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PROJETO DE INTERVENÇÃO I UNIFAMETRO original

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3
Roteiro de Elaboração do Projeto de Intervenção de Estágio
ESTAGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL I
1 APRESENTAÇÃO
O presente projeto de intervenção foi elaborado na disciplina de Estágio Supervisionado I, do curso de Serviço Social da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – FAMETRO. O campo deste projeto será o Hospital Geral de Fortaleza – HGF, sendo este o maior hospital público da rede de atendimento do Estado, todo custeado pelo Sistema Único de Saúde – SUS, regulamentado pela Lei 8080/90, que no seu Art. 7º confirma que as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que o integram, são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal. O HGF tornou-se um hospital de atendimento referência em procedimentos de alta complexidade, também é referência em 63 especialidades e subespecialidades.
No ano de 2009 o hospital inaugurou a Unidade de AVC, contando com moderna estrutura e equipe interdisciplinar 24 horas, no intuito de um atendimento diferenciado, a unidade é a maior do país contando com capacidade para atender 240 pacientes por mês.
O Hospital Geral é também um dos maiores centros de treinamento do País, certificado por portaria interministerial dos Ministérios da Saúde e da Educação como hospital de ensino, atuando na formação de médicos em 26 especialidades.  Como hospital de ensino, o HGF também está inserido na Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde - REBRATS, na Rede Nacional de Pesquisas Clínicas - RNPC e na Rede Universitária de Telemedicina – RUTE. ¹
São 563 leitos hoje no hospital, entre eletivo, emergência, obstetrícia e unidades de terapia intensiva adulto e neonatal. Atualmente, o HGF realiza, por mês, uma média de 600 cirurgias eletivas. Mensalmente, são cerca de 210 mil exames laboratoriais e mais de 8 mil exames de imagens. Com relação às consultas, são aproximadamente 19 mil por mês. Seu público alvo são pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, não deixando de atender qualquer pessoa que necessite de seus serviços.
Em suas metas futuras, visa ser reconhecido nacionalmente como um hospital de referência, centrado no paciente e em sua rede social, que funciona de acordo com os princípios da assistência segura, humanizada e do cuidar integral nas esferas bio-psico-socio-espiritual, buscando a excelência, focado nos procedimentos de alta complexidade.
Dentre eles a emergência obstétrica, voltada ao atendimento a gestantes em situação de alto risco, possui quatro leitos de observação, sala de AMIU (Aspiração Manual Intrauterina), sala de ultrassom, dois consultórios para atendimento, uma recepção interna e externa para pacientes. Sendo garantido a gestante de acordo com a Lei Lei Nº 11.108, de 07 de abril de 2005 o direito a um acompanhante. O Centro Obstétrico é dividido em dois setores: o Centro Obstétrico Pré-Parto e Centro Obstétrico Cirúrgico. O cirúrgico possui duas salas cirúrgicas e uma sala de recuperação com três leitos, uma sala de parto vaginal e uma unidade de recepção do recém-nascido. O Pré-parto possui oito leitos, onde acontecem os partos vaginais sem distorcia.[footnoteRef:2] Conta ainda com UTI Neonatal e Ambulatório de Pré-maturos que é mais um apoio, todas as pacientes que são atendidas na obstetrícia do hospital, caso tenha interesse, é encaminhada pelo serviço social para o ambulatório de planejamento familiar. [2: Complicações ou empecílios que podem dificultar o parto normal, e são relacionados à insinuação da apresentação no canal de parto, durante o trajeto ou desprendimento, necessitando assim, a intervençao por parto do obstetra para assegurar o desfecho desejado.] 
“Os assistentes sociais, por meio da prestação de serviços socioassistenciais – indissociáveis de uma dimensão educativa (ou político- ideológica) – realizados nas instituições públicas e organizações privadas, interferem NASA relações sociais cotidianas, no atendimento as variadas expressões da questão social, tais como experimentadas pelos indivíduos sociais no trabalho, na família, na luta pela moradia e pela terra, na saúde na assistência social pública, entre outras dimensões. ” (Marilda Iamamoto, Serviço Social em Tempos de Capital Fetiche, pág. 163)
O trabalho dos assistentes sociais nas alas destinadas a obstetrícia é voltado para o esclarecimento das usuárias de seus direitos e acessos a programas como o bolsa família, licença maternidade e paternidade, entre outros.
