Buscar

O Olhar do Serviço Social sobre o NASF em Imbituba

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

16
		
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Curso Bacharelado em Serviço Social
VALDINÉIA FLOR DUARTE
 
(SES0470) 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL QUANTO A IMPLANTAÇÃO E PROCESSO DE TRABALHO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM IMBITUBA
IMBITUBA
2020
CIDADE
ANO
VALDINÉIA FLOR DUARTE
O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL QUANTO A IMPLANTAÇÃO E PROCESSO DE TRABALHO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM IMBITUBA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Marivone Mendonça – Orientador Local
IMBITUBA
2020
	O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL QUANTO A IMPLANTAÇÃO E PROCESSO DE TRABALHO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM IMBITUBA 
VALDINÉIA FLOR DUARTE
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por:
 ___________________________________________
Presidente: Prof. Marivone Mendonça– Orientador Local
 ____________________________________________
Membro: Marília Mendonça - Supervisor de Campo
 ____________________________________________
Membro: XXXXXXXXXXXXX - Profissional da área
IMBITUBA
Data da Realização da Banca
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus e a minha filha Isabela, pois ela foi um dos pilares que me sustentou para que concluísse o Curso de Serviço Social.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a minha tutora Marivone Mendonça pelo apoio e orientações e a equipe do NASF durante o período referente aos estágios.
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo geral descrever o processo implantação e de trabalho do Núcleo de Apoio da Saúde da Família no município de Imbituba. Seus objetivos específicos são explicitar a definição das áreas de abrangência dos NASF no Município de Imbituba; identificar o processo para definição da composição técnica e das áreas de cobertura das equipes dos NASF; reconhecer o processo de construção das competências dos membros da equipe técnica dos NASF e analisar as forças e as dificuldades vivenciadas no processo dos NASF no Município de Imbituba. Foram realizadas pesquisas bibliográficas e de campo para subsidiar a temática e questão. Por se tratar de uma estratégia inovadora, com poucas pesquisas realizadas na área, o estudo se torna ainda mais relevante, valorizando o trabalho desempenhado na política de saúde. Além disso, constrói mais um campo de trabalho para o Assistente Social, facultando uma inserção diferenciada do profissional na área de saúde. 
PALAVRAS-CHAVE: NASF; Saúde Pública; Serviço Social;
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................08
2.APRESENTAÇÃO DO TEMA ....................................................................................................08
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL ................10
4. JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................10
5. OBJETIVOS DA PESQUISA......................................................................................................11
5.1 Objetivo Geral............................................................................................................................11
5.2 Objetivos específicos.................................................................................................................11
6. METODOLOGIA DE PESQUISA...............................................................................................11
7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA....................................................................................12
7.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS...........................................................................................12
7.2. ANÁLISE DOS DADOS..........................................................................................................13
7.3. RESULTADOS........................................................................................................................13
7.4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................................................15
8. CONCLUSÕES..........................................................................................................................15
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
	A Atenção Primária em Saúde Pública no Brasil nos últimos 20 anos evoluiu, a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1990, quebrando o paradigma voltado para a reabilitação centrado nos princípios de universalidade, equidade e integralidade (CECÍLIO, 2001). 
 No percurso dessa evolução, um dos marcos foi o início da Estratégia de Saúde da Família, em 1994, embasado no Programa de Agentes Comunitários de Saúde, o qual se iniciou na Região Nordeste, em 1991.
 A principal característica inovadora da Estratégia de Saúde da Família foi mudar o foco de atenção da Assistência à Saúde do indivíduo para a família, para organizar os serviços de promoção da saúde, levando em conta o ambiente onde as pessoas vivem (FLORINDO, 2009). 
