Buscar

Projeto apoio matricial Estagio supervisionado

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
	
KAMILLA KIMMAY LIMA MAGALHÃES DE SOUZA
PATRÍCIA MARA SOUZA SAMPAIO
CONTRIBUIÇÕES DO APOIO MATRICIAL PARA O FORTALECIMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE.
Rio Branco
2015
KAMILLA KIMMAY LIMA MAGALHÃES DE SOUZA
PATRÍCIA MARA SOUZA SAMPAIO
CONTRIBUIÇÕES DO APOIO MATRICIAL PARA O FORTALECIMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE.
Projeto de Artigo Científico apresentado à coordenação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, da Universidade Federal do Acre (UFAC).
	
Orientador (a): MSc. Ana Flávia da Costa Nobre Angel
Rio Branco
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 04
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 07
3 PROBLEMA DA PESQUISA.................................................................................. 08
4 HIPOTESE............................................................................................................. 08
5 OBJETIVOS........................................................................................................... 08
5.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 08
5.2 OBJETIVOS ESPEIFICOS.................................................................................. 09
6 REFRENCIAL TEORICO....................................................................................... 09
6.1 SISTEMA ÚNICO DO SUS E A ESTRATEGIA DE SAÚDE DA FAMILIA......................................................................................................................09
6.2 CLINICA AMPLIADA NA PERSPECTIVA DA POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)..............................................................................................12
6.3 APOIO MATRICIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA...................................................14 
7 METODOLOGIA.................................................................................................... 16
7.1 TIPO DE ESTUDO.............................................................................................. 16
7.2 CONTEXTO DA PESQUISA.............................................................................. 17
7.3 SUJEITOS DA PESQUISA.................................................................................. 18
7.4 PRODUÇÃO DE DADOS................................................................................... 18
7.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS....................................................... 19
7.6 IMPLICAÇÕES ÉTICAS......................................................................................19
8 RESULTADOS ESPERADOS................................................................................20
9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA................................................ 20
10 REFERENCIAS.................................................................................................... 21
 APÊNDICE A .......................................................................................................... 25
APÊNDICE B............................................................................................................ 28
INTRODUÇÃO
No Brasil o ano de 1986 foi marcado pela 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em Brasília, este evento preconizou os princípios pelo Movimento da Reforma Sanitária e a proposta de atenção primária à saúde. A partir da Constituição Federal de 1988, parte do documento da Conferência foi transformada em lei, criando com isso o Sistema Único de Saúde - SUS, regulamentado após dois anos, através das Leis nº 8.080/90 (Lei orgânica da saúde) e nº. 8.142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências de recursos financeiras na área da saúde (SARRIERA, 2011).
 O decreto nº 7508 de 28 de junho de 2011 regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, este dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação Inter federativa, e dá outras providências (BRASIL, 2011).
Com o surgimento do Sistema Único de Saúde no Brasil, o atendimento público a saúde se tornou obrigatório. Vale ressaltar um dos artigos da Constituição de 1988:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988, p.131)
	A partir dessa proposta, o Sistema Único de Saúde (SUS), institui como seus princípios a universalidade, equidade, integralidade e participação popular, norteado pelo direito a vida e a cidadania, preconizando a universalização do atendimento e a participação social (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1990).
	Essa nova organização política das ações de saúde se decretou pelo simples motivo de seguir o mesmo objetivo, bem como seus princípios e doutrinas em todo território brasileiro estruturado como forma de rede de serviços descentralizados, hierarquizados e regionalizados, para atender as necessidades de saúde dos usuários com resolutividade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1990). 
	A partir da regulamentação do SUS, podemos falar de atenção primária a saúde, que se constitui a porta de entrada para as famílias e comunidade no sistema público.
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2012, p.19).
Em 1994, o Ministério da Saúde oficializou no Brasil o Programa Saúde da Família (PSF), programa este que teve seu inicio no município de Quixadá no estado do Ceará, com o objetivo de reorganizar a atenção primária (SARRIERA, 2011).
Atualmente é denominada Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo uma das três ordenações dos níveis de atenção à saúde adotada pelo Ministério da Saúde, que tem como objetivo reorganizar os serviços e reorientar as práticas profissionais na lógica da promoção da qualidade de vida da população (BRASIL, 1997).
No Acre, em 2012 a rede de assistência em atenção primaria, foi organizada com quatro Unidades de Referência da Atenção Primaria (URAP) e nove Centros de Saúde, 53 USFs, destas 51 com equipes completas (médicos, enfermeiro, técnico de enfermagem e ACS), duas unidades transitórias e 23 USFs com equipes de saúde bucal, oito PACS e duas unidades móveis de saúde na comunidade para atendimento a população rural (LEAL et al., 2013).
Segundo Cunha (2005), apesar dos avanços no processo de trabalho no SUS, ainda se faz necessário pensar sobre novas praticas clinicas dos profissionais de saúde, bem como na proposta da clínica ampliada elaborada por Campos (1997) que nasce na saúde para trabalhar a singularidade dos usuários sem abrir mão da natureza das doenças e do diagnóstico e intervenção.
A clínica ampliada baseia-se na construção de responsabilidade singular e de vínculo estável entre equipe de saúde e paciente. O contato esporádico e vertical de diferentes profissionais sem um coordenador para cada caso tem acarretado inúmeros transtornos à eficácia e eficiência dos processos terapêuticos. A possibilidade da realização de uma clínica ampliada depende da construção de vínculo entre profissional e usuário (CAMPOS e AMARAL, 2007,p. 855).
Destaca-se, a importância do trabalho da equipe de referência multiprofissional, que tem como papel fortalecer as equipes de Saúde da Família, dando suporte e compartilhando conhecimentos na perspectiva do apoio matricial. 
Neste contexto ressalta Campos (2008), uma equipe de apoio matricial e formada por um ou vários profissionais da área da saúde que possuem saberes específicos, utilizando para isso de diversas modalidades de processos, uma ou mais equipes de referência.
	O apoio matricial realizado por equipes multiprofissionais introduz na ESF a troca de saberes, possibilitando desta forma um aumento na articulação e qualificação dos profissionais do sistema de saúde.
Um novo arranjo organizacional para o trabalho em saúde, denominando-o “equipes de referência e apoio especializado matricial”, que se sustenta nas diretrizes de vínculo terapêutico, transdisciplinaridade do saber e das práticas e gestão das organizações como dispositivo para produção de grupos de sujeitos (PENIDO, p. 25, 2012).
	Com base Campos (2007), entende-se que o apoio surge a partir da necessidade de aproximar a Gestão das Equipes de Saúde da Família, podendo ser compreendido como uma adaptação institucional, visando organizar o processo de trabalho e potencializar a integração comunicativa entre diversos saberes profissionais.
Uma equipe de referência é composta por distintos especialistas e profissionais encarregados de intervir sobre um mesmo objeto – problema de saúde –, buscando atingir objetivos comuns e sendo responsáveis pela realização de um conjunto de tarefas, ainda que operando com diversos modos de intervenção (CAMPOS et al , p. 400, 2007).
	
