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HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA

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HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA (com foco na Idade Moderna e Linguística Histórico-Comparativa)
PERÍODO PRÉ-SAUSSURE:
ÍNDIA:
-A Gramática mais antiga de que se tem notícia é o modelo gramatical proposto por Panini, um hindu (Índia) do século IV A.C., baseado principalmente em fonética e fonologia (estudo dos sons)
· baseada na língua falada
· estuda o sânscrito, preocupando-se em registrar a gramática para preservar a língua sagrada (hinos védicos)
· registrava os fonemas específicos dos rituais, porque era importante que a pronunciação fosse feita da maneira correta 
· acreditavam que a pronúncia não poderia mudar ao longo do tempo, porque os textos sagrados deveriam ser preservados
GRÉCIA:
-Surge na Grécia a primeira gramatica tradicional, no qual a nossa gramatica se baseia.
· os gregos estudam a própria língua por motivos estéticos, filosóficos e literários.
· esses estudos foram motivados pelo fato de que a população falava de forma diferente dos grandes artistas, escritores do tempo, o que tornaria eles "bárbaros"
· necessidade por parte dos filósofos de um vocabulário técnico e conceitual para ser usado em análises lógicas
-1 Gramática Tradicional Grega: A Arte de Escrever (Dionísio da Trácia)
· baseada na língua escrita
· busca estabelecer e explicar a língua dos autores clássicos
· preservar a língua grega da "corrupção" por parte dos "ignorantes e iletrados"
· acreditava-se que existia uma supremacia da língua escrita em relação a falada, que era considerada dependente da escrita.
· Dionísio da Trácia descreve a gramática grega como voltada para a prática e para o saber filosófico, desprendido de comprometimento com a ciência
-Durante a Grécia Antiga, Platão explorava o vínculo entre a palavra e o significado, no que eles se diferenciam e se assemelham (dicotomia) - MARCA O INÍCIO DA LINGUÍSTICA OCIDENTAL
· relação com o mundo das ideias: a palavra seria a representação material do mundo sensível (real), e o significado, o conceito, é o que ela representa no mundo das ideias
· Em CRÁTILO, de Platão, Hermógenes, Crátilo e Sócrates discutem o problema essencial da língua: se a língua (signo linguístico) é natural (naturalmente motivado) ou convencional
· Com base em CRÁTILO, desenvolvem-se 2 correntes:
CORRENTE NATURALISTA
· afirma que a língua é natural, então todas as palavras são apropriadas por natureza às coisas que elas significam
· mesmo que isso não pudesse ser evidenciado, cabia aos filósofos demonstrar essa relação
· prática da etimologia: ao estabelecer a origem de uma palavra, chegaríamos ao seu a "verdadeiro" significado, que seria a revelação de uma verdade da natureza
· não acreditam na arbitrariedade da língua, argumentando por uma motivação para a escolha dos termos
CORRENTE CONVENCIONALISTA
· A língua é resultado do costume e da tradição (contrato social entre os membros da comunidade).
· Tudo possui um nome específico por uma convenção, um acordo em comum de chamá-los de determinada forma
· acreditam que a língua seria arbitrária, sem relação entre a forma da palavra e seu significado
Tanto o naturalismo quanto o convencionalismo contribuíram para a formação da Gramática Tradicional Moderna, porém os fundamentos da Gramática Tradicional devem-se aos estudos etimológicos dos naturalistas.
-Ainda durante a Antiguidade Clássica, Aristóteles explora as partes do discurso e as categorias gramaticais (substantivo, verbo, etc.) de uma forma mais científica e técnica (organizada por um método).
PERÍODO ROMANO:
-Tenta conciliar as duas posições tomadas pela Gramática grega
-Gramática latina, feita por Varrão, tenta encaixar as mesmas classes de palavras dos gregos e é composta de 3 partes:
· definição da gramática como arte de falar corretamente e de compreender os poetas; tratava também de letras e sílabas
· tratava das "partes do discurso" (classes de palavras) e suas variações de tempo, gênero, grau, número, caso
· discussão sobre o bom e o mau estilo (mesma concepção de "bárbaros" dos gregos)
-Varrão chega a mesma conclusão de Platão que a palavra, ao longo do tempo, perde seu significado original, sendo importante a etimologia para recuperá-lo (corrente naturalista)
IDADE MÉDIA:
-Acreditavam que a Gramática era uma estrutura universal
-Tradução da bíblia em gótico, armênio e eslavo.