A disseminação dessa estratégia e os investimentos no que se denominou Rede Básica de Saúde trouxeram várias questões para debate em nível nacional, dentre as quais a forma de organização e hierarquização das redes assistenciais.
 A ideia era a imagem de uma pirâmide para atenção à saúde, pautada no conceito de complexidade crescente em direção ao topo, ocupado pelo hospital, tendo na base a rede básica, como porta de entrada do sistema de saúde (SILVA JÚNIOR; ALVES, 2007). 
A vivência dessa racionalidade formal não levava em conta as necessidades e os fluxos reais das pessoas no sistema; não assegurava a articulação dos serviços; não permitia a resolução dos problemas; dificultava a comunicação, o acolhimento, a escuta e a compreensão de diferentes valores e culturas.
 A proposta dos NASF mantém grande coerência técnica, mas é nova e suscita indagações como: o que são e para que servem os NASF? De que forma os NASF podem contribuir junto com as ESF para a promoção da saúde da população? Os NASF podem fazer matriciamento? Como implantar os NASF de forma a que essas perguntas sejam respondidas e objetivos dos NASF sejam cumpridos? 
	O grande problema a ser vencido é a quebra do paradigma do atendimento individual para propostas de ações coletivas. Para isso irá requerer motivação e treinamento dos profissionais que formarão as equipes dos NASF, assim como daqueles que compõem o Programa de Saúde da Família (PSF). Aponta também a necessidade de ampla discussão para que todos entendam o território da saúde como resultado de acumulação de situações históricas, ambientais e sociais, que promovem condições particulares para a produção de doenças.	
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
O percurso histórico da implantação do Sistema de Saúde Brasileiro tem basicamente quatro marcos, a partir do atendimento à saúde da população de caráter curativo e imediatista, centrado na figura do médico, hospitalocêntrico, sob a tutela da burocracia estatal que determinava quem, como e onde seria atendido cada indivíduo, se conseguisse atendimento, quais as enfermidades priorizadas e como seriam encaminhadas as questões pontuais em Saúde Pública, basicamente de forma verticalizada (SANTOS;CUTOLO, 2004). 
 As reivindicações sociais, consubstanciadas na Conferência Nacional de Saúde e legalizadas pela Constituição Federal de 1988, posteriormente regulamentadas pelas Leis Federais 8080/90 e 8142/90, fizeram surgir o primeiro marco histórico do Sistema de Saúde – a implantação do Sistema Único de Saúde, cujos princípios doutrinários e organizativos foram universalidade, equidade, integralidade, regionalização, hierarquização, descentralização administrativa e participação popular (BRASIL, 1990a, b; PEREIRA et al., 2003).
 Para estruturar, propiciar o funcionamento organizacional e ordenar de maneira específica os processos de trabalho do SUS, surge o segundo marco histórico, em 1994, representado pelo Programa de Saúde da Família (PSF). Sua proposta é a identificação das situações que afetam a vida familiar, cuja solução vai além das possibilidades do setor saúde. 
A Estratégia de Saúde da Família propõe mudança do objeto de atenção, valorizando o núcleo familiar. Muda também a forma de atuação, promovendo a integração entre a população e as equipes de saúde; altera a organização geral dos serviços, integrando os diversos níveis de atenção; prioriza as ações de promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos, independente de faixa etária, sadios ou doentes, de forma integral e contínua.
 Para tanto, estruturam-se as Unidades de Saúde da Família (USF) com equipe multiprofissional, que assume a responsabilidade por uma determinada população (BRASIL, 2000).Com base no conceito de territorialização, o Ministério da Saúde buscou aperfeiçoar a ação institucional do setor saúde alterando a organização dos serviços. 
Era necessário levar em conta as necessidades e os fluxos reais das pessoas, usuários e profissionais, dentro do sistema de saúde. Diferente do que se admitiam os profissionais que compunham as ESF, mesmo que tecnicamente preparados, não podiam dar conta e valorizar todos os problemas que lhes eram apresentados nas situações de atendimento, embora o sistema admitisse que devessem resolver os problemas mais simples e encaminhar os mais complicados.
 Esta premissa não reconhecia a especificidade e a complexidade do trabalho desenvolvido nas USF (SILVA JÚNIOR; ALVES, 2007). São criados os NASF pelo Ministério da Saúde, em 2008, quarto marco histórico do sistema de saúde, preconizando o sistema de apoio matricial, por reconhecer a necessidade de viabilizar o suporte técnico em áreas específicas para equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde (BRASIL, 2008).
A principal diretriz dos NASF é a integralidade do cuidado em saúde, compreendida sob três aspectos: a abordagem integral do indivíduo em seu território, com garantia de cuidado longitudinal; a organização das práticas de saúde integrando ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura e a organização do sistema de saúde, garantindo acesso às redes de atenção conforme as necessidades da população (BRASIL, 2009b).
