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Agentes Públicos
CONCEITO: 
Art. 2.º, Lei 8.429/1992. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades. 
Art. 327, CP. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 1.º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
	O recebimento de contraprestação financeira e uma relação duradoura com a Administração não são requisitos necessários para que alguém se enquadre no conceito de agente público.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS:
· Agentes Políticos: relacionam-se com a estrutura e organização estatal, os agentes atuam na função politica do Estado. São considerados agentes políticos os detentores de mandatos eletivos, auxiliares do chefe do Executivo, magistrados e membros do Ministério Público. Possuem um vinculo legal com o poder público sendo regidos por leis próprias como é o caso dos Magistrados.
De acordo com a súmula vinculante 13 será considerado nepotismo a nomeação de parentes para cargos em comissão ou funções de confiança. A nomeação para um cargo político poderá ser efetivada inclusive entre parentes da autoridade nomeante, desde que os nomeados preencham os requisitos legais necessários ao exercício do cargo.
Os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica. (STF, 2.ª Turma, RE 228977/SP, 05.03.2002).
II – O cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-se, à primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que exerce a função de auxiliar do Legislativo no controle da Administração Pública. (STF, Tribunal Pleno, Rcl 6702 MC-AgR/PR, 04.03.2009).
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
· Agentes Administrativos: os agentes administrativos estão vinculados ao Poder Público por meio de uma relação legal ou contratual, podendo ser de três espécies: servidores temporários, celetistas ou estatutários.
	Temporários: A Administração poderá, em situações excepcionais, realizar a contratação de pessoas por tempo determinado para que elas possam auxiliar no desempenho de alguma atividade de interesse público. São necessários:
· Lei específica: o art. 37, inciso IX, da Constituição é uma norma de eficácia limitada. Assim, é imprescindível a feitura de uma norma específica disciplinando as regras sobre os serviços que podem ser desempenhados e em quais termos o contrato será firmado. 
· Excepcional interesse público: não poderá a contratação temporária ser utilizada para situações regulares, ou seja, nesses casos deve-se, em respeito aos princípios da impessoalidade e moralidade, realizar um concurso público para que as vagas sejam preenchidas. 
· Contratação temporária: o contrato deverá ser firmado por um prazo determinado, ficando a cargo da lei específica disciplinar durante quanto tempo ele poderá ser exercido.
	A Lei 8.745/1993 regulamentou esse tipo de contratação no setor federal e prelecionou quais situações se enquadram como de excepcional interesse público. Entre elas, podemos destacar: assistência a situações de calamidade pública; assistência a emergências em saúde pública; realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística realizados pelo IBGE; admissão de professor substituto e professor visitante; admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; combate a emergências ambientais e admissão de profissional de nível superior especializado para atendimento a pessoas com deficiência.
	O que os interessados realizam é um processo simplificado de seleção, muito menos rigoroso e formal se comparado ao concurso público, podendo ainda, em situações de calamidade pública e emergência ambiental, existir a contratação direta, dispensando-se essa seleção.
	Os servidores temporários são regidos por uma lei própria, logicamente não serão considerados empregados celetistas. Com isso, as eventuais ações deverão correr na Justiça Comum.
Compete à Justiça comum pronunciar-se sobre a existência, a validade e a eficácia das relações entre servidores e o poder público fundadas em vínculo jurídico-administrativo. É irrelevante a argumentação de que o contrato é temporário ou precário, ainda que haja sido extrapolado seu prazo inicial, bem assim se o liame decorre de ocupação de cargo comissionado ou função gratificada. (STF, Tribunal Pleno, Rcl 5954/PA, 02.06.2010).
	Celetista: a contratação de empregados públicos pela Administração somente poderá acontecer nas pessoas jurídicas de direito privado, quais sejam: empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações governamentais. Apesar de os empregados públicos se relacionarem com a Administração por meio de um vínculo contratual regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), não serão estes regidos integralmente por normas privadas, pois, por imposição da própria Constituição, algumas regras públicas devem ser aplicadas a eles:
· Necessidade de prévia aprovação em concurso público (art. 37, II, CF). 
· Vedação, como regra, à acumulação de cargos, empregos e funções (art. 37, XVII, CF). 
· Respeito ao teto remuneratório quando a entidade receber recursos públicos (art. 37, § 9.º, CF). 
· São servidores públicos para fins penais (art. 327, CP). 
