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Processo produtivo do extrato de tomate Jacqueline de Oliveira, Acadêmica do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial (EPA), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) – Campus de Campo Mourão jacque.engprodagro@gmail.com Naiara Altemari Vaz, Acadêmica de EPA, UNESPAR – Campus de Campo Mourão naiaraaltemari@hotmail.com Andrea Machado Groff, Professora do Curso de EPA, UNESPAR – Campus de Campo Mourão andrea_groff@hotmail.com Resumo: O tomate é um fruto altamente perecível, devido ao elevado teor de água presente em sua composição, frágil para colheita e para movimentação logística, o que pode ocasionar perdas pós-colheita significativas. O processamento permite a obtenção de produtos que podem ser conservados por mais tempo e permite a obtenção de diversos produtos como o extrato de tomate. O extrato de tomate é obtido a partir da concentração da polpa madura do fruto e visa reduzir a quantidade de água, tornando o produto menos perecível e, principalmente, de fácil manuseio. Neste contexto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de descrever o processo produtivo do extrato de tomate, desde o recebimento da matéria-prima até a obtenção do produto acabado. A partir da realização do trabalho, concluiu-se que o processamento industrial do tomate, além de deixar o produto viável para outros usos, é útil inclusive para evitar perdas pós-colheita; e que o controle da qualidade realizado ao longo do processamento, é essencial para garantir a saúde do consumidor e a qualidade do produto. Palavras-chave: Processamento; Descrição; Tomateiro. 1. Introdução O tomate (Lycopersicum esculentum Mill.) é um fruto rico em licopeno, um importante antioxidante responsável por conferir a cor avermelhada a esse (FERREIRA, 2004; CARVALHO; PAGLIUCA, 2007), e também é uma excelente fonte de vitaminas A, B e C, além de sais minerais, fósforo, ferro, potássio, magnésio e cálcio (EMBRAPA, 2014). Contem elevado teor de água em sua composição (94,5%) (FERREIRA, 2004; SILVA et al., 2006) o que o torna altamente perecível, frágil para a colheita e para a movimentação logística, o que pode ocasionar perdas pós-colheita significativas, tanto em quantidade como em qualidade (Gameiro, 2007 apud CAPUTO et al., 2015). O processamento industrial do tomate permite a obtenção de produtos elaborados como catchup, molhos, sopas, sucos, extrato e outros, que podem ser conservados por mais tempo, se comparados ao fruto in natura (CARLSON et al., 2007). A cadeia produtiva do tomate industrial apresenta relevância econômica para a indústria alimentícia e o setor do agronegócio, em escalas nacional e mundial fornecendo produtos prontos para o consumo e insumos para outras cadeias produtivas (BARACAT, 2018). O conhecimento de processos produtivos dos produtos é importante e faz parte das áreas de atuação da Engenharia de Produção, descritas pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção – ABEPRO (2008). A Gestão de Sistemas de Produção e Operações é uma das subáreas da Engenharia de Operações e Processos da Produção (ABEPRO, 2008) voltada aos projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa (GONÇALVES, 2017), já a subárea Gestão de Sistemas de Produção e Operações, na qual se encaixa o presente artigo, segundo a Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA (2014), tem como função coordenar e controlar o processo produtivo, visando a satisfação dos clientes por meio da provisão de bens e serviços que possuam alguma utilidade. Neste contexto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de descrever o processo produtivo do extrato de tomate, desde o recebimento da matéria-prima até a obtenção do produto acabado. Nas próximas seções serão apresentadas a fundamentação teórica, a metodologia, a descrição do processo produtivo e as considerações finais. 