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Nicoli Beneditto Silva¹, Luis Henrique Rangrab² ¹Acadêmica do curso de Medicina Veterinária UNISUL, Tubarão ²Docente do curso de Medicina Veterinária UNISUL, Tubarão 1 Ultrassonografia doppler em programas de transferência de embriões em equinos & Avaliação do status funcional do corpo lúteo de égua: Relato de Caso 2 Aplicação da ultrassonografia colorida doppler em programas de transferência de embriões equino US Doppler na avaliação do status funcional do CL de égua receptora de embrião: Relato de Caso 1º artigo 2º artigo Transferência de embriões em equinos 1972 Técnica não cirúrgica em éguas OGURI & TSUTSUMI Estudo in-vivo 2 Entre as principais biotécnicas da reprodução assistida de equinos Fonte: domínio público 4 Coleta não cirúrgica de embriões, na imagem sonda de coleta inserida no corpo uterino, após ultrapassagem da cérvix e enchimento do balonete com ar. (VANDERWAL, 2000). Transferência de embriões em equinos Fonte: domínio público 4 Vantagens da transferência de embriões Aumento produtividade égua/ano 5 Doadoras jovens Obter embriões de éguas incapazes de manter uma gestação Com problemas reprodutivos Fonte: domínio público 5 Ultrassonografia Doppler 6 Técnica não-invasiva Avaliação em tempo real Detalhes anatômicos Fisiologia do fluxo sanguíneo AVALIA Hemodinâmica trato reprodutivo Potencial ovulatório de folículos Aumento produtividade égua/ano Funcionalidade do corpo lúteo e útero Fonte: domínio público 6 Ultrassonografia Doppler 7 Exame das grandes artérias (artérias ovariana, uterina e vaginal) responsáveis pela suplementação sanguínea do trato reprodutivo (BOLLWEIN et al., 1998). Mensuração correta do fluxo sanguíneo Primeiros estudos Estudos recentes Depende da angulação correta entre o transdutor e o vaso sanguíneo avaliado. SILVA & GINTHER Endométrio Parede folicular Corpo lúteo Vasos próximos Corte longitudinal Corte transversal Folículos Corpo lúteo (Útero ) (Útero) Fonte: domínio público 7 Avaliação ultrassonográfica Doppler 8 Detecção do início da atividade reprodutiva Diagnóstico auxiliar de distúrbios na ovulação Momento ideal para tratamento superovulatório Feito no período pré-ovulatório, a fim de evitar gastos desnecessários com tratamentos indutores de ovulação e transporte de sêmen ao longo da estação de monta. pré-TE média do primeiro ciclo aos 14 a 18 meses de idade melhora as taxas de recuperação embrionária transferência embrionária Fonte: domínio público 8 9 Futuros folículos ovulatórios Aumento vascularidade Folículos anovulatórios. Baixa vascularidade Detecção do início da atividade reprodutiva Taxa de crescimento e perfusão sanguínea de folículos. Ocorre diminuição da perfusão sanguínea folicular durante as quatro últimas horas que antecedem a ovulação. Vascularidade folicular máxima 24 horas antes da ovulação. Fonte: FERREIRA Na produção in vitro de embriões, obtém-se 45% de prenhez utilizando sêmen convencional. Com a utilização de sêmen sexado, sem submetê-los a congelação, na produção in vitro de embriões, obtém-se 66% de clivagem e 16 a 20% de desenvolvimento (Guthrie et al., 2002). Na inseminação artificial, a taxa de prenhez variou de 21 a 48%, enquanto utilizando espermatozoides não-sexados as taxas foram 32% a 68% (Bodmer et al., 2005; Andersson et al., 2006; Siedel & Schenk, 2008). Considerando esses resultados, torna-se evidente que os espermatozoides sexados por citometria de fluxo comprometem a taxa de gestação e estratégias para a aplicação comercial in vivo desse sêmen deveriam ter como foco caminhos para se obter um benefício efetivo, incluindo idade à primeira parição, frente ao custo de utilização (Weigel, 2004). 