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SERVIÇO SOCIAL E EDUCAÇÃO: O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DO 
ASSISTENTE SOCIAL NA ESCOLA.
RESUMO
Apresentando textos de origem bibliográfica, esta pesquisa qualitativa, tem por objetivo à discussão acerca da atuação do profissional do Serviço Social na educação, decorrente da grande quantidade de problemas sociais relacionados as dificuldades educacionais encontradas no contexto atual. Apresentando o assistente social como um agente ativo que tem como função a garantia da efetivação do direito da criança e do adolescente à educação, e sua permanência no espaço escolar. Sendo este profissional de grande valia, pois tem a possibilidade de agir como mediador entre o educando, os problemas encontrados em seu cotidiano, a família e a equipe escolar.
Palavras-chave: Assistente Social; Educação; Assistente-social escolar;
INTRODUÇÃO 
A educação é fundamental para o desenvolvimento da sociedade e é através dela que o nosso país pode alcançar as transformações sociais para se atingir o progresso. “Os processos educacionais e os processos sociais mais abrangentes de reprodução estão intimamente ligados” (MÉSZAROS, 2008, p.25), podemos analisar então que é necessário que se tenha um entendimento sobre as características da educação atual considerando como parte importante neste estudo a influência dos programas sociais na vida dos alunos.
A escola é um espaço institucional e legítimo de promoção da Educação, e de acordo com a lei de diretrizes e bases da Educação Nacional, a educação deve estar ligada ao mundo do trabalho e a ação social, o que pode ser ressaltado no artigo 1º que estabelece:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (BRASIL, 1996).
Logo o motivo para as reflexões aqui apresentadas surgira de uma preocupação profissional sobre a efetivação da ação do trabalho do Assistente Social dentro da Educação. Um dos deveres do Assistente Social é o de garantir a sua clientela o acesso à informação e as orientações para que lhe permita a promoção de sua condição social, no sentido de se iniciar o processo de conquista de seus direitos e podendo se concretizar no processo de formação da sua cidadania.
Na viabilização de um projeto de trabalho onde seja feito o acompanhamento dos representantes comunitários participantes da equipe escolar, um local aonde o assistente social tenha acesso às informações necessárias para garantir um embasamento para a construção de seus conceitos, opiniões e orientações para assim poder elaborar suas próprias estratégias de participação.
Para analisar a presença deste profissional neste processo podemos nos fundamentar na afirmação de GOHN (1992), que discutindo a estrutura e as conexões em torno dos movimentos sociais, afirmou que não existe movimento social isolado, puro, formado apenas de participantes populares da base, sempre há a presença de elementos externos ao grupo demandatório, externos no sentido de pertencer a uma outra categoria social, mas existe uma base de coesão ideológica como que cria laços de afinidade com objetivos únicos.
Nessa perspectiva o assistente social surge como um mediador para a formação política e social dos representantes do colegiado, e da comunidade, com a finalidade da realização de um trabalho de mobilização social e o acompanhamento de processos com a participação popular nas escolas, para que haja o desenvolvimento da autonomia e o empoderamento da comunidade a partir da política de educação.
 “o grau de informação do indivíduo irá torná-lo mais ou menos participativo. Não basta a sociedade proporcionar ao cidadão o direito à reivindicação, usufrutos socioeconômicos, voto e representação política. Somente informado, o grupo social poderá julgar sobre a validade das oportunidades e instrumentos colocados à sua disposição, aceitá-los ou rejeitá-los e considerá-los adequados ou não”. (MATTOS, 1996 apud Abranches)
Diante disso para contemplar o tema proposto este estudo pretende discorrer sobre a ação das redes sociais nas escolas enquanto o profissional que será responsável por formular propostas e estratégias para que os sujeitos sejam empoderadas e tornam-se autônomos.
 
A CONTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL PARA A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO
	
O direito à educação é garantido desde a Constituição de 1988, nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), e no Estatuto da Criança e do Adolescente (8.069/90):
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Dentre outras, o que tem como finalidade a formação do sujeito para o exercício da cidadania, preparação para o mundo do trabalho e sua participação ativa na sociedade.
Assim, “Os assistentes sociais atuam na defesa e na ampliação dos direitos sociais. É fundamental reafirmar o compromisso na defesa das políticas públicas como instrumentos de valorização de direitos” (BRASIL, 2012 p. 15).