2. Fundamentação Teórica O tomateiro se desenvolve em condições de clima variado como tropical, subtropical e temperado, por isso pode ser cultivado em diferentes regiões (SILVA et al., 2006). Pode ser cultivado tutorado quando o destino é o consumo direto (tomate de mesa) e não tutorado quando é destinado ao processamento (tomate industrial) (MAKISHIMA; MELO, 2005). As plantas de crescimento indeterminado ou semi- determinado, são tutoradas para evitar seu contato com o solo, minimizando assim os problemas relacionados às doenças que atacam folhas e frutos já as plantas das cultivares, cujos frutos são destinados à industrialização, param de crescer durante a frutificação e com o peso da haste se apoiam no solo, sendo este cultivo chamado de rasteiro (MAKISHIMA; MELO, 2005). A indústria de processamento de tomates exige frutos completamente maduros, com coloração vermelho intenso, sem impurezas, livres de sintomas de pragas e doenças, contudo, várias doenças podem acometer o tomateiro, comprometendo sua produtividade e qualidade (CPT, 2010). Os grandes problemas que atingem a plantação do tomate industrial são as lagartas do tomateiro, que comprometem o rendimento e propiciam a introdução de fungos, comprometendo a qualidade e, consequentemente, o valor econômico do produto industrial (HOFFMAN et al., 1991). Os principais produtos do processamento industrial do tomate são o extrato concentrado e os molhos prontos, que são obtidos a partir do fruto inteiro ou em pedaços (CARVALHO; PAGLIUCA, 2007). O processamento industrial passa por diversas etapas, como o recebimento, lavagem, seleção, trituração, tratamento térmico, despolpamento, refinamento, evaporação, pasteurização, envasamento e resfriamento (SANTOS, 2014). O extrato de tomate é obtido a partir da concentração da polpa madura, que visa reduzir sua quantidade de água, tornando o produto menos perecível e, principalmente, de fácil manuseio (CAPUTO et al., 2015). Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (2005) o extrato de tomate pode ser definido como o produto obtido da polpa de frutos do tomateiro, devendo conter, no mínimo 6% de sólidos solúveis naturais de tomate, podendo ser adicionado de sal e/ou açúcar. De acordo com Santos (2014), o extrato de tomate é o produto resultante da concentração da polpa de frutos maduros selecionados, sãos, sem pele e sementes, por processo tecnológico adequado, podendo ser designado também como massa de tomate ou concentrado de tomate. 3. Metodologia O presente artigo foi realizado no período de Maio a Junho de 2019, como requisito da disciplina de Fatores de Produção Agropecuária, do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, Campus de Campo Mourão. Devido aos objetivos principais deste trabalho, o método de abordagem adotado foi o qualitativo. Segundo Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento e a compreensão do estudo em questão. Quanto aos meios, esta pesquisa classifica-se como documental e bibliográfica. Documental devido à utilização de documentos normativos; e bibliográfica, pois, foi desenvolvido com base em materiais já elaborados (FONSECA, 2002). Quanto aos fins, esta pesquisa classifica-se como descritiva. Triviños (1987) define a pesquisa descritiva, como aquela que busca descrever brevemente os fatos e fenômenos da realidade a ser estudada, portanto esta definição enquadra-se na abordagem do trabalho, que buscou descrever brevemente as etapas que compõe o processo produtivo do extrato de tomate. 4. Descrição do Processo Produtivo do Extrato de Tomate Para o processo de produção industrial do extrato de tomate Mansano et al. (2008) sugerem as seguintes etapas: recepção, seleção, lavagem, apara, enxágue, trituração, separação da polpa, evaporação, mistura, cozedura, homogeneização, pasteurização, enchimento e estocagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do processo produtivo do extrato de tomate. FIGURA 1 – Fluxograma do processo produtivo do extrato de tomate. Fonte: Adaptado de Mansano et al. (2008). 4.1 Recepção Na etapa de recepção, os tomates chegam à plataforma de recepção da indústria, em caixas padronizadas e, em seguida passam por uma pesagem que é anotada e, ao fim do processo, utilizada para a determinação do rendimento final do produto (MOMM, 2012). Após a pesagem, os tomates podem ser enviados para os tanques de lavagem por meio de canaletas com água ou esteiras, como pode ser observado na Figura 2, ou descarregados em tanques simples, repletos de água, onde aguardam o momento de serem encaminhados para as linhas de produção (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). FIGURA 2 – Condução dos tomates ao lavador. Fonte: Mendonça (2017). 