9 Diagnóstico auxiliar de distúrbios na ovulação Presença de Folículo hemorrágico anovulatório (FHA) Estrutura decorrente da falha na ovulação. Incidência de FHAs maior durante os meses de intensa atividade ovariana e em éguas tratadas com hormônios indutores de estro e ovulação. Resulta em ciclos inférteis causa da subfertilidade na espécie equina 10 Sonogramas de FHA (Folículo Hemorragico Anovulatório) em diferentes fases de desenvolvimento: B e C – Ultrassom modo B (escalas de cinza). / A e D – Doppler (colorido). Fonte: FERREIRA Avaliação ultrassonográfica Doppler 11 Detecção de cistos uterinos Avalia status funcional uterino e corpo lúteo fluxo sanguíneo anormal do útero contribue para formação de cistos, pelo pobre retorno venoso e degeneração arterial presentes no segmento uterino Viabilidade embrionária Determina o momento ideal para a coleta de embriões Seleção de receptoras com capacidade do útero em conduzir a gestação pós-TE Fonte: domínio público 11 Corpo Lúteo hormônio do ciclo menstrual com importante função na manutenção da gestação nas primeiras semanas de gravidez 12 Função Secretar o hormônio chamado progesterona (P4). Preparar o útero Manter a gravidez P4 Fonte: domínio público 13 Égua receptora Raça: Mangalarga Marchador Idade: 15 anos Peso corporal: 360kg Regime: semiextensivo Materiais e métodos 2º artigo Fonte: domínio público Fonte: domínio público Foram utilizadas 1.040 doses de sêmen congelado de 12 touros Bos taurus (3 de cada uma das seguintes raças: Aberdeen Angus, Holandês, Limousin e Simental) e 10 Bos indicus (3 da raça Gir leiteiro, 3 da raça Nelore, 2 da raça Nelore Mocha e 2 da raça Tabapuã). Os touros foram escolhidos entre aqueles em que cada dose de sêmen descongelado apresentava mais espermatozoides vivos e mantidos na central de colheita e comercialização de sêmen. 13 Monitoramento Exame ultrassonográfico modo Color-Doppler Exame ultrassonográfico em modo-B Palpação retal - 1 minuto de observação sobre a área do CL - Transdutor transretal, em freqüência de 6.4MH Monitoramento ciclo estral fase folicular até dez dias após a ovulação (D1, D4, D6, D8, D10) espontânea Materiais e métodos Vídeo dos exames. Momento de maior vascularização. Cinco imagens foram selecionadas. Validar método subjetivo. Photoshop CC 2015. Programa ImageJ. 15 Materiais e métodos Análise subjetiva Análise objetiva Fonte: domínio público 16 Materiais e métodos Todos os dias Amostra 3 mL sangue total Punção da veia jugular externa Seringa 10mL Agulha 40x12mm Fonte: domínio público Fonte: domínio público 17 Materiais e métodos tubos com heparina sódica isopor com gelo até local de processamento Acondicionada Transportada Amostra de sangue centrifugada em rotação de 3.760 g 3 minutos Plasma estraído Congelado em microtubos -10ºC dosagens de progesterona e VEGF 18 Tônus uterino: 1(+) mais flacidez e 3(+++) mais turgidez, característica esta atribuída à ação da progesterona. Escore de vascularização (corpo lúteo): 0 nenhuma vascularização e 4 representa vascularização. Número pixel: análise objetiva para validar o método subjetivo, com programa Photoshop CC 2015 Resultados Fonte: GUEDES, et al. Na central, cada um dos 22 touros teve o seu primeiro e segundo ejaculados colhidos com vagina artificial e o sêmen foi diluído e congelado de acordo com a rotina da empresa. Para utilização neste trabalho, preparou-se uma solução estoque diluindo-se 11 partes de Percoll (densidade padrão de 1,130 g/mL) em 1 parte de NaCl 1,5 M (1:11, v/v), contendo 5,55 mM de glicose, 2 mM de HEPES (H0763, Sigma) e 10 mg de kanamicina/mL; pH 7,4; 280-290 mOsm/kg H2O. A solução de NaCl 1,5 M foi preparada com água bidestilada, filtrada em membrana com poros de 0,22 μ e estocada a 4oC por períodos que não ultrapassaram dez dias. O pH foi ajustado utilizando-se solução de ácido acético glacial a 1% ou NaOH 1 N. Prepararam-se soluções isotônicas (280 mOsm/kg) de Percoll com diferentes densidades diluindo-se a solução estoque em meio Hank’s. O gradiente descontínuo de Percoll foi preparado depositando-se 0,7 mL de cada uma das soluções, da mais densa para a menos densa, em tubos cônicos de poliestireno,com auxílio de uma pipeta. 