributadas pelo IPI. As alíquotas do IPI são as que constam na TIPI, conforme o grau de essencialidade das espécies desses produtos e, portanto, variáveis, mas, todas superiores a zero. Nesse contexto operacional, cumpre ainda salientar que, em face da atual legislação do IPI, a empresa X mantém elos de interdependência fiscal com diversas empresas compradoras de espécies dos produtos “C” e “D”. Tais elos de interdependência fiscal decorrem das seguintes situações negociais: ▪ Algumas dessas empresas compram, anualmente, certas espécies dos produtos “C” e “D” em significativas quantidades que resultam em relevantes receitas operacionais para a empresa X. Outras empresas, por sua vez, é a única compradora de espécies dos produtos “C” e “D”. RESPONDA a) Qual a base de cálculo do IPI (alíquota de 10%) incidente nas saídas a título de vendas, de 10 unidades de espécie do produto “A”, cujo preço unitário é de R$ 2.500,00 e de 5 unidades de espécie do produto “B”, cujo preço unitário é de R$ 5.200,00, que serão realizados pelo estabelecimento industrial da empresa X para os estabelecimentos de empresas com as quais não mantém elos societário, tampouco outros vínculos de interdependência fiscal, segundo o regramento do imposto? Como não há despesas acessórias cobradas do adquirente, a base de cálculo do imposto será o valor da operação de venda, qual seja, as 10 unidades do produto “A” multiplicado pelo valor unitário de cada produto, qual seja R$ 2.500,00. Assim, a base de cálculo do tributo será de R$ 25.000,00, sobre a qual incidirá a alíquota de 10%, totalizando o IPI a pagar em R$ 2.500,00. Dados relevantes: • Na venda dos produtos “A” não serão cobradas despesas acessórias do adquirente; • Na venda dos produtos “B” são cobrados R$ 2.000,00 de frete do adquirente; • Venda do Produto “A” para empresas comerciais atacadistas SEM elos de interdependência fiscal. • Venda Produtos “B” para empresas industriais como matéria prima e insumos consumidos na industrialização, SEM elos de interdependência fiscal. Nessa venda há cobrança de despesas acessórias cobradas do adquirente, no valor de R$ 2.000,00. A base de cálculo, nesse caso, será o valor da operação acrescido das despesas acessórias. Assim, multiplicamos as unidades vendidas (5) pelo valor do produto (R$5.200,00) e acrescemos do valor da despesa acessória (R$ 2.000,00). Assim, a base de cálculo do IPI será R$ 28.000,00 sobre a qual incidirá a alíquota de 10%, totalizando o IPI a pagar em R$ 2.800,00. Cumpre observar que na saída do produto “B” do estabelecimento industrial comprador, também haverá a incidência do IPI. Já na revenda realizada pelo estabelecimento comercial, não haverá incidência de IPI, pois nessa hipótese este não é equiparado à estabelecimento industrial. Existem situações específicas que permitem a equiparação do estabelecimento comercial à estabelecimento industrial, como por exemplo no caso de revenda de bem de produção por estabelecimento comercial (opção do estabelecimento comercial). Para o conceito fiscal de bens de produção, não integram somente as máquinas, aparelhos, partes e peças, equipamentos, mas também a matéria prima, os produtos intermediários e material de embalagem. b) Qual a base de cálculo do IPI (alíquota de 5%) incidente nas saídas a título de vendas, de 10 unidades de espécie do produto “A”, cujo preço unitário é de R$ 3.500,00 e de 5 unidades de espécie do produto “B”, cujo preço unitário é de R$ 4.400,00, considerando- se que o vendedor é o estabelecimento industrial da empresa “X” e os compradores são: o estabelecimento comercial da empresa X.1 e o estabelecimento industrial da empresa X.2, que se qualificam societariamente como controladas da empresa X? IMPORTANTE: A legislação do IPI prevê que as despesas acessórias cobradas do adquirente (frete, seguro etc.) DEVEM integrar a base de cálculo do IPI. ][ === Preço médio ponderado: preço adotado x quantidade vendida + preço adotado x quantidade vendida: total da quantidade vendida. Atenção: a média ponderada é da espécie do produto vendido. Exemplo: Mês de setembro 10 unidades pelo valor de R$ 100,00 = R$ 1000,00 15 unidades pelo valor de R$ 110,00 = R$ 1650,00 20 unidades pelo valor de R$ 115,00 = R$ 2300,00 Total vendido = 45 unidades, R$ 4950,00 Média ponderada dos preços: 10 x 100 + 15 x 110 + 20 x 115 / 45 = R$ 110,00 Dados relevantes: • A empresa X é controladora das empresas X1 e X2, ou seja, esta detém mais de 50% do capital das empresas compradoras. • Há elo de interdependência fiscal. • Empresa X1 é comercial e revende o produto “A”. • Empresa X2 é industrial que utiliza o produto “A” como insumo para produção do produto “G” e