4.2 Seleção Na etapa de seleção é feita a classificação dos frutos, retirando-se os contaminados, muito amassados e/ou machucados a fim de garantir a qualidade do extrato de tomate (MOMM, 2012). Os tomates serão selecionados manualmente em esteira provida de roletes rotativos (Figura 3) que faz com que estes girem facilitando, assim, o processo de seleção (Tecalim, 2008 apud MOMM, 2012). FIGURA 3 – Seleção dos tomates. Fonte: Noronha (2015). Os frutos destinados ao processamento deverão apresentar coloração vermelho- intensa, ser uniformes, sem pedúnculo, fisiologicamente desenvolvidos, maduros, limpos, livre de danos mecânicos e fisiológicos e de pragas e doenças (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). A presença de frutos com defeitos é tolerada dentro dos limites estabelecidos pela Portaria nº. 278, de 30 de novembro de 1988, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (EMBRAPA, 2003). Os frutos reprovados no processo de classificação não poderão ser aproveitados, nem mesmo no processo de apara, sendo devolvidos ao produtor rural ou destinados para a alimentação de animais ruminantes (PEREIRA et al., 2017). 4.3 Lavagem Após a seleção, os frutos são enviados para a lavagem que compreende, normalmente, duas fases: a de imersão e a de aspersão. Na imersão, os frutos são transportados para um tanque d’água onde ocorre a remoção das sujeiras mais visíveis, como terra e areia (MOMM, 2012). Na aspersão (Figura 4), são transportados para um segundo tanque, no qual permanecerão por um período mais longo, a fim de remover as sujeiras que mais fortemente aderidas (FERREIRA; DOMINGOS; BARBOSA, 2013). Para esta lavagem, utiliza-se água clorada (6 a 8 ppm de cloro residual livre) para diminuir a carga de microrganismos existentes (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). FIGURA 4 – Lavagem por aspersão dentro do tanque. Fonte: Noronha (2015). Após a lavagem, a água que foi utilizada é bombeada com caminhões vácuo para caminhões tanque, transportada e destinada para uma Central de Gerenciamento de Resíduos Industriais, que dará a destinação correta (AMBIENTAL, 2015). 4.4 Apara A operação de apara segundo Lucas, Silva e Doro (2007), consiste no aproveitamento das partes boas dos frutos que foram separados no processo de seleção, retirando-se a porção estragada do fruto, enquanto que a porção boa é enviada para o processo produtivo do extrato de tomate (MOMM, 2012). A apara é realizada manualmente, de maneira a assegurar a total retirada das partes estragadas (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). 4.5 Enxágue No processo de enxague dos frutos, após a lavagem de aspersão, uma esteira transporta os tomates e, ao mesmo tempo os fazem rolar sob uma série de aspersores de água a alta pressão que retiram a água suja e os restos de impurezas aderidas, como pode ser observado na Figura 5 (MOMM, 2012). A água a ser utilizada nesta fase deve, obrigatoriamente, ser clorada na base de pelo menos 5 ppm de cloro residual livre (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). FIGURA 5 – Enxague dos tomates. Fonte: Lucas; Silva; Doro (2007). 4.6 Trituração Segundo a definição do dicionário Aurélio (2002), triturar significa reduzir a pequenos pedaços. Ao concentrar a polpa de tomate, se houver pedaços do fruto demasiadamente grandes, estes pedaços não irão se desfazer, o que afetará o rendimento final do (EMBRAPA, 2014). O processo de trituração tem a função de triturar o fruto para reduzir seus pedaços e assim proporcionar um maior rendimento e eficiência na concentração da polpa (Tecalim, 2008 apud MOMM, 2012). O equipamento de trituração consiste de um cilindro, alojado dentro de uma câmara, que tem facas, dentes ou martelos fixos e também, inseridos em toda a sua volta, facas, dentes ou martelos complementares aos primeiros que, girando, provocam a ruptura dos frutos, como pode ser observado na Figura 6 (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). FIGURA 6 – Trituração dos tomates. Fonte: Trituramax (2016). No processo de trituração, o equipamento deve estar bem regulado a fim de que não quebrar as sementes, pois estas afetam negativamente a textura do produto e dificultam o processo de separação da polpa (Tecalim, 2008 apud MOMM, 2012). 