O Ministério da Saúde fez publicar as Diretrizes do NASF com detalhamento normativo de todas as ações (BRASIL, 2009b). Apesar disso, cabe a cada município definir o processo de implantação de seus NASF, obedecendo à territorialização, o que se constitui em desafio a ser vencido na busca de assistência à saúde com qualidade. 
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL. 
	A atenção primária à saúde tem como atributos essenciais o acesso de primeiro contato do indivíduo com o Sistema de Saúde, a continuidade e a integralidade da atenção, assim como a coordenação da atenção dentro do sistema (BRASIL, 2009a). 
Para operacionalização desses atributos, foi criada a Estratégia de Saúde da Família, como porta de entrada prioritária do Sistema de Saúde, que é consubstanciada pelo Programa de Saúde da Família (PSF), cuja operacionalização se faz pelas Equipes de Saúde da Família (ESF). Sem dúvida, o PSF vem provocando, de fato e de direito, importante movimento de reorientação do modelo da atenção à saúde no país.
 No entanto, são necessários arranjos tecnoassistenciais para viabilizar o acompanhamento horizontal, pois ainda se observa baixa capacidade de resolver problemas. A causa é o fato de as ESF se depararem com uma série diversificada de situações e agravos à saúde, os quais podem exigir maior complexidade do atendimento (SILVA JÚNIOR; ALVES, 2007). A situação que se afigura e tem alta relevância é o debate sobre o processo de implantação dos NASF, obedecidas às características próprias de cada município e, no município, de cada território. Assim construímos como problema de pesquisa a seguinte questão:
Como foi implementado e como se configura o processo de trabalho do Núcleo de Apoio à Saúde da Família para exercerem papel de apoio à estratégia de Saúde da Família e o processo de territorialização, a partir da atenção básica em Imbituba? 
4. JUSTIFICATIVA
	Para discutir a construção, desconstrução e reconstrução que os Núcleos de Atenção à Saúde da Família representaram, é primordial não perder de vista a razão de sua criação, os aspectos essenciais à inserção dos profissionais do NASF no matriciamento e o próprio conceito de NASF. 
Os NASF foram criados para apoiar as equipes de saúde da família na rede de serviços, ampliando a abrangência e o escopo da atenção primária, além de qualificar o trabalho das equipes (BRASIL, 2008). 
 Desde a criação do Sistema Único de Saúde e, posteriormente do Programa de Saúde da Família, toda hierarquização da atenção à saúde centrava-se no médico dentro do hospital. Com a criação das ESF, a essas equipes atribuiu-se o valor social de grande monta, em virtude da quebra do paradigma.
Assim sendo, parece pertinente o surgimento de uma resistência por parte desses profissionais em relação à aparente maior valia dos membros dos NASF, posto que lhes coubesse apoiar e qualificar aqueles que, até recentemente, gozavam de certa hegemonia na relação com a população. 
 Considerando o que preconiza o Ministério da Saúde, a inserção dos profissionais dos NASF na rede de saúde tem como pré-requisitos o reconhecimento do perfil epidemiológico da população e da prevalência de problemas relacionados a cada área de atuação, bem como a capacidade de mobilização dos profissionais de saúde que compõem as ESF. 
Neste sentido o presente projeto justifica-se mediante a necessidade de reconhecer o processo de implementação e de trabalho do NASF, no contexto da política de Atenção Básica.
5. OBJETIVOS 
A seguir enunciam-se o objetivo geral e específicos da pesquisa
5.1 OBJETIVO GERAL
Descrever o processo implantação e de trabalho do Núcleo de Apoio da Saúde da Família no município de Imbituba. 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Explicitar a definição das áreas de abrangência dos NASF no Município de Imbituba.
· Identificar o processo para definição da composição técnica e das áreas de cobertura das equipes dos NASF. 
· Reconhecer o processo de construção das competências dos membros da equipe técnica dos NASF.
· Analisar as forças e as dificuldades vivenciadas no processo dos NASF no Município de Imbituba.
6. METODOLOGIA DE PESQUISA
Este estudo será desenvolvido com um estudo descritivo, com base em documentos construídos em obediência ao modelo lógico dos NASF, proposto pelo Ministério da Saúde. O estudo descritivo será realizado no município de Imbituba com a Equipe do NASF e profissionais da Atenção Básica. 	 
 	A primeira fonte de dados esteve constituída por Leis, Portarias e Diretrizes relativas aos Núcleos de Apoio de Saúde da Família, submetidas à análise para contextualizar a proposta de implantação dos NASF. A segunda fonte de dados foram as Atas de Reuniões das equipes que compunham os NASF, analisando-se as forças e dificuldades vivenciadas no processo de implantação. 
Os dados serão analisados a partir do marco legal do modelo proposto pelo Ministério da Saúde para os NASF, a partir do qual foram realizadas as adaptações necessárias,identificada nas reuniões com os membros contratados para compor as equipes técnicas. 
 
7. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
Primeira Ação: Identificar o processo de implementação do NASF
Segunda Ação: Reconhecer a organização técnica da Equipe 
Terceira Ação: Analisar as possibilidades e limites do processo de trabalho do NASF 
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
	Este trabalho tem como objetivo apresentar o processo de Estágio Supervisionado Curricular I, II e III, sendo este aplicado na Secretaria de Saúde de Imbituba, no Núcleo Ampliado de Saude da Familia – NASF AB que está inserida dentro do município de Imbituba, atendendo as equipes da Saúde da Família e a equipe de atenção básica para a população especifica. Através das observações, foi possível conhecer e realizar o levantamento das demandas existentes. Desta forma, este processo possibilitou analisar e identificar a demanda mais solicitada pelos usuários, bem como a área de concentração e a temática a ser desenvolvida, de modo que foi possível auxiliar e contribuir no enfrentamento das necessidades básicas desta população.
	Os instrumentos que foram utilizados durante o período de estágio foram à base que se adquiriu durante o andamento do curso de Serviço Social, a utilização destes é preponderante para o profissional. O uso dos instrumentais técnico-operativos pode ser visto como uma estratégia para a realização de uma ação na prática profissional, onde o instrumental e a técnica estão relacionados em uma unidade dialética, refletindo o uso criativo do instrumental com o uso da habilidade técnica, ou seja, este uso dos instrumentos nos leva a uma reflexão sobre a prática, fazendo com que sejamos criativos e ao mesmo tempo coerentes com nosso código de ética, que nos guia em nosso dia a dia de trabalho.
	Durante o período de estágio foram empregados os seguintes instrumentais: visita domiciliar, entrevista, parecer, relatório, acolhimento, diário de campo, acompanhamento familiar, escuta sensível e intervenção.
7.2 ANÁLISE DOS DADOS
Durante os estágios realizados no Nasf foi possível observar a rotina diária e verificar o trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar que é constituída por 01 coordenadora, 01 Assistente Social, 01 psicólogo, 01 nutricionista, 01 educador físico, 01 médico psiquiatra, 01 médico pediatra, 01 farmacêutico, 01 médico ginecologista e 04 fisioterapeutas.
O NASF é uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de forma integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes. 
A intervenção do NASF deve priorizar o apoio matricial as equipes da ESF, mas também as intervenções coletivas de promoção, prevenção e acompanhamento de grupos sociais em vulnerabilidade (ANDRADE, et al, 2011,p.19). 
De acordo com a Portaria n° 154, existem duas modalidades de NASF: 
O NASF 1, composto por no mínimo cinco profissionais com formação universitária, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, ginecologista, profissional da educação física, médico homeopata, nutricionista, médico acumpunturista, pediatra, psiquiatra e terapeuta ocupacional. Cada um desses NASF deve estar vinculado a um mínimo de oito e máximo de 20 equipes de ESF, exceto nos estados da Região Norte, onde o número mínimo passa a ser cinco. 
O NASF 2 deverá ter no mínimo três profissionais, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional, e se vincular a no mínimo três equipes de ESF. 
Segundo Andrade. et al (2012) apesar das diferentes formações profissionais das equipes, é necessário alto grau de articulação e compartilhamento de ações no âmbito da unidade de saúde, mas principalmente a interdisciplinaridade no processo de trabalho e na capacidade de cuidado de toda a equipe, tanto em termos dos profissionais da ESF como os do NASF.
	O trabalho efetuado pela Assistente Social deve ser voltado para a população como um todo. Percebe-se que grande parte dos usuários atendidos encontra-se em situação de vulnerabilidade social, desta forma o Serviço Social contribui para a melhoria da qualidade de vida do cidadão através de orientação, esclarecimentos e encaminhamentos necessários. 
7.3 RESULTADOS
	VISITA DOMICILIAR: Durante o primeiro estágio abordamos as famílias para identificar as vulnerabilidades a serem trabalhadas, no segundo estágio foram realizadas visitas as famílias com o objetivo de propor a estas famílias que participassem das palestras e grupos de Educação em Saúde. Neste segundo momento conseguimos conhecer melhor estas famílias, pois criamos um vínculo maior devido ao tempo que dispomos junto a elas.
	ENTREVISTA: Durante o período em que trabalhamos com entrevistas, dispusemos de diversas formas para executá-las, visto que a cada situação precisávamos estudar e conhecer as famílias com quem iríamos conversar para elaborar melhor nossos questionamentos.
	RELATÓRIOS: Durante o processo de estágio estes relatórios nos serviram para anotar e relatar nosso período de trabalho obtendo assim subsídios para provar, por exemplo, que cumprimos com nossa carga horária exigida para o estagiário.
	PARECER: Durante o período de estágio utilizamos este instrumento para informar onde estes pareceres expuseram as razões pelas quais alguns destes usuários estavam em descumprimento das condicionalidades do programa.