É importante ressaltar a importância do serviço social na saúde, atuando no Hospital Geral de Fortaleza em vários setores, o trabalho do assistente social capta uma grande importância na conscientização e seleção do atendimento oferecido.
“O ‘novo’ conceito de Saúde, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, enfocando os aspectos biopsicossociais, determinou a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles o assistente social. Este conceito surge de organismos internacionais, vinculados ao agravamento das condições de saúde da população, principalmente dos países periféricos, e teve diversos desdobramentos. Um deles foi a ênfase no trabalho em equipe multidisciplinar. (BRAVO, 2012)
A importância deste projeto consiste de fato em colher informações sobre o entendimento dos usuários participantes das reuniões do Planejamento Familiar a respeito da lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996.[footnoteRef:3] [3: Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.] 
As aplicações dos questionários estão pensadas para serem realizadas uma vez por semana ou a depender do número de reuniões, o que será avaliado através da quantidade de participantes, sendo feita nos minutos finais da realização de cada encontro, o que determinará a duração da execução do projeto que poderá ser de dois a três meses.
2 IDENTIFICAÇÃO
Projeto tem como título: “Compreensão do Usuário Frente à Lei 9263/96: perspectivas e anseios", de autoria das alunas Inara Auxiliadora de Souza Sombra e Leide Daiana Carvalho Cunha ambas estudantes do 7º semestre do curso de Serviço Social da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – FAMETRO. Será colocado em prática no Hospital Geral de Fortaleza – HGF, localizado à Rua Riachuelo, 900 – Papicu, Fortaleza-CE, 60175-295. O período de elaboração deste projeto se deu no Estágio Supervisionado I, entre maio e junho de 2017, será aplicado no Estágio Supervisionado II, a partir de agosto de 2017, na expectativa de ser finalizado em outubro do mesmo ano. 
De acordo com Resolução CFESS Nº 533, de 29 de setembro de 2008, regulamenta a Supervisão Direta de Estágio no Serviço Social e como estabelece O Conselho Nacional de Educação/Câmara Superior de Educação (CNE/CSE) que publica as Resoluções de números 492, de 03/04/2001, 1.363, de 12/12/2001, e a número 15, de 13/03/2002, deliberando sobre as Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social. Onde nesta última fica expresso: 
“O Estágio Supervisionado é uma atividade curricular obrigatória que se configura a partir da inserção do aluno no espaço sócio institucional, objetivando capacitá-lo para o exercício profissional, o que pressupõe supervisão sistemática. Esta supervisão será feita, conjuntamente, por professor supervisor e por profissional do campo, com base em planos de estágio elaborados em conjunto, pelas unidades de ensino e organizações que oferecem estágio.”
É um passo importante ao acadêmico chegar ao estágio ter a oportunidade de se encontrar com a realidade social e, a partir desta relação, dar início a preparação do seu amanhã como profissional, fazendo realmente a diferença onde quer que se encontre
___________________________________________
Inara Auxiliadora de Souza Sombra
___________________________________________
Leide Daiana Carvalho Cunha
___________________________________________
Artemize Vasconcelos de Oliveira (Supervisora de Campo)
___________________________________________
TalytaReis Zambon (Supervisora de Campo)
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Jane Meyre Silva Costa (Supervisora Acadêmica)
3 JUSTIFICATIVA
A ideia do projeto partiu da necessidade dos profissionais do ambulatório de Planejamento Familiar, em buscar uma forma de obter informações acerca do entendimento dos pacientes, que participam das reuniões do setor, a respeito do Lei 9263/96 do Planejamento Familiar e também referente ao atendimento recebido da equipe interdisciplinar. A partir da vivência no de campo de estágio foi percebido que realmente falta esse tipo de análise e há uma necessidade de se obter dados do atendimento do referido setor. O perfil dos usuários atendidos no referido setor, são de pacientes que foram encaminhados da obstetrícia do próprio hospital, na sua maioria pelo médico que acompanha o pré-natal e o serviço social, após ser confirmado o interesse da puérpera em participar do referido setor. 