	Assim, compreende-se que o apoio matricial tem um papel importante no campo da saúde, pois tem como função dar apoio, dialogar, intervir coletivamente e capacitar os profissionais das Unidades de Saúde no cuidado à saúde integral dos usuários, promovendo a troca de responsabilidades dos casos existentes e potencializando a capacidade das equipes de referência em resolver problemas de saúde.
	A partir da experiência nas atividades de apoio matricial durante a Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família e Comunidade – RMISFC vinculada a Universidade Federal do Acre e com campo de prática no Centro Estadual de Formação de Pessoal em Saúde da Família José Alexandre Leite Leitão – Policlínica Tucumã e nas Unidades Básicas de Saúde do Jardim Primavera, Mocinha Magalhães e Rui Lino, foi possível perceber a relevância desse dispositivo, pois é através deste, que é possível proporcionar as relações mais estreitas entre as equipes, o contato e troca de responsabilidade, gerando uma gestão compartilhada entre os profissionais especializados e a equipe de referência, potencializando o usuário por meio da humanização, o que resulta na ampliação das ações em saúde.	Desta forma, pretende-se promover através deste estudo uma analise sobre as contribuições do apoio matricial para o fortalecimento do processo de trabalho das equipes de saúde da família apoiadas.
2 JUSTIFICATIVA
O apoio matricial é um dispositivo novo no campo de saúde que se encontra em processo de construção na rede. Por se tratar de uma estratégia recente e relevante para potencializar o compromisso dos profissionais na produção de saúde, condução dos casos, redução de números significativos quanto aos encaminhamentos, de modo que, fortalece a cor responsabilização pelos casos de saúde, na busca por estimular o vínculo entre as equipes e destas com os usuários.
A escolha da temática se torna imprescindível para mostrar a comunidade cientifica, aos profissionais de saúde e aos gestores, experiências que possam contribuir para reflexões sobre o trabalho multiprofissional que é realizado através do apoio matricial, tal como os desafios da interdisciplinaridade, das praticas de saúde ampliadas e compartilhadas e de suas repercussões na saúde da população.
	Apesar da relevância do papel que o apoio matricial assume ainda se faz presente uma carência de literatura sobre as experiências relacionadas ao tema. 
Outro fator que serviu de motivação para a realização deste projeto, foi à inserção a partir da residência multiprofissional em saúde da família e comunidade na equipe do Centro Estadual de Formação de Profissionais em Saúde da Família Conselheiro Joseh Alexandre Leite Leitão, possibilitando aos residentes a participação no apoio matricial realizado por esta equipe, juntamente com as unidades básicas de saúde Mocinha Magalhães, Jardim Primavera e Rui Lino, favorecendo o enriquecimento profissional na área da atenção primária, despertando assim um interesse por este dispositivo que, na prática, contribui significantemente para o fortalecimento e resolutividade do processo de trabalho das equipes de saúde da família.
3 PROBLEMA DE PESQUISA
	Apesar das múltiplas possibilidades de contribuição que o apoio matricial traz às equipes de saúde da família, é possível observar ainda por parte de alguns profissionais a pouca compreensão sobre o papel do apoio matricial, que muitas vezes é visto como um avaliador do processo de trabalho.
	Desmistificando essa ideia, o apoio atua com a percepção de integrar diferentes profissionais, permitindo a expressão de vários saberes e práticas profissionais, possibilitando um melhor acompanhamento do processo saúde/doença/intervenção de cada usuário. Diminuindo o percurso de encaminhamentos e aumentando o escopo de ações ofertadas pelas equipes de saúde da família.
	Partindo desses aspectos, surge a seguinte questão de pesquisa: quais as contribuições do apoio matricial para o processo de trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família?
4 HIPÓTESE
· O apoio matricial potencializa o trabalho em equipe
· As intervenções do apoio matricial contribuem para o aumento da capacidade de cuidado das equipes apoiadas
· O apoio matricial auxilia na articulação com outros pontos da rede de saúde.
· O apoio matricial fortalece a prática interdisciplinar
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
· Analisar as contribuições do apoio matricial para o processo de trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Descrever as atividades realizadas pelo apoio matricial junto às equipes;
· Identificar as dificuldades levantadas pela equipe a partir da prática do apoio matricial;
· Analisar a relevância do Apoio Matricial para o fortalecimento do processo de trabalho interdisciplinar das Equipes apoiadas;
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
	No Brasil em meio à luta contra a ditadura militar, surge na década de 1970 o movimento sanitário brasileiro, cujo principal objetivo foi à reforma sanitária e a construção do Sistema Único de Saúde- SUS. (VASCONCELOS et al. 2011)