vende-lo no universo de compradores. • IMPORTANTE: Quando o preço médio ponderado for MAIOR que o valor de venda no mês corrente, utiliza-se para fins de base de cálculo do IPI o preço médio ponderado. IMPORTANTE: Quando há interdependência fiscal, é necessário realizar o preço médio ponderado do mês anterior para encontrar a base de cálculo do IPI, independente da venda ser para empresa comercial ou industrial. Na hipótese acima, o PMP de setembro de 2020 é de R$ 3.650,00 e o preço de venda do produto A é de R$ 3.500,00. Como o valor do PMP é maior do que o preço de venda do produto, o cálculo da base de cálculo do IPI utiliza o PMP, sendo assim: 3.650 x 10 (unidades vendidas) = R$ 36.500,00 (base de cálculo do IPI) Considerando a base de cálculo de R$ 36.500,00 e alíquota de 5%, o IPI a pagar totaliza R$ 1.825,00. Na hipótese acima, o PMP é de R$ 4.350,00 e o preço de venda é R$ 4.400,00. Como o PMP é menor do que o preço de venda, utiliza-se o preço de venda para compor a base de cálculo do IPI, sendo assim: 5 (unidades do produto “B”) x 4.400,00 (preço do produto “B”) = R$ 22.000,00 (base de cálculo do IPI) Considerando a aplicação da alíquota de 5% sobre a base de cálculo do IPI (R$ 22.000,00), tem-se R$ 1.100,00 de IPI a pagar. Atenção! E no caso de não ter venda da espécie do produto no mês anterior? Nesse caso retroage-se para o segundo mês. Exemplo: Se em setembro de 2020 não tivesse venda, retroage-se até agosto para fazer o PMP de outubro. c) Qual a base de cálculo do IPI (alíquota de 5%) incidente nas vendas de 50 unidades de espécie do mencionado produto “A”, cujo preço unitário é de R$ 4.500,00 e de 60 unidades de espécie do referido produto “B”, cujo preço unitário é de R$ 4.800,00, considerando-se que o vendedor é o estabelecimento industrial da empresa “X” e os compradores: são o estabelecimento comercial da empresa“Y” e o estabelecimento industrial da empresa “YY”, que se qualificam societariamente como coligada da empresa X? Dados relevantes: • A empresa X e as empresas Y e YY são coligadas, ou seja, há investimento que permite influência na empresa investida (20% ou mais do capital social) • Há elo de interdependência fiscal. • Empresa Y é comercial e revende o produto “A”. • Empresa YY é industrial que utiliza o produto “A” como insumo para produção do produto “G” e vende- lo no universo de compradores. IMPORTANTE: Para fins de incidência do IPI o mero investimento em valor superior à 15% do capital social de outra empresa (participação societária), traduz situação de interdependência fiscal. Ex: Se a empresa X detém 16% do capital da empresa Y, há elo de interdependência fiscal. Se a empresa X detém 14% do capital da empresa YY não há elo de interdependência fiscal. Na hipótese acima, o PMP é de R$ 4.550,00 e o valor de venda do produto “A” é de R$ 4.500,00. Como o valor do PMP é maior do que o preço de venda do produto, o cálculo da base de cálculo do IPI utiliza o PMP, sendo assim: 4.550 (PMP) x 50 (unidades vendidas) = R$ 227.500,00 (base de cálculo do IPI) Considerando a aplicação da alíquota de 5% sobre a base de cálculo do IPI (R$ 227.500,00), tem-se R$ 11.375,00 de IPI a pagar. Na hipótese acima, o PMP é de R$ 4.710,00 e o preço de venda do produto “B” é R$ 4.800,00. Como o PMP é menor do que o preço de venda, utiliza-se o preço de venda para compor a base de cálculo do IPI, sendo assim: 60 (unidades do produto “B”) x 4.800,00 (preço do produto “B”) = R$ 288.000,00 (base de cálculo do IPI) Considerando a aplicação da alíquota de 5% sobre a base de cálculo do IPI (R$ 288.000,00), tem-se R$ 14.400,00 de IPI a pagar. d) Qual a base de cálculo do IPI (alíquota de 10%) incidente nas saídas, a título de vendas, de 100 unidades de espécies dos produtos “C” e “D”, do estabelecimento industrial da empresa “X” para o estabelecimento de empresa que é compradora de significativas quantidades de espécies desses produtos, no decorrer de cada ano, e que, assim, resultam em relevantes receitas operacionais para o sobredito estabelecimento industrial da empresa “X”? Obs.: O valor unitário da venda da espécie do produto “C” é de R$ 5.500,00. O valor unitário da venda da espécie do produto “D” é de R$ 7.500,00. Nessa hipótese há elo de interdependência fiscal em razão da venda de mais de 50% dos produtos para uma das empresas compradoras. Não há elo societário, todavia, Dados relevantes: • A empresa X procede a uma distribuição dos produtos- de sua própria industrialização – sem exclusividade para determinada área do território nacional. • O somatório das receitas das vendas realizadas pelo estabelecimento industrial da empresa X, no ano anterior, para uma das empresas