A assistência ao planejamento familiar está pautada no princípio da maternidade/paternidade responsável e visa oferecer orientações e acesso a métodos contraceptivos seguros e eficazes para regulação da fecundidade, garantindo o direito à livre escolha dos mesmos, bem como a assistência necesária ao seu uso.
As ações do Serviço de Planejamento Familiar do Hospital Geral de Fortaleza são desenvolvidas por equipe interdisciplinar, focadas no atendimento a mulheres/casais em idade fértil, com patologia crônica, gravidez de risco e adolescentes. Acolhe usuárias encaminhadas dos ambulatórios especializados e/ou do Sistema Único de Saúde, que apresentem risco reprodutivo.
O Planejamento Familiar é uma lei que estipula um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir uma gravidez não planejada, está regulamentado pela Lei nº9.263, de 12 de janeiro de 1996, regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, desde 2009 o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de preventivos em postos de saúde e hospitais públicos, dentre eles a colocação do DIU, a vazectomia e a ligadura tubaria. Conforme a lei todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento familiar.
Assim como destaca (MINAYO, 2010) um projeto de pesquisa é feito, sobretudo, para esclarecer a nós mesmos qual a questão que estamos propondo investigar, as definições teóricas de suporte e as estratégias do estudo que utilizaremos. O projeto também ajuda a mapear um caminho a ser seguido durante a investigação. É através deste, que outros especialistas poderão tecer comentários e críticas, contribuindo para um melhor encaminhamento da investigação. Neste contexto vale ressaltar a importância da pesquisa na vida acadêmica e a valorização do conhecimento que esta traz e ampliação de horizontes.
O Planejamento familiar caracteriza-se por retirar as mulheres da condição passiva e pouco reconhecida, quando exercem o papel de agente, buscando permitir as mulheres características mais ativas a respeito do planejamento familiar, fugindo do patriarcado, onde tradicionalmente são nos homens as ações referentes a família, essa mudança ressalta o espaço que a mulher vem ganhando com relação ao seu corpo e sua família. Por muitos anos o que testemunhávamos era a subordinação da mulher frente a autoridade do homem como provedor e o que toma as decisões dentro da esfera familiar, e se estendia até as políticas de saúde como destaca (BRAVO,2012) nesse sentido, os serviços de saúde da mulher seriam mais adequados se não estivessem subordinados a um modelo masculino de significação da saúde e da doença, traduzido, por exemplo, nos processos de medicalização da vida reprodutiva da mulher.
Relacionando em um contexto histórico, nos chama a atenção no discurso feminista francês, as modificações em resposta às tecnologias médicas como destaca Scavone (1993). A partir da década de 1960 a mulher passou a ter uma autonomia da sua sexualidade com o surgimento da pílula anticoncepcional. 
Chegando a década de 1970, dadas as possibilidades de contracepção, reivindicavase o direito à livre escolha da maternidade;[footnoteRef:4] na década seguinte, reivindicase sua não imposição[footnoteRef:5], diante da pressão social exercida pelas novas tecnologias reprodutivas como expressão do controle médico sobre a família. [4: Segundo Scavone (1993, p.52)] [5: Como cita Scavone (ibidem, p.52)] 
Na vivência de campo, participando das reuniões no planejamento familiar, colhendo informações com a supervisora de campo, permitiu observar e tomar conhecimento da necessidade da realização do projeto. O método utilizado no setor são palestras em grupos, que muitas vezes pode não conseguir tornar-se captável a alguns usuários ativos no processo de planejar sua família, portanto, ocorre também os atendimentos individuais. Até o momento, em que está restrito à escolha do número de filhos, quando tê-los e como evitá-los.
O setor de serviço social está presente neste trabalho dentro do HGF, possui subsídios teóricos na busca de orientar as demandas que surgem no cotidiano do exercício profissional, além de embasamento legal como o Código de Ética do Assistente Social (Lei 8662/93), a Lei 8080/90 que regulamenta o SUS, a Resolução CFESS 383, de 29/3/1999 que caracteriza o assistente social como profissional da saúde, dentre outras normas internas. 