	O marco histórico na criação do SUS foi a 8ª Conferência Nacional da Saúde, que também destacou um novo conceito amplo de saúde, deixando de ser considerada apenas como um processo de ausência de doenças e se tornando segundo Vasconcelos et al. 2011 “resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde.” 
	O SUS foi regulamentado pela lei nº 8.080/90 (Lei orgânica da saúde), segundo a LOS, em seu artigo 4º:
[...] o SUS constitui o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público, inclusive as instituições públicas de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, de sangue e hemoderivados e de equipamentos para a saúde (VASCONCELOS et al. 2011).
O Sistema Único de Saúde se tornou a grande conquista dos movimentos sociais, trazendo em suas diretrizes serviços regionalizados e descentralizados, apoiando o atendimento integral ao paciente e principalmente as ações preventivas.
 Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integramuma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade (BRASIL, 1988 p.131).
Segundo Levcovitzetetal. (2011), aconteceu dificuldades significativas no funcionamento do SUS, pois além de ocorrer pouca participação dos estados em relação ao financiamento, surgiram outros problemas estruturais quando iniciou o sistema, bem como a dificuldade de acesso, a medicalização e o uso inadequado de tecnologias. Com isso, apresentou um problema na implementação do sistema no que se refere à qualidade e resolubilidade da atenção em saúde praticada no SUS.
	A partir destes problemas de saúde no Brasil, nasceu um modelo de proposta denominada “Em Defesa da Vida”, noticiada na IX Conferência de Saúde, em 1992, este visava à construção de novos serviços de saúde, através da mudança do processo de trabalho em saúde, de modo que, possibilitasse a criação de vínculo e responsabilização dos usuários, conforme preconiza os princípios do SUS (OTAVIANO, 2013).
	Nessa perspectiva, o SUS avança quando passa a seguir em prática um modelo integral, onde o individuo é visto como um ser indivisível e biopsicossocial, voltado para uma assistência na prevenção, promoção, proteção e recuperação a saúde.
A organização do trabalho de uma equipe facilita o principio da integralidade, pois este prevê também que o individuo seja visto na sua totalidade perante olhares de todos os profissionais da saúde pensando e planejando ações em conjuntos para resolução dos problemas (ARCHANJO; RESENDE; SILVA, p. 78, 2007)
Se tratando de prevenção, a atenção primária constitui a principal porta de entrada para as famílias e comunidade no sistema de saúde. A Conferência de Alma-Ata, promovida pela OMS em 1979 tem como definição de atenção primária.
Uma atenção a saúde essencial, baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamente comprovadas e socialmente aceitáveis, cujo acesso seja garantido a todas as pessoas e famílias da comunidade mediante sua plena participação, a um custo que a comunidade e o país possam suportar, em todas as etapas de seu desenvolvimento, com espírito de auto responsabilidade e autodeterminação’’ (OMS, 1979).
As redes de atenção à saúde (RAS) fazem parte de uma estratégia para manter um cuidado integral ao paciente, estas redes ordenadas com a atenção básica possibilitam um direcionamento às necessidades de saúde da população, proporcionando uma maior resolutividade. 
As RAS constituem-se em arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles, destaca-se: a atenção básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população [...] (PNAB, 2012, p.25).
Ao longo dos anos a ABS passou por algumas formas de organização, vale ressaltar que não era uma área muito valorizada no país, até que de fato em 1994 houve a criação do Programa Saúde da Família, sendo reafirmada mais tarde pela portaria 648 como Estratégia de Saúde da Família, um modelo inspirado na saúde de países como Cuba, porém tendo sua diferenciação por incorporar a equipe multiprofissional e os agentes comunitários de saúde.
No Acre, a partir de 1922 foi executado as primeiras ações públicas de saúde em Rio Branco, e tinha como objetivo a prestação de assistência médica. E na década de 70, houve a implantação do programa de interiorização das ações de saúde e saneamento, sob a influência do movimento pela reforma sanitária. Em 1988 foi criada a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco- SEMSA, através da lei nº 770 de 26/12/1988 que regulamentava as competências da secretaria. (LEAL et al., 2013).
Campos (2008) destaca o conjunto de diretrizes que fazem parte das ESF, “o trabalho em equipe de base territorial, a promoção e a prevenção da saúde, o perfil do profissional generalista, a incorporação do profissional agente comunitário de saúde, a normatização do processo de trabalho, dentre outros”. 
No entanto, sabemos que a ESF ainda enfrenta diversos desafios em sua eficácia, como por exemplo: a falta de cobertura em algumas áreas, ausência de politica de pessoal, uma formação de profissionais especialistas insuficientes na área ou até mesmo a falta de apoio e orientação para melhorar a qualidade do processo de trabalho. 