Logo, a contribuição do serviço social para a garantia desses direitos, nos leva à temas que atravessam a realidade econômica, política, cultural e social identificadas no cotidiano escolar, e que por muitas vezes ficam a cargo das políticas educacionais.
A partir da Constituição Federal de 1988 os governos municipais são incumbidos da parte de gerenciamento da educação no que diz respeito à educação básica. Com o objetivo de garantir este direito, a Assistência Social volta-se para a inclusão das famílias dos educandos matriculados dentro desta rede de ensino. Tendo então, o Serviço Social, o desafio de garantir a concretização dos direitos sociais. 
Faleiros (2010), diz que 
O fortalecimento da autonomia implica o poder viver para si no controle das próprias forças, e de acordo com as próprias referências. […] A capacitação para assumir e enfrentar a sobrevivência pode ser uma das mediações de fortalecimento dos sujeitos. […] No processo de autonomia de crianças e adolescentes é preciso desenvolver mediações de uma relação e reação diante da correlação de forças que lhes é desfavorável, e que descamba, não raro, na violência (p. 63).
Logo, a ação do Assistente Social dentro da escola será de grande valor, pois ao agir junto aos professores e demais participantes da equipe escolar, deverá ter como objetivo tornar a escola um lugar acolhedor e incentivador sobre a reflexão e ação (práxis) acerca da questão social atual.
	A partir do documento elaborado pela Gerência de Serviço Social na educação (2009), o assistente social na área da educação tem as seguintes atribuições:
· Pesquisas de naturezas: socioeconômicas e familiar para a caracterização da população escolar; 
· Acompanhamento e atendimento ao aluno e à família, contribuindo para a garantia dos seus direitos à educação;
· Elaboração de ações/projetos sociais para os diferentes níveis de escolarização;
· Acompanhamento e monitorização dos educandos não-frequentes e em situação de evasão escolar;
· Elaboração de relatórios qualitativos e quantitativos;
· Levantamento de estudos e pesquisas para a identificação do perfil social, econômico e cultural da população atendida pelo sistema escolar;
· Participação em reunião semanal de supervisão e planejamento.
A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL DENTRO DA EDUCAÇÃO
 Ainda sobre as atribuições do Assistente Social na Educação, MARTINS(1999), destaca:
“melhorar as condições de vida e sobrevivência das famílias e alunos; favorecer a abertura de canais de interferência dos sujeitos nos processos decisórios da escola (os conselhos de classe); ampliar o acervo de informações e conhecimentos, acerca do social na comunidade escolar; estimular a vivência e o aprendizado do processo democrático no interior da escola e com a comunidade; fortalecer as ações coletivas; efetivar pesquisas que possam contribuir com a análise da realidade social dos alunos e de suas famílias; maximizar a utilização dos recursos da comunidade; contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais, disponibilizando campo de estágio adequado às novas exigências do perfil profissional” (1999, p.70).
Dada a relação entre à complexidade da realidade social atual e, a inserção da escola neste processo de percepção, é necessário realizar discussões que coloquem a função do assistente social escolar como mediador da família no contexto escolar.
No atual contexto na nossa sociedade, o sistema de ensino além de não conseguir atender a quantidade de vagas para atendimento necessário na educação básica, também tem como questão a qualidade, sendo problemas como: o baixo rendimento, o desinteresse, a evasão escolar, os grandes dificultadores de avanço dos alunos. Sendo estes problemas, – fatores –, não apenas ligados à escola, mas também aos problemas sociais enfrentados pelo educando em sua família.
Assim, o trabalho do Serviço Social na educação deve-se voltar para a identificação e atendimento de derivados questões sociais relacionadas ao ambiente familiar e educacional ao qual o aluno está inserido. 
Ainda sobre essa função de mediação do Assistente Social, Martinelli (1993, p. 136) afirma,
Mediações são categorias instrumentais pelas quais e processa a operacionalização da ação profissional. Expressam-se pelo conjunto de instrumentos, recursos, técnicas e estratégias e pelas quais a ação profissional ganha operacionalidade e concretude. São instâncias de passagem da teoria para a prática, são vias de penetração nas tramas constitutivas do real.