18 19 Resultados DIA 1 Pós ovulação US modo B Presença de um corpo lúteo cavitário no ovário direito, com diâmetro médio de 3,87 cm, possuindo três cavidades principais com áreas de 2,20 cm2, 0,60 cm2 e 0,40 cm2 corpo lúteo com escore 1 de vascularização, apresentando pontos coloridos nas áreas mais periféricas da estrutura tônus uterino 1(+) P4 2,16 Fonte: GUEDES, et al. 19 20 Resultados DIA 4 Pós ovulação US modo B Corpo lúteo com escore 2 de vascularização, apresentando pontos coloridos na região medular da estrutura. tônus uterino 2(++) P4 7,16 Fonte: GUEDES, et al. 20 21 Resultados DIA 6 e 8 Pós ovulação US modo B Corpo lúteo com escore 4 de vascularização. tônus uterino 3 (+++) P4 (dia 6) 9,93 P4 (dia 8) 10,20 Fonte: GUEDES, et al. 21 22 Resultados DIA 10 Pós ovulação US modo B Corpo lúteo com escore 3 de vascularização. tônus uterino 2 (++) P4 11,20 Fonte: GUEDES, et al. 22 Discussão As taxas de prenhez nas éguas com tônus alto (+++) entre dias 6 e 8 é calculada como alta (MOURA). Na fase estrogênica do ciclo (início), o útero se mostra menos túrgido (mais flácido), ficando mais túrgido para receber posteriormente o embrião. Vascularização do CL aumenta progressivamente após ovulação, atingindo o máximo de perfusão no 6º dia. A produção adequada de P4 reflete no sucesso dos programas de transferência de embriões. --> Permite boa taxa de confirmação de prenhez, e evita gastos com suplementações exógenas. 23 Tônus uterino Útero Corpo lúteo Prostaglandina P4 REFERÊNCIAS SILVA, L.A. et al. Changes in vascular perfusion of the endometrium in association with changes in location of the embryonic vesicle in mares. Biology of Reproduction, v.72, p.755-761, 2005. SILVA L.A.; GINTHER O.J. An early endometrial vascular indicator of completed orientation of the embryo and the role of dorsal endometrial encroachment in mares. Biology of Reproduction, v.74, p. 337-343, 2006. SCHOON, D. et al. Angioses in the equine endometrium – pathogenesis and clinical correlations. Pferdeheilkunde, v.15, p.541-546, 1999. FERREIRA, J.; MEIRA, C. Aplicação da ultrassonografia colorida doppler em programas de transferência de embriões equinos. Ciência Rural, Santa Maria, v.41, n.6, p.1063-1069, jun, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cr/v41n6/a1711cr4380.pdf Acesso em: 10/10/2020. PEREIRA, R.; SILVA, E. et al. Utilização de US modo doppler como diagnóstico complementar da endometrite em éguas: relato de caso. Revista cientifica de medicina veterinária. Ano XII-Número 23 – Julho de 2014. FERREIRA, J.C. Avaliação ultrassonográfica Doppler pré e pós-cobertura do trato reprodutivo de éguas. Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.37, n.2, p.108-114, abr./jun. 2013. Disponível em www.cbra.org.br MOURA, J. Ultrasonic Imaging in Equine Reproduction: “Ultrasonographic examination of the uterus. Ciência Animal, 22(1): 161-170, 2012 – Edição Especial. Disponivel em: <http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/CONERA_PALESTRA%20%2812%29.pdf> 24 Ultrassonografia doppler em programas de transferência de embriões em equinos & avaliação do status funcional do corpo lúteo de égua: Relato de Caso Nicoli Beneditto Silva¹, Luis Henrique Rangrab² ¹Acadêmica do curso de Medicina Veterinária UNISUL, Tubarão ²Docente do curso de Medicina Veterinária UNISUL, Tubarão 1 OBRIGADA!
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