É preciso saber qual a opinião dos usuários sobre sua compreensão a respeito do que foi tratado nas reuniões e ao profissional, entender qual a real necessidade e demanda que precisa ser compreendida e tratada dentro da instituição para concretizar o atendimento da equipe multidisciplinar através desta pesquisa. Assim como destaca Netto:
[...] a autoimagem de uma profissão, elege os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, práticos e institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relações com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais privadas e públicas (NETTO, 1999, p. 144). 
A intervenção bem-sucedida junto às famílias poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento social, assim como melhorar os resultados das reuniões.
Estudos mais sistemáticos sobre avaliação da qualidade da atenção desenvolvidos a partir de metodologias quantitativas e/ ou qualitativas (...) poderão apresentar a complexidade e multidimensionalidade das relações existentes entre os serviços de saúde e os resultados esperados. (BRAVO, 2012, p.87)
Por exemplo, ainda que se possa esperar que programas de Planejamento Familiar permitam uma escolha livre e informada sobre contracepção, somente a partir de estudos de avaliação da qualidade da atenção poderemos visualizar os processos de desenvolvimento desses programas e impactos promovidos na direção da diminuição das desigualdades de gênero. Analisando as políticas públicas e programas governamentais a partir da perspectiva de gênero, verificou-se em que medida as iniciativas do Estado têm contribuído, ainda que de forma embrionária, para modificar esse padrão, profundamente arraigado na sociedade brasileira. Nos últimos anos vários programas incluem mulheres como parte do público beneficiário, seja como foco específico da ação governamental, seja como um segmento atendido por programas mais abrangentes, mais especificamente ou não.[footnoteRef:6] [6: Pesquisa desenvolvida pela FGV-EAESP e pela Fundação Ford, disponível no site http://inovando.fgvsp.br, reúne os programas inscritos, contando, até o início de 2003, com mais de 5 mil iniciativas] 
Este entendimento mostra a importância da avaliação da saúde, além da forma de perceber como homens e mulheres são tratados dentro do sistemade saúde. Bravo (2012) destaca que essas análises podem subsidiar a construção de novos indicadores de qualidade da atenção, diferente daqueles com que se avalia tradicionalmente a saúde.
Através do modelo de projeto proposto, buscamos compreender as relações dos aspectos socioculturais no entendimento do que é proposto pelo planejamento Familiar.
4 OBJETIVOS GERAIS
· Compreender o entendimento do usuário das reuniões do ambulatório de Planejamento Familiar quanto a Lei 9263/96 e o suporte dado pela equipe multidisciplinar na efetivação dos serviços.
 
4.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS
· Verificar o conhecimento dos usuários quanto aos métodos contraceptivos;
 
· Identificar carências referentes ao atendimento da equipe multidisciplinar;
· Ampliar o acesso de casais a informações e métodos contraceptivos;
· Orientar as gestantes em relação aos direitos trabalhistas, previdenciários e políticas sociais.
5 METODOLOGIA
A metodologia da pesquisa busca, segundo (MINAYO, 2010), incluir concepções teóricas de abordagens, o conjunto de técnicas que permitem a construção da realidade e o sopro da mente criativa do pesquisador. Ela deve possuir um instrumental claro, coerente, elaborado, permitindo encaminhar os impasses teóricos para os desafios da pratica. Nada substitui a criatividade do pesquisador, em fazer em bom uso dos instrumentos que possui.
Levando em conta tal premissa, este projeto de intervenção se destina aos usuários do ambulatório de Planejamento Familiar, que participam das reuniões realizadas pelo setor, na proposta de ter uma percepção de como é o entendimento desse público ao que foi repassado a respeito da Lei do Planejamento Familiar, dos seus direitos, de como funciona, qual o método mais adequado, quanto aos riscos. É uma política pública voltada ao controle de natalidade e se caracteriza como uma intervenção tecnológica sobre a reprodução humana. 
Onde a vida está em jogo, toda ação está, por definição, sob o domínio da necessidade, e o âmbito próprio para cuidar das necessidades vitais é a gigantesca e ainda crescente esfera da vida social e econômica, cuja administração tem ofuscado o âmbito político desde o início da época moderna. (ARENDT, 1993, p. 155).