O que leva à crer que o trabalho desenvolvido por Assistentes Sociais nas escolas é o veículo que poderá criar e demonstrar condições não só para o exercício da cidadania, bem como para protagonização e inclusão de crianças, adolescentes e adultos, não só à realidade escolar mas, na sociedade como um todo. Realizando diagnóstico sociais, indicando problemas e possíveis alternativas a toda questão social vivenciado pelos alunos em sua realidade. Devendo buscar meios e fins para identificar fatores culturais, econômicos, sociais, e realizar encaminhamentos caso necessários aos serviços sociais competentes. 
Também é necessário discutir o fato de que a função social da escola também é aproximar a família do contexto escolar, ou seja, o espaço escolar é um local de materialização dos problemas sociais vivenciados pelo aluno no seu dia a dia, permitindo uma maior compreensão das necessidades a serem atendidas.
A investigação da evasão escolar e, como esta se relaciona ao direito à educação é um dos principais fatores da compreensão da atuação do assistente social na educação.
Podemos caracterizar evasão escolar como o processo “[...]que ocorre quando um aluno deixa de frequentar a escola e fica caracterizado o abandono escolar[...].” (WIKIPEDIA).
Em geral, a evasão escolar é compreendida como a situação de desistência do curso pelos pelo estudante ali matriculados, o que já fere direito à educação pois não há garantia de que o aluno permaneça no processo educacional. 
A educação então não está sendo efetivada como direito social, mas sim como processo de formação de mão de obra aos interesses do mercado de trabalho. O que é confirmado por Mészaros (2008), que diz que a educação institucionalizada se baseia na transmissão de valores que legitimam os interesses dominantes. Este afirma que o sentido verdadeiramente amplo do termo educação é a internalização dos indivíduos sobe a legitimidade da posição que lhes é atribuída na hierarquia social, juntamente com as expectativas e as formas de conduta que são estipuladas nessa área.
A educação institucionalizada, especialmente nos últimos 150 anos, serviu – no seu todo – ao propósito de não só fornecer os conhecimentos e o pessoal necessário à maquinaria produtiva em expansão do sistema do capital, como também gerar e transmitir um quadro de valores que legitima os interesses dominantes, como se não pudesse haver nenhuma alternativa à gestão da sociedade, seja na forma “internalizada” (isto é, pelos indivíduos devidamente “educados” e aceitos) ou através de uma dominação estrutural e uma subordinação hierárquica e implacavelmente imposta (MÉSZÁROS, 2008, p. 35)
Logo é importante destacar a competência dos assistentes sociais em distinguir o movimento contraditório a educação institucionalizada, o que para Almeida (2011) constitui:
[...] pensar a inserção dos assistentes sociais na área de educação nos coloca o desafio de compreender e acompanhar teórica e politicamente como que as requisições postas a este profissional estão articuladas às tendências contraditórias da política de educação de ampliação das formas de acesso e de permanência na educação escolarizada diante de um cenário em que a realidade local encontra-se cada vez mais imbricada com a dinâmica de mundialização do capital (ALMEIDA apud CFESS,2011,p.25)
Assim, o trabalho do Assistente Social não se restringe aos atendimentos individuais e acompanhamento social com os estudantes, mas no trabalho de intervenção realizado com os professores e familiares desses alunos, pois é a partir da proximidade com os Estudantes que ocorre a possibilidade de identificação de questões de necessidades cotidianas.
Baseando-se no repertório teórico que é composto pelos conhecimentos a respeito de democracia, participação, direito, educação, cidadania, além de compromissos com a emancipação política dos estudantes, o Assistente Social tem relações educativas com os estudantes na medida em que, por meio de seus atendimentos objetiva a construção de seus sujeitos sociais críticos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Logo, podemos concluir que a ação profissional do Assistente Social se deve aos grandes questionamentos: Os alunos efetivamente se sentem incluídos no ambiente escolar? Os alunos possuem condições econômicas, sociais e culturais adequadas ao acesso e permanência no universo educacional? Quais as questões sociais que interferem no processo de aprendizagem? De que modo a reflexão da questão social interfere na relação aluno, escola e responsáveis?
O Assistente Social tem a possibilidade de agir como mediador dessas relações complexas, contribuindo para desmistificação de situações, produzindo conhecimento técnico e construindo formas de pensar sobre a situação problemática apresentada pelo aluno e sua família. (Almeida, 2000; Martins, 1999; Martins, 2007; Novais, 2001; Santos, 2009; Souza, 1995).
