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SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES Por: Gyula Mester Neto Natal-RN Maio – 2013 SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES Trabalho sobre multiplexação WDM, TDM e FDM. Professora: Albanisa Felipo Por: Gyula Mester Neto Natal-RN Maio – 2013 Quando digitalizamos o sinal analógico, ainda é preciso maximizar a transmissão, aonde a mesma é feita através de um multiplexador. O multiplexador tem a função de transmitir simultaneamente dois ou mais elementos, sinais ou informações através de um meio. Sempre que a largura de banda de um meio físico for maior ou igual à largura de banda de um determinado sinal, este meio poderá ser utilizado para transmitir este sinal. Na prática, a banda passante necessária para um sinal é em geral bem menor do que a banda passante dos meios físicos disponíveis. Portanto, dentro deste fundamento de aproveitar a banda passante extra para a transmissão simultânea de outros sinais se baseia o conceito de multiplexação, que nada mais é do que a técnica que permite a transmissão de mais de um sinal em um mesmo meio físico. A multiplexação resulta na otimização dos meios de transmissão, normalmente de capacidade limitada, com a transmissão de diversos sinais simultaneamente. A Multiplexação por Divisão de Tempo utiliza-se do conceito de alocação de “espaços de tempo”, chamados time-slots, para os sinais previamente amostrados. Para compreender como são alocados estes time-slots e o funcionamento do TDM, será utilizada uma analogia com um PCM de 30 canais e uma chave seletora rotativa conforme a figura abaixo, onde na periferia desta chave, existem 32 posições correspondentes aos canais do PCM. Contador de Time-Slot.·. A chave gira no sentido horário e demora em cada canal um intervalo de tempo e cada vez que a chave passa por um canal ela retira uma amostra da amplitude do seu sinal naquele instante. O tempo em que a chave comuta cada canal denomina-se time- slot. A velocidade de 8000 revoluções por segundo, que é a freqüência de amostragem, pois de cada canal serão retiradas 8000 amostras por segundo. A volta completa da chave toma então 1/8000 do segundo que equivale a 125 µs e chama-se quadro. Como cada ponto da chave corresponde a um time-slot, analogamente um quadro conterá 32 time-slots, cada um com duração de 125 µs/32. Assim, a chave abre um "espaço de tempo" ou time-slot para amostragem do canal durante 125 µs/32 = 3,9 µs. Outro termo utilizado é o multiquadro, que é o conjunto de 16 quadros consecutivos que corresponde a 16 vezes o tempo de um quadro. Logo, um multiquadro equivale a 16 x 125 µs = 2 ms. Como veremos abaixo a representação dos quadros e multiquadros. Isto provoca uma multiplicação na taxa de transmissão, quando comparada com a taxa de cada sinal individualmente e consequentemente a ampliação da banda passante total. Este aumento é proporcional ao número de canais multiplexados. Os sinais de voz são amostrados a uma taxa de transmissão de 8000 amostras/segundo. Como todos são codificados com 8 bits/amostra, produzem uma taxa de transmissão de 64 kbit/s por canal. Sendo assim, se tivermos 32 canais, a saída deste sistema terá uma banda passante de 32 vezes 64 kbit/s que são igual a 2048 kbit/s . No time-slot 0 de todos os quadros que compõe um multiquadro é transportado o sincronismo dos respectivos quadros. No time-slot 16 do quadro 0, sempre é transportado o sincronismo de multiquadro. Onde sincronismo é uma espécie de negociação entre os dois lados interconectados para garantir a operação. Representação dos times-slots.