Temos desde cidades com baixa cobertura, até outras que alcançam setenta por cento de famílias vinculadas a ABS. O apoio ao exercício de uma clinica eficaz é igualmente heterogêneo, o mesmo se pode dizer da integração da ABS ao sistema hospitalar e de especialidades. Além disso, há problemas sérios com a politica de pessoal, desde o sistema precário de contratação até a quase inexistência de oportunidade tanto para formação especializada quanto para processos de educação permanente (CAMPOS, 2008, p. 147).
	Segundo Cunha (2005), apesar dos avanços alcançados pelo SUS, ainda se faz necessário fortalecer o processo de trabalho nessa área e pensar sobre novas praticas clinicas dos profissionais de saúde, bem como proposta da clínica ampliada elaborada por Campos (1997) que nasce na saúde para trabalhar a singularidade dos usuários sem abrir mão da natureza das doenças e do diagnóstico e intervenção.
6.2 CLINICA AMPLIADA NA PERSPECTIVA DA POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH)
A Politica Nacional De Humanização traz o conceito de clínica ampliada como sendo “[...] uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença.”
	Esse novo campo de prática na saúde veio para desmistificar a visão da clínica, pois não se restringe apenas ao modelo biomédico. Entretanto, é necessário entender que a clínica vai para, além disso, porque o individuo não deve ser visto de forma fragmentada apenas nos sintomas manifestados pela doença. 
Indica como indispensável, e mesmo como produtos dessa ação, a construção de um compromisso efetivo dos trabalhadores de saúde como o mundo das necessidades dos usuários, que permita explorar de modo exaustivo o que as tecnologias em saúde detêm de efetividade, em um novo modo de operar a gestão do cuidado em saúde (MERHY, 2002, p. 32.33).
	Com base nisto a Cartilha Clínica Ampliada e Compartilhada, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com a Rede Humaniza SUS (2004), propõe esse novo modelo de atendimento e gestão, onde se busca a percepção do profissional para além do diagnóstico presente, incorporando as singularidades dos seres humanos.  
	Dessa forma, a Política Nacional De Humanização destaca como executar a clínica ampliada “utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis, além do enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo [...].”
	Podemos compreender que a clinica ampliada implica na valorização da escuta qualificada, incluindo os diversos saberes e competências que o usuário desenvolve acerca da sua doença, discutindo junto com o paciente as possibilidades do seu próprio tratamento. Desenvolvendo assim, uma autonomia aos usuários na sua participação efetiva no processo saúde, doença e cuidado.
Tal tarefa passa pela busca da construção de um modelo tecnoassistencial, que não pode desprezar nenhum recurso tecnológico, clinico e, ou, sanitário para sua ação, no qual ocupa lugar estratégico o trabalho médico, comprometido e vinculado com os usuários, individuais e coletivos, atuando em equipes multiprofissionais, operadores de conhecimentos multidisciplinares (MERHY, 2002, p. 33).
	Nesse modelo de Clínica, busca-se a articulaçãoe inclusão dos diversos olhares interdisciplinar em saúde, de forma que, as equipes trabalhem em conjunto para um melhor resultado. É importante para integrar várias abordagens possibilitando um manejo eficaz no trabalho em saúde.
Com base Archanjo (2007) é interessante ressaltar parcerias que os serviços de saúde necessitam obter com outras políticas sociais de modo que garanta uma atuação em equipe onde possibilite compartilhamentos de saberes e informações para que a comunidade receba os cuidados integrais em saúde.
	Quando se trata das equipes de saúde da família, não pode deixar de ressaltar sobre a interdisciplinaridade para os profissionais que atuam na atenção primária, principalmente no que se refere aos processos de trabalho.
	Para Vilela o termo interdisciplinaridade,
[...] está associada ao desenvolvimento de certos traços de personalidade: flexibilidade, confiança, paciência, intuição, capacidade de adaptação, sensibilidade em relação às demais pessoas, aceitação de riscos, aprendera agir na diversidade, aceitar novos papeis, dentro outros [...] um esforço por aproximar, comparar, relacionar e integrar os conhecimentos. (VILELA; MENDES, p. 527, 2003).
Entende-se com isso, que a prática interdisciplinar na saúde estabelece uma integração de saberes, permitindo uma troca de conhecimentos entre os profissionais com objetivos comuns. Sabemos que a melhoria da qualidade dos serviços e da resolubilidade dos casos da população relacionados à saúde na AB é uma das principais implicações encontradas. Baseado nisto, o trabalho das equipes de referência juntamente com as equipes de saúde da família traz em sua prática o compartilhamento de diferentes saberes profissionais, aumentando assim o número de ações fornecidas nas ESF.
Os profissionais de saúde, independentemente da sua formação, todos eles exercem praticas terapêuticas. Campos (2008) afirma que o verdadeiro sentido de equipes compostas de forma interdisciplinar seria “aprender fazendo e produzir aprendendo, modificando seu próprio modo de estar no mundo e no trabalho”.