Assim, o maior desafio da ação do profissional de Assistente Social dentro da educação é referente a encontrar estratégias e ações coletivas (trata-se de estratégias que possam dirigir-se para a construção de uma rede de apoio que envolva tanto o contexto familiar, quanto os serviços socioassistenciais na sua dimensão política e social). A ação profissional do assistente social que a princípio estava voltado apenas para a garantia de acesso e permanência na Educação, não pode basear-se apenas na análise dos discursos, mas se envolver em ações, programas e projetos educacionais, o que efetivamente consolidará o alcance da Educação Básica como um direito social. (CFESS, 2011).
A educação precisa se adaptar às rápidas e grandes transformações que ocorrem na nossa sociedade, além dos problemas encontrados na Educação Básica como o quadro de profissionais defasados, a grande cobrança pela aprovação, a evasão escolar, além das necessidades que levam o educando em busca de trabalho. 
Atravessamos um período de grandes transformações nos modelosda família, as grandes mudanças culturais de atitudes e comportamentos das crianças e adolescentes. Fato que pode causar problemas que refletem na realidade escolar, levando gestores e professores a buscarem apoio além do sistema pedagógico – pedagogo, psicólogo, psicopedagogos – Por isso, a equipe pedagógica deve somar esforços ao Assistente Social para tentar romper com as barreiras e rótulos sociais, unindo-se também a comunidade em busca de uma escola democrática, pois esta apenas se consolidará por meio da participação da comunidade como exercício efetivo da cidadania. O Assistente Social deverá agir como mediador/facilitador entre aluno-escola-instituições, sendo também um propulsor desse processo de democratização contribuindo para que escola ativamente alcance sua função social e de garantir a proteção dos direitos fundamentais da criança e do adolescente.
Assim, a conclusão deste estudo levou a confirmação de que a presença do Assistente Social nas escolas é de grande necessidade, pois a educação que tem como objetivo auxiliar o aluno na formação de sua identidade, apropriando-se de conhecimento e cultura, atualmente está deixando de lado questões sociais apresentadas pelos alunos por falta de profissionais especializados para dar suporte legal.
Considerando a prática investigativa do serviço social, acredita-se que o assistente social possa contribuir também em estudos que apontam não apenas sobre dados de renda e tipo de moradia dos estudantes, como por exemplo, o que é visto por meio de instituições particulares que geram bolsas estudantis, com suas pesquisas socioeconômicas. É fundamental a análise sobre a necessidade dos estudantes seja aprofundado e contribua na produção de conhecimento sobre o assunto. Seja por meio de participação em conselhos, pois este é o local onde o desempenho acadêmico dos estudantes, e todo trabalho desenvolvido por eles em sala de aula são discutidos pelos professores e outros profissionais da Educação, e tratando-se de reuniões multidisciplinares em que a vida acadêmica do estudante é colocada em questão, é de extrema importância a participação do serviço social com suas observações sobre situações, no caso de alunos em que o acompanhamento social já é realizado ou, na constatação da necessidade de novos acompanhamentos, intervenções e encaminhamentos.
O assistente social também pode realizar ações que promovam a reflexão sobre preconceitos, direitos, desigualdades sociais, e de temas que cercam o repertório teórico da profissão e que são tão vistos no contexto escolar, não sendo apenas voltado aos docentes, mas a todo o corpo participativo da instituição.
Isso significa que novos projetos de leis devem ser criados para efetivamente os Assistentes Sociais serem inseridos dentro das escolas, pois não há dúvida da primazia deste profissional na comunidade escolar, já que tem muito a contribuir não só para a diminuição do índice de evasão escolar, como também para o avanço da educação no Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Federal de Serviço Social. Brasília, ano 3, n.6, p. 19-24, jul. 2000.
______. Lei no 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
______. Projeto de Lei n° 3.688 de 2000. Dispõe sobre a introdução de Assistente
Social no quadro de profissionais de educação de cada escola.
______. Projeto de Lei n° 837 de 2003. Dispõe sobre a participação de assistentes
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______. Projeto de Lei no 004 de 26 de janeiro de 2009. Estabelece a criação do
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