4.7 Separação da polpa Após a operação de trituração, o produto triturado passa pela despolpadora, onde a a polpa do tomate é separada da pele e das sementes. Segundo Knoblich, Anderson e Latshaw (2005 apud Silva, 2017) as cascas e as sementes compreendem cerca de 2 a 5% da massa total processada e, normalmente, são utilizadas como subprodutos para a alimentação animal ou descartadas. Há estudos com o objetivo de desenvolver estratégias para utilização destes (SILVA, 2017), o que pode proporcionar a redução de gastos com o descarte e o aproveitamento de compostos (Lavelli; Torresani, 2011 apud SILVA, 2017). 4.8 Evaporação A prática de evaporação para concentrar o extrato de tomate proporciona maior estabilidade à deterioração microbiana alcançada pela redução da atividade da água, diminuição de custos de elaboração, armazenamento e transporte decorrentes da grande redução de peso e de volume (ELY; LAKUS; BRINQUES, 2001). A polpa crua é muito líquida para ser empregada sem ser concentrada e precisa ser evaporada até atingir a consistência desejada, antes de ser enlatada ou usada para o preparo de extrato (ELY; LAKUS; BRINQUES, 2001). 4.9 Mistura Depois da operação de evaporação, a polpa de tomate é transferida para um recipiente dotado de um agitador e uma camisa de aquecimento, para facilitar a dissolução dos ingredientes que vão ser adicionados (açúcar, sal, entre outros) (PALET, 2012). As quantidades dos ingredientes, bem como os tipos de especiarias adicionados à polpa, dependem da indústria (PALET, 2012). 4.10 Cozedura Depois da operação de mistura, o produto passa por uma cozedura, que tem como função, realizar um tratamento térmico no produto (RAB, 2010). Assim, os microrganismos patogênicos e deteriorantes que se encontram num recipiente hermeticamente fechado, são destruídos e é criado um ambiente no interior da embalagem, que não suporta o crescimento de microrganismos termófilos que sejam mais resistentes (RAB, 2010). 4.11 Homogeneização A homogeneização serve para retardar ou minimizar a eventual sedimentação das partículas em suspensão, é efetuada homogeneizadores sob alta pressão (PALET, 1012). O concentrado é forçado a passar por de orifícios muito finos à pressão de 70 a 100 atm a uma temperatura de 65º C, de modo a fragmentar finamente os sólidos em suspensão (PALET, 1012). A viscosidade do concentrado é aumentada e o mesmo adquire uma textura mais suave (PALET, 1012). Algumas indústrias costumam homogeneizar o produto passando-o em moinhos coloidais (PALET, 1012). 4.12 Pasteurização A cozedura ao qual o produto foi submetido, não é suficiente para controlar os microrganismos, assim, a pasteurização é fundamental para estabilizar o produto sob o ponto de vista microbiológico, visto que este processo destrói os microrganismos que deterioram o produto (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). A pasteurização é um tratamento térmico dado aos alimentos com a finalidade de destruir espécies microbianas vegetativas de modo a oferecer ao consumidor um produto seguro, com vida útil aceitável, pois é um processo que envolve o aquecimento a uma dada temperatura que vai destruir e reduzir substancialmente os microrganismos causadores de doenças e de deterioração (SGANZERLA, 2010). A temperatura de pasteurização e o tempo de duração utilizados dependem da carga de contaminação do produto e das condições de transferência de calor (SUCUPIRA et al., 2012). Com este tipo de tratamento térmico, as características sensoriais e o valor nutritivo dos alimentos são minimamente afetados (SUCUPIRA et al., 2012). 