Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
……………….………………Imunologi�: Introduçã�……………………………….. Imunologia: Estudo dos mecanismos fisiológicos usados pelo homem e outros animais para se defenderem da invasão por outros organismos Imunidade: proteção contra doenças infecciosas. ➤ Tucídides: V a.C: Imunidade ➤ Chineses: Inalação do pó feito das lesões da varíola - “proteção” contra a doença. ➤ Lady Mary Worttleu Montagu (1721): Introduziu o método de imunização na Europa Ocidental a partir do contato de indivíduos com substâncias dessecadas de pústulas etc para imunizar. Edward Jenner (1798) Introduziu o termo vacinação: Mulheres que ordenhavam vacas, que quando estavam com lesões inflamadas, as mulheres inalavam o vírus da varíola e ficavam protegidas da forma grave da doença. Jenner inoculou o material da lesão (secreção) em crianças, desenvolvendo a doença de maneira muito branda. Semanas depois, realizou a inoculação a partir da lesão de mulheres que ordenhavam, e não apresentava mais a doença. O material que protegia a criança, era oriundo de dessecação ou de lesão leve. ➤ VACINAÇÃO: Procedimento pelo qual a doença (ou pelo menos acometimentos graves) é evitada pela exposição prévia ao agente infeccioso em uma forma que não cause a doença. IMUNIDADE INATA X ADAPTATIVA ➤ Inata Inespecífica, resposta rápida. Composta pelas células: Neutrófilos Macrófagos, Eosinófilos, Basófilos, NK, Células Dendríticas, Mastócitos (Granulócitos = Neutrófilo, Eosinófilo e Basófilo) ➤ Adaptativa Específica, resposta lenta. Linfócitos T e B(B vira plasmócito, faz anticorpos). T= Timico, células”apresentadoras” , “helper” e “citotoxicas” (CD4, CD8…), NKT. ➤ Para ocorrer diferenciação das células T e B nativas, é necessário estímulo infeccioso -> ocorrerá expansão clonal e assim desenvolvimento de células T e B de memória. (Células T nativas se tornarão T de memória que geram clone específico TCR. Células B nativas fazem células B de memória (Plasmócitos), que fazem anticorpos específicos. ➤ O Linfócito T precisa ser apresentada ao patógeno para ser ativada, geralmente pelas células dendríticas (APC - célula apresentadora de antígenos - majoritariamente às cel dendríticas que são profissionais nisso, e também macrófagos, porém estes tem maior papel na fagocitose e eliminação de patógenos através deste mecanismo) que capturam o patógeno e apresentam proteínas de superfície aos receptores do linfócito T. ➤ Linfócito T CD8 é capaz de eliminar células do corpo infectadas por patógenos geralmente vírus pois reconhece as estruturas dos mesmos e se liga a elas, por isso se chama CITOtóxico, pois mata células infectadas. ➤Linfócito TReg suprime linfócitos, regulando negativamente, para alcançar homeostase em infecções por ex ou em respostas auto imunes. ➤ O Plasmócito não tem mais “receptores”. Estes são secretados em forma de anticorpo. A B Naive tem receptores para serem diferenciados para os patógenos e assim se tornando Plasmócitos maduros e liberadores de anticorpos. Não necessitam de células apresentadoras. ................Imunidad� Inat� - Pa�t� I: Componente� � reconheciment� Inat�…............. Pele reveste órgãos externos, mucosa reveste órgãos internos A pele precisa ser rompida para se tornar porta de entrada para patógenos. A Barreira íntegra é mecânica. Mucosas são muito mais sensíveis a traumas e escarificações, então não são uma barreira física tão eficiente quanto a pele. Porém, as mucosas possuem diversas formas de barreiras mecânicas, como secreções, cílios… Também há a proteção química nestas barreiras a partir das glândulas que produzem substâncias como ác graxos, enzimas, que mate o pH ácido no estômago por exemplo. A lágrima possui lisozima que tem ação contra microorganismos. A microbiota normal, especialmente na pele e trato digestivo, e um pouco no trato respiratório superior, auxiliam na proteção. Mucosas são mais permeáveis, então, há microorganismos que conseguem fazer adesão à mucosa e assim romper a barreira mecânica da mucosa. (Precisam produzir ADESINAS). Há adesinas solúveis, como as dextranas que são polímeros de glicose que permitem adesão de bactérias da placa dentária, que pode evoluir para cárie e doença periodontal - As bactérias degradam a sacarose formando as dextranas, que aderem ao esmalte do dente e permitem a ligação das bactérias, que produzem ácidos, formando uma região mais ásperas permitindo a ligação de outras bactérias que não produzem dextrana, corroendo o esmalte e produzindo a cárie. Bactérias que produzem adesinas não são “lavadas” integralmente pelos fluidos corporais, podendo colonizar regiões como trato geniturinário, olhos e cavidade nasofaríngea oral. Isso também ocorre em mucosas que produzem muco através de células caliciformes, que fazem o ambiente ficar viscoso e com seus cílios não permitem a adesão de patógenos, porém ainda podem driblar isso com certas adesinas. Lisozima atua principalmente em bactérias gram positivas. Se o microorganismo vencer as barreiras, ocorre invasão do tecido, encontrando as células da imunidade inata. Os neutrófilos são atraídos para o tecido, os macrófagos são nativos do tecido. As células dendríticas migram para os tecidos para onde estão os linfócitos para apresentar os antígenos. NK e ILC são atraídas pelo processo inflamatório. A imunidade treinada é um conceito recentemente emergente que define a capacidade do sistema imunitário inato para formar a memória imune e para fornecer a proteção duradoura contra patógenos. ......