-Surgimento das línguas nacionais (vernáculo)
-O Latim é a língua dominante, presente na liturgia, nas Escrituras, é a língua universal da Diplomacia e da erudição
IDADE MODERNA:
-Na Idade Moderna, durante o século XVI, o estudo da língua volta-se para a tradução (Grandes Navegações e Reforma Protestante), por conta da mistura de povos que tentavam se comunicar
-Surgimento das literaturas nacionais
-Desenvolvimento de tipos de impressão
-A língua grega espalha-se pela Itália graças à expulsão dos bizantinos de Constantinopla
-Controvérsias teológicas da Reforma Protestante e a Contrarreforma: tradução dos livros sagrados em várias línguas
-Classificação das línguas por critérios geográficos
-Jose-Justo Escalígero: acredita que as línguas-tronco são quatro: eslavas, germânicas, românicas e grego
-Em 1606, houve o lançamento da Gramática de Port-Royal, a primeira gramática moderna, e que marcou o início da linguística enquanto ciência autônoma
· concepção cartesiana (baseada no racionalismo) - confia de modo exclusivo na capacidade cognitiva (lógica) da razão, mas limitando-se a explicações mecânicas que não abrangem a compreensão da realidade
· conteúdo prático e formato cômodo
· enxerga a língua a partir de modelos teóricos (linguística por um método científico)
· a linguagem é a imagem do pensamento
· raciocínio linguístico perigosamente abstrato
· se diferencia da gramática tradicional por esses motivos
-No século XVIII, com a descoberta do sânscrito a partir da gramática de Panini e suas semelhanças com as línguas indo-europeias, sir William Jones, um juiz inglês na Índia, propôs que o latim, o grego e o sânscrito eram línguas aparentadas entre si, provavelmente derivadas de uma outra língua ancestral e já extinta (que hoje sabemos ser o proto-indo-europeu). Era o início da Linguística Histórica e Comparativa
· a gramática de Panini havia avançado muito mais nos estudos fonéticos do que a gramática ocidental, e sua descoberta contribuiu muito para o crescimento da ciência fonética no Ocidente no século XIX
-Ainda no século XIX, alguns estudiosos da Universidade de Leipzig, chamados de neogramáticos, criticavam o método de comparação linguística, já que esses estudos se baseavam em dados da língua escrita e não da língua falada.
-Franz Bopp (1816): fundou a gramática comparada das línguas indo-europeias (sânscrito, persa, grego, latim, lituano, gótico e alemão)
· a linguística histórico-comparativa nasce por conta da filologia e seu foco em textos históricos escritos
· busca estudar como as línguas evoluem, e não como elas funcionam
· para Bopp, a fonte das semelhanças entre o latim, grego, persa e germânico era o sânscrito
· ele é o primeiro a realizar um estudo sistemático das diferentes línguas como uma ciência autônoma
· método histórico-comparativo: comparação feita entre línguas, procurando as similaridades e diferenças entre elas
-Os estudos comparatistas se fortalecem e adotam o objetivo de identificar as famílias de línguas, explicitando o processo regular, universal e constante das MUDANÇAS LINGUÍSTICAS
-Mais tarde, entre os séculos XVIII e XIX, os dinamarqueses Rasmus Rask e Karl Verner, e depois o alemão Jacob Grimm, basearam-se nos estudos comparativos da linguística para apontar as mudanças de som sofridas das línguas descendentes do proto-indo-europeu (latim, grego, sânscrito) para as línguas germânicas (inglês, alemão, dinamarquês, holandês).
-Há um distanciamento da Filologia Clássica, já que não mais se pensava na linguagem como "boa literatura", e não mais menosprezam as línguas modernas e as línguas orientais
-Nessa época, a linguistica passa por uma fase naturalista (vê as leis fonéticas e a língua como parte das ciências da natureza/biológicas) e uma fase culturalista(argumentaque a sociedade/cultura afeta muito a língua para que ela possa ser considerada naturalista)
-Esses diversos estudos feitos sobre línguas indo-europeias contribuíram para o nascimento da Linguística Histórica e o estabelecimento da Linguística como ciência
-Com os diversos estudos pré-Saussure existentes, os estudiosos terminam o século XIX já enxergando a língua como algo vivo e mutável
PERÍODO SAUSSUREANO
SÉCULO XX
-Em 1916, os alunos de Ferdinand de Saussure publicam "Curso de Linguística Geral", em que ele aborda a linguística como uma ciência autônoma
· trabalha a língua como uma estrutura, diferenciando a forma e o conteúdo
· Afirma que a língua não é universal, e sim cada uma possui estruturas diferenciadas
-Suas elaborações teóricas são o marco inicial para que a linguística passe a ser conhecida como uma ciência independente
CHOMSKY
-Mostra a gramática transformacional a partir do modelo formal
WILLIAM LABOV
-Mescla a linguagem ao estudo social
PÓS-SAUSSURE
-Surgimento da linguística cognitiva
-Surgimento da linguística sistêmica funcional

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