Hannah Arendt descreve seu conceito de esfera social, fazendo com que a vida política seja compreendida segundo o modelo de uma grande família a zelar pelas necessidades vitais de todos, no contexto da necessidade de políticas públicas visando este controle de natalidade. Porém, para atingir os resultados esperados, é preciso saber se está chegando até esse público atendido.
Na busca deste objetivo o projeto tem como proposta a aplicação de um questionário misto, contendo perguntas de caráter aberto e fechado, nos últimos 20 minutos das reuniões do ambulatório de Planejamento Familiar, visando um levantamento qualitativo sobre o contexto, como destaca (MINAYO,2010) a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Espera-se aplicar o questionário a um total de 100 usuários do ambulatório de Planejamento Familiar, do período de agosto de 2017 a outubro do mesmo ano.
6 PÚBLICO-ALVO
A proposta deste projeto é destinada a população usuária do ambulatório de Planejamento Familiar do Hospital Geral de Fortaleza, que participa das reuniões realizadas uma vez por semana no referido setor, encaminhados pelos médicos e serviço social através do setor de obstetrícia da instituição.
7 META
O projeto tem como meta que através da aplicação dos questionários, observar o nível de entendimento destes usuários a respeito do que foi exposto e proposto nas reuniões do ambulatório de Planejamento Familiar, o qual ocorre uma vez por semana, especificamente às quartas-feiras, no horário de 8hs da manhã até o meio dia, com o interesse de melhorar a linguagem das reuniões, para ampliar o entendimento e compreensão dos usuários.
As atividades se iniciarão no primeiro mês de início do segundo semestre de 2017, com data de término no final do mês de outubro do mesmo ano.
8 RECURSOS 
Humanos 
Contaremos com o apoio da equipe multidisciplinar do setor de Planejamento Familiar, dentre eles o serviço social, a equipe de enfermagem e psicologia.
Materiais 
	Item 
	Quantidade
	Valor Unitário (R$)
	Subtotal (R$)
	Questionários
	100
	1,50
	150,00
	Canetas
	100
	2,00
	200,00
	Banner
	1
	35,00
	35,00
	
	
	TOTAL
	385,00
9 PARCEIROS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS
A instituição apoiadora será a instituição onde será aplicado o projeto de intervenção, que é o próprio Hospital Geral de Fortaleza - HGF.
10 CRONOGRAMA
		Atividade
	Semana / Mês
	Responsável (is)
	Aplicação Questionário
	AGO/SET
	LEIDE/INARA
	Aplicação Questionário
	OUT
	LEIDE/INARA
11 REFERÊNCIAS
ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. 13ª ed. Ver. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2016.
BRAVO, Maria Inês Souza. [et al], (org.) Saúde e Serviço Social. – 5.ed.- São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 2012.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1988.
BRASIL, Lei de Regulamentação do Planejamento Familiar - Lei 9.263/1996.
_______. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm Acesso em: 12 set. 2016
_______. Código de Ética do/a Assistente Social. Lei nº 8662/93 de regulamentação da profissão. 10. ed. Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.
CFESS. Parâmetros para atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. Brasil, 2002.
______. Legislação e Resoluções sobre o trabalho do/a assistente social. Conselho Federal de Serviço Social - Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta. – Brasília: CFESS, 2011
______. Meia Formação Não Garante um Direito. Cartilha estágio supervisionado – Brasília: CFESS, 2014.
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
IAMAMOTO, Marilda V. Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche: Capital financeiro, trabalho e questão social, 6ª edição, pág. 163
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
NETTO, J. Paulo. A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente à crise contemporânea. In: CFESS. Capacitação em Serviço Social e política social: crise contemporânea, questão social e serviço social: módulo 1. Brasília: Cead/UnB/CFESS/Abepss, 1999. p. 91-110.
Scavone, L. Impactos das tecnologias médicas na família. Saúde em Debate, v. 40, p. 4853, set. 1993.
______. Tecnologias reprodutivas: novas escolhas, antigos conflitos. Cadernos Pagu, v. 10, p. 83112, 1998.

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