…........…..........................Imunidad� Inat� - Pa�t� II….......…................…............. Inflamação, Fagocitose e outros mecanismos efetores Sinais cardinais da inflamação Calor Rubor Tumor (edema) Dor Perda da função A inflamação pode ser local, acometendo apenas um tecido regionalmente, ou sistêmica, que na forma grave apresenta a sepse, onde todos os efeitos da imunidade são sentidos em diversos órgãos sistêmicos de um indivíduo. O caso mais grave seria o choque séptico. Mediadores Inflamatórios Macrófago: Primeira célula residente a reconhecer o patógeno -> Libera mediadores inflamatórios. Podem ser Citocinas e Quimiocinas IL-1b, TNF-a, IL-6, IL-12 -> Liberadas pelos macrófagos IL-1B: Ativa o endotélio vascular, linfócitos, leva à destruição local de tecido e aumenta o acesso de células efetoras. Efeitos sistêmicos: Febre e produção de IL-6. TNF-a: Ativa o endotélio vascular e aumenta a permeabilidade dos vasos, o que leva à entrada aumentada de IgG, complemento e células, além de incrementar a drenagem de líquidos para os linfonodos. Efeitos sistêmicos: Febre, mobilização de metabólitos e Choque. IL-6: Ativação de linfócitos, produção de anticorpos aumentada. Efeitos sistêmicos: Febre, induz a produção de proteína de fase aguda. CXCL8: Fator quimiotático que recruta neutrófilos, basófilos e células T para o local de infecção. IL-12: Ativas células NK, induz a diferenciação de células TCD4 em TH1. Mastócitos: Liberam Aminas Vasoativas, que ficam armazenadas em seus grânulos - Histamina, Bradicinina, PAF, outras. (Os basófilos também liberam estas citocinas, porém, os mastócitos são células residentes, já os basófilos não são). Também liberam mediadores lipídicos neoformados durante sua degranulação - Prostaglandinas e Leucotrienos. Mediadores Inflamatórios de Origem Plasmática Sistema Complemento - Maior destaque: Amplifica reação inflamatória e dá grande auxílio a eliminação dos patógenos. Sistema de Coagulação Sistema fibrinolítico Sistema das Cininas Ação Local dos mediadores inflamatórios TNF-a, IL-1 e IL-6: Tríade inflamatória - Ativação do endotélio - Aumento da expressão de moléculas de adesão e aumento da permeabilidade vascular. Leva a adesão dos leucócitos ao endotélio e extravasamento de substâncias da circulação para o tecido de porta de entrada do patógeno. Recrutamento de leucócitos - Através de Quimiocinas ex: IL-8 - Recrutamento de neutrófilos (principais leucócitos circulantes) para o tecido invadido por patógenos. Recrutamento dos Leucócitos: Através de rolamento,devido as adesinas presentes no endotélio (selectinas), que formam ligações fracas, permitindo o deslocamento do mesmo por “rolamento” e depois se ligam as integrinas (alta afinidade) mantendo adesão estável e então migração através do endotélio - Chegando ao tecido invadido por patógeno para realizar sua ação microbicida. (A atração de células imunes para locais de inflamação através de quimiocinas/citocinas é chamada de QUIMIOTAXIA) O objetivo da inflamação local é proporcionar um ambiente para que as células sanguíneas e proteínas presentes no sangue (complemento, fibrinogênio etc) tenham um ambiente propício para a defesa contra patógenos. As citocinas inflamatórias caem na circulação e apresentam efeitos sistêmicos: IL-1, IL-6 e TNF-a podem exercer funções no fígado (Proteínas de fase aguda - C reativa PCR, manose e lectina ligante, com função de ativar o sistema complemento e opsonização), medula óssea (mobilização de neutrófilos para fagocitose), Hipotálamo (aumento da temperatura corporal para reduzir replicação viral ou bacteriana, aumentar o processamento antigênico e resposta imune específica), Músculos e gordura (mobilização de proteínas e energia para permitir aumento da temperatura corporal - função conjunta do hipotálamo) e células dendríticas (TNA-a estimula a migração das células para os linfonodos e maturação de linfócitos - início da resposta imune adaptativa): Fagócitos também produzem IL-12 localmente A IL-12 atrai NK, que em presença de IL-12 produz interferon gama. A Célula dendrítica que migrou para o tecido para apresentar os linfócitos TCD4 em presença de IL-12, induz um fenótipo inflamatório no CD4, produtor de citocinas inflamatórias principalmente INF-gama - TH1. Ao apresentar em presença de IL-12 ao CD8, induzem ao fenótipo inflamatório TC1, que também produz INF-gama. Paralelamente, pode aumentar a capacidade citotóxica de NK e CD8 ao apresentá-los em presença de IL-12. Mediadores Inflamatórios de Origem Plasmática Proteínas do Complemento Conjunto de proteínas encontradas no soro humano normal Produzem uma reação em cascata semelhante a coagulação quando ativadas A ativação da cascata resulta num acúmulo local de PMN, macrófagos e proteínas séricas (inflamação) Essas células, bem como os reagentes de fase aguda, participam da eliminação do microorganismo. O complemento se liga ao anticorpo ligado ao patógeno no caso da via clássica (anticorpo + complemento). O complemento se liga diretamente ao microorganismo na Via Alternativa, no caso da resposta imune inata. O