compradoras ultrapassou mais de 50% do total de suas receitas de vendas dos produtos tributados de sua industrialização. • As espécies dos produtos “C” e “D” adquiridas pela mencionada empresa destinar- se-ão a posteriores revendas. tem-se interdependência fiscal em razão da venda em percentual superior à 50% para uma única empresa. Por tal razão, necessário apurar o preço médio ponderado, para verificar qual será a base de cálculo do IPI. Considerando um PMP de R$ 5.950,00 e o preço de venda do produto “C” de R$ 5.500,00, utiliza-se o PMP para cálculo da base de incidência do IPI, sendo assim: 5.950 (PMP) x 100 (unidades vendidas) = R$ 595.000,00(base de cálculo do IPI) Considerando a aplicação da alíquota de 10% sobre a base de cálculo do IPI (R$595.000,00), tem-se R$ 59.500,00 de IPI a pagar. Dados relevantes: • A empresa X procede a uma distribuição dos produtos- de sua própria industrialização – sem exclusividade para determinada área do território nacional. • O somatório das receitas das vendas realizadas pelo estabelecimento industrial da empresa X, no ano anterior, para uma das empresas compradoras ultrapassou mais de 50% do total de suas receitas de vendas dos produtos tributados de sua industrialização. • As espécies dos produtos “C” e “D” adquiridas pela mencionada empresa destinar- se-ão – no estabelecimento da empresa compradora – ao emprego como produto intermediário no processo de industrialização de outro produto, que por sua vez, será vendido com a tributação de IPI, por meio de alíquota superior a zero. Nessa hipótese, em razão dos produtos vendidos serem utilizados para comercialização, mas sim para fins de industrialização, não há interdependência fiscal. Sendo assim, utiliza-se o valor de venda do produto para composição da base de cálculo do IPI, ou seja: R$7.500,00 x 100 (unidades) = R$ 750.000,00 (base de cálculo do IPI). Considerando a aplicação da alíquota de 10% sobre a base de cálculo do IPI (R$750.000,00), tem-se R$ 75.000,00 de IPI a pagar. Nessa situação, em fase da exclusividade, considera-se o percentual de 20% das receitas de vendas para caracterizar a interdependência fiscal, quando os produtos são destinados à revenda. Ou seja, utiliza-se a metodologia de apuração do PMP. A área no território nacional pode ser Estado ou município. Exemplo: Franquias No caso de mais de 20% da receita ser proveniente de um único comprador, com exclusividade, mas, este utilizar os produtos com matéria prima no processo de industrialização, não há interdependência fiscal. Assim, utiliza-se o preço do produto para fins de cálculo da base de incidência do IPI. Dados relevantes: (hipótese 3º) • A empresa X procede a uma distribuição dos produtos- de sua própria industrialização – com exclusividade para determinada área do território nacional. • O somatório das receitas das vendas realizadas pelo estabelecimento industrial da empresa X, no ano anterior, para uma das empresas compradoras ultrapassou mais de 20% do total de suas receitas de vendas dos produtos tributados de sua industrialização. • As espécies dos produtos “C” e “D” adquiridas pela mencionada empresa destinar- se-ão a posteriores revendas. Dados relevantes: (com exclusividade) • As espécies dos produtos “C” e “D” adquiridas pela mencionada empresa destinar- se-ão – no estabelecimento da empresa compradora – ao emprego como produto intermediário no processo de industrialização de outro produto, que por sua vez, será vendido com a tributação de IPI, por meio de alíquota superior a zero. e) Quais as bases de cálculos do IPI e do ICMS incidentes nas saídas a título de vendas, de espécies dos produtos “C” e “D”, do estabelecimento industrial da empresa “X” para o estabelecimento de empresa que é a única compradora dessas espécies dos sobreditos produtos? Obs.: O valor unitário da venda da espécie do produto “C” é de R$ 15.800,00. O valor unitário da venda da espécie do produto “D” é de R$ 9.500,00. 1º Situação: compra para Revenda por empresa Comercial Nesse caso, será realizada uma base de cálculo arbitrada que é composta pelo custo de fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, ainda que os produtos hajam sido recebidos de outro estabelecimento da mesma firma que os tenha industrializado. No caso de venda de uma espécie de tributo para uma única compradora, não tem como fazer o PMP, porque na teoria não haverá variação. No caso acima, o valor arbitrado é de R$ 16.500,00 e o valor de venda do produto C é de R$ 15.800,00. Assim, utiliza-se o valor arbitrado para fins de cálculo da base de incidência do IPI, sendo assim: 16.500 (valor arbitrado) x 1 (uma unidade) = 16.500,00 (base de cálculo do IPI) 2º Situação: compra para industrialização e comercialização de novo produto para o universo de compradores Nessecaso, a base de cálculo será o valor da venda do produto multiplicado pela quantidade, se houver. 