Nessa abordagem, percebe-se a importância dos profissionais de saúde atuar para além da doença ou modelo curativo, pois nesse modelo é possível olhar para todos os aspectos que pode interferir no processo saúde e doença da comunidade assistida. 
	Dentro do contexto de novas formas de fazer saúde, foi desenvolvido um modo de fazer apoio, chamado método Paidéia criado por Gastão Wagner Campos (2001).
6.3 APOIO MATRICIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
	No Brasil, durante vinte e cinco anos, o método Paidéia de cogestão das instituições e do cuidado em saúde, vem sendo utilizada em políticas e práticas de saúde (OLIVEIRA et al, 2013).
	O método Paidéia busca reformas organizacionais, políticas e gestão do trabalho em saúde, procurando a construção do sujeito na saúde (CAMPOS, 2003).
O apoio Paidéia como uma postura metodológica que busca reformular os tradicionais mecanismos de gestão. E coloca que todo trabalho possui uma tríplice finalidade, sendo a primeira, objetiva e interfere com a produção de bens para pessoas externas à organização; segundo, procura assegurar uma reprodução ampliada da própria organização; terceiro, interfere com a produção social e subjetiva dos próprios trabalhadores e usuários (PEDRO, p. 5, 2013)
	O termo Paidéia é oriundo da Grécia que expressa desenvolvimento integral da pessoa preocupando sempre com a construção de novos padrões de relação entre as pessoas (CAMPOS, 2003). 
	Campos acrescenta ainda, que o termo apoio indica um olhar externo ao grupo que opera processos de trabalho em saúde produzindo efeitos de transformação nos modos de produção de saúde, afirmando clínica e gestão como amplo de saberes e práticas indissociáveis.
	Nessa perspectiva, Campos pensou na reordenação das organizações de saúde, objetivando a criação de um arranjo denominado Apoio Matricial que passa a ser operacionalizado em Campinas a partir de 1989 (CUNHA et al. 2011). 
[...] por um lado, em sua origem latina, significa o lugar onde se geram e se criam coisas; por outro, foi utilizado para indicar um conjunto de números que guardam relação entre si quer os analisemos na vertical, na horizontal ou em linhas transversais. Pois bem, o emprego desse nome – matricial – indica essa possibilidade, a de sugerir que profissionais de referência e especialistas mantenham uma relação horizontal e não vertical, como recomenda a tradição dos sistemas de saúde (CAMPOS; DOMITTI, 2007, p. 402 apud PENIDO, p. 26, 2012).
	Este dispositivo chama atenção para acabar com o modelo tradicional e fragmentado, onde dificultava a visão do indivíduo como um ser integral e interfere na compreensão do processo saúde e doença.
	Para Campos e Domitti (2007):
Apoio matricial e equipe de referência são, ao mesmo tempo, arranjos organizacionais e uma metodologia para a gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões. [...]já que se considera que nenhum especialista, de modo isolado, poderá assegurar uma abordagem integral (CAMPOS e DOMITTI, p. 400, 2007).
	Dessa forma, compreende-se que esse dispositivo, proporciona não só a retaguarda assistencial, mais também, o suporte técnico e pedagógico às equipes de referência, de modo que, amplia a oferta de ações em saúde.
	Na Estratégia em Saúde da Família, 
O Apoio Matricial é um dispositivo que se propõe a modificar o foco da orientação da assistência, repensando o processo de produção da saúde e os processos de trabalho não somente centrado no médico, mas em todos os profissionais atuando de forma interdisciplinar, implicados com a realidade dos sujeitos, das famílias e da comunidade no território (VIEIRA, 2006 apud SOUZA, p. 229, 2012).
	Em 2003, o Ministério da Saúde adotou o Apoio Matricial (AM) como um organizador das ações de saúde mental na atenção básica:
[...] que visa outorgar suporte técnico em áreas específicas às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas para a população. Nesse arranjo, a equipe por ele responsável compartilha alguns casos com a equipe de saúde local [...]. Esse compartilhamento se produz em forma de corresponsabilização pelos casos, que pode se efetivar através de discussões conjuntas de caso, intervenções conjuntas junto às famílias e comunidades ou em atendimentos conjuntos (BRASIL, 2004, p. 80). 
	Compreende-se então, que as equipes de referências que executam o apoio matricial são como ferramentas necessárias para a humanização da atenção e da gestão em saúde, favorecendo a integralidade do atendimento. Dessa forma, este dispositivo além de ser uma complementação da rede, amplia a capacidade de resolver os problemas de saúde pela equipe local, e compartilhando responsabilidades.
	O modelo exclui a lógica do encaminhamento e visa aumentar a capacidade resolutiva de problemas de saúde pela equipe local, aumentando seus coeficientes de sua autonomia (CAMPOS, 1998).
	Assim, esse método pretende não só assegurar maior eficácia ao trabalho em saúde, potencializando a integração interdisciplinar de conhecimentos e de experiências, mas também, procura operar com a perspectiva da construção de autonomia para os usuários. 
7METODOLOGIA
7.1 TIPO DE ESTUDO	
       	