complemento mais abundante no plasma é o C3. Este complemento sofre Hidrólise espontânea no plasma, se tornando C3b e C3a. Quando o C3b se liga na membrana de microorganismos, sofre mudança alostérica pelo fator D, onde o fator Bb é capaz de se ligar ao C3b agora clivado, se tornando C3 convertase (C3b +Bb). A C3b consegue se ligar a C3 convertase, que se torna C5 convertase (C3b + Bb + C3b) que é capaz de clivar a C5 plasmática em C5a e C5b, por fim, a última enzima sendo a efetora. MBL = Lectina ligante de manose. Opsonização: C3b ou IC3b (inativo): Macrófago se liga nele presente na bactéria e realiza fagocitose Lise Celular: MAC (C5b - C9) Inflamação por Anafilotoxinas: C3a e C5a -> São anafilotoxinas pois se ligam a receptores na superfície do mastócito, promovendo sua degranulação de Aminas Vasoativas (Histamina - vasodilatação + aumento da permeabilidade vascular; PAF - Ativação da fosfolipase A2: ação sobre fosfolipídeos de membrana com liberação de ácido aracdônico, que ao ser degradado forma uma série de substâncias sob a ação da fosfolipase). Substâncias Neo-formadas: Mediadores lipídicos - Prostaglandinas, Tromboxanas, Leucotrienos -> Vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, contração da musculatura lisa, broncoconstrição, quimioatraentes para neutrófilos, etc. Eventos Celulares da Inflamação 1. Fagocitose Ligação ao patógeno > Formação do fagossomo > Fagossomo se liga aos lisossomos iniciais da celula fagocitica > Formação do Fagolisossomo, essa interação promove degradação de componentes microbianos, levando a um abaixamento do pH > Morte do microorganismo. Mecanismos Microbicidas dos Fagócitos É necessária a obtenção de energia pela célula pela via das pentoses para produção dos mecanismos de eliminação fagolisossomicos. Os produtos da via das pentoses, como compostos reativos de oxigênio, são citotóxicos. Ou seja, os principais mecanismos são ROS (espécies reativas de oxigênio) e NO (óxido nítrico). Enzimas Proteolíticas Grânulos dos Neutrófilos Primários: Azurófilos - Mieloperoxidades, defensinas, Elastase (serino protease de amplo espectro) e catepsina G, enzimas necessárias ao killing. Secundários: Específicos - Lactoferrinas, Catelicidinas Terciários: Catepsina, Gelatinase, Fosfolipase, Lisozima. Neutrófilos utilizam a NET = Neutrophils Extracelular Traps. Extrusão de DNA e dos conteúdos dos grânulos formando filamentos extracelulares onde os microorganismos são presos e destruídos, mesmo que o Neutrófilo tenha sido morto. TLR são capazes de produzir INFs ….......….......…........…..........Órgã�� Linfóide�..…............…....................... Timo - forma e amadurece Linfócitos T Medula Óssea - forma e amadurece Linfócitos B Baço - Onde as células se instalam para desenvolver resposta imune Linfonodos - Onde as células se instalam para desenvolver resposta imune Sistema Linfático Formado por Vasos capilares: células endoteliais sobrepostas, sem junções e sem membrana basal. Linfa: Oriunda do líquido intersticial que drena para os capilares linfáticos as substâncias que penetram no organismo pelas vias parenterais que não tem comunicação inicial com o sangue. Órgãos linfóides primários ou geradores: Timo (LT) (T= Timo) Medula Óssea (LB) (B= Bone Marrow) Função: proporcionar condições de diferenciação e maturação fenotípica e funcional dos linfócitos expressão de receptores de antígenos específicos Órgãos linfóides periféricos ou secundários: Baço e Linfonodos População mista de LT e LB Função: Local onde ocorre a interação dos linfócitos naive com os antígenos estranhos Onde os linfócitos proliferam e se transformam em células efetoras da RI. LINFONODO Região cortical = T (timo) - Independente (folículos linfóides / Linfócitos B) Região paracortical = T (timo) - Dependente / Linfócitos T BAÇO Polpa Branca Bainha periarteriolar= T - dependente (LT) Folículo Linfóide = T - independente (LB) Zona marginal células B, funcionalmente distintas das B foliculares (BZM) Macrófagos Geração e Maturação dos Linfócitos Localização anatômica dos linfócitos em áreas distintas nos órgãos linfócitos periféricos Células T Naive - expressam receptor CCR7; liga-se a quimiocinas (CCL19 e CCL21) produzidas nas zonas T-dependentes (células estromais) OBS: células dendríticas ativadas na imunidade inata durante a migração e maturação passam a expressar o receptor CCR7 Células B naive - expressam receptor CXCR5; liga-se a quimiocina (CXCL13) produzida nas zonas T-independentes (DC folicular) Localização garante que cada população de linfócitos esteja em contato com as APCs apropriadas Vias de circulação dos linfócitos T (Homing ou endereçamento) Receptores de endereçamento (linfócitos) x Adressinas (céls. endoteliais) Entrada dos linfocitos naive nos orgãos linfoides secundarios HEV= venulas especializadas do endotélio alto (zonas de células T) L-selectinas (leucocitos) x Adressinas (HEV) Adressinas Linfonodos = CD34 e Glycam-1 MALT (Placasde Peyer) = MadCAM (explicação: aula órgãos linfóides 20 min) Migração de linfócitos B naive e efetores Linfócito B imaturo naive migra para o baço (periferia da polpa branca) onde amadurecem Penetram na polpa branca em resposta a quimiocina CXCL13 que se liga ao CXCR5 no linfócito B Linfócitos B foliculares naive maduros retornam a circulação e são