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Mariana Marques – T29 INTRODUÇÃO • O exame físico de cabeça e pescoço é dividido em inspeção (estática e dinâmica) e palpação. • Dentro do exame de cabeça e pescoço também é feita a avaliação dos linfonodos. INSPEÇÃO INSPEÇÃO DO CRÂNIO: • Deve ser realizada uma observação de frente para trás. • Observa-se formato e tamanho, pode ser classificado em: ▪ Macrocefalia: ocorre quando a circunferência da cabeça é consideravelmente maior do que o proporcional para o tamanho geral da criança. ▪ Microcefalia: ocorre quando a circunferência da cabeça é consideravelmente menor do que o proporcional para o tamanho geral da criança. Pode ser acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição. ▪ Normocefalia: simétrico e liso, ossos indistinguíveis, protrusões normais (frontal, parietal e occiptal). INSPEÇÃO DO COURO CABELUDO: • Deve-se observar a movimentação do crânio cabeludo na calota craniana (deve ser móvel). • Realizar a observação da distribuição de fios. • Observar a textura e coloração do couro cabeludo e dos fios de cabelo. INSPEÇÃO DA FACE: • Deve-se observar o formato, a simetria de pálpebras e ouvidos, a presença ou não de lesões cutâneas. • Avaliar as fácies do paciente (ver resumo de ectoscopia). • Observar a distribuição, coloração e o implante de pelos. • Simetria estática e em movimento de expressão: avalia- se pedindo para que o paciente sorria ou pisque. INSPEÇÃO DOS OLHOS: • Observar posição, alinhamento, formato e coloração das estruturas (esclera ou córnea, íris, pupila e ductos lacrimais). ▪ Observar as pálpebras verificando a presença de edemas e assimetrias como a ptose palpebral. ▪ Avaliar os movimentos como o caso de lagoftalmia (paciente não consegue abaixar a pálpebra superior quando tenta cerrar os olhos) e identificar a presença de lesões como hordéolos (terçol), calázios (tipo de inflamação) ou xantelasma (tumor benigno da pele). ▪ Avaliar a conjuntiva: certificar-se que não há presença de manchas ou hemorragia. ▪ Avaliar se a córnea e a íris encontram-se com aspectos normais ▪ As pupilas devem ser simétricas, arredondadas e centralizadas na Íris. - 1) Isocórias: pupilas com diâmetros iguais - 2) Midríase: Pupila dilatada > 7mm - 3) Miose: Pupila contraída < 2mm - 4) Anisocória: pupilas com diâmetros diferentes • TESTES VISUAIS: ▪ Teste de reação fotomotora: para realizar esse teste o examinador deve incidir luz em apenas um olho do paciente e observar o reflexo fotomotor em ambos os olhos do paciente, nesse caso, quando a luz está no olho espera-se observar a reação de miose nos olhos, e quando a luz é retirada espera-se observar a midríase no olho do paciente. ▪ Teste de acomodação visual: para realizar esse teste o examinador solicita que o paciente fixe o olhar em um objeto ou o seu próprio dedo a cerca de 1 metro de distância, produzindo midríase e depois aproxima o objeto ou o dedo até cerca de 20 centimetros do rosto do paciente, produzindo miose. Semiologia de Cabeça e Pescoço ...................... Mariana Marques – T29 ▪ Teste de Movimento Ocular: para realizar esse teste o examinador pede para que o paciente siga com o olhar um objeto em todas as direções, sempre voltando ao centro. ▪ Teste de Campo visual: para realizar esse teste o examinador se posiciona em frente o paciente e pede para que ele olhe para um ponto fixo (pode ser o nariz do examinador), enquanto posiciona um objeto atrás da cabeça do paciente trazendo-o em diferentes direções (lados esquerdo e direito, cima e baixo) e solicitando que o paciente avise quando passar a enxergar o objeto sem que mova os olhos. Nesse exame um olho deverá estar tampado para que seja avaliado o campo visual de cada olho separadamente. ▪ Teste de acuidade visual: para realizar esse teste utiliza-se uma tabela chamada tabela de Snellen, a qual ficara localizada a cerca de 3 metros do