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa do tipo descritiva. Minayo (2011) afirma que na pesquisa qualitativa o“seu foco é, principalmente, a exploração do conjunto de opiniões e representações sociais sobre o tema que pretende investigar”.
Destaca ainda que “a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se ocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado.”
Os estudos do tipo descritivo referem-se à discrição da realidade investigada sem interferência do pesquisador. Hymann (1967) ressalta pesquisa descritiva como aquela que descreve um fenômeno e registra a maneira que este ocorre. 
7.2 CONTEXTO DA PESQUISA
	A pesquisa será realizada no Centro Estadualde Formação de Pessoal em Saúde da Família José Alexandre Leite Leitão – Policlínica Tucumã e nas Unidades Básicas de Saúde do Jardim Primavera, Mocinha Magalhães e Rui Lino, no município de Rio Branco-Acre. 
O Centro Estadual de Formação do Tucumã foi inaugurado no dia 01.01.1980. Em 2000 foi escolhido para ser pólo de Formação de Recursos Humanos com a residência médica e incluída no processo de qualificação dos profissionais em saúde da família juntamente com as Unidades de Saúde da Família: Mocinha Magalhães, Jardim Primavera e Rui Lino.
Em 2008 iniciou a Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família e Comunidade, modalidade de educação profissional, realizada na forma de treinamento em serviço (campo de prática – Tucumã e USF’s). Em 06.03.2009 inauguração do novo prédio do CEFPSFCJALL como unidade de referência para atender a demanda da dengue; em 30.03.2009 passou a UPA I. E desde então, a unidade é mista atendendo demanda de Pronto Atendimento, serviço ambulatorial e pólo de formação de ensino em serviço.
O complexo do Centro de formação e das três USF’s atende 17 bairros – Distrito Industrial, Conjunto Tucumã, Universitário, Mocinha Magalhães, Rui Lino I e II, Joafra, Jardim Brasil, Loteamento Flora, Bairro da Paz, Jardim Primavera, Chácara Ipê, Barro Vermelho, Vila Custódio Freire, Estrada Dias Martins, Universidade, Loteamento Vila Maria e Conjunto Mariana.
A equipe e composta por: médicos – clínica médica, ginecologia – obstetrícia e pediatria, psicologia, enfermagem, odontologia, nutrição, serviço Social, fisioterapia, fonoaudiologia e farmacêutico-bioquímico, homeopatia.
7.3 SUJEITOS DA PESQUISA
Os sujeitos da pesquisa serão os membros das equipes que compõem o Centro Estadual de Formação de Pessoal em Saúde da Família José Alexandre Leite Leitão – Policlínica Tucumã e as Unidades Básicas de Saúde do Jardim Primavera, Mocinha Magalhães e Rui Lino. 
Os critérios de inclusão dos profissionais são os seguintes:
· Que façam parte da equipe das unidades delimitadas para o estudo;
· Profissionais que participem das ações de apoio matricial há, pelo menos, seis meses;
· Trabalhadores que estiverem de acordo com a pesquisa e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido– TCLE (Apêndice A - Termo De Consentimento Livre E Esclarecido)
· Maiores de 18 anos de idade e que aceitem voluntariamente a participação do estudo.
Os critérios de exclusão dos profissionais são os seguintes:
· Profissionais que não estiverem participando das ações de apoio matricial há, pelo menos, seis meses;
· Trabalhadores que não estiverem de acordo com a pesquisa ou que não assinem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido– TCLE (Apêndice A -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido).
7.4 PRODUÇÃO DE DADOS 
Para a produção dos dados serão realizadas entrevistas em profundidade que de acordo com Minayo (2011) “entrevista, tomada no sentido amplo de comunicação verbal, e no sentido restrito de coleta de informações sobre determinado tema cientifico, é a estratégia mais usada no processo de trabalho de campo”. 
	O roteiro de entrevista será utilizado para a coleta de dados (Apêndice B - Roteiro de Entrevista). Esse instrumento se diferencia de um tradicional questionário por não conter questões fechadas. Este traz como conceito, com base em Minayo(1993) “Instrumento para orientar uma conversa com finalidade que é a entrevista, ele deve ser o facilitador de abertura de ampliação e de aprofundamento da comunicação.”Todas as entrevistas serão gravadas por meio de um gravador MP3 e transcritas na integra. 
7.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
 Minayo (2011) destaca que o foco principal em relação à análise e interpretação de dados na pesquisa qualitativa que “seu foco é, principalmente a exploração do conjunto de opiniões e representações sociais sobre o tema que pretende investigar.”
 Se tratando de pesquisa qualitativa não podemos desconsiderar dois aspectos relevantes, segundo Minayo (2011) “o primeiro deles diz respeito à ideia de que tanto a análise quanto a interpretação ocorrem ao longo de todo o processo.” O segundo fator colocado por Minayo (2011) “[...] em pesquisa qualitativa, às vezes, ao chegarmos na fase final, descobrimos que necessitamos retornar às partes das fases anteriores. ”
 Para a análise e tratamento do material, segundo Minayo (2011) “podemos subdividir esse momento em três tipos de procedimento: ordenação dos dados, classificação dos dados, análise propriamente dita.”
7.6 IMPLICAÇÕES ÉTICAS
 O Projeto de Pesquisa será submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa para aprovação. Todos os sujeitos envolvidos na pesquisa assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice A). Todos os procedimentos éticos serão adotados antes, durante e depois, considerando a Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde - CNS.
8 RESULTADOS ESPERADOS
 Com essa pesquisa, pretende-se demonstrar para a comunidade, profissionais de saúde e gestores, as contribuições do apoio matricial para a potencialização do processo de trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família, bem como a importância deste dispositivo que abre espaço para construção do trabalho interdisciplinar e multiprofissional de modo que fortaleça suas práticas e articulações com as redes, possibilitando um melhor acompanhamento do processo saúde, doença e intervenção de cada usuário. Diminuindo o percurso de encaminhamentos e aumentando o escopo de ações ofertadas pelas equipes de saúde da família.
9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA
	FASES DA PESQUISA
	MAR
2015
	ABR
2015
	MAIO
2015
	JUN
2015
	JUL
2015
	AGOST
2015
	SET
2015
	OUT
2015
	