9.500 (valor unitário produto D) x 1 (unidades) = 9.500 (base de cálculo do IPI) RESUMO São situações que resultam em elo INTERDEPENDÊNCIA FISCAL: ➔ Coligadas: empresa possui mais de 20% do capital social de outra; ➔ Controlada: empresa possui mais de 50% do capital social de outra; ➔ Investimento superior à 15% e inferior à 20% do capital social; ➔ Investimento por pessoa física em valor superior a 15% em duas empresas que realizam operações entre si; ➔ Quando as empresas tiverem sócios/acionistas pessoas físicas com capital superior à 15% que detenham relação de parentesco entre si (até segundo grau) ou cônjuges; ➔ Quando uma empresa vender à outra, no ano anterior, mais de 20% com exclusividade em determinada área do território nacional (hipótese de REVENDA); ➔ Quando uma empresa vender, sem exclusividade, mais de 50% da sua receita para uma empresa no ano anterior (hipótese de REVENDA); ➔ Quando uma empresa é a única adquirente de determinado produto produzido por outra. ➔ Quando uma pessoa tem posição de gerência em ambas as empresas. • Itens empregados no processo de industrialização: a) Matérias primas; Participa do processo de industrialização, se transformando em uma nova espécie do produto. A matéria prima integra fisicamente ou quimicamente o produto, ela se incorpora ao produto. Exemplos: Calcário para fabricação de cimento e Madeira na fabricação de um móvel. b) Produtos Intermediários; É aquele item que ao ser empregado no processo de industrialização também é incorporado ao produto resultante, só que diferentemente da matéria prima, ele mantém a sua estrutura interna e externa. Ou seja, ele não alterado, não tem modificação na sua estrutura. Exemplo: Pneu em automóvel, maçaneta de uma porta e botão em uma roupa. c) Insumos; e O insumo não integra o produto industrializado, ele é CONSUMIDO no processo de industrialização. O conceito de insumo pode ser amplo ou restrito. No conceito amplo admite-se como insumo tudo aquilo que é utilizado na produção do produto. No conceito restrito, insumo é aquilo que possui contato direto com o processo produtivo do produto, ainda que não seja consumido integralmente. Materiais secundários: Expressão mais utilizada na legislação do ICMS. São os insumos que participam do processo de industrialização. d) Materiais de embalagem. O gestor de tributos deve solicitar ao setor de engenharia da produção quais itens serão utilizados e como serão utilizados na produção. Normalmente, para definir o creditamento do IPI, o gestor de tributo se baseia em relatório enviado pela equipe de engenharia de produção, no qual são qualificados os itens como: - Matérias-primas que são empregadas na industrialização e que integram o produto industrializado; - Produtos intermediários são empregados na industrialização e que integram o produto industrializado; - Insumos consumidos integralmente com o contato direto com o produto industrializado; Exemplo: Lixa. - Insumos consumidos integralmente sem contato direto com o produto industrializado; Exemplo: óleo, ferramentas, EPI. - Insumos parcialmente consumidos com contado direto com o produto industrializado; - Materiais de embalagem. Com base no referido relatório, o gestor de tributos deve identificar em quais saídas tiveram ônus do IPI e aquelas que não foram tributadas. Essa verificação se dá para que seja possível identificar quais situações permitem o legítimo creditamento do IPI. O Fisco Federal entende ser legítimo o creditamento nas seguintes situações, de acordo com o art. 153, §3º, II da CF/88: a) Aquisição de aquisição de matéria prima e produtos intermediários, aplicados no processo de industrialização, se integrarão ao produto industrializado dele resultante, cuja saída, em decorrência de negócio translativo de posse ou propriedade, será realizada com ônus do IPI; Em outras palavras, permite-se o creditamento na escrituração fiscal do valor de IPI incidente na operação de aquisição (crédito) de matéria-prima e/ou produto intermediário que integram física ou quimicamente o produto industrializado a ser negociado, quando a saída for onerada por IPI; b) Aproveitamento de crédito de IPI referente à aquisição de insumos: b.1) quando este for consumido integralmente no processo de industrialização, com contato direto com o produto que estiver sendo industrializado, cuja saída, em decorrência de negócio translativo de posse ou propriedade, será realizada com ônus do IPI; Exemplo: Lixa