paciente e o examinador deve apontar as figuras da imagem em tamanho decrescente avaliando até qual fileira o paciente é capaz de enxergar. Nesse exame um olho deverá estar tampado para que a acuidade visual de cada olho seja avaliada separadamente. INSPEÇÃO DO NARIZ: • Deve-se observar a forma, tamanho e coloração, a pele deve ser lisa, sem edema e da mesma coloração dos demais componentes da face. • Para avaliar as narinas, deve-se solicitar que o paciente incline a cabeça e com o auxílio de uma lanterna deve- se iluminar a cavidade e observar a coloração da mucosa, a qual deve ser rosada e úmida. INSPEÇÃO ORELHA: • Deve-se observar o formato, simetria e coloração do pavilhão auricular. • Avaliar o meato auditivo com o auxílio de um otoscópio (observar secreção, hiperemia e lesões). • TESTES AUDITIVOS: ▪ Teste da Via Aérea: para realizar esse teste deve-se percutir o diapasão a cerca de 1,5 centímetros do trago da orelha que precisa ser avaliado e avaliar se o paciente vai ouvir a vibração das ondas sonoras. ▪ Teste de Weber (condução óssea): para realizar esse teste deve-se percutir o diapasão e apoiá-lo na extremidade inferior em alguma estrutura óssea equidistante das orelhas do paciente e em seguida deve-se questionar o paciente sobre em qual orelha o som é escutado com mais intensidade. Mariana Marques – T29 ▪ Teste de Rinne (condução óssea e aérea): para realizar esse teste deve-se estimular o diapasão e apoiar a extremidade inferior do cabo deste objeto no processo mastoide do paciente até́ que ele deixe de ouvir o som (ocorre em cerca de 20 segundos) e em seguida, quando o som deixar de ser percebido o diapasão deve ser colocado próximo ao conduto auditivo externo, esperando-se que o paciente volte a ouvir o som da vibração. INSPEÇÃO CAVIDADE ORAL: • Deve-se avaliar os lábios (formato, movimento e simetria), a língua, a úlvula e do palato durante a fonação (deve haver movimentação) e a hidratação e coloração da cavidade. • Avaliar rigorosamente a presença de lesões, principalmente lesões esbranquiçadas que não podem ser removidas (suspeita de neoplasia). • Avaliar a saúde bucal pois trata-se de um fator de risco para patologias infectocontagiosas. INSPEÇÃO PESCOÇO: • Identificar estruturas e reparos anatômicos. • Deve realizar a inspeção dinâmica da tireoide: onde o paciente inclina um pouco a cabeça para trás e o examinador avalia. PALPAÇÃO PALPAÇÃO DO NARIZ: • A palpação deve ser feita da ponta até o ápice do nariz, em movimentos de pinça. • Deve-se realizar a oclusão alternada das narinas. PALPAÇÃO SEIOS PARANASAIS: • A palpação deve ser feita realizando uma pressão moderada nos três seios da face (frontais, etmoidais e maxilares) utilizando os polegares. Durante essa palpação o paciente não deve sentir dor, caso a dor apareça pode ser um sinal de sinusite por exemplo. PALPAÇÃO PAVILHÃO AURICULAR: • Deve-se palpar todo pavilhão auricular o qual deve ser indolor e móvel. PALPAÇÃO LINFONODOS: • Deve ser feita uma palpação sequencial de linfonodos a qual deve seguir a seguinte ordem: ▪ Linfonodos Occipitais ▪ Linfonodos Auriculares posteriores ▪ Linfonodos Pré-auriculares ▪ Linfonodos Tonsilares ▪ Linfonodos Submandibulares ▪ Linfonodos Submentonianos ▪ Linfonodos Cervicais posteriores ▪ Linfonodos Cervicais superficiais ▪ Linfonodos Supraclaviculares • Os linfonodos podem ser de três classes distintas: ▪ Normais: menores que 1 cm, de consistência fribroelástica e indolor. ▪ Inflamatórios: maiores que 1 cm, dolorosos. ▪ Neoplásicos: maiores que 2 cm, de consistência endurecida (pétrea), normalmente indolores. Mariana Marques – T29 PALPAÇÃO TRAQUEIA: • Deve-se palpar se há assimetriaou desvios e a presença de creptos. • A palpação deve ser feita com o dedo indicador. PALPAÇÃO DA TIREOIDE: • Deve possuir consistência fibroelástica, indolor, móvel, lisa e simétrica.
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