endereçados aos linfonodos (CXCR5 + CXCL13) e tecidos linfóides da mucosa (CXCR5 e integrina alfa-4-beta-7 x MadCAM 1) A saída doslinfócitos B dos órgãos secundários também depende da interação S1P x S1PR Sistema Imune Cutâneo Camada basal de queratinócitos está em constante proliferação (barreira impermeável) Produzem peptídeos antimicrobianos (defensinas e catelicidinas) induzidos por TLR e NLRP3 Produzem constitutivamente pro-IL1b e pro-IL18 Radiação UV é capaz de ativar os inflamassomas (NLRP3) + produção de pro-IL1b e pro-IL18 ativas Citocinas (TNF, TSLP-linfopoetina estromal timica, IL1, IL6, IL18 e IL33 que promovem a inflamação; GMCSF e IL10) DC mais abundantes na epiderme = Langerhans (CD103/CD141) A pele humana normal contém muitas células T, 95% das quais possuem fenótipo de memória ILCs (células linfóides inatas) presentes na derme = resposta efetora Homing dos linfócitos cutâneos UVB -> pré vit D -> DC -> Vit D ativa V Linfonodo drenante da pele V expressão de CCR10 no LT ativado pela DC DC da pele e derme captam Ags e migram para os linfonodos drenantes A IL12 induz o ligante da E-selectina (CLA = ag de linfócito cutâneo) Outros sinais induzem CCR4, CCR8 e CCR10 Essas moléculas direcionam o linfócito efetor para a pele Tecido linfóide associado a mucosa As mucosas são barreiras finas e permeáveis -> principal porta de entrada de patógenos Epitélio interno = mucosa: secretam um fluido viscoso (muco) rico em glicoproteínas chamadas mucinas O muco previne a aderência de microorganismos no epitélio BALT - Associado aos brônquios NALT - associado à mucosa nasal GALT - associado ao intestino: Placas de Peyer e folículos linfóides isolados do intestino, apêndice, linfonodos mesentéricos e também tonsilas e adenóides No MALT são produzidas proteínas antimicrobianas a-defensinas: expressão constitutivas CRYPTIDINAS - produzidas pelas células de Paneth: são expressas por ativação de NOD2 REG3-gama - São expressas pela ativação de TLRs (PRRs de superfície) por PAMPs de microorganismos; expressão nos eritrócitos e nas células de Paneth Placas de Peyer Sítios de iniciação da resposta imune Tem grande número de folículos de células B com centros germinativos Pequenas áreas de células T interfoliculares São ricos em DC Epitélio com pequeno número de células especializadas - células M Células M não secretam enzimas digestivas ou muco e perdem a superfície espessa de glicocálix Via pela qual antígenos entram na placa de Peyer (presentes no intestino delgado) Folículos linfóides isolados Contém principalmente células B Só se desenvolve após o nascimento Epitélio contendo células M se sobrepondo ao tecido linfóide organizado Placas de Peyer e folículos linfóides isolado são conectados por vasos linfáticos para o linfonodo mesentérico drenante O sistema imune das mucosas - muitos linfócitos efetores mesmo na ausência de doença. No intestino células efetoras no epitélio e na lâmina própria epitélio: maioria é CD8 Lâmina própria: heterogênea, contém T CD4 e T CD8, plasmócitos, M0 e DC e ocasionalmente eosinófilos e mastócitos. Neutrófilos são raros. ILCs principalmente tipo 3 (resposta inflamatória e efeito de barreira) tipo 2 (proteção em infecções por helmintos) Captura de antígenos O intestino tem distintas rotas e mecanismos de capturar antígenos Captura e transporte de antígenos pelas células M DC são recrutadas em resposta as quimiocinas liberadas constitutivamente pelas células epiteliais Captura de antígenos do intestino pelas DC na lâmina própria DC são abundantes nas paredes do intestino principalmente na lâmina própria A motilidade das DC é aumentada em resposta a infecção bacteriana local A circulação dos linfócitos é controlada por moléculas de adesão tecido específicas e receptores de quimiocinas Linfócitos naives chegam nas placas de Peyer e LN mesentéricos por HEV Se encontram o antígeno no GALT, tornam-se ativados Todo linfócito T ou B ativado no intestino vai para a circulação e é atraído e retido de volta ao intestino delgado, formando uma circulação fechada DC do intestino na presença de TSLP expressam RALDH que converte VIt A em ac. retinóico. DC ao ativar o LT na presença de ácido retinóico este expressa a integrina (a4;b7) ligante de MadCAM (adressina) e CCR9 que se liga a CCL25 presentes no endotélio intestinal. Os linfócitos efetores voltam à própria lâmina. No cólon e glândula salivar, CCL28se liga a CCR10 atraindo LB produtor de IgA. Células dendríticas imaturas geram sinais co-estimulatórios fracos e induzem as T CD4 a se diferenciar em TReg ou TH3. ......................................Ontogeni� d�� Linfócit��...................................... Introdução: Células do sistema imunológico adaptativo Linfócitos Células capazes de reconhecer e distinguir de modo específico diversos contaminantes antigênicos = ESPECIFICIDADE MEMÓRIA Características dos Linfócitos T e B Receptores para o antígeno distribuído em clones Genes que codificam os receptores são formados por recombinação dos segmentos do DNA durante o desenvolvimento dessas células. V REPERTÓRIO ALTAMENTE DIVERSO Classes de Linfócitos Hematopoiese Ilhotas sanguíneas do saco vitelino Fígado entre o 3o e o 4o mês de gestação Medula óssea Nascimento: inicialmente todos os ossos mas vai se tornando restrita aos ossos chatos