·. Em um procedimento utilizado para que o sistema reconheça o início e o fim de um quadro ou multiquadro. A cada quadro, ou seja, a cada 125 µs são enviadas no time-slot 16 informações de dois canais específicos. Portanto, em um multiquadro, a cada 2 ms são transportadas informações referentes aos 30 canais. Repetidamente, a cada 2 ms, estas informações são enviadas mesmo que os estados dos canais não tenham sido alterados, isto é, mesmo que as informações sejam repetidas. Na Multiplexação por Divisão de Frequência se assemelha ao TDM, o FDM é uma tecnologia que transmite múltiplos sinais simultaneamente sobre um único caminho de transmissão. Porém, esta técnica funciona através de modulação, que permitem o deslocamento de um sinal no espectro de frequência. Para compreender melhor o FDM, a figura abaixo mostra a representação de dois sinais de voz através de seus espectros. Um dos sinais foi modulado e, por isso, encontra-se deslocado para uma outra faixa de frequência. Após a modulação, os sinais são passados por filtros de forma a impedir conflitos caso existam componentes destes sinais em outras frequências diferentes da faixa para eles reservada, permitindo que esses sinais trafeguem simultaneamente pelo mesmo meio físico. Os filtros utilizados nesta operação são filtros passa-faixa, filtros que só permitem a transmissão de sinais que se encontram dentro de uma faixa de frequências. A tecnologia WDM (do Inglês: Wavelength Division Multiplexing, ou Multiplexação por Divisão de Comprimentos de Onda), é simplesmente a Combinação de Múltiplos Sinais Ópticos, com diferentes Comprimentos de Onda (Cores), devidamente espaçados entre si e que são injetados e se propagam em uma mesma Fibra Óptica. Com a técnica WDM podemos transmitir vários Comprimentos de Onda de forma simultânea nas regiões denominadas Bandas ou Janelas onde a Fibra Óptica apresenta menor Atenuação, conforme a figura abaixo; Princípio de funcionamento do WDM O princípio básico desta tecnologia foi ilustrado na seção Transmissão Uni e Bidirecional deste tutorial, com a diferença de que ao invés de inserirmos Radiações Luminosas por meio de apenas dois LASER's numa Fibra Óptica, são utilizados vários LASER's com espaçamentos apropriados entre os seus comprimentos de Onda. Para possibilitar a inserção destes vários LASER's, utiliza-se um dispositivo óptico passivo, chamado de Multiplexador Óptico (ou Mux. Óptico, ou ainda simplesmente Mux), dispositivo esse que será explicado com mais detalhes em tutorial futuro que abordará os Sistemas DWDM. Por volta de 1980 foram apresentados vários Sistemas WDM experimentais, os quais operavam com grandes espaçamentos entre os Comprimentos de Onda. Inicialmente, devido à falta de tecnologia existente naquela época para as Fibras Ópticas, para os Dispositivos Ópticos e para os LASER's, os Sistemas WDM funcionavam no entorno de 850 nm, na chamada 1ª Janela, utilizado Fibras Ópticas Multimodo. Nessa época os valores dos Coeficientes de Atenuação no entorno da Janela de 850 nm, eram na faixa de -2,0 a -2,5 dB/km. Posteriormente, com a disponibilidade das Fibras Ópticas Monomodo, os Sistemas WDM passaram á operar no entorno de 1310 nm, região esta chamada de 2ª Janela. Porém, como podemos ver na Figura 9, os Coeficientes de Atenuação que se encontrava em 1310 nm, era da ordem de -0,3 a -0,4 dB/km, ao passo que os Coeficientes de Atenuação em 1550 nm eram de aproximadamente de -0,17 a -0,25 dB/km, ou seja, praticamente a metade. Atenuações em 1310 nm e 1550 nm A redução dos Coeficientes de Atenuação implica em várias vantagens, como por exemplo, a de que com menores potências podemos atingir distâncias mais longas. Sendo assim, houve um esforço no intuito de desenvolver Sistemas WDM que operassem no entorno de 1550 nm, região esta, chamada de 3ª Janela , ou Banda C, que ocupa a Região do Espectrocompreendida entre 1530 nm á 1565 nm, como esta representado na figura abaixo; Banda C ou 3ª Janela Em 1990 surgiu a segunda geração experimental de Sistemas WDM, que já operavam na Região de 1550 nm e possibilitavam Transmissão Unidirecional de 4 até de 8 Canais ou Comprimentos de Onda, com amplo espaçamento