Em outras palavras, é permitido o creditamento da aquisição de insumos consumidos integralmente no processo de industrialização desde que este tenha contato direto com o produto industrializado e a saída seja tributada por IPI. b.2) quando este for consumido parcialmente no processo de industrialização, com contato direto com o produto que estiver sendo industrializado, cuja saída, em decorrência de negócio translativo de posse ou propriedade, será realizada com ônus do IPI; (parecer normativo CST 65/79) Importante mencionar que, o Fisco entende ser ilegítimo o aproveitamento de crédito na hipótese em que o insumo é consumido integralmente ou parcialmente no processo produtivo, mas não possui contato direto com o produto (ex: óleo de máquina) e a venda é feita com ônus de IPI. * Possibilidade de questionamento judicial, visando o aproveitamento do crédito com base no princípio da não cumulatividade, art. 153, §3º, II. Isso porque, parte do preço de venda do produto será decorrente do IPI da aquisição de tais insumos, ainda que estes não tenham contato direto este. Aquisição de matéria prima ou produto intermediário Processo de industrialização Produto industrializado integrado pela matéria prima e/ou produto intermediário Venda do produto industrializado com ônus de IPI Possibilidade de creditamento do IPI incidente sobre a Aquisição de Matéria Prima ou procuto industrializado Quando o insumo não possui contato direto e a venda for realizada SEM a incidência do IPI, não é possível o creditamento. * Nesse caso, o argumento da não cumulatividade é discutível, pois não há ônus do IPI na saída. Mas, é possível argumentar que o produto não está 100% sujeito a alíquota zero, já que parte do IPI incidente sobre o insumo sem contato direto está dentro do preço do IPI. Não é possível o creditamento do IPI incidente na aquisição de insumos integrados ao ativo imobilizado, mesmo que este participe do processo produtivo de produtos onerados pelo IPI. c) Aquisição de aquisição de matéria prima e produtos intermediários, aplicados no processo de industrialização, se integrarão ao produto industrializado dele resultante, cuja saída, em decorrência de negócio translativo de posse ou propriedade, será realizada SEM ônus do IPI (isento ou alíquota zero); (art. 11 da Lei nº 9.979/99) d) Aquisição de insumos quando este for consumido integralmente no processo de industrialização, com contato direto com o produto que estiver sendo industrializado, cuja saída, em decorrência de negócio translativo de posse ou propriedade, será realizada SEM ônus do IPI (alíquota zero ou isenção); Bens de Produção Consumo Contato direto Incidência de IPI (lançado na NF de aquisição) Possibilidade de creditamento Matéria prima Integram o produto SIM SIM NÃO (alíquota zero e isento) Produtos intermediários SIM NÃO (alíquota zero e isento) Insumos Integral ou Parcial SIM SIM SIM SIM NÃO (alíquota zero e isento) NÃO SIM NÃO NÃO NÃO (alíquota zero e isento) IMPORTANTE: No caso de IMUNIDADE o creditamento só é admitido o creditamento no caso de exportação do produto industrializado. IMPORTANTE!! Se a aquisição dos bens de produção não tiver o IPI lançado emnota fiscal, NÃO é autorizado o aproveitamento de crédito presumido do IPI. (RE nº 370.682-9) Atenção: Segundo o art. 5º do RIPI, o preparo de produtos alimentares quando não acondicionados em embalagem de apresentação, não sofrem a incidência de IPI quando produzidos: a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; 2) Questão 2 Determinada empresa realiza, por meio de seu estabelecimento industrial situado no Estado de São Paulo, os processos de industrialização e comercialização de várias espécies dos produtos X, Y e Z. Para tanto, adquire, no mercado atacadista nacional, os seguintes itens: • Matérias-primas A, B, C, D, E e F; • Produtos intermediários G, H, I, J, K, L; e • Insumos M, N, O, P, Q e R. As matérias-primas “A” e “B”, os produtos intermediários “G” e “H” e os insumos “M” e “N” são adquiridos de estabelecimentos industriais que, ao fornecerem essas variantes de produtos, emitem notas fiscais com o lançamento do IPI. Tais itens são empregados na industrialização de diversas espécies do produto “X”. No que concerne aos insumos “M” e “N”, cabe observar que são consumidos integralmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto “X”. Posteriormente, essas espécies do produto “X” serão vendidas, no mercado nacional, com ônus do IPI, em face de que constam na TIPI como produtos industrializados sujeitos à alíquotas superiores a zero. As matérias-primas “C” e “D”, os produtos intermediários “I” e “J” e os insumos “O” e “P” são adquiridos de estabelecimentos