	DIÁROS DE CAMPO: Durante o estágio utilizamos este instrumento para registrar nossas atividades realizadas, a fim de demonstrar o desempenho obtido com este trabalho. Também o utilizamos para refletir nosso trabalho, rever nossas ações.
	ACOMPANHAMENTO FAMILIAR: Utilizamos este instrumento durante o estágio II, pois acompanhamos denúncias de idosos morando sozinhos; famílias que não queriam dispor de cuidados ao idoso. Neste período foi possível perceber que este acompanhamento traz consigo, não somente um acompanhar, mas demanda que se tenha objetivo e principalmente uma base, uma teoria onde possamos oferecer algo que estas famílias realmente estejam buscando, por isso é necessário aliar a isso também escuta sensível e observação, para obtermos melhor desempenho.
	ESCUTA SENSÍVEL: Como foi exposta, a base de um trabalho com sensibilidade não está nas literaturas, mas no conhecer a população com quem trabalhamos suas condições e capacidades, mas isto somente é possível com um trabalho desprendido de preconceitos e juízos preconcebidos. Trabalhar com sensibilidade nos possibilita entrar no íntimo das famílias, pois estas quando bem atendidas e acolhidas se mostram confiantes em nosso trabalho e com isso abrem suas vidas a novas possibilidades, nos oportunizando conhecê-las em seu verdadeiro sentido.
	INTERVENÇÃO: Então entendemos que uma intervenção é a ação que o profissional faz na expectativa de mudar uma atitude, uma comunidade, um indivíduo ou apenas uma ideia. Esta intervenção pode ser a mudança em uma sociedade inteira e pode partir de apenas um indivíduo sim, apenas precisamos começar, pois este trabalho é mesmo de mínimos que se tornarão máximo, mas não hoje, amanhã, em um futuro que esperamos influenciar e mudar.
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
	Ao longo da história da política de saúde, a intervenção dos assistentes sociais refletiu seu processo de amadurecimento, ampliando inclusive sua inserção nos diferentes níveis de complexidade do SUS. Durante essa trajetória, o profissional passou a ter maior importância na política de saúde, fato que exigiu do profissional, em inúmeros momentos, resistência e luta para a manutenção de um sistema universal, público, gratuito e de qualidade. 
	Portanto, a atuação do Serviço Social no NASF deve partir da compreensão de que o direito à saúde se faz pela promoção da cidadania, efetivando o direito à saúde. E asações junto às equipes de saúde da família, deve voltar-se para articulações intersetoriais, educação, mobilização em saúde e formação de redes de proteção social, como forma de provocar mudanças significativas nos serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito à melhoria do atendimento e as respostas às necessidades de saúde.
	O NASF vem desde sua criação ganhando legitimidade como espaço que pretende apoiar as ESF realizando ações pela perspectiva da interdisciplinaridade, integralidade e intersetorialidade. Nessa lógica o Serviço Social entra nesse espaço com o objetivo de trabalhar com os usuários e as ESF os determinantes sociais na saúde, promoção da cidadania, realizando articulações intersetoriais, educação, mobilização em saúde e formação de redes de proteção social.
	No NASF, passamos a estar mais presente em maior número da APS e os desafios para a atuação profissional nesse novo campo tornaram-se mais evidentes, passando pela defesa da categoria para o profissional ser inserido na equipe mínima da ESF, pela lógica do matriciamento e pela crítica ao papel de paramédico.
 	Para além desses desafios, porém, vivenciamos novos subsídios para ampliar a atuação visando atender aos princípios do SUS: da universalidade, do acesso, da integralidade da assistência, do acesso à informação e da defesa ao direito à saúde dos usuários. 
8.CONCLUSÕES 
	Os estágios proporcionaram resultados positivos, pois se verificou que o NASF é uma ferramenta fundamental para potencializar a integralidade do cuidado, a resolutividade da atenção primária à saúde e também do SUS, intervindo na geração dos encaminhamentos desnecessários e promovendo a discussão da formação dos profissionais de saúde.
	Como vimos, o NASF surge como apoio as ESF e consigo traz o Assistente Social, profissional capaz de trabalhar com questão social nas suas mais variadas expressões, e atuarem na defesa dos direitos sociais, visando qualificar a atenção à saúde e melhorar a sua resolutividade.
	O desenvolver deste trabalho possibilitou conhecer a atuação do Serviço Social no NASF via as demandas que chegaram e o processo de trabalho nesses espaços e a organização do NASF no município de Imbituba. No entanto, consideramos que por se tratar de uma estratégia inovadora, vários desafios deverão ser superados e que a prática do assistente social deve estar pautada nos fundamentos teórico-metodológicos, ético-politico e técnico-operativo, possibilitando assim, que o profissional estabeleça um olhar crítico para o enfrentamento da realidade, realizando juntamente com toda equipe e com os sujeitos políticos envolvidos, estratégias criativas e inovadoras.
	