Levantamento bibliográfico
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Leitura e fichamento de obras
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Elaboração do projeto de pesquisa
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Entrega do Projeto de pesquisa
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
-----------------------------
	NOV
2015
	DEZ
2015
	JAN
2016
	FEV
2016
	MAR
2016
	
	
	
	Apresentação no Seminário de Pesquisa Pré-Defesa
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa – CEP da UFAC
	 X
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação do roteiro de entrevista
	
	
	 X
	 
	
	
	
	
	Tabulação dos dados e Análise Qualitativa
	
	
	 X
	
	
	
	
	
	Ajustes e correções
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Defesa
	
	
	
	
	X
	
	
	
10 REFERENCIAS
ARCHANJO, Daniela Resende; ARCHANJO, Léia Resende; SILVA, Lincoln Luciano da.Saúde da Família na Atenção Primaria. Editora Ibpex, Curitiba, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília; 1990 Disponívelem:http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_principios.pdf. Acesso em: 11/04/2015. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) – MS, 2012 Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf Acesso em: 05 de maio de 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília. Ministério da Saúde, 1997. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd09_16.pdf. Acesso em: 11/04/2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: a clínica ampliada. Brasília, 2004. Disponível em:bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada.pdf
Acesso em: 01 de maio de 2015.
CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; AMARAL, Márcia Aparecida do. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a reforma do hospital. Campinas, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232007000400007&script=sci_arttext
Acesso em 01 de maio de 2015.
CAMPOS, Gastão Wagner de Souza. Saúde Paidéia. Editora Hucitec, São Paulo, 2003.
CAMPOS, Gastão Wagner de Souza. Manual de Práticas de Atenção Básica: saúde Ampliada e Compartilhada. Editora HUCITEC, São Paulo, 2008.
CAMPOS, Gastão Wagner de Souza; DOMITTI AnaCarla. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública v.23 n.2 Rio de Janeiro fev.2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/16.pdf> . Acesso em 12 de maio de 2015.
CUNHA, Gustavo Tenório. A Construção da clínica ampliada na atenção primária. São Paulo: Hucitec; 2005.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 05 de maio de 2015.
HYMANN, Hebert. Planejamento e análise da pesquisa: princípios, casos e processos. Rio de Janeiro: Lidador, 1967.
LEAL, Osvaldo et al. O percurso da saúde pública em Rio Branco: de sede do Departamento do Alto Acre à capital do Estado do Acre (Capitulo do livro Apoiando a gestão do SUS em Rio Branco). Rio de Janeiro: CEPESC, 2013.
LEVCOVITZ, Eduardo; LIMA, Luciana Dias de & MACHADO, Cristiani Vieira. Política de saúde nos anos 90: relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais Básicas. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 2001. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v6n2/7003.pdf. Acesso em 12 de maio de 2015.
MERHY, Emerson Elias. Saúde a cartografia do trabalho vivo. Editora Hucitec, São Paulo, 2002.
MINAYO, Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo-Rio de Janeiro: Hucitec; 1993.
MINAYO, Cecília de Souza; GOMES. Suely Ferreira Deslandes. Pesquisa social. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes; 2011.
Disponível em: http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S1413-81232007000400007&pid=S1413-81232007000400007&pdf_path=csc/v12n4/04.pdf
Acesso em: 01 de maio de 2015.
OLIVEIRA, Gustavo Nunes de. Apoio institucional: Orientações metodológicas para o trabalho do Apoiador da Política Nacional de Humanização. PNH. PNUD, 2011. Disponível em:www.saude.sp.gov.br/.../humanizacao/institucional/apresentacao_funcao
Acesso em: 05 de maio de 2015.
PEDRO, Mateus Felipe Otaviano. A função de apoio matricial como metodologia de produção de saúde. Assis 2013. Disponível em: 
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.politicaemsaude.com.br%2Fanais%2Ftrabalhos%2Fpublicacoes%2F021.pdf&ei=BblzVYWdDsqfgwSr3ICYCA&usg=AFQjCNE55vBMnY-XgqYqSTXRaeNN3--RSQ&sig2=GQ_Xe7XIAuNmGd-NFGJ86Q
Acesso em: 05 de maio de 2015.
PENIDO , Cláudia Maria Filgueiras. Análise Da Implicação De Apoiadores E Trabalhadores Da Estratégia De Saúde Da Família No Apoio Matricial Em Saúde Mental. Belo Horizonte, 2012. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:BJGT4IjEFiEJ:www.enf.ufmg.br/pos/defesas/668D.PDF+&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Acesso em 05 de maio de 2015.
SARRIERA, Jorge. Saúde comunitária: conhecimentos e experiências na América Latina. Editora Sulina, Porto Alegre, 2011. 
SOUSA, M. L. T. de; &Tófoli, L. F. Apoio Matricial na Estratégia Saúde da Família: Atenção e cuidados psicossociais em Saúde Mental. São João del-Rei, julho/dezembro 2012. Disponível em:https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=SOUSA%2C+M.+L.+T.+de%3B+%26+T%C3%B3foli%2C+L.+F.+Apoio+Matricial+na+Estrat%C3%A9gia+Sa%C3%BAde+da+Fam%C3%ADlia:+Aten%C3%A7%C3%A3o+e+cuidados+psicossociais+em+Sa%C3%BAde+Mental. Acesso em: 05 de maio de 2015.
VILELA, E. M. ; MENDES, I. J. M. Interdisciplinaridade e saúde: estudo bibliográfico. Revista Latina Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, V.11, n. 4, p. 525-531, jul./ago. 2003. Disponível em: www.revistas.usp.br/rlae/article/viewFile/1797/1844. 
Acesso em: 03 de maio de 2015.
VASCONCELOS, F. A.A inserção do nutricionista no Sistema Único de Saúde. In: TADDEI, J. A.; LANG, R. M. F.; LONGO-SILVA, G.; TOLONI, M. H. A. Nutrição em Saúde Pública. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2011. cap. 27.
APÊNDICE A ---TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
PROJETO DE PESQUISA: CONTRIBUIÇÕES DO APOIO MATRICIAL PARA O FORTALECIMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE
1. Apresentação
