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Dandara Leal, 2021. Patologia Patologia Técnicas Histopatológicas A Patologia pode ser estudada por procedimentos convencionais ou por novos instrumentos de estudo. Os procedimentos convencionais referenciam-se a análise macro e microscópica. As tecnologias como PCR e ELISA também podem ser utilizadas. Existem três procedimentos convencionais: Citopatologia Anatomopatologia Necrópsia. Citopatologia - secreções Cito -> células; Pato -> doenças; Logia -> estudos Métodos: - colheita de secreções - raspagem ou escoriações de superfícies - lavagem e coleta de líquido - aspiração - líquidos eliminados naturalmente - PAAF ( Punção Aspirativa por Agulha Fina) Coleta através de espátulas cervicais, swabs, escovas cervicais e PAAF. Exemplo de PAAF: punção de tireóide Utiliza-se ultrassom para localizar o nódulo. Penetrar a agulha na lesão. Puxa-se o êmbolo para remover o líquido. Coloca-se o material em uma lâmina, fixa e cora. Então encaminha para ser analisada. As células estarão em meio líquido. Pode ser utilizado ultrassom na coleta ou não. Eco-Doppler é uma funcionalidade da ecografia (ou ultrassonografia, muitas vezes abreviado para ECO) que permite avaliar o fluxo dos vasos sanguíneos, e nos casos para coleta é utilizado para marcar os vasos sanguíneos. Para fixação é utilizado um meio para conservar o material, usa Álcool Etílico 90%. O Papanicolau na citologia utiliza o swab. Classificação de Papanicolau: - Classe 0 -> material inadequado ou insuficiente - Classe I -> normal - Classe II -> atipias celulares, porém não associado a malignidade - Classe III-> duvidoso para malignidade - Classe IV -> sugestivo mas não conclusivo para malignidades - Classe V -> positivo para malignidade Anatomopatologia Patologia cirúrgica é o estudo anatomopatológico de órgãos ou suas partes, retirados cirurgicamente (biópsia ou peça cirúrgica). Tecido removido Os exames anatomopatológicos são realizados através da análise de fragmentos de tecido ou órgão retirados por meio de biópsias, cirurgias, endoscopias, punção aspirativa com agulha grossa, necrópsias, entre outros. O estudo desses fragmentos permite Dandara Leal, 2021. análises macro e microscópicas com o objetivo de estabelecer o diagnóstico, avaliar fatores histopatológicos prognósticos e as margens cirúrgicas. Modalidades: - Material incluindo blocos de parafina; - Biópsia por congelação. Mais frequente a inclusão em parafina. Para coloração utiliza Hematoxilina-eosina. Muito utilizado para estudos. O exame histopatológico é precedido de um procedimento cirúrgico. Biópsia incisional: remove parte da lesão e área marginal de tecido normal para comparação; maior parte da lesão continua no paciente indicar o tratamento mais adequado. Biópsia excisional: retira-se toda a lesão, com pequena margem de tecido normal, como segurança que nada ficou no paciente. Peça cirúrgica: retirada total ou parcial de um órgão; constitui-se tratamento cirúrgico de doenças variadas, neoplásicas ou não; podem ser simples (por exemplo: vesícula biliar) ou compostas/radicais (mama+ linfonodos axilares+ músculo). Fatores a serem considerados: clínica do paciente, idade e lesão. Fixação do material: Formol 10% 6 a 10 vezes o volume da peça, recipiente frasco boca larga e fechado ( formol volátil). Requesição: dados do paciente, informes clínicos relevantes, resultados de exames complementares e hipótese diagnóstica. É visualizado camadas de tecido bem organizadas, diferente do citopatológico. Puncão por agulha grossa: rápida, fácil de realizar, com anestesia loca, dispensa internação, diminui os custo. Biópsia por agulha grossa (Core biopsy). A biópsia de fragmento com agulha ou core biopsy consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que da PAAF, acoplada a uma pistola especial. O procedimento é realizado com anestesia local e geralmente se retiram vários fragmentos de alguns milímetros. Esse é geralmente o tipo de biópsia preferido se houver suspeita de câncer de mama, próstata e para biópsia de medula óssea. Etapas da técnica histopatológica Remove o tecido ( cirurgia) preenchimento de requisição + exames complementares. Mandar para a recepção do laboratório para cadastro. Análise macroscópica, clivagem, processamento laboratorial, análise microscópica e laudo do patologista. Requisição preenchida com letra legível, informando o nome, prontuário, sexo, idade e cor do paciente. Identificação da peça enviada. Resumo da sua história, suspeita clínica. Data e assinatura com CRM do solicitante.. Clivagem do material: estação de clivagem ou na bancada do laboratório; cassete com o melhor fragmento. Processo laboratorial - Autohistotécnico. - Desidratação - Diafanização - Impregnação - Inclusão ( molde para inclusão + parafina histológica) - Micrótomo ( cortar em micras o bloco) - Corte no banho-maria (pescagem) - Desparafinação na estufa - Coloração no auto-corador. Dandara Leal, 2021. - Finalização ( após coloração, as lâminas são cobertas por lamínula com bálsamo do Canadá, que serve para aderir a lamínula à lâmina. Na Análise Microscópica é que entra o patologista. O que deve constar no laudo: dados do paciente; descrição histopatológica; diagnóstico ou sugestão; assinatura legível do patologista (CRM ou CRO); implicação ética e judiciais. Biópsia por congelação Muito utilizada no centro cirúrgico. Exame de congelação durante ato cirúrgico (serviço prestado apenas dentro da instituição). O material deve ser enviado a fresco com o devido pedido do exame contendo as informações do caso e a dúvida que os cortes de congelação devem tentar responder. Os demais contatos serão feitos via telefone para diagnóstico verbal rápido. Determinação da natureza de uma lesão, tumor ou processo inflamatório; ou para definir se a margem cirúrgica está livre da lesão. Determinar a conduta a ser seguida pelo cirurgião. Laboratório associado ao Centro Cirúrgico Geral. Laudo rápido porém de alto custo. Spray ou gel de congelção criostato congelção da peça micrótomo coloração. Necropsia Realizados em mortos. Retirada de órgãos ou partes no post mortem. Total ou parcial. Médico-legais: determinar a causa da morte – exame dos órgãos + coleta de sangue e secreções para toxicologia. Análise do cadáver, confirmar a causa ou quando não se sabe ao certo a causa.
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