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Hipertensão Arterial - trabalho

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CAMPUS POÇOS DE CALDAS 
Curso de Medicina 
 
 
 
 
 
Camila Aparecida Silva Martins 
Elisa Saron Floriano 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas 
2021 
 
Camila Aparecida Silva Martins 
Elisa Saron Floriano 
 
 
 
 
 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
 
 
 
 
 
Trabalho entregue à disciplina de 
Introdução ao Raciocínio Clínico e 
Epidemiológico III como parte dos 
requisitos para a aprovação na referida 
disciplina. 
Orientação: Profa. Dra. Ângela Borges de 
Carvalho Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas 
2021 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica na Unidade Básica de Saúde 
O Sr Josué tem 49 anos, é negro, casado pela segunda vez, tem 3 filhos, 
motorista de ônibus. Foi rastreado pela Agente Comunitária de Saúde como 
suspeito de ser hipertenso e então, mesmo estando assintomático, foi agendado 
consulta na Unidade Básica de Saúde. Na consulta de enfermagem e 
posteriormente consulta com o médico, informou que “às vezes sentia tontura, 
mas achava que era por causa do fígado”, pois faz uso regular de bebida 
alcoólica. Como antecedentes pessoais relatou ser tabagista desde a 
adolescência, sedentário, já ter apresentado “colesterol alto”. Quanto aos 
antecedentes familiares informou que seu pai faleceu por Acidente Vascular 
Encefáico, apresentava Diabetes Mellitus tipo II e Hipertensão Arterial Sistêmica. 
Sua mãe faleceu por Infarto Agudo do Miocárdio aos 76 anos. 
No exame físico do Sr Josué, com 86kg, altura de 165cm, FC= 82bpm, 
constatou-se PA= 180/110mmHg (média de 3 medidas). 
Durante a consulta de enfermagem e do médico, ele teve a oportunidade de ter 
muitas dúvidas esclarecidas e recebeu informações muito importantes. 
Voltou para sua casa e seu trabalho bem motivado a iniciar e dar continuidade 
ao tratamento proposto. 
Ficou muito pensativo principalmente quanto às informações de riscos que a 
HAS traz a “órgãos-alvo”. Procurou priorizar tempo para realizar os exames que 
foram solicitados. 
1. Como a consulta de enfermagem pode contribuir para o cuidado integral 
em pacientes hipertensos? 
R: A Atenção Básica atua como o primeiro nível de atenção em saúde 
estabelecendo um contato entre o paciente e a profissional da saúde. Todavia, 
seu objetivo vai além dessa interação com a comunidade, posto que ela deve 
desenvolver estratégia de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos 
e realizar a manutenção da saúde. Assim, esse vínculo entre a equipe APS com 
os pacientes e seus familiares com hipertensão arterial é de extrema importância 
para a prevenção e o tratamento da enfermidade, principalmente com a consulta 
de enfermagem que permite realizar, de forma dinâmica, um cuidado 
humanizado. Além disso, possibilita compreender e explicar como os pacientes 
respondem aos problemas de saúde e aos processos vitais. Portanto, o 
enfermeiro pode ser considerado como um elemento de confiança no 
compartilhamento dos problemas e questões biopsicossociais. 
2. Elabore um plano de cuidados integral abordando os fatores de risco 
modificáveis para o Sr. Josué. 
R: É muito importante que as equipes da Estratégia Saúde da Família trabalhem 
na identificação e enfrentamento dos fatores de riscos modificáveis das doenças 
cardiovasculares, como a dislipidemia, tabagismo, etilismo, hiperglicemia, 
obesidade, sedentarismo e má alimentação. Assim, deve-se desenvolver ações 
educativas que favoreçam a redução de peso, a prática regular de atividades 
físicas, o combate ao uso de tabaco e redução das bebidas alcóolicas. Deve-se 
atentar também para as particularidades dos pacientes e a adesão ao tratamento 
farmacológico, quando for indicado, no sentido de modificar a morbimortalidade 
da população. 
3. Calculando o IMC do Sr. Josué, como ele seria classificado de acordo 
com as Diretrizes Brasileiras de Obesidade de 2016? 
R: Realizando os cálculos de IMC, podemos obter o resultado 31,59. Dessa 
forma, segundo as Diretrizes Brasileiras de Obesidade, o paciente encontra-se 
acima do peso ideal, classificando como obesidade do tipo II, ou seja, muito 
elevado, sendo necessário iniciar um tratamento multidisciplinar o mais rápido 
possível para não agravar ainda mais a doença com o surgimento de outras 
patologias relacionadas. 
4. Correlacione, do ponto de vista fisiopatológico, o desenvolvimento de 
AVC com os fatores de risco Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes 
Mellitus tipo 2 apresentado pelo pai de Sr. Josué. 
R: As doenças do coração, especialmente as que produzem batimentos 
cardíacos desregulados, aumentam o risco de AVC. As arritmias provocam uma 
corrente sanguínea irregular e facilitam a formação de coágulos sanguíneos 
dentro do coração, que podem chegar pela circulação nos vasos do cérebro, 
diminuindo o fluxo sanguíneo e causando um AVC. Dessa forma, os principais 
fatores de risco para a HAS e a Diabetes Mellitus tipo 2 relacionados com essa 
fisiopatologia são pressão alta, posto que acaba lesionando os vasos 
sanguíneos do cérebro; diabetes por causa da excessiva quantidade de açúcar 
no sangue; sedentarismo, já que a prática de exercícios físicos regularmente 
previne o desenvolvimento de quase todos os outros fatores risco; dislipidemias, 
haja vista que o colesterol (gordura) não consegue realizar o seu metabolismo 
adequadamente, acumulando na parede das artérias e impedindo a passagem 
de sangue e destruindo o tecido. Além desses, a literatura ainda acrescenta o 
tabagismo, já que as substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro 