· São servidores para fins da Lei de Improbidade Administrativa (art. 2.º, Lei 8.429/1992). 
· Sofrem controle judicial em relação aos atos praticados.
Súmula 390 do TST: Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC 19/1998. Precedentes. II – Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso público, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. (STF, Tribunal Pleno, RE 589998/PI, 20.03.2013).
	Estatutários: Os servidores estatutários possuem um vínculo legal com o Estado, ou seja, são regidos por um estatuto funcional que preleciona quais são os direitos e deveres aplicados ao detentor do cargo público. A Carta Magna instituiu, em seu art. 37, o dever do regime jurídico único, o qual obrigava que a Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), suas autarquias e fundações públicas possuíssem o mesmo regime. Com isso, no caso do plano federal, foi adotado o regime estatutário, sendo criada então a Lei 8.112. A Emenda Constitucional 19, a qual fez uma alteração no texto originário da Constituição com a finalidade de retirar a obrigatoriedade do regime jurídico único e com isso passou a admitir a adoção de regimes mistos. ADIN 2.135-4, suspendeu a eficácia da EC 19/1998 em virtudede vícios formais encontrados no procedimento de elaboração da emenda, e, com a suspensão do novo texto, voltou a vigorar a antiga redação que obrigava a instituição do regime jurídico único.
1. A jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa ao dispositivo constitucional suscitado. (STF, 1.ª Turma, ARE 937685 AgR/SP, 15.03.2016).
· Particulares em colaboração com o Estado: o particular exercerá uma função pública sem, entretanto, pertencer à Administração Direta ou Indireta. Ou seja, apesar de estar sendo executada uma atividade em nome do Estado, o executor continua sendo um particular (não servidor). Os particulares em colaboração com o Estado podem ser de quatro espécies distintas:
· Agentes Honoríficos: também denominados agentes designados, são aqueles que exercem um múnus público após serem convocados pelo Poder Público. Exemplos: mesário e os jurados do tribunal do júri.
· Agentes delegados: aqueles que atuam em concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Os agentes delegados atuam, na verdade, em nome da pessoa jurídica do setor privado que recebeu a delegação, e não em nome do Estado.
· Agentes voluntários: são aqueles que atuam em escolas, hospitais, repartições públicas ou em situações de calamidade, de forma completamente voluntária.
· Agentes credenciados: representam a Administração em determinada ação ou praticam uma atividade específica após a celebração de um convênio com o Poder Público.
CARGO X EMPREGO X FUNÇÃO:
	CARGO EFETIVO
	EMPREGO PÚBLICO
	FUNÇÃO
	· Criação: Lei (regra).
· Extinção: Lei (regra).
· Ingresso: concurso público. 
· Existe: na Administração Direta, nas autarquias e fundações públicas.
· Regime: estatutário (lei).
· Vínculo com o Estado: legal (não contratual). 
· Estágio probatório: sim. Estabilidade: sim (após aprovação no estágio probatório). 
· Competência para solucionar conflitos: Justiça Comum.
	· Ingresso: concurso público. 
· Existe: nas empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações governamentais (pessoas jurídicas de direito privado) e nas pessoas de direito público que em seu regime jurídico único optarem pelo emprego público. 
· Regime: celetista (CLT). 
· Vínculo com o Estado: contratual. 
· Estágio probatório: não. 
· Estabilidade: não.
· Competência para solucionar conflitos: Justiça do Trabalho.
	· Todos os cargos e empregos públicos possuem uma função, atribuições a serem desempenhadas pelo servidor. Entretanto, nem sempre que existir uma função estará ela vinculada a um cargo ou emprego.
· Duas funções existentes em nosso ordenamento jurídico: cargo em comissão e função de confiança.
· Os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa, servidor ou não, as funções de confiança só podem ser ofertadas àqueles que já possuam um vínculo com o Poder Público, ou seja, que já sejam servidores. Ademais, no caso da função de confiança, temos o desempenho de uma atividade sem a existência de um cargo específico – trata-se, literalmente, de uma função sem cargo. Já no caso do cargo em comissão existem tanto um cargo (criado por lei) quanto uma função a ele correspondente.
Acumulação de cargos, empregos e funções:
	Como regra, a acumulação de cargos, empregos e funções públicas é vedada pelo ordenamento jurídico. Entretanto, por autorização da própria Constituição Federal, em algumas situações poderá existir o desempenho de mais de uma atividade, desde que exista compatibilidade de horário.