A pesquisa Contribuições do Apoio Matricial para o Fortalecimento do Processo de Trabalho das Equipes da Estratégia Saúde da Família, no Município de Rio Branco-Acre, tem por objetivo analisar as contribuições do apoio matricial para o processo de trabalho das equipes das Estratégias de Saúde da família. Os procedimentos metodológicos de coleta de dados são através de um roteiro de entrevista semi estruturada de caráter qualitativo. A população alvo é constituída pela a equipe que compõe o Centro Estadual de Formação de Pessoal em Saúde da Família José Alexandre Leite Leitão – Policlínica Tucumã e as equipes das Unidades Básicas de Saúde do Jardim Primavera, Mocinha Magalhães e Rui Lino. 
Trata-se de uma pesquisa em nível de Pós Graduação para Trabalho de Conclusão de Curso, realizada pelas pesquisadoras Kamilla Kimmay Lima Magalhães de Souza e Patrícia Mara Souza Sampaio e orientada pela professora MSc. Ana Flávia da Costa Nobre Angel, e para realizá-la, preciso de sua contribuição e, neste sentido, convido você a participar da referida pesquisa.
2. Esclarecimento
Esclareço que a sua participação na pesquisa consiste em responder um roteiro de entrevista com perguntas fechadas ou abertas, contendo dados de identificação aos quais visam obter subsídios para analisar e fazer uma descrição das contribuições do apoio matricial para o fortalecimento do processo de trabalho das equipes da Estratégia Saúde da Família, no Município de Rio Branco-Acre. Sua participação é voluntária, não haverá custos materiais ou financeiros para você, bem como não haverá remuneração pela sua participação. Você tem a garantia de plena liberdade de participação na pesquisa, podendo recusar-se a participar ou retirar seu consentimento em qualquer momento da realização da pesquisa, sem ter que justificar sua desistência e sem sofrer quaisquer tipos de coação ou penalidade.
A pesquisa não apresenta riscos aos participantes. O pesquisador garante manter o mais amplo, absoluto e irrestrito sigilo profissional sobre sua identidade durante e após o término da pesquisa. Desse modo, sua identidade pessoal e/ou profissional será excluída de todos e quaisquer produtos da pesquisa para fins de publicação científica. 
Os possíveis benefícios que você terá com a pesquisa são o esclarecimento cientifico sobre as contribuições do apoio matricial para o fortalecimento do processo de trabalho das equipes de saúde da família que façam parte da pesquisa.
Esclarecemos que os dados coletados serão utilizados única e exclusivamente para os fins previstos no Projeto de Pesquisa, os quais serão apresentados no Relatório de Pesquisa e que os resultados da pesquisa serão apresentados para efeito de titulação e os resultados poderão ser publicados em meios de comunicação científica, tais como eventos científicos, livro e/ou revista acadêmica, sempre resguardando sua identidade.
Você receberá uma via deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o qual terá a primeira página rubricada e a segunda página assinada por você e pelo pesquisador responsável.
Para maiores informações e esclarecimentos sobre a pesquisa e/ou seus procedimentos, você poderá entrar em contato com as pesquisadoras responsáveis Kamilla Kimmay Lima Magalhães de Souza e Patrícia Mara Souza Sampaio, pelo telefone nº (68) 9941-1325 ou 9975-5008 e e-mail kimmaypsi@gmail.com ou pa.ty.japa@hotmail.com. Você também poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Acre (CEP-UFAC) para solicitar todos e quaisquer esclarecimentos éticos que lhe convir sobre a pesquisa. O CEP-UFAC é localizado no Campus Universitário, Bloco da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, sala 26, telefone 3901-2711, e-mailcepufac@hotmail.com, Rio Branco-Acre, CEP 69.915-900.
Por fim, nós, Kamilla Kimmay Lima Magalhães de Souza e Patrícia Mara Souza Sampaio , declaro cumprir todas as exigências éticas contidas nos itens IV. 3, "a-h" e IV.5, "a" e "d", da Resolução CNS Nº 466/2012, durantee após a realização da pesquisa.
3. Consentimento
Eu, ________________________________________________________________, RG Nº _________________, CPF Nº ______________________, declaro que:
1- Li e compreendi o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
2- Tenho conhecimento que minha participação na pesquisa Contribuições do Apoio Matricial para o Fortalecimento do Processo de Trabalho das Equipes da Estratégia Saúde da Família, no Município de Rio Branco-Acre, é livre e espontânea.
3- Não terei nenhum custo e nem serei remunerado pela minha participação.
4- Posso desistir a qualquer momento como participante da pesquisa, sem ter que justificar minha desistência e nem sofrer quaisquer tipo de coação ou punição.
5- Não serei identificado nas publicações dos resultados da pesquisa.
Diante do exposto, aponho minha rubrica nas páginas 1 e 2 deste TCLE e minha assinatura abaixo, como prova do meu Consentimento Livre e Esclarecido em participar da pesquisa.
Rio Branco-Acre, _______ de ___________________ 201___.
_________________________________________________
Participante da Pesquisa
______________________________________________
Pesquisador Responsável
______________________________________________
Pesquisador Responsável
	Testemunhas:
1- ________________: _______________________________________________
 Nº do RG Assinatura legível (não rubricar) 
2- _______________: ________________________________________________
 Nº do RG Assinatura legível (não rubricar) 
_____________________________________________
Pesquisador Responsável
Rubricas:
APÊNDICEB --- ROTEIRO PARA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
TÍTULO DA PESQUISA:CONTRIBUIÇÕES DO APOIO MATRICIAL PARA O FORTALECIMENTO DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS PARTICIPANTES:
Data:______________________ Horário: ______________________________
Idade __________ Gênero:__________________________________________
1. Como foi participar da(s) reunião(s) destinada(s) ao apoio matricial? 
2. Descreva as atividades desenvolvidas durante os encontros com o apoio matricial?
3. Descreva o que mudou em seu contexto profissional ao participar do apoio matricial? 
4. Qual(is) profissional(is) desenvolve(m) o apoio matricial com sua equipe?
5. Como se sente participando das atividades desenvolvidas em equipes multiprofissionais?
6. Quais dificuldades você identifica para o apoio matricial?
7. Quais benefícios você identifica no processo de apoio matricial?
1

Mais conteúdos dessa disciplina