industriais que, ao fornecerem essas variantes de produtos, emitem notas fiscais com o lançamento do IPI. Tais itens são empregados na industrialização de diversas espécies do produto “Y”. No que pertine aos insumos “O” e “P”, cumpre observar que serão consumidos parcialmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto “Y”. Posteriormente, essas espécies do produto “Y” serão vendidas, no mercado nacional, sem ônus do IPI, em face de que algumas estão isentas, enquanto outras estão sujeitas à alíquota zero desse imposto. As matérias-primas “E” e “F”, os produtos intermediários “K” e “L” e os insumos “Q” e “R” são adquiridos de estabelecimentos industriais que, ao fornecerem essas variantes de produtos, emitem notas fiscais sem o lançamento do IPI, por causa de que alguns estão isentos desse imposto, enquanto outros estão sujeitos à alíquota zero. Tais itens são empregados na industrialização de diversas espécies do produto “Z”. No que se refere aos insumos “Q” e “R”, vale mencionar que são consumidos integralmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto “Z”. Posteriormente, essas espécies do produto “Z” serão vendidas, no mercado nacional, com ônus do IPI, em face de que constam na TIPI como produtos industrializados sujeitos à alíquotas superiores a zero. a) Como proceder com relação ao IPI lançado nas notas fiscais de compras das matérias primas “A” e “B” e dos produtos intermediários “G” e “H”, que são empregados nas industrializações das espécies do produto “X” e, por outro lado, dos insumos “M” e “N”, que são consumidos integralmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto “X” que serão vendidas com ônus do IPI? * Cai na prova IPI II Resposta: Nessa operação, o produto X será vendido com ônus do IPI, então todos os itens (matéria prima, produtos intermediários e insumos) que participam do processo produtivo foram adquiridos com a incidência de IPI. Dessa forma, é possível se aproveitar dos créditos de todos os itens, se lançados na nota fiscal de vendas. (CONSUMO INTEGRAL) Exemplo: A lixa consumida integralmente para confeccionar uma mesa, é um insumo, pois não se integra ao produto. Se por outro lado, tivéssemos uma situação de consumo parcial dos itens, com contato direto do insumo com o produto industrializado, e a nota fiscal de compra do insumo tem o lançamento do IPI e a nota fiscal do produto industrializado tem o lançamento do IPI, também é autorizado o creditamento do imposto. Exemplo: Consumo parcial, com contado direto: Esferas de aço utilizadas na moagem de cimento. No caso da matéria prima e do produto intermediário é mais fácil visualizar o crédito, já que eles integram fisicamente o produto industrializado. Mas no caso do insumo no caso de contato direto é possível o creditamento na hipótese de consumo integral ou parcial. b) Como proceder com relação ao IPI lançado nas notas fiscais de compras das matérias primas “C” e “D” e dos produtos intermediários “I” e “J”, que serão empregados nas industrializações das espécies do produto “Y” e, por outro lado, dos insumos “O” e “P”, que serão consumidos parcialmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estarão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto (“Y”) que serão posteriormente vendidas, no mercado nacional, sem ônus do IPI, em face de que algumas espécies estão isentas, enquanto outras espécies estão sujeitas à alíquota zero desse imposto? Resposta: É possível o creditamento de todos os itens, já que tiveram contato direto com o produto industrializado e, os créditos do IPI foram lançados na NF. Nesse caso, admite-se o creditamento ainda que as operações com o produto industrializado sejam isentas ou com alíquota zero. c) Como proceder fiscalmente com relação às matérias primas “E” e “F”, aos produtos intermediários “K” e “L” e aos insumos “Q” e “R”, que são adquiridos de estabelecimentos industriais que, ao fornecerem, emitem notas fiscais sem o lançamento do IPI, e que são empregados nas industrializações das espécies do produto “Z”, considerando se, por um lado, que os referidos insumos serão consumidos integralmente nesse processo industrial, mediante um contato direto com as espécies do produto que estão sendo industrializadas, ou seja, as espécies do produto “Z” e que, por outro lado, essas espécies do produto “Z” serão vendidas, no mercado nacional, com ônus do IPI, em face de que constam na TIPI como produtos industrializados sujeitos à alíquotas superiores a zero? Resposta: A autoridade fiscal não chancela o crédito presumido do IPI, ou seja, se não há o lançamento do IPI na NF, não é possível o creditamento. 