CTH = Hematopoietic stem cell (HSC) Marcadores CD34 e c-Kit Ausência de marcadores de linhagens específicas IL-7 Fator de crescimento para linfócitos (linfopoetina) Produzida na medula óssea e no timo LINHAGENS DE CÉLULAS T E B PRIMITIVAS Maturação de Linfócitos Evento central: expressão do receptor de reconhecimento de antígenos Processo regulado de expressão gênica Durante o processo, gera-se o repertório de receptores de Ags Nesse processo, são gerados linfócitos que reconhecem Ags estranhos, mas não Ags próprios. O comprometimento com a linhagem B é mediado inicialmente pelos fatores de transcrição EBF e E2A e subsequentemente pelo Pax5. O comprometimento com a linhagem T é mediado pelos fatores de transcrição Notch 1 em colaboração com GATA3. ID2 = comprometimento com ILCs. B FO = LB clássicos T aB = T clássicos CLI = ILCs ESTÁGIOS DA ONTOGENIA DE LINFÓCITOS Comprometimento das células progenitoras (opção pela linhagem T ou B) Rearranjo sequencial e ordenado dos genes do Receptor do antígeno Eventos de seleção Proliferação (progenitores e células imaturas em estágios iniciais específicos) Aquisição de Competência Funcional (diferenciação de T e B em sub-populações funcional e fenotipicamente distintas) Opção pela linhagem T ou B O comprometimento com a linhagem B é mediado inicialmente pelos fatores de transcrição EBF e E2A e subsequentemente pelo Pax5 O comprometimento com a linhagem T é mediado pelos fatores de transcrição Notch 1 em colaboração com GATA 3 ID2 = Comprometimento com células linfóides inatas (ILC) Pontos de Controle na Maturação dos Linfócitos ..................................Antígen�� � seu� receptore�................................. Imunógeno: substâncias que induzem a resposta imune interagindo com receptores dos linfócitos T ou B. É uma substância capaz de ligar em um receptor, ser reconhecida com especificidade por linfócitos T ou B, ativar estes linfócitos e gerar resposta imune através dos mesmos. Antígeno: substâncias capazes de se ligar especificamente ao receptor da célula B (mIg)/molécula de anticorpo ou ao receptor da célula T (TCR). Não conseguem ativar o linfócito em sua forma nativa, somente quando apresentadas ao receptor da célula de uma forma adequada. Microorganismos: São mosaicos de antígenos. Possuem estrutura complexa em que algumas moléculas de sua superfície ou mais interna compondo o mesmo, podem funcionar como antígenos. Macromoléculas: são antígenos solúveis. linfócitos B são capazes de reconhecer antígenos solúveis. Epítopo: porção da macromolécula ou da superfície de um patógeno capaz de se ligar ao receptor dos linfócitos. Podem ser: Lineares (1 sequência de aminoácidos da estrutura primária de uma proteína, apenas), Conformacionais (compostos de estruturas conformacionais de proteínasglobulares, que são reconhecidas por receptor de linfócitos B - reconhecem proteínas nativas) , Neo-antígenos (quando uma proteína é degradada por proteólise, uma sequência de aminoácidos clivada pode dar origem a operações conformacionais nas porções terminais no local da clivagem, promovendo alterações nas extremidades terminais, criando um epítopo onde antes não existia. Comum em alergias alimentares de alimentos processados) Antígenos solúveis Possuem vários epítopos, que podem ser repetidos ou não Multivalentes/Polivalentes: Polissacarídeos (peptideoglicano de bactérias gram +, ácido murmânico, n-acetilglicosamina e ácidos nucléicos. Não são fortes indutores da resposta imune. Podem induzir a resposta quando as unidades são repetitivas, capazes de se ligar em uma única célula causando o agrupamento dos receptores desta célula, causando sinal suficientemente forte para iniciar sua ativação. Proteínas globulares não são multivalentes: Os epitopos são geralmente conformacionais e são produtos das dobras da alfa hélice se juntando em determinadas regiões. Hapteno - Pequenas moléculas capazes de se ligar ao BCR (receptor de célula B/mIG) mas, por si só, não são capazes de ativar os linfócitos B. Precisam estar ligadas a um CARREADOR - proteína carreadora. Moléculas que se ligam a Antígenos Principais receptores PRRs (receptores para os PAMPs) -> Células da imunidade inata MHC de classe I e II -> Células nucleadas e APC TCR -> Linfócitos T ---------- Reconhecimento específico do Antígeno. O epítopo se liga perfeitamente ao receptor - especificidade. Cel T não é capaz de reconhecer antígeno solúvel, necessita de apresentação por MHC - não é específica para antígeno, mas como liga peptídeos processados nas células dendríticas, estando na APC, apresenta o peptídeo para o TCR do linfócito T. COMPLEXO TCR+Peptídeo+MHC. TCR só é capaz de ser ativado se o peptídeo do patógeno estiver em forma linear e ligado a uma molécula de MHC. Associação muito lenta e que demora muito tempo para ser dissociada (Alta afinidade). BCR/mIG -> Linfócitos B -------- Reconhecimento específico do Antígeno. O epítopo se liga perfeitamente ao receptor - especificidade. Se liga em macromoléculas, partículas e pequenos microorganismos. Associação rápida e “fraca” (Baixa afinidade). Moléculas apresentadoras de Antígenos As moléculas de MHC I estão presentes em todas as células nucleadas do organismo. No entanto, as APCs, além de possuírem MHC I, possuem de classe II também. OBS: Todas as células