	Poderão ser acumulados: 
· Dois cargos de professor (art. 37, XVI, a, CF). 
· Um cargo de professor + um cargo técnico ou científico (art. 37, XVI, b, CF). 
· Dois cargos na área de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, c, CF). 
· Um cargo de magistrado + cargo de professor (art. 95, parágrafo único, I, CF). 
· Um cargo de membro do Ministério Público + cargo de professor (art. 128, § 5.º, II, d, CF). 
· Um cargo efetivo + mandato de vereador (art. 38, III, CF).
	Nas hipóteses de admissibilidade de acumulação, deverá o teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da Constituição Federal ser analisado em cada um dos cargos. Sendo assim, a soma das remunerações poderá ultrapassar o limite remuneratório.
Teto constitucional. Acumulação de cargos. Alcance. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido (STF, Tribunal Pleno, RE 612975, 27.04.2017).
CONCURSO PÚBLICO:
Art. 37, II, CF/1988 – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei [...].
 	O concurso público: 
· Garante o respeito aos princípios da impessoalidade e moralidade.
· É um procedimento administrativo. 
· É imprescindível para a investidura em cargos efetivos e empregos públicos. 
· Pode ser só de provas ou provas + título.
· Jamais poderá existir um concurso somente de títulos.
Súmula Vinculante 43 do STF. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. 
Insuficiência, para esse efeito, da mera prova de títulos e da realização de concurso interno. Ofensa ao princípio da isonomia. A iniciativa reservada das leis que versem o regime jurídico dos servidores públicos revela-se, enquanto prerrogativa conferida pela Carta Política ao Chefe do Poder Executivo, projeção específica do princípio da separação de poderes. Incide em inconstitucionalidade formal a norma inscrita em Constituição do Estado que, subtraindo a disciplina da matéria ao domínio normativo da lei, dispõe sobre provimento de cargos que integram a estrutura jurídico-administrativa do Poder Executivo local. A supremacia jurídica das normas inscritas na Carta Federal não permite, ressalvadas as eventuais exceções proclamadas no próprio texto constitucional, que contra elas seja invocado o direito adquirido. Doutrina e jurisprudência (STF, Tribunal Pleno, ADI 248/RJ, 18.11.1993).
Exceções ao concurso público:
a) Cargos em comissão: “art. 37, II, CF – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público [...] ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. 
b) Servidores temporários: “art. 37, IX, CF – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”. Nesse caso, como estudado, haverá no máximo um processo simplificado de seleção. 
c) Agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias: “Art. 198, § 4.º, CF. Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação”. 
d) Agentes detentores de mandatos eletivos: nesse caso, o ingresso será efetivado por meio de eleição e não por meio de concurso público. Cite-se o caso dos senadores, prefeitos, deputados, entre outros. 
e) Ex-combatentes: “Art. 53, ADCT. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n.º 5.315, serão assegurados os seguintes direitos: I – aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade”. 
f) Ministros dos Tribunais Superiores: os Ministros do STF, STJ, STM, TST, TSE e Tribunal de Contas serão nomeados independentemente de concurso público. Podemos citar, como exemplo, o caso dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, os quais serão nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do SenadoFederal. 
g) Quinto constitucional: “Art. 94, CF. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação”. 
h) Empregados da OAB: segundo o Supremo Tribunal Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil exerce um serviço público independente, sendo considerada uma entidade sui generis.
Prazo de validade:
	O concurso público terá, no máximo, a validade de dois anos, e, caso a Administração resolva prorrogá-lo, só poderá fazê-lo uma única vez e por igual período. Sendo assim, se o concurso possuir, por exemplo, o prazo inicial de um ano, poderá ser prorrogado por mais um ano. O prazo começa a contar da homologação do concurso, ou seja, quando for declarada a legalidade do procedimento administrativo. A prorrogação será um ato discricionário, pois dependerá da análise de conveniência e oportunidade realizada pela Administração.
2. A Corte tem reconhecido a discricionariedade da Administração pública no tocante à prorrogação do prazo de validade de concursos públicos. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de cláusulas editalícias e o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas n.ºs 454 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido (STF, 1.ª Turma, RE 594410 AgR/RS, 29.04.2014).
	Segundo o texto constitucional, caso a Administração, ainda dentro do prazo de validade de um concurso, resolva abrir novo certame, deverá nomear com prioridade os aprovados no primeiro procedimento. 