3) Questão 3 A empresa “X” tem, por intermédio de seu estabelecimento domiciliado no Estado de São Paulo, como atividade econômica as realizações das seguintes variantes de industrializações sob encomendas: i) Recebe do estabelecimento encomendante todas as matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens necessários à industrialização de produtos encomendados que se destinarão a posteriores comercializações no mercado nacional e, assim, o seu estabelecimento industrializador emprega diretamente apenas mão de obra; Responda: Quais os procedimentos tributários - exigidos pela normatividade do IPI na hipótese das remessas conforme descrito na operação (i)? O estabelecimento encomendante se equipara, obrigatoriamente à estabelecimentos industriais. (1) As notas fiscais de venda são emitidas com o lançamento do IPI (emitidas pelo Fornecedor da matéria prima em favor do estabelecimento encomendante). ** Estabelecimento encomendante tem direito a crédito do IPI lançadona NF referente à aquisição de matéria prima, produtos intermediários e materiais de embalagem encaminhados para industrialização por encomenda. (2) As notas fiscais de remessa efetiva são emitidas sem o ônus do IPI. (emitidas pelo fornecedor da matéria prima em favor do estabelecimento industrializador) (3) O estabelecimento encomendante procede a emissão de notas fiscais de remessa simbólica (3), nas quais não há ônus do IPI, em razão da suspensão do IPI prevista no art. 43, VI do RIPI. (4) Após a industrialização pelo estabelecimento industrializador, este emite NF atinente ao retorno dos produtos, em regra, sem a incidência do IPI, considerando que somente aplicou mão de obra para fins de confecção do produto industrializado (art. 43, VII do RIPI). (5) Venda dos produtos no mercado nacional, pelo estabelecimento encomendante, haverá a incidência de IPI, pois este se equipara à estabelecimento industrial. ii) Recebe do estabelecimento encomendante algumas matérias-primas e produtos intermediários, bem como os respectivos materiais de embalagem, que são necessários à industrialização de produtos encomendados que se destinarão a posteriores comercializações no mercado nacional e, assim, o seu estabelecimento industrializador emprega diretamente as demais matérias-primas e produtos intermediários necessários à industrialização do produto encomendado, que são por ele próprio industrializados ou importados do Exterior e, adicionalmente, mão de obra; Responda: Quais os procedimentos tributários - exigidos pela normatividade do IPI na hipótese das remessas conforme descrito na operação (ii)? (1) As notas fiscais de remessa efetiva são emitidas sem o ônus do IPI. (emitidas pelo fornecedor da matéria prima em favor do estabelecimento industrializador) (2) As notas fiscais de venda são emitidas com o lançamento do IPI (emitidas pelo Fornecedor da matéria prima em favor do estabelecimento encomendante). (3) O estabelecimento encomendante procede a emissão de notas fiscais de remessa simbólica (3), nas quais não há ônus do IPI, em razão da suspensão do IPI prevista no art. 43, VI do RIPI. (4) O estabelecimento industrializador adquire insumos do universo de fornecedores no mercado nacional. (5) O estabelecimento industrializador importa insumos do exterior. (6) Após a industrialização pelo estabelecimento industrializador, o produto industrializado é retornado ao estabelecimento encomendante. Nesse retorno, haverá a incidência de IPI sobre o valor total cobrado do estabelecimento encomendante (itens comprados no mercado nacional + valor dos itens importados+ valor da mão de obra). ** O industrializador tem direito ao crédito do IPI na aquisição dos insumos no mercado nacional e importados do mercado estrangeiro. O encomendante tem direito ao crédito sobre a aquisição de matéria prima, produtos intermediários e materiais de embalagem, bem como o crédito decorrente do IPI lançado na NF referente a saídas dos produtos industrializados do estabelecimento industrializador. (7) Venda dos produtos no mercado nacional, pelo estabelecimento encomendante, haverá a incidência de IPI, pois este se equipara à estabelecimento industrial. iii) Recebe do estabelecimento encomendante algumas matérias-primas e produtos intermediários, bem como os materiais de embalagem, que são necessários à industrialização de produtos encomendados que se destinarão a posteriores comercializações no mercado nacional e, assim, o seu estabelecimento industrializador emprega diretamente as demais matérias-primas e produtos intermediários que são, uns, por ele próprio industrializados, alguns, importados do Exterior, outros, adquiridos no mercado nacional, e, adicionalmente, mão de