infectadas ou células tumorais que possuem sua estrutura de superfície alterada, sempre apresentam peptídeos oriundos ou pela alteração pelo vírus ou pelo tumor associadas a MHC I. O único Linfócito capaz de promover interação entre o complexo MHC I + Peptídeo, é o T CD8. No caso do Linfócito T CD4, este se associa a moléculas de MHC II, sendo apenas capaz de interagir com APCs (Células dendríticas - LTNaive, Macrófagos nos tecidos - reapresentação para LTEfetor, Linfócito B podem apresentar MHC II.) MHC I de CD8 se liga em alfa-3. MHC II de CD4 se liga em cadeia beta-2. Receptores específicos presentes na superfície dos linfócitos Reconhecimento do antígeno pelo Linfócito B Complexo BCR - Receptor de reconhecimento do linfócito B - Formado por Imunoglobulina - mIgM / mIgD (m = na membrana de superfície do LB) = reconhecimento - quem se liga na macromolécula - não possuem porção intracitoplasmática pois não fazem transdução. Ig-alfa/Ig-beta = Dímero expresso em associação com mIgM ou mIgD, não se ligam ao antígeno, mas são fundamentais para transdução de sinal para o interior da célula B e sua ativação - possuem porção intracitoplasmática para transdução. Mecanismo de ação conjunto - mIgM/mIgD ligam a macromolécula - movimentação na base ligada a membrana - estímulo de Ig-alfa / Ig-beta - Transdução do sinal - Ativação do LB. Reconhecimento do antígeno pelo Linfócito T O linfócito T se desenvolve no Timo - durante a ontogenia, para seu amadurecimento é necessário entrar em contato com as células apresentadoras do timo que expressam MHC I e MHC II. Quando ele se desloca para a periferia, só reconhece o complexo peptídeo + MHC. Quando a célula dendrítica captura um patógeno e migra para onde se localiza o linfócito T Naive, processa o patógeno e expressa na sua superfície peptídeos formando um complexo, para o linfócito T ser capaz de reconhecer. Reconhece apenas sequências lineares de aminoácidos. Reconhecimento requer uma célula que apresente o Ag associado a MHC. Complexo TCR (TCR + CD3/zeta) TCR = Formado por cadeia alfa e beta, reconhecimento de antígeno ao se ligar a patógenos. Complexo TCR - possui duas cadeias alfa-beta ligadas a uma outra molécula a qual realmente faz a sinalização, transduz o sinal para ativar os linfócitos T. Não possui porção intracitoplasmática. CD3/Zeta - Possuem cauda citoplasmática para ativar enzimas sinalizadoras para ativação do linfócito - apresentam ITAMs bem conservadas (motivos de tirosina ativadores de linfócitos) - onde as tirosinas quinases que promovem cascata de fosforilação para ativar ativar o linfócito, se ligam e são ativados. Co-Receptores em T Apresentação de antígeno via MHC I e MHC II requer ajuda para manter a interação das moléculas CD4 e CD8. Estas moléculas não se ligam ao antígeno e nem ao complexo peptídeo + MHC. Os Co-receptores NÃO são moléculas específicas para reconhecimento de antígenos. Estão envolvidas na interação com MHC durante a apresentação. CD4 só se liga e ativa linfócitos que estejam reconhecendo antígenos complexados a moléculas de MHC II. Se liga a cadeia beta do complexo TCR - Reconhecimento Molecular do Antígeno Ligação dos receptores aos antígenos A ligação é feita por forças não-covalentes: não são fortes. A interação forte depende que haja complementaridade perfeita entre o epítopo e a estrutura do receptor. Quanto melhor a complementaridade espacial do epitopo, mais próximo vai se encaixar no receptor e o maior número de ligações vai ocorrer, mantendo a especificidade da ligação só para o reconhecimento do linfócito que tenha um receptor bastante específico para aquela estrutura. Epítopos reconhecidos por B Composição: Proteínas, polissacarídeos, ácidos nucléicos. Determinantes Lineares ou Conformacionais. Tamanho: 4-8 resíduos de açúcares/carboidratos/aminoácidos - ligam-se ao receptor. Localização Superfície do antígeno. Epítopos reconhecidos por T Composição: Proteínas, Determinantes lineares. Processadas. Apresentação por MHC. Tamanho: 8 - 15 resíduos de aminoácidos. Número limitado - só os que se ligam ao MHC. Antígenos Timo Dependentes Antígenos protéicos - Proteínas, geralmente de forma linear, induzem resposta imune Timo dependente: Antígenos T-dependentes. Capazes de ativar os linfócitos T. OBS: Epítopos LINEARES = Linfócitos T. É necessária internalização do antígeno na APC para ser processado e assim serem gerados múltiplos peptídeos, um dos quais pode se ligar ao alelo de classe II, a APC irá migrar para o linfonodo e apresentar o complexo peptídeo + MHC para os linfócitos T CD4, e as células respondem ao epítopo peptídico imunodominante (o qual consegue se ligar na fenda do MHC logo de início). Epítopos CONFORMACIONAIS = Células B - Os linfócitos B2 são capazes de processar antígenos conformacionais em lineares, e apresentar MHC II com epítopos lineares em sua superfície, se tornando APC para T. Os B2 reconhecem epítopos proteínas globulares ou glicoproteicos (proteína associada a carboidratos). Antígenos Timo Independente São aqueles antígenos que NÃO apresentam estrutura protéica. Possuem epítopos REPETITIVOS, geralmente polissacarídicos, DNA, RNA, lipídicos. Capazes de se ligar a Igs idênticas em um Linfócito B - ligação simultânea em vários receptores de B: Este aglomerado de receptores produz um sinal