4.13 Enchimento Após a pasteurização efetua-se o enchimento e capsulagem das respectivas embalagens, que são despaletizadas e enxaguadas com água quente (50˚C) para remover partículas sólidas (SGANZERLA, 2010). Os produtos industrializados derivados de tomate podem ser encontrados nas diversas embalagens como metálicas, vidro e cartonada (DATAMARK, 1996). Em algumas empresas, o produto é despejado diretamente, por gravidade, para as garrafas que foram lavadas e escaldadas segundos antes do enchimento. Na maioria das fábricas, o molho é transferido da máquina finalizadora para um recipiente com camisa, que se encontra acima da máquina de enchimento e onde é aquecido até quase o ponto de ebulição, antes de ser engarrafado (SGANZERLA, 2010). Um cano curto, direto, liga o recipiente de aquecimento à máquina de enchimento, de modo a que o extrato arrefece muito pouco ao ser transferido para a embalagem (SGANZERLA, 2010). O enchimento das embalagens flexíveis é feito por máquinas dosadoras automáticas ou semi-automáticas a temperatura de aproximadamente 90º C para se obter um bom vácuo (ELY; LAKUS; BRINQUES, 2001). Nas pequenas indústrias a colocação e aperto das tampas é manual, sendo automática nas grandes indústrias (ELY; LAKUS; BRINQUES, 2001). Há um tempo de espera para o calor pasteurizar o frasco antes de ser lavado (ELY; LAKUS; BRINQUES, 2001). 4.14 Estocagem As embalagens são acondicionadas em caixas de papelão, as quais devem ser identificadas com a data de fabricação e o lote para posterior controle, em seguida as caixas são empilhadas em estrados de madeira e enviadas para o armazenamento (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). O produto acabado deve ser armazenado em um ambiente limpo, seco e arejado, onde aguardará até o momento da expedição (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). 5. Controle de Qualidade do Extrato de Tomate O controle de qualidade dos produtos passou a ser essencial para a indústria de alimentos, sobretudo, no processamento de frutas e hortaliças, em que o gerenciamento das etapas produtivas busca evitar perdas e contaminações dos alimentos processados (FRANZEN et al., 2016). O controle da qualidade no processo produtivo do extrato de tomate, não se dá apenas no momento da seleção dos frutos, mas também ao longo do processo, no qual são efetuados testes para ver se o extrato se encontra de acordo com as normas estabelecidas pela legislação e especificações do produto, estabelecidas pela própria empresa (FERREIRA; DOMINGOS; BARBOSA, 2013). Algumas das análises são: acidez, salinidade, pH, sólidos solúveis, consistência, fungos, peso líquido, vácuo e cloro residual livre (água de arrefecimento) (LUCAS; SILVA; DORO, 2007). No momento de armazenar o produto final, também deve haver um zelo pela qualidade, armazenando-o em local adequado, ou seja, em ambiente fresco, seco e arejado, até o momento da expedição (EMBRAPA, 2003). 6. Conclusões A partir da realização do trabalho, concluiu-se que o processamento industrial do tomate, além de deixar o produto viável para outros usos, facilita a vida do consumidor e é útil inclusive para se evitar perdas pós-colheita. O controle da qualidade se torna indispensável em todas as etapas do processamento, desde o recebimento da matéria-prima até a concepção do extrato, a fim de garantir a qualidade do produto, atender as normas e padrões estabelecidos pela empresa e, principalmente, para preservar a saúde do consumidor e garantir sua satisfação. Observou-se também que as cascas e sementes podem ser utilizadas na produção de outros produtos e na alimentação animal. Referências AMBIENTAL, BR. Limpeza de tanques diminui riscos para o meio ambiente. 2015. Disponível em<: https://www.ambientalbr.com.br/noticia/limpeza-de-tanques-diminui-riscos-para-o-meio-ambiente>. Acesso em: 05 julh. 2019 ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005. Disponível em:< http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_272_2005_.pdf/40ddbf30-4939-403e-a9d1- fbab47ffc5bb> Acesso em: 31 mai. 2019 AURELIO, B de H. O minidicionário da língua portuguesa. 4ª ed. Rio de Janeiro: Ática, 2002. BARACAT, C. A. Percepção do consumidor a respeito da cor do molho de tomate industrializado. 2018. 83 f. Dissertação (Mestrado em Alimentos e Nutrição) – Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, São Paulo, 2018. 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