entre eles. Com a evolução das tecnologias, este espaçamento foi sendo reduzido de 1000 GHz para 600 GHz, 400 GHz, 200 GHz e 100 GHz. Note se que Sistemas WDM com espaçamentos inferiores à 100 GHz são considerados como Sistemas DWDM (Dense Wavelenght Division Multiplex), os que serão abordados em tutorial futuro. A ITU - T, para possibilitar a padronização entre equipamentos de diferentes fabricantes definiu para a Banda C, Freqüências Centrais para Espaçamentos de 100 GHz e 50 GHz iniciando em 1528,77 nm e terminando em 1560,61 nm (Vide Tabela A.1, do Anexo A, da Recomendação ITU - T G.692: Optical interfaces for multichannel systems with optical amplifiers). Para um melhor aproveitamento, da Região do Espectro que apresentava baixos coeficientes de Atenuação, foi criada a Banda L ou 4ª Janela. Banda C e banda L Posteriormente o Grupo de Estudos nº 15 denominado: Transport Network Systems and Equipment daITU - T, normatizou, para permitir não só um padrão, mas principalmente para assegurar interconexões com equipamentos de diferentes fabricantes, uma grade baseada em uma Freqüência de referência estabelecida em 193100 GHZ, com espaçamentos de 100 GHz, 50 GHz, 25 GHz e, 12,5 GHz que se estendia até o fim da 4ª Janela ou Banda L, em 1624,89 GHz. Um grande avanço, que contribuiu para o aumento da relação custo / benefício, foi à introdução de Fibras Ópticas, com uma nova tecnologia que não apresentava o indesejável fenômeno da Atenuação por Íons Oxidrila. Comparação entre as fibras Monomodo Convencional (preto) e sem atenuação (amarelo) Logo abaixo veremos todo o potencial das Novas Fibras Ópticas que não têm os picos de Atenuação por Íons Oxidrila. A limitação da utilização de apenas uma ou duas Bandas, geralmente a Banda C e ou a Banda L, não mais existem. Este avanço permitiu que fosse possível o aproveitamento máximo da faixa de transmissão disponível na curva destas Novas Fibras Ópticas. Portanto, podemos ampliar os Sistemas DWDM não só em número de canais e Taxa de Transmissão, mas também no numero de Bandas. Esta característica também favorece um novo tipo de equipamento WDM, chamado de CWDM, que é de baixo custo e de fácil fabricação, indicado preferencialmente para uso em Redes Metropolitanas e de Acesso. A tecnologia CWDM apresenta um grande espaçamento entre canais, de 20 nm, no espectro que vai de 1270 nm á 1610 nm, permitindo atualmente até 18 canais. Este tipo de equipamento também será objeto de tutorial futuro. Para mais detalhes veja a Recomendação ITU-T G.694.2: Spectral grids for WDM applications: CWDM wavelength grid. Deve-se atentar para não confundir esta tecnologia CWDM com a tecnologia denominada WWDM (WideWavelength Division Multiplexing), que é implementada através de dispositivos passivos que utilizam dois Canais, com Comprimentos de Onda em 1310 nm e 1550nm, que possibilitam a duplicação da transmissão de dois sinais ópticos em uma única Fibra ou até quatro sinais ópticos em um par de Fibras. Estes equipamentos são chamados comercialmente de duplicadores ou quadruplica dores, são extremamente simples, de custo muito baixo e, geralmente, são usados em Redes de Acesso, quando da falta de Fibras nos Cabos Ópticos dessas Redes. Ao utilizar estes dispositivos devem-se levar em conta dois aspectos fundamentais. O primeiro é que estes equipamentos somente permitem ampliação de um número muito reduzido de canais. O segundo é que como são passivos, estes dispositivos, introduzem atenuações adicionais, indesejáveis, que podem inviabilizar uma interconexão, caso a atenuação deste enlace já esteja no limite ou próxima dele. Já utilização destes equipamentos, limita a distância de um enlace, pois inevitavelmente introduz atenuações que podem inviabilizar ou ainda tornar extremamente crítico o enlace original, que se encontrava funcionando normalmente.
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