bastante forte para que o antígeno leve a ativação e diferenciação no Linfócito B em célula secretora de anticorpos. Resposta característica de Célula B primitiva - B1. Exemplo - antígenos dos grupos sanguíneosABO. Fatores que influenciam na Imunogenicidade Relacionados ao Imunógeno Estranho filogeneticamente ao nosso organismo (PAMPs por exemplo) Tamanho Natureza química/Complexidade -Proteínas, Polissacarídeos, Lipídeos, Ac. nucléicos. Acessibilidade (efeito alostérico) Estado físico Dose Via de Administração - Parenteral (Intradérmica - ID, Intramuscular - IM, Intracerebral - IC, Subcutânea - SC) -> O que entra por essa via é recolhido pelo líquido intersticial nos vasos linfáticos pela linfa, e serão drenados para os gânglios linfáticos regionais -> Resposta imune celular. - Endovenosa (EV), Intraperitoneal (IP) -> Baço (chegada de antígenos em forma nativa -> reconhecimento por linfócitos B) -> Resposta imune humoral. Uso de adjuvantes Recruta APCs para os sítios de Inoculação Liberação gradativa de antígenos para APCs, por serem geralmente lipídicos, ficam retidos no local de inoculação. Sais de alumínio Usados na maioria das vacinas aplicadas em humanos Não recomendados para uso em animais de produção Depósito de sais de alumínio na carne e liberação no leite Poucas reações adversas - inflamação local branda >Pouco eficientes na ativação de resposta TH1 Não adequados para vacinas cujo objetivo é induzir respostas de células T CD8 (vacinas contra parasitas intracelulares >Ativa resposta TH2 - produção de anticorpos Ideal para indução de anticorpos neutralizantes - vacinas contra toxinas Indivíduos com tendência genética a alta produção de IgE - risco de alergias. Exemplos de adjuvantes Bases estruturais e químicas da especificidade antigênica Forças que ligam antígeno ao receptor e ao anticorpo são de curto alcance (não covalentes) É necessária a COMPLEMENTARIDADE Ag + Ac Complementaridade TOTAL = Forte, reação HOMÓLOGA Complementaridade PARCIAL = Ligação fraca, Reação CRUZADA - São muito prejudiciais na pesquisa de doenças através de anticorpos, por isso se deve identificar e quantificar as quantidades dos Anticorpos. Ativadores Inespecíficos de Linfócitos Moléculas que ativam os linfócitos por outros mecanismos provocando respostas inespecíficas - Mitógenos (mitose do linfócito) Ex: Lectinas, LPS, superantígenos. Superantígenos Ligam-se a regiões conservadas dos domínios V-beta-TCR dos LT e regiões não polimórficas MHC II da APC. Induzem a liberação de grandes quantidades de citocinas levando a uma síndrome clínica similar ao choque séptico. Ag normal ativa 0,1% dos linfócitos T. SuperAg ativa até 20% dos linfócitos T. Exemplos: Staphylococcus - Enterotoxinas A, B, C1, C2,C3, D e E - Toxina do choque tóxico (TSST). Toxina esfoliativa. Streptococcus - Exotoxina pirogênica A, B e C. MHC “Complexo Principal de Histocompatibilidade” Sistema onde está inserido o complexo onde ficam inseridos os genes que codificam as moléculas de MHC - aquelas que apresentam os antígenos para os linfócitos T. Linfócitos T dependem de MHC para amadurecer no Timo - A célula linfóide progenitora de T no timo rearranja seus genes de receptores no órgão, o que dita a capacidade de interagir inicialmente com as moléculas de mhc que compõem todas as células do estroma epiteliais do timo; Também no Timo, os linfócitos passam por uma “educação” para não reagir contra MHC próprio do corpo (autoimunidade). Para um linfócito T reconhecer um antígeno ele deve ser capaz de interagir com varios tipos celulares Todas as cels nucleares expressam MHC I MHC II somente em APCs Linfocitos T nao sao capazes de reconhecer antígenos solúveis, dependem do MHC CD4+ Naive - MHC II - Cel dendritica. CD4+ Efetor - MHC II - Macrofago, LB. CD8+ Naive - MHC I - Cél. dendrítica plasmocitóide. CD8+ Efetor - MHC I - Macrofago, Lb, célula hospedeira. O MHC é um complexo POLIGÊNICO (VÁRIOS GENES RESPONSAVEIS PELA CODIFICAÇÃO DESSA MOLÉCULA), altamente POLIMÓRFICO (CADA LOCUS PODE SER OCUPADO POR DIFERENTES ALELOS) que são expresso em CO-DOMINÂNCIA (A HERANÇA GENÉTICA VEM DO HAPLÓTIPO DA MÃE E DO PAI). Com isso, o repertório de células com MHC é altamente DIVERSO. Codificam moléculas de superfície celular especializadas na apresentação de petídeos antigênicos aos linfócitos T No homem, o MHC é designado complexo HLA - Human Leucocyte Antigens. Funções do MHC Rejeição a Transplantes Interações imunes = ligação a peptídeos antigênicos processados no interior de APCs (via exógena) ou células infectadas (via citosólica) e apresentação aos linfócitos T. MHC e transplantes Há grande polimorfismo intra-espécie e inter-espécies nas moléculas de MHC presentes nas células = Problemas de rejeição nos transplantes. Quando uma célula/tecidos são transplantados entre indivíduos que expressam diferentes alelos num ou mais loci de MHC, os LT do receptor reconhecem as moléculas MHC do doador como estranhas, levando à ativação do LT do receptor = ALO-REAÇÃO - REAÇÃO DE REJEIÇÃO ENTRE INDIVÍDUOS DE MESMA ESPÉCIE (NO CASO, A TRANSPLANTES). MHC e Resposta imune A importância do MHC na resposta imune contra agentes infecciosos - É dependente da apresentação de antígenos para os linfócitos T, ou seja, MHC é essencial para a ativação dos Linfócitos T. Os antígenos são