passam dos pulmões para a corrente sanguínea e circulam pelo corpo, afetando 
todas as células e provocando diversas alterações no sistema circulatório; uso 
abusivo de álcool, posto que leva a hipertensão e níveis inadequados de 
colesterol no sangue e a não adesão ao tratamento. Muitos desses fatores são 
modificáveis, assim, a doença consegue ser controlada na maioria dos casos. 
5. “Colesterol alto” é um problema identificado com bastante frequência. 
R: A hipercolesterolemia (colesterol alto) é frequentemente detectada nas 
pessoas devido, principalmente, à alimentação inadequada em quantidade e 
qualidade, ou seja, alta ingestão de gorduras, açúcares e outros fatores 
relacionados como o sedentarismo, estresse e alterações metabólicas. Além 
disso, existem outros fatores do nosso dia a dia que interferem diretamente nos 
altos índices de colesterol no sangue, como obesidade ou sobrepeso, ou seja, a 
condição clínica encontrada no Sr. Josué que contribuiu para o elevado índice 
desse esteroide. 
6. Entendendo o COLESTEROL: o que é exatamente, quais as suas 
funções no organismo, qual a sua importância no nosso metabolismo? 
R: O colesterol é um lipídeo da classe dos esteroides biologicamente mais 
relevante, pois é o precursor dos hormônios esteroidais, ácidos biliares e 
vitamina D. Ademais, é um comporto químico essencial à vida, encontrado nos 
animais e é sintetizado pelo fígado no que se refere à maior parte que o 
organismo necessita e seu restante é adquirido através dos alimentos ingeridos. 
Na maioria das vezes essa substância é apresentada como algo ruim para o 
nosso organismo, todavia ela também possui funções muito importantes como 
ter participação fundamental na construção e manutenção das membranas 
celulares; participação na fabricação da bile e é através dos ácidos biliares o 
único meio significativo pelo qual o colesterol pode ser excretado; é fundamental 
no metabolismo das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K e é responsável pela 
síntese de hormônios esteroides. Contudo, mesmo sendo muito importante para 
o nosso organismo, o excesso de colesterol pode ser muito prejudicial, pois é 
fator de risco para diversas doenças cardiovasculares. 
7. Por que o colesterol elevado pode ser um problema para a saúde? 
R: Quando o colesterol nãoconsegue realizar o seu metabolismo 
adequadamente, ele se acumula na parede das artérias e posteriormente ocorre 
um entupimento, impedindo a passagem de sangue e destruindo o tecido. Assim, 
ele pode desencadear diversas doenças como doenças coronarianas como 
aterosclerose, além de causar hipertensão arterial, problemas de diabetes 
mellitus e formação de cálculos biliares. Além disso, o colesterol pode ter relação 
com o aumento da corrente elétrica no coração, causando arritmias cardíacas, 
mas esse efeito, segundo a literatura, é pouco conhecido. O que se pode afirmar 
é que o maior entrave dessa relação é de o predispor e aumentar a ocorrência 
de infarto do miocárdio, o qual frequentemente cursa com arritmias cardíacas 
graves. 
8. Explicando ao paciente: como você explicaria ao Sr. Josué por que o 
“colesterol alto” pode trazer problemas para a saúde? 
R: Primeiramente iria conversar sobre os fatores de risco preexistentes no 
paciente, ou seja, tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcóolicas, estresse 
e, principalmente, a hereditariedade, já que seus pais faleceram devido às 
doenças cardiovasculares. Além disso, seria necessário alertar que o valor ideal 
de colesterol é avaliado de acordo com o risco cardiovascular individual e que a 
sua pressão arterial está muito elevada, 180/110mmHg. Em geral, para pessoas 
com baixo risco cardiovascular são considerados normais níveis de colesterol 
total até 190mg/dl, de LDL (colesterol ruim) até 130mg/dl, e de triglicerídeos até 
150mg/dl. Já para as pessoas com alto risco cardiovascular, como é o caso do 
Sr. Josué, quanto menor o valor de colesterol circulante, melhor. Em seguida, 
explicaria que quando o metabolismo do colesterol não é feito de maneira 
correta, ele fica parado na circulação sanguínea e ocorre um entupimento das 
artérias, dificultando a passagem do sangue e gerando o famoso colesterol alto. 
Em decorrência disso, algumas doenças podem surgir, como as doenças 
coronarianas como aterosclerose, hipertensão arterial, problemas de diabetes 
mellitus e formação de cálculos biliares. Por fim, informaria que é muito 
importante cuidar da alimentação pois é um fator determinante para combater 
essas doenças, além de praticar exercícios físicos, mas que se fosse necessário 
utilizaria um tratamento medicamentoso também. 
 
Referências: 
 Diretrizes Brasileiras de Obesidade. Acessado em 17/04/2021. 
https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-
Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf. 
 LUDKE, Maria do Carmo Mohaupt Marques; LOPEZ, Jorge. Colesterol e 
composição dos ácidos graxos nas dietas para humanos e na carcaça 
suína. Cienc. Rural, Santa Maria, v. 29, n. 1, pág. 181-187, março de 
1999. 
 MALTA, Deborah Carvalho et al. Prevalência de colesterol total e frações 
alterados na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de 
Saúde. Rev. bras. epidemiol. Rio de Janeiro, v. 22, supl. 2, 
E190005.SUPL.2, 2019. 
 MAGALHAES, Fernanda Jorge et al. Fatores de risco para doenças 
cardiovasculares em profissionais de enfermagem: estratégias de 
promoção da saúde. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 67, n. 3, p. 394-
400, June 2014 . 
 
 
https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf
https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf

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