Art. 37, IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
Direito Subjetivo a nomeação: aprovação em um concurso público, como regra, garante apenas expectativa de direito com relação à nomeação, ou seja, gera uma esperança de que o candidato possa ser chamado dentro do prazo de validade estipulado para o concurso. Todavia, em algumas situações pontuais, existirá direito subjetivo à nomeação; com isso, o candidato terá de ser nomeado e, caso não o seja, poderá impetrar um mandado de segurança para resguardar o seu direito líquido e certo à convocação.
Direito Adquirido a nomeação:
· Candidato classificado dentro do número de vagas previsto no edital;
· Desistência ou desclassificação de candidato nomeado; 
· Contratação de servidores temporários dentro da validade do concurso;
· Candidato preterido na ordem de classificação;
O candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas em edital, possui direito líquido e certo à nomeação e à posse. 2. A partir da veiculação, pelo instrumento convocatório, da necessidade de a Administração prover determinado número de vagas, a nomeação e posse, que seriam, a princípio, atos discricionários, de acordo com a necessidade do serviço público, tornam-se vinculados, gerando, em contrapartida, direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas em edital. Precedentes. 3. Recurso ordinário provido (STJ, 6.ª Turma, RMS 20718/SP, 04.12.2007).
Súmula 15 do STF. Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
1. A ocupação precária, por comissão, terceirização, ou contratação temporária, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual promovera o concurso público, configura ato administrativo eivado de desvio de finalidade, caracterizando verdadeira burla à exigência constitucional do artigo 37, II, da Constituição Federal. Precedente: AI 776.070-AgR, Relator Ministro Gilmar Mendes, DJe 22.0.2011. 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “Mandado de segurança. Direito constitucional e administrativo. Concurso público. Direito subjetivo à nomeação. Contratação temporária. Existência de candidatos devidamente aprovados e habilitados em certame vigente. Burla à exigência constitucional do art. 37, II, da CF/88. Caracterização. Deferimento da ordem que se impõe. I – A aprovação em concurso público, fora da quantidade de vagas, não gera direito à nomeação, mas apenas expectativa de direito. II – Essa expectativa, no entanto, convola-se em direito subjetivo, a partir do momento em que, dentro do prazo de validade do concurso, há contratação de pessoal, de forma precária, para o preenchimento de vagas existentes, em flagrante preterição àqueles que, aprovados em concurso ainda válido, estariam aptos a ocupar o mesmo cargo ou função. [...] (STF, 1.ª Turma, ARE 649046 AgR/MA, 28.08.2012).
Candidato aprovado dentro das vagas previstas no edital, considerada a desistência de candidatos melhor classificados no certame. Direito subjetivo à nomeação. Precedentes. Agravo regimental improvido. I – Em consonância com o entendimento emanado do Supremo Tribunal Federal (STF, RE 598099/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 30.09.2011), a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça orienta-se no sentido de que o candidato aprovado em concurso público, dentro das vagas previstas no edital, tem direito subjetivo à nomeação. II – Na forma da jurisprudência do STJ, “a desistência dos candidatos convocados, ou mesmo a sua desclassificação em razão do não preenchimento de determinados requisitos, gera para os seguintes na ordem de classificação direito subjetivo à nomeação, observada a quantidade das novas vagas disponibilizadas” (STJ, 6.ª Turma, AgRg no RMS 30776/RO, 11.10.2013).
Cláusula de barreira: A cláusula de barreira impõe limitações para que o candidato prossiga na disputa pela vaga no setor público. Segundo o próprio Supremo Tribunal Federal, as restrições são impostas por critérios meritórios, logo, não existe qualquer ofensa a dispositivos constitucionais.
As cláusulas de barreira em concurso público, para seleção dos candidatos mais bem classificados, têm amparo constitucional. 5. Recurso extraordinário provido (STF, Tribunal Pleno, RE 635739/ AL, 19.02.2014).
Controle Judicial: não poderá o juiz substituir a banca examinadora do concurso público, de forma a redefinir os critérios de seleção e as questões por ela elaboradas. Todavia, poderá o Judiciário exercer o controle de legalidade do certame de forma a verificar o respeito deste aos princípios constitucionais e ao ordenamento jurídico. 