reconhecidos pelo sistema imune inato, onde há endocitose do patógeno expressando PAMPs (macrofago processa, fagocita e elimina o patógeno na porta de entrada do mesmo - células dendríticas migram no local de armazenamento dos LT Naive enquanto processam os peptídeos do patógeno e expressar em forma de antígeno que migram para os MHC da superfície da célula). Expressam uma molécula chamada co-estimuladora. A ativação dos linfócitos T é dependente de um primeiro sinal que é dado quando o complexo peptídeo mhc se liga com o receptor do linfócito T. O segundo sinal se dá pelos co-receptores das células. O terceiro sinal é dado pelas citocinas que o próprio linfócito T depois de ativado secreta. Genética do MHC Todos os loci dos genes do MHC estão no complexo genético HLA. Localizam-se no braço curto do cromossoma 6 humano, numa extensão de cerca de 4000 kb de DNA. Os genes estão organizados em 3 regiões diferentes, que codificam 3 classes de moléculas. ATENÇÃO: Classe III não é molécula de superfície como MHC I e II. São produzidas substâncias solúveis que auxiliam de alguma forma na resposta imune. Classe I - Moléculas expressas na superfície de todas as células nucleadas do organismo, apresentação de antígenos peptídicos ao LTCD8. Classe II - Moléculas expressas nas APCs (macrófagos, células dendríticas e LB), apresentação de antígenos processados ao LTCD4. Restrição pelo MHC MHC classe I - ativa apenas TCD8 (resposta por Citotoxicidade) MHC classe II - ativa apenas linfócitos TCD4 (resposta T auxiliar efetor, porém pode apresentar diferentes fenótipos dependendo das condições as quais a célula é apresentada - TH1, TH2, TH17…) Classe III - proteínas solúveis com função imune, incluindo componentes do sistema complemento e moléculas envolvidas na inflamação. Moléculas de MHC I e II MHC I - Formada por uma cadeia Alfa associada à membrana da célula apresentadora, que se dobra em 3 domínios por pontes s-s, alfa 1, alfa 2 e alfa 3. O domínio alfa 3 se encontra associado a membrana da célula enquanto alfa 2 e 1 formam o local POLIMÓRFICO onde o peptídeo do patógeno se liga. Também há uma molécula B2-microglobulina, que não pertence ao complexo de MHC I, que só tem função de trazer estabilidade à molécula do MHC I. A porção alfa 3 não é polimórfica, pois o receptor CD8 se liga a região desta molécula, sendo comum à todas as células do organismo. As moléculas Alfa 1 e Alfa 2 são codificadas pelos genes polimórficos, e B2 microglobulina é codificada pelo cromossoma 15. MHC I - Interação com peptídeo As moléculas de MHC podem ligar-se a diferentes peptídeos (inespecificidade para epítopos). Os peptídeos apenas ficam ancorados. Apresentação e ativação apenas às células CD8 Fenda de ligação mais fechada, só permite a interação com peptídeos de 8 a 10 a.a. Ligação do antígeno às moléculas de classe 1: os peptídeos contém certos resíduos de a.a próximo dos terminais N e C -resíduos de ancoragem (gerados pelo immunoproteassomas). Associação peptídeo/MHC muito ESTÁVEL (horas/dias). genes clássicos da moléculas de MHC I: codificados nas regiões HLA-A, -B e -C, expressos em todas as células nucleadas genes não clássicos da molécula de MHC I: codificados em regiões adicionais de genes HLA-E, -F, -G e -H, que também codificam moléculas de classe I. Expressos em células específicas Papel específico na imunidade Ex: A expressão do HLA-G no citotrofoblasto está implicado no reconhecimento do feto como não estranho (não rejeição pelos LTc maternos). MHC II - Formada por 2 cadeias, uma Beta e uma Alfa. Ambas possuem regiões de transmembrana, presentes apenas em APCs profissionais. Sua região polimórfica possui uma molécula B1 e A1 associadas por ligação s-s. O domínio B2 é constante em todas as moléculas de MHC, tanto I quanto II. A cadeia alfa 2 é associada a membrana e alfa 1 é o domínio polimórfico associado a b2. O receptor CD4 se liga na região de B2. Genes clássicos de MHC II - Codificados nas regiões HLA-DP, DQ e DR - genes que geram estruturas proteicas que formam as moléculas de classe II. As duas cadeias das moléculas MHC II são codificadas pelas regiões DP, DQ e DR. Genes não clássicos de MHC II - COdificados em regiões adicionais de genes - Molécula não clássica melhor estudada - HLA-DM, que tem um importante papel na apresentação de antígenos aos LTh. MHC II - Interação com peptídeo Apresentação às células CD4 (linfócitos T helper) - ligação no domínio b2. Fenda aberta- Permite o peptídeo ligar-se para além das extremidades. Liga-se a peptídeos com 13 a 18 a.a. Ligação do antígeno às moléculas da classe II: Os peptídeos contém resíduos de ancoragem distribuídos ao longo do peptídeo. Genes presentes na região de Classe II Na região da Classe II também são codificadas outras proteínas que contribuem para o processamento e apresentação antigênica TAP-1 e TAP-2 - transporte de peptídeos para o RER, como parte da via endógena/citosólica. Tapasina/TAP (TAP binding protein) - medeia a interação MHC I e TAP, ERAP= Aminopeptidase cliva o peptídeo diminuindo o seu tamanho (associada ao RE). LMP (Low Molecular Weight Protein) - sub unidades de proteassomas, modificam o padrão de clivagem de proteassomas aumentando a produção de peptídeos que podem se ligar ao MHC I. Ativaçã� � diferenciaçã� d� Linfócit�� T
Compartilhar