obra; Responda: Quais os procedimentos tributários - exigidos pela normatividade do IPI na hipótese das remessas conforme descrito na operação (iii)? Nessa hipótese, além de adquirir insumos e produtos importados, também adquiriu matéria prima e produtos. (4) Os insumos utilizados para produção das matérias primas e produtos industrializados produzidos pelo próprio estabelecimento industrializador, com a incidência de IPI (5) Aquisição pelo estabelecimento industrializador de matéria prima e produtos intermediários no mercado nacional, com a incidência de IPI. (6) Importação de matéria prima e produtos intermediários, com a incidência de IPI. (7) Retorno da industrialização: com a incidência de IPI sobre o valor total cobrado do encomendante (valor do produto industrializado). (8) Venda dos produtos no mercado nacional, pelo estabelecimento encomendante, haverá a incidência de IPI, pois este se equipara à estabelecimento industrial. ** O Estabelecimento industrializador poderá aproveitar o crédito do IPI decorrente da importação, da aquisição de insumos para produção de matéria prima e produtos intermediários, bem como da aquisição de matéria prima e produtos intermediários no mercado nacional. ** O Estabelecimento encomendante poderá aproveitar o crédito do IPI lançado nas NF das compras de matérias primas e produtos intermediários remetidos ao estabelecimento industrializador, bem como do IPI lançado na Nota de Retorno da mercadoria. iv) Recebe do estabelecimento encomendante algumas matérias-primas e prod utos intermediários, bem como os materiais de embalagem, que são necessários à industrialização de produtos encomendados que se destinarão a posteriores comercializações no mercado nacional e, assim, o seu estabelecimento industrializador emprega diretamente as demais matérias-primas e produtos intermediários que são, por ele, adquiridos no mercado nacional, e, adicionalmente, mão de obra; Responda: Quais os procedimentos tributários - exigidos pela normatividade do IPI na hipótese das remessas conforme descrito na operação (iv)? Nessa hipótese, o estabelecimento industrializador adquire outros produtos intermediários e matéria prima (com a incidência de IPI) e aplica mão de obra para confecção do produto industrializado por encomenda. No retorno do produto industrializado para o encomendante, o industrializador tem duas opções de procedimento: (a) Lançar o IPI sobre o valor total cobrado (produtos intermediários + matéria prima + mão de obra); (b) Adotar a figura da suspensão, sendo vedado o creditamento do IPI incidente sobre a aquisição de matéria prima e produtos intermediários adquiridos no mercado nacional. ** O estabelecimento encomendante poderá apurar crédito de IPI referente às aquisições de matérias primas remetidas ao estabelecimento industrializador, bem como do IPI lançado na NF emitida pelo industrializador (nota de retorno). v) Recebe do estabelecimento encomendante algumas matérias-primas e produtos intermediários, bem como os materiais de embalagem, que são necessários à industrialização de produto encomendado que se destinará ao seu ativo imobilizado e, assim, o seu estabelecimento industrializador emprega diretamente as demais matérias-primas e produtos intermediários que são, uns, por ele próprio industrializados, alguns, importados do Exterior, outros, adquiridos no mercado nacional, e, adicionalmente, mão de obra. Responda: Quais os procedimentos tributários - exigidos pela normatividade do IPI na hipótese das remessas conforme descrito na operação (v)? (1) NF de aquisição de matéria prima e produto intermediário com incidência de IPI. (2) Remessa efetiva, sem a incidência de IPI. (3) Remessa simbólica, não pode ser abarcada pela suspensão, já que o produto final não será vendido, mas sim incorporado ao ativo imobilizado do encomendante. Aplicada figura da não incidência do IPI, pois não há transferência de posse e propriedade para o industrializador e o encomendante não é equiparado à industrial, visto que não fará a venda do produto.Indicar o IPI sobre a aquisição de insumos. (4) e (5) Aquisição de insumos, matérias primas e produtos intermediários pelo estabelecimento industrializador, com incidência do IPI. ** Industrializador pode se creditar dessas operações (6) Importação de matéria prima e produtos intermediários, com a incidência de IPI. ** Industrializador pode se creditar dessas operações (7) Retorno da industrialização: com a incidência de IPI, sobre o valor cobrado pelo industrializador ao encomendante (4, 5, 6 + mão de obra + valor das MP e PI que o encomendante remeteu (indicado na NF (3)
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