	
REFERÊNCIAS
BARCELLOS, C.; ROJAS, L. I. O território e a Vigilância da Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV: Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde – Proformar – Unidade de Aprendizagem I, Módulo III, 2004. 
BRASIL. Lei nº. 8080/90. Brasília: Diário Oficial da União, n. 182, p. 18055-18059, 20 set. 1990a, seção I. 
BRASIL. Lei nº. 8142/90. Brasília: Diário Oficial da União, p. 25694, 31 dez. 1990b, seção I. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Programa de Saúde da Família. A implantação da unidade de saúde da família, Caderno I. Brasília: Ministério da Saúde. 2000. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 154 de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família. Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF. Disponível em:<http://dtr2004.saude.gov.br/dab/nasf.php>. Acesso em: 08 de setembro de 2020. 
 
_1156253328.bin
 
_1156253328.bin
 
 
 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci
 
Curso Bacharelado em Serviço Social
 
 
 
VALDINÉIA FLOR DUARTE
 
 
 
 
(SES0470) 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
 
O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL 
QUANTO A IMPLANTAÇÃO E PROCESSO 
DE TRABALHO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM 
IMBITUBA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMBITUBA
 
2020
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
VALDINÉIA FLOR DUARTE 
 
 
(SES0470) 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
O OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL QUANTO A IMPLANTAÇÃO E PROCESSO 
DE TRABALHO DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) EM 
IMBITUBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMBITUBA 
2020

Continue navegando