O Poder Judiciário é incompetente para, substituindo-se à banca examinadora de concurso público, reexaminar o conteúdo das questões formuladas e os critérios de correção das provas, consoante pacificado na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes (v.g., MS 30433 AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 827001 AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; MS 27260/DF, Rel. Min. Carlos Britto, Red. para o acórdão Min. Cármen Lúcia), ressalvadas as hipóteses em que restar configurado, tal como in casu, o erro grosseiro no gabarito apresentado, porquanto caracterizada a ilegalidade do ato praticado pela Administração Pública. (STF, 1.ª Turma, MS 30859/DF, 28.08.2012).
Nulidades: Caso venha a ser declarada a nulidade de um concurso público, as nomeações dele decorrentes também serão invalidadas, não sendo possível, nesse caso, se usar da teoria do fato consumado. Sendo assim, segundo a doutrina majoritária, será o particular afastado de seu cargo.
Também não há que se falar na figura de funcionário de fato, onde teria a incidência da teoria da investidura aparente, que impediria o Poder Público de obrigar o servidor irregular a repor aos cofres públicos aquilo que percebeu até então. Istoporque, havendo trabalhado para o ente estatal, se lhe fosse exigida a devolução dos vencimentos auferidos haveria um enriquecimento sem causa do Estado, o qual, destarte, se locupletaria com trabalho gratuito (STJ, AREsp 766633, Min. Herman Benjamin, 17.09.2015).
ESTABILIDADE:
· Nem todo servidor possuirá estabilidade, sendo essa característica uma prerrogativa restrita aos cargos efetivos, logo, não será concedido esse benefício aos detentores de cargo em comissão nem aos empregados públicos.
· Efetividade é uma característica do cargo; já a estabilidade é a segurança em relação à permanência nele. 
· Prazo para aquisição: art. 41 CF = 3 anos. A aquisição dessa estabilidade não é automática, pois o servidor somente fará jus à prerrogativa se for aprovado em uma avaliação de desempenho.
· É pacífico o fato de o prazo para a aquisição da estabilidade ser exatamente o mesmo do estágio probatório: três anos (STJ, 5.ª Turma, AgRg no REsp 1171995/RS, 16.08.2011).
· Em busca do respeito ao princípio da segurança jurídica e da necessária estabilização das relações sociais, aquelas pessoas que, mesmo sem concurso, ingressaram no serviço público até cinco anos antes da promulgação da Constituição Federal de 1988 terão direito adquirido à estabilidade.
PERDA DO CARGO:
· Sentença judicial transitada em julgado (art. 41, § 1.º, I, CF). 
· Processo administrativo em que lhe seja assegurado o direito de defesa (art. 41, § 1.º, II, CF). 
· Avaliação periódica de desempenho (art. 41, § 1.º, III, CF).
· Limite de gastos com pessoal (art. 169, CF).
· A ordem de exonerações será: 
· 1. Redução de, pelo menos, 20% dos comissionados. 
· 2. Exoneração de servidores não estáveis – aqueles que ainda se encontram no período do estágio probatório ou que ingressaram no serviço público há menos de cinco anos antes da promulgação da Constituição de 1988. 
· 3. Servidores estáveis.
DIREITO DE GREVE: 
· STF: considerando o art. 37, VII, da CF/1988 como uma norma de eficácia limitada, entendeu que, enquanto não for produzida uma legislação específica de greve para os servidores, deverão estes, por analogia, usar a lei geral (Lei 7.783/1989) para que possam exercer o seu direito.
· De acordo com o entendimento do STF, os dias de paralisação não serão remunerados, salvo se a greve decorrer de algum ato ilícito do Poder Público, por exemplo, o não pagamento da remuneração dos servidores.
Servidor civil: Art. 37, VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Servidor militar: Art. 142, § 3.º, IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
Proibição de volta ao serviço público por tempo indeterminado é inconstitucional 16/12/2020. Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional dispositivo do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União (Lei n. 8.112/1990) que proibia o retorno ao serviço público federal do servidor demitido ou destituído de cargo em comissão por prática de crime contra a Administração Pública, improbidade administrativa, aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio nacional e corrupção. Também por maioria, foi determinada a comunicação da decisão ao Congresso Nacional para que, caso considere pertinente, delibere sobre o prazo de proibição de retorno ao serviço público.
É constitucional a remarcação de curso de formação para o cargo de agente penitenciário feminino de candidata que esteja lactante à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público. STJ. 1ª Turma. RMS 52.622-MG, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 26/03/2019 (Info 645).

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